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COMISSIONAMENTO EM REDES INDUSTRIAIS VAZAMENTO EM ...

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INTRODUÇÃO<br />

Ao desembarcar em um aeroporto, é muito comum<br />

encontrar uma porção de pessoas esperando seus convidados<br />

ou clientes. Essas pessoas costumavam segurar cartazes<br />

com o nome do passageiro (a) e/ou a empresa que ele (a)<br />

representa. Aqueles pedaços de papelão estão dando lugar a<br />

tablets e mesmo laptops. E os improvisados garranchos foram<br />

substituídos por textos legíveis, acompanhados de logotipos<br />

e até mesmo música tema. As pessoas podem verificar o<br />

status do voo que estão esperando diretamente no website<br />

da companhia aérea, podem comunicar através de e-mail,<br />

mensagem de textos, ver fotografia da pessoa esperada, etc.<br />

Enquanto alguns utilizam a ferramenta de forma criativa<br />

para tornar seu trabalho mais eficiente e até mesmo fazer<br />

propaganda institucional das empresas que representam,<br />

outros somente substituíram o papel por um display<br />

iluminado.<br />

Os profissionais da área de automação, fornecedores<br />

ou usuários, muitas vezes agem da mesma forma. Os<br />

instrumentos e sistemas inteligentes comunicando<br />

através de barramentos de campo, oferecem um campo<br />

extremamente fértil para a criação de produtos, ferramentas<br />

e procedimentos que ajudam a reduzir tempos de instalação,<br />

comissionamento, operação da planta e manutenção.<br />

Mas como no caso dos cartazes, o potencial oferecido pela<br />

tecnologia ainda não tem sido explorado em sua plenitude<br />

por parte do mercado. Muitas empresas ainda oferecem<br />

produtos com a mesma funcionalidade oferecida pelos<br />

antigos instrumentos analógicos, sem tirar vantagem<br />

da maior disponibilidade de energia e de capacidade de<br />

comunicação. E usuários ainda utilizam os produtos da<br />

mesma forma como utilizavam os instrumentos em 4-20 mA,<br />

por falta de treinamento adequado ou por dificuldade em<br />

explorar novas funções e processos. E as normas precisaram<br />

evoluir para atender algumas áreas que a experiência<br />

demonstrou que precisavam ser melhoradas.<br />

A SITUAÇÃO INICIAL<br />

Num passado não muito distante, os congressos de<br />

automação organizavam intermináveis mesas redondas<br />

para discutir instrumentação pneumática x eletrônica,<br />

segurança intrínseca x prova de explosão, transmissores<br />

BARRAMENTOS DE CAMPO capa<br />

analógicos x digitais, controladores analógicos x controle<br />

digital, reles x CLP, controladores single loop x SDCD,<br />

ligação individual de instrumento x ligação via barramentos<br />

de campo e agora assistimos a discussão sobre redes<br />

wireless x redes com fio.<br />

Mas o que é surpreendente é que apesar de toda a<br />

evolução da tecnologia, o potencial que essa evolução<br />

oferece para reduzir custos e melhorar qualidade tem sido<br />

muito pouco explorado.<br />

Segundo pesquisas, uma das razões para a exploração parcial<br />

dos benefícios é que o investimento em treinamento não é<br />

fácil de justificar. Ou, como ocorre muitas vezes, a prioridade<br />

é colocar a planta em operação e a melhoria de desempenho<br />

é deixada para mais tarde, e nunca acaba ocorrendo.<br />

Todos nós conhecemos exemplos de malhas de controle que<br />

nunca foram sintonizadas, jumpers de interlocks que nunca<br />

foram removidos, desenhos “as-builts” que nunca foram<br />

passados a limpo, etc. Tempo sempre foi muito curto e hoje<br />

em dia é ainda mais curto porque o número de pessoal<br />

técnico foi extremamente reduzido e as plantas são maiores<br />

e mais complexas.<br />

Mas parte do problema é que muitos dos produtos<br />

lançados inicialmente no mercado expuseram as vísceras<br />

da comunicação, exigindo do usuário um conhecimento<br />

mais profundo da tecnologia, o que não faz sentido. Várias<br />

dessas operações deveriam ocorrer automaticamente,<br />

sem que o usuário precisasse intervir ou mesmo saber que<br />

estavam ocorrendo.<br />

Como exemplo, hoje é possível fazer uma ligação telefônica<br />

para qualquer lugar do planeta apertando uma simples tecla<br />

no telefone. Imagine se tivéssemos que saber o código das<br />

diversas estações e satélites pelos quais a ligação deve passar,<br />

além dos detalhes do protocolo de comunicação utilizado<br />

pelas diferentes concessionárias envolvidas no processo.<br />

Haveria muito poucas ligações.<br />

Os barramentos de campo têm tudo para fazer uma porção<br />

de coisas automaticamente, de maneira muito mais simples,<br />

eficiente e segura do que os métodos convencionais.<br />

A situação é muito parecida com a dos finados vídeos<br />

cassetes. Os toca-fitas tinham uma porção de funções que<br />

permitiam ao usuário gravar a novela ou jogo de futebol<br />

quando uma visita inesperada aparecia, mas ninguém<br />

conseguia fazer isso direito. Era a coisa mais comum ver<br />

InTech 140 23

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