Crise do subprime condiciona crescimento do mercado ... - Público
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Quarta-feira<br />
12 Março 2008<br />
10<br />
Pestana Residence<br />
apresenta<br />
projectos<br />
Jornal<br />
Ofi cial<br />
Imobitur<br />
IV Salão Imobiliário e Turismo Residencial<br />
Porto2008. De 27 a 30 de Março. Exponor.<br />
<strong>Crise</strong> <strong>do</strong> <strong>subprime</strong> <strong>condiciona</strong><br />
<strong>crescimento</strong> <strong>do</strong> merca<strong>do</strong><br />
imobiliário em 2008<br />
Boas perspectivas para os segmentos de retalho e escritórios, enquanto residencial turístico<br />
e investimento continuarão a sofrer os efeitos da crise <strong>do</strong> crédito hipotecário Pág. 2<br />
Abertura em 2009 Dolce Vita Tejo tem 82% da sua área comercializada Pág. 11<br />
O <strong>Público</strong> Imobiliário<br />
já tem o seu espaço<br />
televisivo. Na RTPN, todas<br />
as quartas às 19h45.<br />
11<br />
Código mede<br />
performance ambiental<br />
<strong>do</strong>s edifícios<br />
11<br />
Sonae Sierra<br />
com novo centro<br />
comercial
2 <strong>Público</strong> Imobiliário Quarta-feira 12 Março 2008<br />
Abertura<br />
Crescimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário<br />
<strong>condiciona</strong><strong>do</strong> pela crise <strong>do</strong> <strong>subprime</strong><br />
Relatório da Cusham & Wakefield diz que retalho mantém-se em alta e escritórios estão a<br />
crescer. Residencial turístico e investimento deverão continuar a sofrer os efeitos da crise<br />
Rui Pedro Lopes<br />
Os efeitos da crise <strong>do</strong> <strong>subprime</strong> vão<br />
<strong>condiciona</strong>r o <strong>crescimento</strong> de uma boa<br />
parte <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário nacional<br />
em 2008. Isso mesmo foi constata<strong>do</strong><br />
por Eric Van Leuven, managing partner<br />
da Cushman & Wakefield (C&W) em<br />
Portugal, durante a apresentação <strong>do</strong> relatório<br />
Marketbeat Portugal Primavera<br />
2008. Se as previsões para o segmento<br />
de retalho e de escritórios são muito<br />
optimistas, o mesmo já não sucede nos<br />
segmentos residencial turístico e de investimento,<br />
onde o arrefecimento da<br />
actividade regista<strong>do</strong> no segun<strong>do</strong> semestre<br />
de 2007, decorrente da crise <strong>do</strong> <strong>subprime</strong><br />
e das consequentes restrições ao<br />
crédito decretadas pelos bancos, deverá<br />
prolongar-se durante este ano.<br />
As boas e más notícias parecem misturar-se<br />
no verdadeiro calei<strong>do</strong>scópio<br />
que é hoje o merca<strong>do</strong> imobiliário nacional.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s no<br />
Marketbeat Portugal Primavera 2008,<br />
da C&W, são o espelho dessa situação.<br />
O dinamismo que se vive no merca<strong>do</strong><br />
de retalho, que teima em não fazer<br />
a vontade aos analistas que há cerca de<br />
cinco anos lhe vaticinam a chegada da<br />
maturidade, é sinónimo de que a palavra<br />
«crise» não chegou a este segmento.<br />
Assim, em 2007, foram inaugura<strong>do</strong>s<br />
cerca de 250 mil metros quadra<strong>do</strong>s de<br />
novos projectos, na sua maioria centros<br />
comerciais. Para 2008 as expectativas<br />
são ainda mais anima<strong>do</strong>ras, preven<strong>do</strong>se<br />
a entrada de 360 mil m², o que, a<br />
acontecer, significaria o maior volume<br />
de nova Área Bruta Locável (ABL) na<br />
história deste segmento.<br />
As regiões Centro (31 por cento) e<br />
Norte (24 por cento) foram as que mais<br />
contribuíram para o aumento da oferta<br />
de espaços comerciais em território nacional.<br />
Para este ano, as novas inaugurações<br />
também terão pre<strong>do</strong>minância<br />
nestas duas regiões.<br />
A ABL de conjuntos comerciais totalizava,<br />
no final de 2007, 2,9 milhões<br />
de m², um valor que corresponde a<br />
um <strong>crescimento</strong> de 16 por cento face<br />
a 2006. Os centros comerciais absorvem<br />
a grande maioria desta ABL (2,4<br />
milhões de m²).<br />
As perspectivas para 2008, nos<br />
centros comerciais, continuam anima<strong>do</strong>ras,<br />
estan<strong>do</strong> prevista a abertura<br />
de 280 mil metros quadra<strong>do</strong>s de ABL.<br />
No entanto, para os anos seguintes, a<br />
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450 mil metros quadra<strong>do</strong>s de<br />
novos escritórios previstos para o<br />
perío<strong>do</strong> 2008-2011<br />
Cushman & Wakefield mostra-se mais<br />
cautelosa, sublinhan<strong>do</strong> que “não é<br />
provável que se continue a assistir ao<br />
<strong>crescimento</strong> massivo da oferta, ao contrário<br />
<strong>do</strong> que tem aconteci<strong>do</strong> nesta última<br />
década. A evolução da oferta deve<br />
seguir outros caminhos, contornan<strong>do</strong><br />
deste mo<strong>do</strong> a tão proclamada maturidade<br />
<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>. A remodelação de<br />
projectos existentes será provavelmente<br />
um desses caminhos”.<br />
Para esta consultora, este será um<br />
factor “que irá ganhar no curto/médioprazo<br />
uma importância ainda maior,<br />
ten<strong>do</strong> em conta não só a idade da oferta<br />
existente, como também o facto de ser<br />
indispensável para a manutenção da<br />
competitividade de um centro face à<br />
concorrência”. A C&W estima em 36<br />
por cento o número de centros comerciais<br />
portugueses a funcionar há mais<br />
de dez anos.<br />
Quanto aos retail parks, o ano foi de<br />
estagnação, com a nova oferta de ABL<br />
a abrandar, o que levou a que a área<br />
existente, no território nacional, seja,<br />
actualmente, pouco superior aos 300<br />
mil metros quadra<strong>do</strong>s. Para 2008, esta<br />
tendência deverá inverter-se, uma<br />
vez que a oferta futura prevista é de 70<br />
mil m², distribuí<strong>do</strong>s por cinco novos<br />
projectos, em cidades secundárias <strong>do</strong><br />
nosso país. Nos factory outlets, o mer-<br />
ca<strong>do</strong> continua estagna<strong>do</strong> desde 2004,<br />
estan<strong>do</strong>, contu<strong>do</strong>, prevista a expansão<br />
já este ano <strong>do</strong> Nassica Factory Outlet.<br />
Futuro tími<strong>do</strong><br />
O optimismo foi também a tónica <strong>do</strong>minante<br />
no merca<strong>do</strong> de escritórios,<br />
onde “o clima de confiança económica<br />
vivi<strong>do</strong> nos primeiros seis meses de<br />
2007 conduziu a um ano excepcional”,<br />
com o “nível da absorção (331 operações<br />
que somaram cerca de 204 mil<br />
m²) a atingir um máximo histórico”.<br />
De acor<strong>do</strong> com a C&W, “este bom<br />
desempenho da procura resultou essencialmente<br />
das estratégias de consolidação<br />
seguidas por várias empresas,<br />
que aproveitaram a flexibilidade contratual<br />
e a disponibilidade de imóveis<br />
de qualidade com condições comerciais<br />
mais agressivas, especialmente<br />
nas zonas com maior oferta”.<br />
No final de 2007, a oferta total <strong>do</strong><br />
merca<strong>do</strong> de escritórios da Grande<br />
Lisboa totalizou aproximadamente<br />
4,2 milhões de m², o que correspondeu<br />
a um <strong>crescimento</strong> de 1,8 por cento<br />
face ao 2006. O Parque das Nações foi<br />
a zona que mais cresceu em termos de<br />
oferta (11 por cento), todavia, o Central<br />
<br />
<br />
Business District (eixo que compreende<br />
a Avenida da Liberdade) continua a<br />
ser o preferi<strong>do</strong> pelas empresas.<br />
Sobre a oferta futura, o relatório<br />
Marketbeat Portugal Primavera 2008<br />
diz que para o perío<strong>do</strong> 2008-2011 estão<br />
previstos 450 mil metros quadra<strong>do</strong>s de<br />
novos espaços, o que representa um<br />
“decréscimo face aos níveis regista<strong>do</strong>s<br />
nos anos anteriores”.<br />
Se estas previsões para o merca<strong>do</strong><br />
de escritórios não são um bom augúrio,<br />
aquilo que se passou no segun<strong>do</strong><br />
semestre de 2007 no segmento residencial<br />
turístico é razão mais <strong>do</strong> que<br />
