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Figuras da história de Loriga

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importante para a criação do Posto Telegráfico e Correios nesta<br />

locali<strong>da</strong><strong>de</strong>, man<strong>da</strong>ndo também construir os poços na serra para que no Verão<br />

não falta-se a água para a rega.<br />

Reconhecido pelas suas virtu<strong>de</strong>s humanas, era gran<strong>de</strong> amigo dos pobres a<br />

quem distribuía esmolas semanalmente. Sendo possuidor <strong>de</strong> imensas terras <strong>de</strong><br />

cultivo, viria a ser um gran<strong>de</strong> benemérito para a sua terra que tanto<br />

adorava, oferecendo mesmo os terrenos que eram seus para neles ser<br />

construído o acesso principal à povoação por estra<strong>da</strong>. Esta doação foi <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> importância para a sua terra, bem reconheci<strong>da</strong> pelos seus<br />

conterrâneos loriguenses que, como prova <strong>de</strong> gratidão, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo<br />

perpetuaram o seu nome naquele local, passando aquela via a chamar-se Av.<br />

Augusto Luis Men<strong>de</strong>s.<br />

Envelhecido, foi ficando quase cego, adoece e é levado para Coimbra, vindo<br />

a falecer no dia 26 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1925. O funeral é realizado numa<br />

manifestação <strong>de</strong> dor, on<strong>de</strong> to<strong>da</strong> a população chora o homem que muitos<br />

consi<strong>de</strong>ravam como pai dos pobres, ficando esta locali<strong>da</strong><strong>de</strong> mais pobre ao<br />

ver partir para sempre um dos seus maiores beneméritos.<br />

Cónego Manuel F. Nogueira<br />

1861 - 1944<br />

- 4 -<br />

Nasceu em <strong>Loriga</strong> no dia 7 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1816, era filho <strong>de</strong> Joaquim Fernan<strong>de</strong>s<br />

Nogueira e <strong>de</strong> Custódia Men<strong>de</strong>s Jorge e foi baptizado a 18 do mesmo mês.<br />

Cursou no Seminário <strong>de</strong> Coimbra e foi or<strong>de</strong>nado sacerdote em 10 <strong>de</strong> Outubro<br />

<strong>de</strong> 1884. No ano seguinte, foi nomeado pároco do Pío<strong>da</strong>m concelho <strong>de</strong><br />

Arganil, on<strong>de</strong> transformou aquela freguesia <strong>de</strong> tíbia em fervorosa,<br />

iniciando e radicando nela práticas <strong>de</strong> pie<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>voções que não eram<br />

comuns naquela época, o que <strong>de</strong>monstra a sua intensa vi<strong>da</strong> interior <strong>de</strong><br />

fervoroso apostolado.<br />

Em 1886 levou para junto <strong>de</strong> si alguns rapazes para o ensino do curso<br />

preparatório dos seminários e do liceu, tendo formado no Pío<strong>da</strong>m uma<br />

espécie <strong>de</strong> colégio por on<strong>de</strong> passaram filhos <strong>de</strong> famílias <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as<br />

categorias sociais <strong>da</strong> região que durou até 1906.<br />

Durante esses 22 anos que esteve à frente <strong>da</strong>quela paróquia, para a<br />

população local o Sr.Cónego Nogueira foi como que um anjo enviado por<br />

Deus, on<strong>de</strong> a sua pie<strong>da</strong><strong>de</strong> era um dos aspectos mais característicos <strong>da</strong><br />

bon<strong>da</strong><strong>de</strong> e zelo cristão. A sua pregação estendia-se também às freguesias<br />

vizinhas on<strong>de</strong>, percorrendo ru<strong>de</strong>s caminhos pelas serras, levava a doutrina<br />

<strong>de</strong> Cristo e exercendo a sua ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira cari<strong>da</strong><strong>de</strong>, e distribuindo pelos<br />

pobres aquilo que lhe sobrava.<br />

Em 1907 foi colocado como director espiritual no Seminário <strong>de</strong> Coimbra e,<br />

em 1914, foi nomeado arcipreste do distrito eclesiástico <strong>de</strong> Coimbra. Em 5<br />

<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1922, foi nomeado cónego <strong>da</strong> Sé, pelo Bispo D. Manuel Luiz<br />

Coelho <strong>da</strong> Silva. Mesmo assim e, <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> feição espiritual que lhe era<br />

comum, ficou ain<strong>da</strong> pároco <strong>de</strong> Moinhos (Miran<strong>da</strong> do Corvo) conquistando ali<br />

também muita simpatia e admiração.

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