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Figuras da história de Loriga

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missão <strong>de</strong> ensinar as primeiras letras às crianças.<br />

Exerceu o magistério em <strong>Loriga</strong>, durante quarenta e um anos. Ensinou<br />

gerações <strong>de</strong> alunos, cujos testemunhos evi<strong>de</strong>nciam o rigor, o empenho e o<br />

elevado nível <strong>de</strong> exigência que colocava nos seus ensinamentos, e que se<br />

traduziam nos bons resultados por eles obtidos.<br />

Casou com Alberto Pires Gomes, também professor primários, que tinha sido<br />

colocado em <strong>Loriga</strong>, on<strong>de</strong> se radicou.<br />

No dia 22 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1974, foi homenagea<strong>da</strong>, bem como, o seu marido<br />

professor Alberto Pires Gomes, numa significativa homenagem que os antigos<br />

alunos <strong>de</strong> várias i<strong>da</strong><strong>de</strong>s quiseram prestar, como reconhecimento pelas suas<br />

virtu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> educadora e à qual se associaram vários organismos <strong>de</strong><br />

<strong>Loriga</strong>, Junta <strong>de</strong> Freguesia e Ban<strong>da</strong> <strong>da</strong> Música, que acompanhou os cânticos<br />

na missa que foi realiza<strong>da</strong> inseri<strong>da</strong> nessa homenagem.<br />

Além <strong>de</strong> muitas pessoas que associaram à esta homenagem, esteve também<br />

presente muitos familiares <strong>de</strong>sta distinta senhora, entre eles o seu<br />

sobrinho Dr. Almei<strong>da</strong> Santos na altura ministro <strong>da</strong> Coor<strong>de</strong>nação do<br />

Território.<br />

A Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, também como prova <strong>de</strong> gratidão, <strong>de</strong>cidiu com<br />

justiça, que o nome <strong>de</strong>sta ilustre professora passasse a fazer parte <strong>da</strong><br />

Toponímia <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, sendo atribuído o seu nome a uma <strong>da</strong>s ruas do Bairro<br />

<strong>da</strong>s Pene<strong>da</strong>s, logo após este ter sido construído.<br />

Faleceu em <strong>Loriga</strong>, com 78 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, no 2 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1982, per<strong>de</strong>ndo<br />

<strong>Loriga</strong> uma senhora <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s virtu<strong>de</strong>s, sendo sepulta<strong>da</strong> no cemitério<br />

local.<br />

António Moura Pina<br />

1907 - 1988<br />

- 22 -<br />

Nasceu em <strong>Loriga</strong> em 15 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1907. Ain<strong>da</strong> novo foi aprendiz <strong>de</strong><br />

tecelão, mas foi a profissão <strong>de</strong> sapateiro que ele viria <strong>de</strong>sempenhar<br />

durante to<strong>da</strong> a sua vi<strong>da</strong>, que o tornou um gran<strong>de</strong> oficial nesta arte e com<br />

certa fama nos arredores.<br />

Homem popular e <strong>de</strong> boas maneiras, notabilizou-se por uma juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

boémio, trovador, comediante, cantando serenatas que <strong>de</strong>leitavam os ouvidos<br />

<strong>da</strong>s moças dos anos <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> 1920 em <strong>Loriga</strong>. Nos bailes, vestia-se <strong>de</strong><br />

mulher, fazendo critica <strong>de</strong> tudo que lhe parecia errado na sua terra sendo,<br />

por isso intitulado <strong>de</strong> "<strong>de</strong>savergonhado".<br />

Sempre <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação à música, passa pela Ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> Musical, ensina<br />

ain<strong>da</strong> viola e bandolim a muitos estu<strong>da</strong>ntes que se reuniam na sua sapataria<br />

que, mais parecia um local <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros concertos musicais, sobrando-lhe<br />

ain<strong>da</strong> tempo para fazer parte do Grupo Coral <strong>da</strong> igreja matriz, tocando o<br />

órgão.<br />

Ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente religioso, foi sempre um fiel servidor <strong>da</strong> igreja, ensaiado<br />

diversos grupos litúrgicos, sendo até um dos fun<strong>da</strong>dores <strong>da</strong> Liga<br />

Eucarística dos Homens. Durante muitos anos exerceu ain<strong>da</strong> as funções <strong>de</strong><br />

zelador <strong>da</strong> Irman<strong>da</strong><strong>de</strong>, cargo que <strong>de</strong>sempenhou com muita vocação e muita<br />

eficiência na organização <strong>da</strong>s procissões, na distribuição <strong>da</strong>s velas, na<br />

montagem trabalhosa <strong>da</strong> Essa ("Ercia" como era assim chama<strong>da</strong> pelo povo),<br />

para os funerais e o respectivo anúncio, logo pela manhã, <strong>da</strong>ndo volta à

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