suficiente para deixar os promotores<br />
preocupa<strong>do</strong>s. aswEnquanto no primeiro<br />
semestre <strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong> ainda se<br />
verificou algum dinamismo, resultante<br />
<strong>do</strong> bom fecho <strong>do</strong> ano de 2006, o segun<strong>do</strong><br />
semestre registou um “arrefecimento<br />
<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, devi<strong>do</strong> à incerteza<br />
gerada pela instabilidade <strong>do</strong> merca<strong>do</strong><br />
financeiro internacional”.<br />
A C&W chama ainda a atenção para<br />
a chegada de novas tendências a este<br />
merca<strong>do</strong>, “numa altura em que se assiste<br />
não só a uma redução da procura<br />
como também a uma maior exigência<br />
na selecção <strong>do</strong>s projectos”. Deste mo<strong>do</strong>,<br />
a consultora não tem dúvidas de<br />
que “cada vez mais, as vendas serão<br />
impulsionadas não só pelas características<br />
intrínsecas <strong>do</strong>s projectos, como<br />
também pelas infra-estruturas existentes<br />
na envolvente <strong>do</strong>s mesmos”.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, “será cada vez mais<br />
necessário um significativo esforço<br />
ao nível <strong>do</strong>s promotores, garantin<strong>do</strong><br />
a existência de um plano concerta<strong>do</strong><br />
entre estes e as forças de marketing<br />
e vendas, para a concepção, promoção<br />
e venda de projectos”, assinala o<br />
relatório.<br />
Ao nível <strong>do</strong>s novos lançamentos,<br />
2007 acabou por assistir à apresentação<br />
de vários projectos de turismo residencial,<br />
nomeadamente o Aquapura,<br />
na zona <strong>do</strong> Douro, o Royal Óbi<strong>do</strong>s<br />
Spa & Golf Resort, na zona Oeste, e o<br />
Cidade Lacustre, em Vilamoura.<br />
Para 2008, há ainda muitas incógnitas.<br />
Contu<strong>do</strong>, está já previsto o lançamento<br />
<strong>do</strong> Verde Lago, em Castro<br />
Marim, de vários projectos na zona<br />
<strong>do</strong> Alentejo, designadamente no distrito<br />
de Évora, e de outros no litoral<br />
alentejano.<br />
A crise <strong>do</strong> <strong>subprime</strong> estendeu-se<br />
igualmente ao merca<strong>do</strong> de investimento<br />
imobiliário, com o segun<strong>do</strong> semestre<br />
de 2007 a verificar uma grande<br />
turbulência neste segmento. A C&W revela<br />
que os “fun<strong>do</strong>s portugueses foram<br />
afecta<strong>do</strong>s pela falta de confiança <strong>do</strong>s<br />
investi<strong>do</strong>res, estimulada pelo receio<br />
financeiro internacional resultante da<br />
crise hipotecária <strong>do</strong> <strong>subprime</strong>”.<br />
Ainda assim, e apesar de um segun<strong>do</strong><br />
semestre em baixa, o investimento<br />
em imobiliário voltou a atingir um nível<br />
recorde, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> transacciona<strong>do</strong>s<br />
cerca de 1,2 mil milhões de euros de<br />
activos, distribuí<strong>do</strong>s por cerca de 80<br />
negócios. O primeiro semestre foi o<br />
grande responsável por este comportamento,<br />
numa altura em que o merca<strong>do</strong><br />
tinha excesso de liquidez e as yields<br />
batiam recordes.<br />
Eric Van Leuven disse ao PÚBLICO<br />
Imobiliário que este “nível de investimento<br />
não se deverá repetir nos próximos<br />
anos”, isto porque “os efeitos da<br />
crise <strong>do</strong> <strong>subprime</strong> ainda estão numa<br />
fase inicial”.<br />
O segmento de retalho continua a<br />
<strong>do</strong>minar o merca<strong>do</strong> de investimento<br />
nacional, absorven<strong>do</strong> cerca de 65 por<br />
cento <strong>do</strong> total de operações realizadas.<br />
Já os escritórios concentraram perto de<br />
30 por cento <strong>do</strong> total de negócios.
Merca<strong>do</strong><br />
Habitação na Área Metropolitana<br />
<strong>do</strong> Porto valoriza 2,3%<br />
A região <strong>do</strong> Grande Porto, correspondente<br />
à Área Metropolitana <strong>do</strong> Porto,<br />
teve em 2007 um ano de claro ganho<br />
de valor no merca<strong>do</strong> residencial. De<br />
acor<strong>do</strong> com o Índice Confidencial<br />
Imobiliário, no final <strong>do</strong> ano esse merca<strong>do</strong><br />
atingia uma taxa de valorização<br />
média anual de 2,3%, manten<strong>do</strong>-a no<br />
mês de Janeiro de 2008. O último trimestre<br />
de 2007 foi muito positivo para<br />
o merca<strong>do</strong>, atingin<strong>do</strong> uma valorização<br />
anualizada de 8,3%.<br />
Assim, nesta região, houve uma clara<br />
aceleração <strong>do</strong> ritmo de aumento <strong>do</strong>s<br />
valores das habitações. Essa evolução<br />
é evidente, já que em Março de 2007<br />
o ritmo de valorização médio anual<br />
estava em apenas 0,9%.<br />
No mês de Janeiro o merca<strong>do</strong> não<br />
deu seguimento à dinâmica <strong>do</strong> tri-<br />
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PUBLICIDADE<br />
mestre anterior, voltan<strong>do</strong> ao nível de<br />
valor de Outubro passa<strong>do</strong>. Com essa<br />
correcção, o merca<strong>do</strong> passou para<br />
uma taxa de valorização homóloga<br />
de 1,6%, depois de ter atingi<strong>do</strong> 3,2%<br />
em Dezembro. Importa, assim, acompanhar<br />
a evolução <strong>do</strong> índice ao longo<br />
<strong>do</strong>s próximos meses, confirman<strong>do</strong> se<br />
o merca<strong>do</strong> mantém a evolução <strong>do</strong> final<br />
de 2007 ou se ocorre um perío<strong>do</strong> de<br />
arrefecimento, sinaliza<strong>do</strong> pela citada<br />
redução da valorização homóloga <strong>do</strong><br />
índice.<br />
Mais oferta<br />
De acor<strong>do</strong> com as estatísticas<br />
Confidencial Imobiliário/Lar<strong>do</strong>ceLar.<br />
com, a oferta de alojamentos na Área<br />
Metropolitana <strong>do</strong> Porto é <strong>do</strong>minada<br />
pelos fogos usa<strong>do</strong>s, com 36 mil habi-<br />
<br />
<br />
tações. Cerca de um quarto <strong>do</strong>s fogos<br />
usa<strong>do</strong>s em oferta estão no concelho<br />
de Vila Nova de Gaia, com quase 9 mil<br />
habitações usadas disponíveis para<br />
venda. Os alojamentos em oferta novos<br />
(ou como novos) ascendiam a 21,9<br />
mil. Metade da oferta destas habitações<br />
concentra-se nos concelhos de Vila<br />
Nova de Gaia e no Porto.<br />
A oferta residencial nesta região teve<br />
um <strong>crescimento</strong> de 8,9% no terceiro<br />
trimestre de 2007. O concelho da<br />
Maia deu o maior contributo para este<br />
<strong>crescimento</strong>, sen<strong>do</strong> que o incremento<br />
verifica<strong>do</strong> durante esse trimestre ficou<br />
a dever-se, sobretu<strong>do</strong>, aos concelhos<br />
mais pequenos, levan<strong>do</strong> a que a oferta<br />
em Gaia e no Porto passasse a representar<br />
menos de 50% da oferta total<br />
metropolitana.<br />
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<strong>Público</strong> Imobiliário Quarta-feira 12 Março 2008 3
Publicidade<br />
Notícias - Localização Empresarial<br />
Parques empresariais contribuem<br />
para a competitividade das empresas<br />
A problemática da localização empresarial tem vin<strong>do</strong> a merecer ao longo <strong>do</strong>s<br />
tempos, de forma inter – disciplinar, um tratamento cada vez mais cuida<strong>do</strong>so.<br />
Do ponto de vista conceptual a “ Zona<br />
industrial “ deve ser entendida como<br />
um espaço geográfi co destina<strong>do</strong> à<br />
industria, num determina<strong>do</strong> plano<br />
de ordenamento, sen<strong>do</strong> que por<br />
sua vez o “ Parque Industrial “ é um<br />
espaço ordena<strong>do</strong> e infra-estrutura<strong>do</strong><br />
para acolher indústrias, residin<strong>do</strong> a<br />
distinção essencial no facto <strong>do</strong> espaço<br />
estar ou não ordena<strong>do</strong>, existin<strong>do</strong><br />
ou não infra-estruturas diversas,<br />
pelo que podemos considerar zona<br />
industrial como o espaço reserva<strong>do</strong><br />
para actividade empresarial ainda não<br />
