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seus sobrinhos, alargou o âmbito <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> empresa para outros<br />
ramos <strong>da</strong> construção civil, passando a ser muito reconheci<strong>da</strong> na região.<br />
Homem <strong>de</strong> uma calma impressionante, tinha uma maneira própria <strong>de</strong> estar na<br />
vi<strong>da</strong>. Nunca casando, <strong>de</strong>dicou a sua vi<strong>da</strong> e os seus afectos à família mais<br />
próxima, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente os sobrinhos. A morte <strong>de</strong> seu irmão José, após<br />
doença prolonga<strong>da</strong>, foi um ru<strong>de</strong> golpe para ele. No entanto, resignado,<br />
continuou a orientar e a colaborar com os seus sobrinhos na empresa que se<br />
orgulhava <strong>de</strong> ter fun<strong>da</strong>do.<br />
Sendo uma pessoa muito consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> na Vila e na região, era sempre<br />
atencioso com quem se lhe dirigia solicitando aju<strong>da</strong> ou orientação para a<br />
resolução <strong>de</strong> qualquer problema.<br />
Faleceu em 31 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2001, no Hospital <strong>de</strong> Viseu, aos 85 anos, e foi<br />
sepultado no cemitério <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, sendo recor<strong>da</strong>do pelos Loriguenses, como<br />
um bairrista que tanto amou a sua terra.<br />
António Fernan<strong>de</strong>s Gomes<br />
1915 - 2004<br />
- 30 -<br />
Nasceu em <strong>Loriga</strong>, em 20 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1915, Filho <strong>de</strong> José Fernan<strong>de</strong>s Gomes<br />
e <strong>de</strong> Aurora Men<strong>de</strong>s Dias Santos.<br />
Conhecido por "Repórter Max", escreveu muito sobre a sua terra e a região<br />
serrana on<strong>de</strong>, nos seus artigos, exprimia a sua gran<strong>de</strong> preocupação pela<br />
dignificação <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e <strong>da</strong> região <strong>da</strong> sua Serra <strong>da</strong> Estrela, como também<br />
pela promoção <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s tradicionais, e pela preservação <strong>da</strong>s<br />
características paisagísticas e arquitectónicas <strong>de</strong>sta região serrana.<br />
Fez parte dos quadros <strong>da</strong> Arma<strong>da</strong> Portuguesa, tendo percorrido os quatro<br />
cantos do mundo, chegando a exercer o cargo <strong>de</strong> <strong>de</strong>legado marítimo em<br />
Benguela (Angola).<br />
Foi um dos mais activos <strong>de</strong>fensores <strong>da</strong> imprensa regional, em cujos<br />
congressos nacionais se <strong>de</strong>stacava sempre.<br />
Adorava a sua terra e foi, seguramente, quem mais escreveu sobre ela, quer<br />
em jornais nacionais, como o "Século" e o "Diário <strong>de</strong> Noticias", quer em<br />
jornais regionais, como a "Voz <strong>da</strong> Serra", "Porta <strong>da</strong> Estrela" e "A Neve".<br />
Escreveu, também, em muitos outros jornais do antigo ultramar português,<br />
nomea<strong>da</strong>mente, a "Voz <strong>de</strong> Macau" e o "Jornal <strong>de</strong> Benguela".<br />
A sua obra conheci<strong>da</strong> está reuni<strong>da</strong> em três volumes que intitulou "Crónicas<br />
do Repórter Max", com edição do autor, on<strong>de</strong> estão compilados textos<br />
abarcando várias temáticas que escreveu em vários jornais.<br />
Faleceu no dia 3 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2004 em Lisboa, on<strong>de</strong> foi sepultado.