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Figuras da história de Loriga

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construção do Ringue <strong>de</strong> Patinagem, num complicado processo <strong>da</strong> ocupação dos<br />

terrenos, pertencentes à Fun<strong>da</strong>ção Cardoso <strong>de</strong> Moura. Foram também<br />

concluí<strong>da</strong>s as obras do abastecimento <strong>de</strong> água e saneamento em to<strong>da</strong> a vila.<br />

Como também foram efectua<strong>da</strong>s as obras para o alteamento e reforço <strong>de</strong> muros<br />

dos Poços <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> (Serrano e Covão <strong>da</strong>s Quelhas), que se vieram a tornar<br />

<strong>de</strong> importância vital para a terra.<br />

Foi <strong>de</strong>terminante, e também <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> realce, o seu envolvimento como<br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia, na reorganização <strong>da</strong> Ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong><br />

<strong>Loriga</strong> em 1978, após mais uma crise, (na altura encontrava-se encerra<strong>da</strong>),<br />

tendo sido igualmente fun<strong>da</strong>mental o gran<strong>de</strong> apoio e a contribuição <strong>da</strong><strong>da</strong> por<br />

António <strong>de</strong> Brito Pereira o "Mestre Barriosa" como assim era chamado.<br />

Depois <strong>de</strong> finalmente organiza<strong>da</strong>, a Ban<strong>da</strong> retomou a sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong>, o que<br />

aconteceu no dia do Corpo <strong>de</strong> Deus, estando ain<strong>da</strong> na lembrança <strong>de</strong> muitos<br />

loriguenses, quando nesse dia foi recebi<strong>da</strong> na "Praça" com gran<strong>de</strong> ovação.<br />

Foi, também, nessa altura, que a Ban<strong>da</strong> foi inscrita na Fe<strong>de</strong>ração<br />

Portuguesa <strong>da</strong>s Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cultura e Recreio.<br />

No ano seguinte, em 24 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1979, a Ban<strong>da</strong> realizou uma digressão a<br />

Sacavém para obter apoios <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> loriguense. Para esse efeito, foi<br />

organizado um convívio na Quinta do Seminário dos Olivais e também um<br />

concerto na Cooperativa <strong>de</strong> Sacavém, bem difundido pela imprensa escrita,<br />

on<strong>de</strong> também esteve presente o senhor Álvaro Aparício na sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta, que <strong>de</strong>u uma importante entrevista on<strong>de</strong> realçava as<br />

carências <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />

Casado com a D. Irene Gomes Dinis Prata, eram-lhe reconhecidos os<br />

atributos <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação à esposa e filhos. Também a sua humani<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

amiza<strong>de</strong> para com os outros o fez sempre granjear a estima e admiração dos<br />

seus conterrâneos. Em 12 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1997, sofreu um ru<strong>de</strong> golpe com o<br />

falecimento <strong>da</strong> sua esposa.<br />

Os últimos anos <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> foram vividos na Casa <strong>de</strong> Repouso <strong>da</strong> Nossa<br />

Senhora <strong>da</strong> Guia em <strong>Loriga</strong>, on<strong>de</strong> faleceu no dia 24 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2007, com 81<br />

anos, tendo sido sepultado no cemitério local, vendo <strong>Loriga</strong> <strong>de</strong>saparecer<br />

mais um dos seus filhos a quem tanto ficou a <strong>de</strong>ver, e os Loriguenses viram<br />

partir mais um seu conterrâneo, uma notável figura por quem tiveram sempre<br />

uma gran<strong>de</strong> admiração e estima.<br />

José Moura Mourita<br />

1928 - 1998<br />

- 50 -<br />

Natural <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> on<strong>de</strong> nasceu em 12 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1927, filho <strong>de</strong> Joaquim<br />

Moura Mourita e <strong>de</strong> Maria do Carmo Lopes Vi<strong>de</strong>, também naturais <strong>de</strong>sta<br />

locali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Figura queri<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> foi o "último" Carteiro <strong>de</strong>sta Vila, em épocas<br />

quando a nomenclatura <strong>da</strong>s ruas ou mesmo os números <strong>da</strong>s portas <strong>da</strong>s<br />

habitações faziam parte do nosso imaginário, tendo ao longo <strong>de</strong> muitos anos<br />

<strong>de</strong>sempenhando aquelas funções com muita digni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Foram quilómetros sem conto percorridos ao longo dos anos <strong>de</strong> serviço na<br />

sua profissão <strong>de</strong> Carteiro, <strong>de</strong>vendo ser o único loriguense a conseguir<br />

pisar to<strong>da</strong>s as ruas, becos, pátios, quelhas ou mesmo qualquer recanto <strong>da</strong><br />

povoação, levando consigo boas e más noticias. Conhecia to<strong>da</strong> a gente pelos

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