infra-estrutura<strong>do</strong>.<br />
Parque Empresarial – Modelo<br />
mais avança<strong>do</strong>.<br />
Na mesma lógica e consideran<strong>do</strong><br />
um esta<strong>do</strong> mais avança<strong>do</strong> de<br />
desenvolvimento, por “Parque<br />
Empresarial” devemos entender<br />
um espaço territorial devidamente<br />
delimita<strong>do</strong>, vocaciona<strong>do</strong> e prepara<strong>do</strong><br />
numa lógica de efi ciente ordenamento<br />
<strong>do</strong> território para agrupar (não numa<br />
perspectiva de “ghetto” industrial)<br />
uma série de actividades industriais<br />
ou empresariais que podem ou não<br />
estar obrigatoriamente relacionadas<br />
entre si, associa<strong>do</strong> à prestação de<br />
serviços de apoio às empresas numa<br />
lógica de gestão con<strong>do</strong>minial.<br />
Numa perspectiva histórica, os<br />
primeiros parques industriais<br />
apareceram nos anos 30 (como<br />
resposta à crise de 1929) em<br />
Inglaterra, com forte proliferação no<br />
pós – guerra por toda a Europa.<br />
Em Portugal a promoção de solo<br />
industrial torna-se possível pela<br />
via administrativo – legal, pela Lei<br />
3/72 de 27 de Maio, regulamenta<strong>do</strong><br />
pelo DL 133/73 de 28 de Março que<br />
considera no seu artigo 1.º o parque<br />
industrial como “ uma aglomeração<br />
planeada de unidades industriais<br />
cujo estabelecimento visa objectivos<br />
de fomento industrial.<br />
O desenvolvimento da oferta de<br />
espaços para localização de empresas<br />
em Portugal caracterizou-se por<br />
um processo de evolução no qual se<br />
pode distinguir diversos graus de<br />
qualifi cação e diferentes benefícios<br />
quer para as empresas, quer para o<br />
desenvolvimento económico e social<br />
da região. De uma forma sintética,<br />
a diferenciação <strong>do</strong>s seus elementos<br />
e <strong>do</strong>s seus benefícios permite-nos<br />
distinguir duas grandes fases nesse<br />
processo de evolução:<br />
Uma primeira fase, com a criação<br />
de zonas industriais, na qual<br />
a preocupação se centrava na<br />
promoção da construção de infraestruturas<br />
para a localização de<br />
instalações industriais.<br />
Numa segunda fase, surgiram<br />
novos modelos para a instalação<br />
de empresas com o nascimento<br />
<strong>do</strong>s parques empresariais, que<br />
acrescentam ao anterior modelo a<br />
criação de uma oferta de diversos<br />
equipamentos e serviços que<br />
permitem qualifi car o espaço,<br />
potenciam a criação de economias<br />
externas e promovem a criação de<br />
contextos dinâmicos.<br />
Nos novos modelos de instalação de<br />
empresas, nasci<strong>do</strong>s com a criação <strong>do</strong>s<br />
parques empresariais, os empresários<br />
não se preocupam apenas com as<br />
vantagens de curto prazo e conseguem<br />
percepcionar as vantagens da gestão<br />
integrada e efectiva <strong>do</strong> espaço e<br />
das economias de aglomeração<br />
decorrentes da sua localização em<br />
parques empresariais. Nos parques<br />
empresariais é ofereci<strong>do</strong> um conjunto<br />
de equipamentos e serviços às<br />
empresas aí instaladas, permitin<strong>do</strong> uma<br />
efectiva gestão corrente <strong>do</strong>s parques<br />
(vigilância, limpeza, etc.). São ainda<br />
ofereci<strong>do</strong>s serviços de apoio à iniciativa<br />
empresarial, à instalação e de valor<br />
acrescenta<strong>do</strong> às empresas nas áreas<br />
de projecto, formação profi ssional,<br />
apoio à internacionalização, melhorias<br />
ambientais das empresas, etc.<br />
Parques empresariais –<br />
competitividade e produtividade<br />
Pode-se associar a produtividade<br />
à competitividade, entenden<strong>do</strong><br />
esta última como a capacidade das<br />
empresas produzirem bens e serviços,<br />
de forma mais efi ciente que os seus<br />
concorrentes quer no factor preço quer<br />
não-preço, no fun<strong>do</strong> transforman<strong>do</strong><br />
ideias em produtos de uma forma mais<br />
efi ciente que os concorrentes, estan<strong>do</strong><br />
ainda orientadas para o cliente.<br />
Daí aferir, como é comummente<br />
aceite, que a competitividade resulta<br />
da conjugação da produtividade<br />
com a qualidade e tipo de serviços<br />
presta<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> que por sua vez e a<br />
produtividade relaciona-se com as “boas<br />
práticas” a nível da gestão e modelo<br />
organizacional e ainda a combinação<br />
de ferramentas e tecnologia avançada<br />
com aspectos comportamentais<br />
mormente motivacionais.<br />
Contributos <strong>do</strong>s parques<br />
Empresariais<br />
Em síntese a localização de empresa<br />
em áreas de acolhimento empresarial,<br />
parques empresariais bem localiza<strong>do</strong>s<br />
e com infra-estruturas modernas<br />
contribuem para as empresas<br />
decidirem com mais rapidez e<br />
qualidade, afectan<strong>do</strong> e canalizan<strong>do</strong><br />
recursos para outras actividades<br />
de desenvolvimento da actividade<br />
e de maior valor acrescenta<strong>do</strong>. A<br />
localização e facilidade de acessos<br />
devem ser vistas ainda como fonte de<br />
liderança pelos custos, sen<strong>do</strong> que na<br />
perspectiva da cadeia de valor é uma<br />
fonte de vantagem competitiva, na<br />
qual a logística, marketing, vendas e<br />
as actividades de apoio têm também<br />
um papel fulcral.<br />
Disponibilização de um<br />
conjunto diversifi ca<strong>do</strong> e<br />
qualifi ca<strong>do</strong> de serviços.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, os serviços presta<strong>do</strong>s<br />
permitem à empresa concentrarse<br />
plenamente no seu “core<br />
business” não dispersan<strong>do</strong> recursos<br />
e “ focan<strong>do</strong>” a sua actividade,<br />
melhoran<strong>do</strong> as “prestações internas”,<br />
a produtividade da empresa,<br />
sen<strong>do</strong> ainda um instrumento de<br />
diferenciação coloca<strong>do</strong>s ao dispor<br />
da empresa.
6 <strong>Público</strong> Imobiliário Quarta-feira 12 Março 2008<br />
Opinião<br />
O fi m <strong>do</strong>s entulhos escondi<strong>do</strong>s<br />
José<br />
Eduar<strong>do</strong><br />
Mace<strong>do</strong><br />
O<br />
Novo Regime de Urbanização e Edificação,<br />
este mês entra<strong>do</strong> em vigor, vem simplificar os<br />
procedimentos das operações abrangidas por<br />
este regime, abolin<strong>do</strong> a figura da autorização,<br />
reduzin<strong>do</strong> os casos em que é necessário obter uma licença<br />
e aumentan<strong>do</strong> aqueles em que basta uma comunicação<br />
prévia. Já é muito bom, mas mais importante<br />
ainda é o fim <strong>do</strong> regime <strong>do</strong>s entulhos escondi<strong>do</strong>s.<br />
Antigamente, num antigamente não tão longínquo<br />
assim, uma simples obra de alteração no interior de um<br />
edifício ou de uma das suas fracções, teria de cumprir<br />
uma longa via sacra de corre<strong>do</strong>res burocratiza<strong>do</strong>s,<br />
mesmo que a obra em causa não implicasse<br />
modificações na estrutura de estabilidade, nas cérceas,<br />
na forma das fachadas ou na forma <strong>do</strong>s telha<strong>do</strong>s...<br />
Toda a gente as executava sem licença, mas isso era<br />
caro.<br />
E mesmo depois de se obter a tolerância daqueles<br />
que fazem cumprir as decisões <strong>do</strong> Poder, benesse<br />
alcançada com a elegância e a discrição que as<br />
circunstâncias possibilitavam e exigiam, o espectro<br />
<strong>do</strong> ilícito voltava quase de imediato a pairar quan<strong>do</strong><br />
o nosso intermediário para a solução <strong>do</strong> problema<br />
nos lembrava que, apesar de tu<strong>do</strong>, era preciso ter<br />
muito cuida<strong>do</strong>, nomeadamente com os entulhos,<br />
que não podiam estar à vista de to<strong>do</strong>s. Prudências<br />
compreensíveis.<br />
As obras, além de caras, eram um sobressalto<br />
permanente. Legalmente, era impossível efectuar<br />
qualquer operação urbanística com uma simples<br />
comunicação prévia e não era previsível que alguma<br />
vez pudessem ser concretizadas edificações ao abrigo<br />
de um regime de isenção de qualquer controlo prévio,<br />
como agora acontece, em muitos casos, abrangi<strong>do</strong>s<br />
pelos regimes da Comunicação Prévia e das Edificações<br />
Isentas de qualquer controlo.<br />
Imagine-se que agora a edificação de uma piscina<br />
associada a edificação principal só carece de<br />
comunicação prévia, o mesmo acontecen<strong>do</strong> para<br />
as obras de reconstrução com preservação das<br />
fachadas... E estão isentas de qualquer controlo obras<br />
de alteração no interior de edifícios ou suas fracções<br />
que não impliquem modificações na estrutura de<br />
estabilidade, das cérceas, da forma das fachadas e na<br />
forma <strong>do</strong>s telha<strong>do</strong>s. Excepto em imóveis classifica<strong>do</strong>s<br />
ou em vias de classificação.<br />
Isenção de IMT pela aquisição<br />
de prédios para revenda<br />
Abílio<br />
Marques<br />
D<br />
epois de terem entra<strong>do</strong> em vigor, no inicio desta<br />
semana, as alterações ao Regime Jurídico da<br />
Urbanização e da Edificação (RJUE) aprovadas<br />
pela Lei nº 60/2007, de 4 de Setembro, reafirmamos<br />
que este é mais um diploma que ficou bem<br />
aquém <strong>do</strong> que seria exigível, pois está longe de corresponder<br />
às necessidades de to<strong>do</strong>s quantos recorrem às<br />
Câmaras Municipais enquanto entidades licencia<strong>do</strong>ras<br />
de operações urbanísticas.<br />
São isentas <strong>do</strong> IMT as aquisições de prédios para<br />
revenda, desde que se verifique:<br />
1- Ter si<strong>do</strong> apresentada antes da aquisição, nos<br />
Serviços da Administração Fiscal, a declaração de início<br />
relativa ao exercício da actividade de “compra<strong>do</strong>r de<br />
prédios para revenda.”<br />
2-O prédio tenha si<strong>do</strong> revendi<strong>do</strong> sem ser novamente<br />
para revenda, no prazo de três anos.<br />
3-Esta isenção não prejudica a liquidação e pagamento<br />
<strong>do</strong> imposto, nos termos gerais.<br />
4-Ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> pago imposto, este será anula<strong>do</strong> pelo<br />
chefe de finanças, a requerimento <strong>do</strong> interessa<strong>do</strong>,<br />
acompanha<strong>do</strong> de <strong>do</strong>cumento comprovativo da<br />
transacção.<br />
Todavia,<br />
5-Se se reconhecer que o adquirente exerce normal<br />
e habitualmente a actividade de compra<strong>do</strong>r de prédios<br />
para revenda a isenção será considerada logo no<br />
Imagino que isto tenha si<strong>do</strong> um rombo nos<br />
orçamentos de algumas famílias, nomeadamente<br />
daquelas que nem nas noites de maior pessimismo<br />
admitiriam que se pudesse edificar uma estufa de<br />
jardim, com altura inferior a 3 metros e área igual ou<br />
inferior a 20 m2 sem qualquer controlo prévio, como<br />
agora acontece. Onde é que já se viu uma coisa assim?<br />
Onde é que já se viu o Esta<strong>do</strong> conceder tais facilidades<br />
de graça?...<br />
Os burocratas, como os deuses de certo filme,<br />
devem estar loucos ou então descuraram o Gabinete<br />
<strong>do</strong> Secretário de Esta<strong>do</strong> Adjunto e da Administração<br />
Local, de onde saiu este Novo Regime de Urbanização<br />
e Edificação, instrumento que, além <strong>do</strong> mais,<br />
recorre às novas tecnologias da informação, com<br />
momento da transmissão, sen<strong>do</strong> reconhecida pelo<br />
notário que celebrar a respectiva escritura.<br />
6-Para este efeito, considera-se que o sujeito passivo<br />
exerce normal e habitualmente a actividade quan<strong>do</strong><br />
comprove o seu exercício no ano anterior mediante<br />
certidão passada pelo serviço de finanças competente,<br />
deven<strong>do</strong> constar sempre daquela certidão se, no ano<br />
anterior, foi adquiri<strong>do</strong> para revenda ou revendi<strong>do</strong> algum<br />
prédio antes adquiri<strong>do</strong> para esse fim.<br />
7-Na prática para que adquirente possa beneficiar da<br />
isenção logo no momento da aquisição, pelas compras<br />
que efectuar em 2008, terá que ter efectua<strong>do</strong> em 2007<br />
uma compra, nem que seja duma pequena garagem,<br />
em cuja escritura tenha declara<strong>do</strong> que era para revenda<br />
ou, então, ter vendi<strong>do</strong> qualquer prédio que tenha<br />
adquiri<strong>do</strong> e declara<strong>do</strong>, no <strong>do</strong>cumento de aquisição, que<br />
a sua compra se destinava a revenda. Não pode ser uma<br />
compra ou uma venda qualquer.<br />
8- A aquisição deixará de beneficiar de isenção<br />
logo que se verifique que aos prédios adquiri<strong>do</strong>s para<br />
revenda foi da<strong>do</strong> destino diferente ou que os mesmos<br />
não foram revendi<strong>do</strong>s dentro <strong>do</strong> prazo de três anos ou o<br />
foram novamente para revenda.<br />
9-Neste caso, devem os sujeitos passivos solicitar, no<br />
prazo de 30 dias, a contar <strong>do</strong> decurso <strong>do</strong>s três anos,<br />
a respectiva liquidação. O pedi<strong>do</strong> é efectua<strong>do</strong> em<br />
declaração de modelo oficial e deve ser entregue no<br />
serviço de finanças da localização <strong>do</strong> imóvel. Se o pedi<strong>do</strong><br />
de liquidação e pagamento <strong>do</strong> imposto se verificar<br />
no prazo de trinta dias, não haverá lugar a juros nem<br />
desmaterialização <strong>do</strong>s procedimentos e tramitação online,<br />
e força uma outra forma de relacionamento entre<br />
a Administração Central e Administração Local.<br />
No que a nós, que estamos <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>do</strong> público<br />
consumi<strong>do</strong>r, nos diz respeito, a nós que muitas vezes<br />
nos assumimos como verdadeiros prove<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s<br />
consumi<strong>do</strong>res, este novo regime – que já baptizamos<br />
como o regime que acabou com os entulhos escondi<strong>do</strong>s<br />
- merece to<strong>do</strong> o aplauso e merece que este aplauso seja<br />
torna<strong>do</strong> publico.<br />
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP<br />
jose.eduar<strong>do</strong>@apemip.pt<br />
coima. Esta situação conduz, por vezes, a alguns abusos,<br />
porque benefician<strong>do</strong> de isenção a partir <strong>do</strong> início,<br />
sempre diferem no tempo o pagamento <strong>do</strong> IMT por três<br />
anos.<br />
10-No âmbito da sisa, quan<strong>do</strong> o adquirente solicitava,<br />
decorri<strong>do</strong>s os três anos, a liquidação <strong>do</strong> imposto, esta<br />
era efectuada pelas taxas que se encontravam em vigor<br />
aquan<strong>do</strong> da aquisição. No âmbito <strong>do</strong> IMT, se ocorrer a<br />
caducidade da isenção, a taxa e o valor a considerar na<br />
liquidação serão os vigentes à data desta.<br />
11-Uma nota final: Curiosamente, enquanto no<br />
Código <strong>do</strong> IMT se refere “compra<strong>do</strong>r de prédios para<br />
revenda”, no CAE, código 70120, refere a actividade de<br />
“compra e venda de bens imobiliários”. Claro que na<br />
declaração de início de actividade, tem que ser indicada<br />
esta última. Porque, alguns Serviços de Finanças,<br />
colocavam dificuldades no reconhecimento da isenção<br />
por essa divergência não imputável ao contribuinte,<br />
a Administração Fiscal já deu instruções no senti<strong>do</strong><br />
de serem colocadas as duas designações, fican<strong>do</strong> em<br />
“observações” da declaração de início de actividade,<br />
aquela que é condizente com o Código <strong>do</strong> IMT.<br />
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10 <strong>Público</strong> Imobiliário Quarta-feira 12 Março 2008<br />
Resort<br />
“Turismo residencial só funciona em destinos<br />
turísticos com alguma consolidação”<br />
O administra<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Pestana Residence, José Roquette, falou ao PÚBLICO Imobiliário<br />
sobre os objectivos da marca e <strong>do</strong> futuro <strong>do</strong> turismo residencial em Portugal<br />
Rui Pedro Lopes<br />
O Pestana Residence apresenta<br />
amanhã, em Lisboa, os seus novos<br />
projectos no Brasil. O Ipojuca Beach<br />
Resort, em Porto Galinhas, e o Bahia<br />
Lodge Residence, em Salva<strong>do</strong>r da<br />
Bahia, afirmam-se, segun<strong>do</strong> o administra<strong>do</strong>r<br />
desta marca, como produtos<br />
formata<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>is aspectos<br />
competitivos: Férias e Investimento.<br />
O PÚBLICO Imobiliário falou com<br />
José Roquette, que antecipa aqui<br />
estes <strong>do</strong>is projectos, ao mesmo tempo<br />
que lança algumas pistas sobre<br />
a estratégia futura da empresa e sobre<br />
o modelo de funcionamento <strong>do</strong><br />
merca<strong>do</strong> de turismo residencial: “O<br />
turismo residencial tem de ser lidera<strong>do</strong><br />
pelos hoteleiros”.<br />
PÚBLICO Imobiliário – Porque<br />
é que o grupo Pestana sentiu<br />
necessidade de lançar a marca<br />
Pestana Residence?<br />
José Roquette – Mais <strong>do</strong> que uma necessidade,<br />
o que fizemos foi aproveitar<br />
uma oportunidade única. Existe<br />
hoje, a nível internacional, a tendência<br />
para o conceito de uso misto, que<br />
várias cadeias de hotelaria, desde a<br />
Four Seasons até à Kempinski, estão<br />
a desenvolver, lançan<strong>do</strong> a sua marca<br />
Residence. Trata-se de conjugar a<br />
imobiliária com o turismo/hotelaria.<br />
Além disso, o turismo residencial é<br />
a área em que estaremos cada vez<br />
mais presentes em Portugal. Hoje, o<br />
grupo Pestana é líder destaca<strong>do</strong>, no<br />
nosso país, na área da hotelaria, pelo<br />
que seria um absur<strong>do</strong> não darmos este<br />
passo no senti<strong>do</strong> de alcançarmos<br />
uma posição de destaque na área <strong>do</strong><br />
turismo residencial. Já temos a experiência<br />
<strong>do</strong> turismo residencial no<br />
Algarve, que correu muito bem, mas<br />
achamos que há ainda mais trabalho<br />
para fazer. Ten<strong>do</strong> em consideração<br />
tu<strong>do</strong> isto, achámos que se justificava<br />
a criação de uma nova marca.<br />
Qual é a estratégia para a marca<br />
Pestana Residence?<br />
Acreditamos muito na ideia de que<br />
o turismo residencial tem de ser<br />
lidera<strong>do</strong> pelos hoteleiros. Porquê?<br />
Porque o turismo residencial tem a<br />
ver com a segunda habitação, a casa<br />
de férias. Vários estu<strong>do</strong>s que fizemos<br />
dizem-nos que as pessoas esperam<br />
duas coisas das suas casas de férias:<br />
lifestyle e rendimento/valorização. O<br />
lifestyle diz respeito àqueles clientes<br />
que não estão muito preocupa<strong>do</strong>s<br />
com a parte financeira e que querem<br />
alguma coisa que tenha a ver com<br />
o seu padrão de vida. Quanto ao<br />
rendimento/valorização, estamos a<br />
falar de clientes que esperam obter<br />
algum retorno <strong>do</strong>s investimentos<br />
que fizeram.<br />
E onde é que entra o hoteleiro?<br />
É preciso entender que um empreendimento<br />
residencial pode ter um<br />
masterplan fantástico, mas se não tiver<br />
alma não resulta. Se não tiver um<br />
serviço de qualidade, não funciona.<br />
É essencial dar serviço. Quem é que<br />
está bem coloca<strong>do</strong> para prestar esse<br />
serviço? Os hoteleiros. Esta minha<br />
“Há quem diga que é importante<br />
separar o proprietário imobiliário<br />
<strong>do</strong> hotel. Nós acreditamos no<br />
contrário”, sublinhou Roquette<br />
afirmação de que devem ser os hoteleiros<br />
a liderar o turismo residencial<br />
não acontece só por uma vontade de<br />
nos apropriarmos de uma maior fatia<br />
<strong>do</strong> negócio, mas porque, em termos<br />
práticos, nas duas motivações<br />
de que falei é o hoteleiro que pode<br />
dar uma resposta afirmativa, tanto<br />
ao nível <strong>do</strong> serviço, como ao nível <strong>do</strong><br />
rendimento. Isto porque se eu compro<br />
uma casa e espero rendimento,<br />
ou pelo menos espero que ela não<br />
me custe dinheiro, há alguém que<br />
vai ter de explorar essa casa quan<strong>do</strong><br />
eu não estiver a usá-la. E quem tem<br />
o know-how para explorar de forma<br />
eficiente um empreendimento residencial?<br />
Um hoteleiro, e não um<br />
promotor imobiliário.<br />
O facto <strong>do</strong>s projectos de turismo<br />
residencial estarem muitos ancora<strong>do</strong>s<br />
a hotéis poderá servir para<br />
fundamentar essa visão?<br />
Sim. Mas existe nessa ideia uma potencial<br />
armadilha. Quan<strong>do</strong> a cadeia<br />
hoteleira apenas faz a gestão <strong>do</strong> hotel<br />
e não está comprometida com o<br />
risco <strong>do</strong> investimento, os contratos<br />
acabam e as cadeias vão-se embora.<br />
Portanto, nós acreditamos que é essencial<br />
que a liderar o projecto imobiliário<br />
esteja um grupo hoteleiro,<br />
uma vez que ele será o mais importante<br />
factor de garantia da continuidade<br />
<strong>do</strong> projecto.<br />
Porque é que decidiram apostar<br />
em primeiro lugar no Brasil, com<br />
os <strong>do</strong>is projectos que lançaram<br />
recentemente (Ipojuca Beach<br />
Resort e Bahia Lodge) e que vão<br />
agora apresentar em Portugal?<br />
O Brasil é um merca<strong>do</strong> muito mais<br />
competitivo <strong>do</strong> que Portugal e é<br />
também, em termos de dimensão,<br />
muito maior. Para apostar neste país<br />
é preciso ter, desde o início, as ideias<br />
e os conceitos muito claros, até porque,<br />
ao nível comercial, é um merca<strong>do</strong><br />
muito exigente. Além disso, no<br />
Brasil ainda não temos a posição de<br />
liderança destacada como temos em<br />
Portugal, pelo que sentimos a necessidade<br />
de ser um pouco mais afirmativos,<br />
ao nível da marca.<br />
Qual é o balanço que fazem, neste<br />
momento, da comercialização<br />
destes <strong>do</strong>is projectos?<br />
Ainda não começámos activamente<br />
com as campanhas de marketing.<br />
Fizemos algumas apresentações e nada<br />
mais. Neste momento, temos cerca<br />
de 45 por cento <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is projectos<br />
reserva<strong>do</strong>s. Sobre os projectos, o<br />
Bahia Lodge é um produto mais<br />
enquadra<strong>do</strong> na categoria de resort<br />
urbano, a que os brasileiros estão a<br />
aderir muito mais, e o Ipojuca Beach<br />
Resort é um produto claramente de<br />
praia que, obviamente, está a atrair<br />
mais portugueses. Optámos por lançar<br />
estes <strong>do</strong>is empreendimentos ao<br />
mesmo tempo para percebermos<br />
como é que o merca<strong>do</strong> responde a<br />
cada um deles. Esta experiência será<br />
útil para o nosso futuro.<br />
O que mais destaca nestes projectos?<br />
A grande mais-valia é algo que até hoje,<br />
no merca<strong>do</strong> brasileiro e no português,<br />
ninguém ofereceu. É a primeira<br />
vez que aparece um projecto turístico<br />
e de turismo residencial formata<strong>do</strong><br />
de uma maneira competitiva em <strong>do</strong>is<br />
aspectos: como produto de férias e<br />
como produto de investimento.<br />
Mas essa tendência já começa a<br />
surgir em alguns <strong>do</strong>s projectos de<br />
turismo residencial lança<strong>do</strong>s actualmente?<br />
Há muita vontade, mas ainda não<br />
funcionam. Isto tem de ser visto a<br />
longo prazo e tem de ser feito por<br />
um opera<strong>do</strong>r credível. O que é importante<br />
é que exista um modelo<br />
sustentável, não <strong>do</strong> ponto de vista<br />
ambiental mas <strong>do</strong> ponto de vista<br />
financeiro. Para ser sustentável, ainda<br />
não há ninguém, em Portugal, a<br />
lançar um produto tão formata<strong>do</strong><br />
como o nosso.<br />
Qual o rendimento que um proprietário<br />
pode ter com a compra<br />
de um imóvel num destes projectos?<br />
O que vamos garantir, durante os<br />
primeiros cinco anos, é um rendimento<br />
de seis por cento/ano, o que<br />
permite ao cliente saber, no fim<br />
desse perío<strong>do</strong>, que já recuperou<br />
pelo menos 30 por cento daquilo<br />
que investiu. Isso é o mínimo, e significa<br />
que se o rendimento gera<strong>do</strong><br />
for superior, ele recebe mais <strong>do</strong> que<br />
os seis por cento. Aqui, o grande<br />
objectivo é que o investimento se<br />
pague a ele mesmo. Além disso, o<br />
que pretendemos com estes projectos<br />
é retirar da segunda casa uma<br />
das grandes desvantagens que ela<br />
tem. Por exemplo, se eu compro<br />
uma casa em Tróia, aquilo que me<br />
vem logo à cabeça é que as minhas<br />
férias serão sempre em Tróia. Esse<br />
é um <strong>do</strong>s problemas que afasta as<br />
pessoas deste tipo de investimentos.<br />
No nosso caso, quem compra uma<br />
casa num <strong>do</strong>s nossos projectos terá<br />
três semanas por ano para a utilizar,<br />
sen<strong>do</strong> que, numa dessas semanas,<br />
poderá optar por um apartamento<br />
num <strong>do</strong>s outros resorts que o grupo<br />
Pestana tem no Brasil.<br />
No Brasil, o Pestana Residence já<br />
mostrou interesse em desenvolver<br />
mais três projectos. Qual é o<br />
ponto da situação?<br />
Ainda não existem grandes novidades.<br />
Gostamos de dar um passo de<br />
cada vez e estamos a trabalhar activamente<br />
noutras frentes, mas ainda<br />
não temos nada de muito concreto<br />
para anunciar. Apenas que as localizações<br />
vão estar sempre ligadas aos<br />
locais onde já temos hotéis. Ou seja,<br />
em princípio, não vamos estar a fazer<br />
um Pestana Residence isola<strong>do</strong><br />
num lugar onde não temos um hotel<br />
<strong>do</strong> grupo Pestana. Há quem diga que<br />
é importante separar o proprietário<br />
imobiliário <strong>do</strong> hotel, mas nós acreditamos<br />
exactamente no contrário.<br />
Quais são as grandes apostas <strong>do</strong><br />
Pestana Residence para o merca<strong>do</strong><br />
português?<br />
É bom não esquecer que o Algarve<br />
será sempre o pai <strong>do</strong> turismo residencial<br />
português e que já estamos<br />
presentes nessa região com o projecto<br />
<strong>do</strong> Carvoeiro. Também temos um<br />
projecto em Silves, mas é provável<br />
que o Algarve venha a gerar oportunidades<br />
além das que já possuímos<br />
nesta área. Além disso, Porto Santo e<br />
Tróia serão outros <strong>do</strong>s destinos para<br />
onde olhamos com alguma atenção.<br />
Não me arrisco a elencar mais nenhuma<br />
região, até porque se o nosso<br />
princípio primordial é de que o turismo<br />
residencial deve ser lidera<strong>do</strong><br />
Projectos<br />
Ipojuca Beach Resort<br />
& Bungalows<br />
Promotor: Pestana Residence<br />
Localização: Localiza<strong>do</strong> na<br />
região de Porto de Galinhas, a 60<br />
quilómetros da cidade de Recife<br />
Área: 5 hectares Caracterização:<br />
O projecto terá 120 quartos, 75<br />
bungalows familiares (suites), a<br />
maioria com piscina privativa,<br />
restaurantes, bares de apoio,<br />
Kids Club, Spa, campos de ténis,<br />
área para convenções e eventos<br />
e heliporto Bungalows: Os<br />
bungalows, com áreas entre os 70<br />
e os 120 m2, podem ser adquiri<strong>do</strong>s<br />
a partir de 120.000 euros<br />
Conclusão: Edifício principal<br />
<strong>do</strong> futuro hotel já se encontra<br />
concluí<strong>do</strong><br />
Bahia Lodge Residence<br />
Promotor: Pestana Residence<br />
Localização: Localiza<strong>do</strong><br />
em Salva<strong>do</strong>r da Bahia, junto<br />
ao Pestana Bahia Hotel<br />
Caracterização: Empreendimento<br />
imobiliário com 100 apartamentos<br />
de luxo, de tipologias T0, T1 e T2,<br />
com áreas entre os 30 e os 120 m2<br />
Outras valências: Piscina<br />
exterior, restaurante/bar de apoio<br />
à piscina e Spa/Fitness Center<br />
Comercialização: Os apartamentos<br />
podem ser adquiri<strong>do</strong>s a partir de<br />
120.000 euros<br />
pelos hoteleiros, o segun<strong>do</strong> é de que<br />
o turismo residencial só funciona<br />
em destinos turísticos com alguma<br />
consolidação.<br />
E porquê?<br />
Porque se eu vou fazer turismo residencial,<br />
ou seja, vender casas e prometer<br />
rendimento num lugar que<br />
ainda não é um grande destino turístico,<br />
não será muito fácil conseguir<br />
cumprir essa promessa.
Empreendimento<br />
Sonae Sierra com novo centro comercial no Brasil<br />
Pedro Farinha<br />
Inauguração está prevista<br />
para Março de 2010.<br />
Promotora investe 53<br />
milhões de euros<br />
A Sonae Sierra Brasil vai iniciar o desenvolvimento,<br />
em parceria com a<br />
empresa Marco Zero, <strong>do</strong> seu 11.º centro<br />
comercial e de lazer neste país da<br />
América <strong>do</strong> Sul. Localiza<strong>do</strong> na cidade<br />
de Londrina, no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, o<br />
novo espaço tem inauguração prevista<br />
para Março de 2010 e representa<br />
um investimento de 53 milhões de<br />
euros.<br />
“O nosso merca<strong>do</strong> é o Brasil, onde<br />
procuramos as melhores oportunidades.<br />
Londrina é um importante pólo de<br />
desenvolvimento regional, que exerce<br />
grande influência sobre to<strong>do</strong> o Paraná e<br />
região Sul”, afirmou João Pessoa Jorge,<br />
CEO da Sonae Sierra Brasil.<br />
Construí<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is pisos, o empreendimento<br />
terá 35.500 m2 de<br />
Área Bruta Locável (ABL) com 180<br />
lojas, quatro lojas de grande dimensão,<br />
quatro restaurantes, 18 fast-foods,<br />
um hipermerca<strong>do</strong>, uma área de<br />
lazer e uma sala de cinema, além de<br />
um parque de estacionamento com<br />
capacidade para <strong>do</strong>is mil veículos.<br />
O novo centro comercial e de lazer<br />
será edifica<strong>do</strong> numa área de 80 mil<br />
m2 na região leste de Londrina e está<br />
integra<strong>do</strong> num complexo de lazer,<br />
comércio, cultura e gastronomia, denomina<strong>do</strong><br />
Marco Zero, que contará<br />
com um hotel, edifícios residenciais e<br />
Dolce Vita Tejo tem 82 por cento<br />
da sua área comercializada<br />
Rui Pedro Lopes<br />
O Dolce Vita Tejo já tem 82 por cento<br />
da sua Área Bruta Locável (ABL) colocada.<br />
O anúncio foi feito ao PÚBLICO<br />
Imobiliário por Jaime Lopes, CEO da<br />
Chamartín Imobiliária, que também<br />
revelou que “a construção está a correr<br />
conforme o planea<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> que<br />
os prazos previstos serão integralmente<br />
cumpri<strong>do</strong>s”.<br />
Localiza<strong>do</strong> na zona Norte <strong>do</strong> concelho<br />
da Ama<strong>do</strong>ra, o Doce Vita Tejo é “um<br />
projecto integra<strong>do</strong> e único que traduzirá<br />
o início de uma nova geração de centros<br />
comerciais”, sublinhou Jaime Lopes.<br />
Quan<strong>do</strong> abrir portas em Maio de 2009,<br />
este será o maior centro comercial da<br />
Península Ibérica e a Chamartín terá investi<strong>do</strong><br />
cerca de 275 milhões de euros<br />
no seu desenvolvimento. O novo espaço<br />
comercial terá cerca de 310 lojas, uma<br />
praça de alimentação com 40 restaurantes<br />
e quase cinco quilómetros quadra<strong>do</strong>s<br />
de food court, 12 salas de cinema,<br />
com capacidade para 3.000 especta<strong>do</strong>res,<br />
bem como, nove mil lugares de estacionamento.<br />
Para o CEO da Chamartín<br />
Imobiliária, os principais destaques deste<br />
centro comercial são, por um la<strong>do</strong>,<br />
“a maior praça coberta <strong>do</strong> país, num<br />
espaço urbano amplo e enquadra<strong>do</strong><br />
por um arranjo paisagístico cuida<strong>do</strong>,<br />
que acolherá os múltiplos eventos que<br />
pretendemos desenvolver” e, por outro,<br />
“a arquitectura colocada ao serviço<br />
<strong>do</strong> conforto <strong>do</strong>s nossos convida<strong>do</strong>s”.<br />
No capítulo da arquitectura, Jaime<br />
Lopes chama a atenção para a “inova<strong>do</strong>ra<br />
cobertura transparente, única em<br />
Portugal, que permitirá uma equilibrada<br />
iluminação natural em todas as áreas<br />
<strong>do</strong> mall, asseguran<strong>do</strong> níveis óptimos<br />
de conforto no interior e garantin<strong>do</strong><br />
elevada eficiência energética”.<br />
Uma das principais preocupações<br />
deste projecto foi a questão da sustentabilidade,<br />
que se encontra consubstanciada<br />
numa “política integrada,<br />
onde os aspectos de biodiversidade,<br />
gestão ambiental e integração com a<br />
comunidade se irão reger pelas melhores<br />
práticas internacionais, cuja<br />
meto<strong>do</strong>logia de análise e certificação<br />
se baseia no Building Research<br />
Establishment’s Environmental<br />
Assessment Method (BREEAM)”.<br />
O que não parece motivar preocupações<br />
é a comercialização da ABL<br />
disponível, que está “a correr muito<br />
bem”. “Além, <strong>do</strong>s espaços âncora de<br />
referência, conseguimos a presença de<br />
conceitos inova<strong>do</strong>res que conferirão<br />
um cunho verdadeiramente diferencia<strong>do</strong>r<br />
ao centro”, assinalou o CEO da<br />
Chamartín Imobiliária. E acrescenta:<br />
“O merca<strong>do</strong> tem a percepção que estamos<br />
perante um projecto singular,<br />
pelo que o interesse <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>res<br />
tem si<strong>do</strong> intenso”.<br />
A complementar a oferta <strong>do</strong> Dolce<br />
Vita Tejo teremos ainda o Kidzania<br />
– um “conceito único e inova<strong>do</strong>r que<br />
alia a diversão lúdica a uma forte componente<br />
pedagógica” e que funcionará<br />
como um parque temático “ao nível<br />
<strong>do</strong> que de melhor se faz no mun<strong>do</strong><br />
em termos de entretenimento” – e um<br />
edifício de escritórios, com 15 mil metros<br />
quadra<strong>do</strong>s, cuja conclusão está<br />
prevista para antes da abertura <strong>do</strong> centro<br />
comercial e que acolherá a sede <strong>do</strong><br />
Grupo Auchan em Portugal. “Será mais<br />
um elemento catalisa<strong>do</strong>r da dinamização<br />
que antevemos para toda a área<br />
envolvente”, concluiu Jaime Lopes.<br />
comerciais, um teatro e um centro de<br />
convenções. O projecto abrange uma<br />
área de influência de cerca de 800 mil<br />
pessoas e deverá criar cerca de 1.500<br />
postos de trabalho.<br />
O projecto arquitectónico, concebi<strong>do</strong><br />
por José Quintela da Fonseca, privilegia<br />
a “luz natural através da utilização<br />
de grandes áreas envidraçadas<br />
e clarabóias na cobertura (iluminação<br />
zenital) que, além de permitir uma<br />
economia de energia, proporcionam<br />
conforto ambiental e visual aos visitantes”,<br />
pode ler-se num comunica<strong>do</strong><br />
da promotora.<br />
<strong>Público</strong> Imobiliário Quarta-feira 12 Março 2008 11<br />
IPD lança código<br />
para medir<br />
performance<br />
ambiental<br />
<strong>do</strong>s edifícios<br />
O Investment Property Databank (IPD)<br />
lançou recentemente o primeiro Código<br />
Ambiental. Assumin<strong>do</strong>-se como um enquadramento<br />
universal aplicável em<br />
qualquer parte <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, o código<br />
permite às empresas medirem com<br />
consistência e compararem a performance<br />
ambiental <strong>do</strong>s edifícios de acor<strong>do</strong><br />
com as boas práticas emergentes.<br />
“O código é um feito tremen<strong>do</strong> e<br />
uma arma crucial para lutar contra as<br />
alterações climáticas. Sabemos que os<br />
edifícios são uma das principais fontes<br />
de prejuízo <strong>do</strong> ambiente, mas muitas<br />
empresas necessitam de auxílio para<br />
decidirem como medir esse impacto”,<br />
afirmou Christopher Hedley,<br />
director <strong>do</strong> IPD, que acrescenta: “O<br />
código permite aos utiliza<strong>do</strong>res não<br />
só medirem a performance ambiental<br />
<strong>do</strong>s seus próprios edifícios, como<br />
compará-los com outras empresas de<br />
referência a nível mundial”.<br />
Desenvolvi<strong>do</strong> com o apoio da CB<br />
Richard Ellis, Barclays e Bureau Veritas,<br />
este instrumento “estabelece um novo<br />
standard de avaliação da performance<br />
ambiental <strong>do</strong>s edifícios corporativos”,<br />
indica um comunica<strong>do</strong>. P.F.
12 <strong>Público</strong> Imobiliário Quarta-feira 12 Março 2008<br />
Actualidade<br />
Novo conceito de centro comercial abre<br />
portas no Verão em Vila Nova de Gaia<br />
Pedro Farinha<br />
Atlântico Center possui<br />
área total de construção<br />
de <strong>do</strong>is mil metros<br />
quadra<strong>do</strong>s e terá 13 lojas<br />
A praia de Francelos, em Vila Nova de<br />
Gaia, foi o local escolhi<strong>do</strong> para o desenvolvimento<br />
<strong>do</strong> novo centro comercial<br />
Atlântico Center. Segun<strong>do</strong> a empresa<br />
promotora, o grupo Arflor, este<br />
projecto encerra um conceito original,<br />
uma vez que possui uma abertura total<br />
ao exterior, com “vista privilegiada”<br />
sobre a praia e o mar.<br />
Representan<strong>do</strong> um investimento<br />
de três milhões de euros, o Atlântico<br />
Center reúne “as condições ideais para<br />
se constituir como uma oportunidade<br />
única de negócio”, isto porque se<br />
encontra nas proximidades de vários<br />
complexos habitacionais “com eleva<strong>do</strong><br />
potencial de compra”, ao mesmo tempo,<br />
que regista “fluxos sazonais intensos<br />
de potenciais consumi<strong>do</strong>res, que<br />
aproveitam as excelentes condições da<br />
zona para momentos de lazer”, pode<br />
ler-se no comunica<strong>do</strong>.<br />
O novo centro comercial, cuja construção<br />
teve início em Maio de 2007,<br />
terá uma área total de construção de<br />
<strong>do</strong>is mil metros quadra<strong>do</strong>s, distribuí<strong>do</strong>s<br />
por 13 lojas, entre restauração,<br />
serviços e lojas de moda. Possuirá<br />
também “espaços desenha<strong>do</strong>s para<br />
aproveitar o que de melhor podem<br />
oferecer as estações altas <strong>do</strong> ano naquela<br />
zona, ou seja, a Primavera e o<br />
Verão”, benefician<strong>do</strong> <strong>do</strong> facto de “o<br />
município de Vila Nova de Gaia contar<br />
com cerca de 15 quilómetros de caminhos<br />
pe<strong>do</strong>nais na sua zona costeira e<br />
As consultoras Worx e CB Richard Ellis<br />
anunciaram recentemente a colocação<br />
da nova sede da ASICS Portugal<br />
num escritório <strong>do</strong> Edifício Arts, no<br />
Parque das Nações, em Lisboa. Nesta<br />
transacção, a Worx assessorou esta<br />
empresa de sportswear, ao passo que<br />
a CB Richard Ellis representou o Grupo<br />
Inland, proprietário <strong>do</strong> imóvel.<br />
Segun<strong>do</strong> Roger Martins, directorgeral<br />
da ASICS em Portugal, “a Worx<br />
teve um envolvimento de enorme dinamismo,<br />
eficácia e centra<strong>do</strong> a 100<br />
por cento nas necessidades da implementação<br />
<strong>do</strong> projecto da ASICS em<br />
Portugal”. E acrescenta: “Será um<br />
grande desafio estabelecer a marca<br />
Asics como ‘player’ importante no<br />
merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> desporto nacional mas<br />
Novo espaço comercial<br />
terá 13 lojas<br />
praias de bandeira azul (como é o caso<br />
de Francelos)”. O Atlântico Center<br />
estará ainda envolvi<strong>do</strong> por um espaço<br />
ajardina<strong>do</strong>, inserin<strong>do</strong>-se assim no contexto<br />
paisagístico daquela zona.<br />
A comercialização, entregue à<br />
empresa Guedes Pinto Mediação<br />
Mobiliária, iniciou-se no passa<strong>do</strong><br />
mês de Janeiro e os responsáveis <strong>do</strong><br />
grupo Arflor esperam que as portas<br />
<strong>do</strong> novo centro comercial possam estar<br />
abertas ao público já no próximo<br />
Verão, “suprin<strong>do</strong> assim uma carência<br />
da zona no que se refere ao sector<br />
<strong>do</strong>s serviços, como consequência da<br />
recente expansão residencial – e que<br />
deverá prolongar-se ao longo <strong>do</strong>s próximos<br />
anos. Um caso claro em que a<br />
dimensão e a qualidade <strong>do</strong> projecto se<br />
encontram claramente adaptadas ao<br />
merca<strong>do</strong> potencial em que se insere”.<br />
Com projecto de arquitectura a cargo<br />
de Manuela Soutinho, o Atlântico<br />
Center foi “pensa<strong>do</strong> e concebi<strong>do</strong> para<br />
ser um edifício moderno, de arquitectura<br />
arrojada e marcante”. A zona das<br />
esplanadas encontra-se totalmente virada<br />
a Sul, para proporcionar maior<br />
exposição solar. Além disso, a estrutura<br />
<strong>do</strong> edifício é em betão e metal, com<br />
cobertura exterior em pedra natural,<br />
madeiras com revestimento de fenólica<br />
(resina resistente aos elementos, por<br />
não ser porosa) e apontamentos de xisto,<br />
bem como varandas em vidro e aço,<br />
interior em pedra natural e floreiras<br />
em to<strong>do</strong> o perímetro Sul <strong>do</strong> edifício.<br />
Edifício Art’s recebe nova sede da ASICS Portugal<br />
também na vertente da moda com a<br />
marca Onitsuka Tiger”.<br />
Situa<strong>do</strong> a cerca de 300 metros <strong>do</strong><br />
centro comercial Vasco da Gama, no<br />
Parque das Nações, o Edifício Art’s insere-se<br />
numa zona consolidada de ser-<br />
viços, comércio e restauração. “A proximidade<br />
da Gare <strong>do</strong> Oriente (Metro,<br />
CP e Carris) permite um fácil e rápi<strong>do</strong><br />
acesso a qualquer ponto da cidade de<br />
B.I.<br />
Atlântico Center<br />
Promoção/Construção:<br />
Grupo Arflor<br />
Localização Praia de Francelos,<br />
em Vila Nova de Gaia<br />
Investimento: 3 milhões de euros<br />
Área de construção: 2 mil metros<br />
quadra<strong>do</strong>s<br />
Abertura: Prevista para o Verão<br />
Oferta: 13 lojas (mix de<br />
restauração, serviços e moda)<br />
Arquitectura: Projecto<br />
desenvolvi<strong>do</strong> por Manuela<br />
Soutinho<br />
Comercialização: Guedes Pinto<br />
Mediação Mobiliária<br />
Lisboa”, referem as duas empresas em<br />
comunica<strong>do</strong>.<br />
Entre as principais características<br />
deste imóvel contam-se a segurança<br />
24 horas, estacionamento público e<br />
priva<strong>do</strong>, sistema central de ar <strong>condiciona</strong><strong>do</strong>,<br />
piso sobre eleva<strong>do</strong>, tectos<br />
falsos com iluminação embutida, instalações<br />
sanitárias privativas, copa,<br />
quatro eleva<strong>do</strong>res, sistema de detecção<br />
de incêndios, sistema de detecção<br />
de intrusão (CCTV) ou arrecadações<br />
em cave. P.F.<br />
Invictus compra<br />
52 apartamentos<br />
no Malva Rosa<br />
para depois<br />
revender<br />
O grupo Invictus adquiriu 52 apartamentos<br />
na Urbanização Malva Rosa,<br />
em Alverca, anunciou esta empresa<br />
de investimentos imobiliários especialista<br />
na compra de empreendimentos<br />
imobiliários para revenda.<br />
O Malva Rosa Parque é um passo<br />
importante para reforçarmos a nossa<br />
presença na Grande Lisboa. Estas<br />
aquisições são apoiadas pelos bancos<br />
que assumem uma postura positiva em<br />
relação ao sector imobiliário: são nossos<br />
parceiros e os primeiros a apoiar<br />
as decisões de investimento, afirmou<br />
Pedro Paredes, administra<strong>do</strong>r <strong>do</strong> grupo<br />
Invictus. Este grupo, que funciona<br />
com uma filosofia de «central de compras»<br />
<strong>do</strong> sector imobiliário, adquire<br />
um conjunto alarga<strong>do</strong> de fracções com<br />
uma margem considerável, e consegue<br />
recolocar os mesmos produtos com<br />
valores 15 a 20 por cento abaixo <strong>do</strong><br />
preço de merca<strong>do</strong>.<br />
Os apartamentos agora adquiri<strong>do</strong>s,<br />
que representam um total de investimento<br />
de sete milhões de euros, vão<br />
da tipologia T0 a T4 e são dirigi<strong>do</strong>s<br />
ao segmento médio. A Urbanização<br />
Malva Rosa conta ainda com uma zona<br />
de escritórios, hotel, escola técnica,<br />
clínica, zonas de comércio, lazer<br />
e desporto e espaços verdes. P.F.<br />
Prime Value<br />
vende terreno<br />
para fábrica<br />
da Tesco em<br />
Famalicão<br />
O fun<strong>do</strong> de investimento imobiliário<br />
Prime Value, geri<strong>do</strong> pela<br />
Imorendimento, vendeu à Tesco, multinacional<br />
japonesa de componentes<br />
automóveis, o terreno para a instalação<br />
da sua nova unidade industrial em<br />
Portugal. Localiza<strong>do</strong> na freguesia de<br />
Ribeirão, concelho de Famalicão, o terreno<br />
tem uma área de construção de<br />
cerca de 8.000 m². A Tesco já revelou<br />
que espera iniciar a produção na sua<br />
nova unidade, que deverá criar cerca<br />
de 50 novos postos de trabalho, no<br />
próximo mês de Setembro.<br />
“Com uma estratégia de investimento<br />
inova<strong>do</strong>ra, o fun<strong>do</strong> Prime Value foca-se<br />
em operações de development<br />
land (desenvolvimento de solo), actuan<strong>do</strong><br />
na organização e licenciamento<br />
de terrenos para posterior venda a utiliza<strong>do</strong>res<br />
finais ou a promotores, uma<br />
estratégia de investimento inova<strong>do</strong>ra<br />
no merca<strong>do</strong> português, onde a preferência<br />
destes veículos de investimento<br />
está, por norma, focada em operações<br />
da aquisição”, indica um comunica<strong>do</strong><br />
da Prime Value.<br />
No portfólio deste fun<strong>do</strong> de investimento<br />
incluem-se inúmeras operações<br />
de alienação de terrenos estrutura<strong>do</strong>s<br />
e licencia<strong>do</strong>s, entres as quais a venda<br />
de uma área destinada a promoção<br />
residencial no Porto, concretamente<br />
na continuação da Avenida de França/<br />
Carvalhi<strong>do</strong>, adquirida pela promotora<br />
espanhola Reyal Urbis através da sua<br />
subsidiária Euroimobiliária. P.F.
Classifi ca<strong>do</strong>s<br />
VENDE-SE<br />
Propriedades AMI 1028 Válida até 16-6-2010<br />
Sociedade de Mediação Imobiliária, Lda.<br />
LISBOA<br />
SÃO BENTO<br />
Prédio com cachet<br />
Bom investimento<br />
1.500.000 €<br />
Veja fotos destes e de outros imóveis em www.npropriedades.com<br />
RESTELO<br />
MORADIA<br />
T3 Júlio Dinis<br />
Como novo, 140m², 3WC,Suite, coz.<br />
Equipada, garagem+ arrumos<br />
Refª. 10718-P<br />
<strong>Público</strong> Imobiliário Quarta-feira 12 Março 2008 13<br />
Tel. 21 011 10 10/20 Fax 21 011 10 30<br />
De segunda a sexta das 09H00 às 18H00<br />
Moradia – Paranhos<br />
Remodelada, 2 quartos, 100m² a/c<br />
óptimos acabamentos, jardim.<br />
Refª. 10697-P<br />
Rua Viriato, 13<br />
1069-315 Lisboa<br />
pequenosa@publico.pt<br />
Excelente localização. 600 m2 em três pisos, em lote de 1200 m2.<br />
Várias salas, escritório biblioteca, suites. Piscina. Bonito jardim.<br />
T. 213021814 – 966024226 – 919562968 – 935849619 O próprio ao próprio - Telefone: 916 357 136<br />
T2 – Carvalhi<strong>do</strong><br />
C/ novo, 100m², Coz.Equip, 2WC<br />
T2 Duplex - Foz<br />
Impecável, terraço 90m², suite, sala<br />
T3 - Francelos<br />
C/ novo, 170m², sala 40m², terraço<br />
Só 95.000,00€. - Refª 10686-P 59m², 2 lug. Garag. Refª. 10714-P jardim 75m², garag individ 3 carros<br />
EMPREGO<br />
Quiosque República<br />
Joaquim Conceição Unip., Lda.<br />
Assembleia da República, 2.º andar<br />
1249-068 Lisboa<br />
Empresa líder no sector imobiliário internacional, com mais de 300 lojas em 27 países de<br />
5 continentes e em plena expansão em Portugal, necessita para a sua loja de Albufeira:<br />
Requer-se:<br />
Elevadas capacidades directivas e de negociação<br />
Dinamismo e ambição<br />
Domínio de Inglês e Alemão<br />
Escritório – Campo alegre<br />
Como novo 90m², tectos falsos,wc<br />
pav. madeira, garag. Refª 10690-P<br />
LOJA <strong>Público</strong> em<br />
LISBOA<br />
Requer-se:<br />
Capacidade de organização<br />
Muito bom nível de Inglês<br />
(outras línguas serão factor preferencial)<br />
Veículo próprio<br />
Oferece-se: Incorporação imediata num ambiente estrutura<strong>do</strong>, agradável e dinâmico, e<br />
ainda formação no nosso próprio centro imobiliário.<br />
Os interessa<strong>do</strong>s deverão enviar o seu CV para:<br />
albufeira@engelvoelkers.com www.engelvoelkers.com/albufeira<br />
VISITE-NOS !<br />
Alemanha Argentina Áustria Bélgica Chile Chipre Croácia Emira<strong>do</strong>s Árabes Uni<strong>do</strong>s Eslovénia Espanha França Reino Uni<strong>do</strong><br />
Hungria Irlanda Itália Luxemburgo Portugal República Checa Roménia África <strong>do</strong> Sul Suíça Tailândia Turquia USA
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