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quase um <strong>de</strong>gredo. E era fácil vê-lo escutando a sua Ban<strong>da</strong>, procurando ser<br />
discreto, mas a paixão não o <strong>de</strong>ixava ocultar. Voltaria novamente à<br />
regência <strong>da</strong> Ban<strong>da</strong> Filarmónica <strong>da</strong> sua terra, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> todos esses anos, já<br />
velhinho, uma vez mais para a salvar.<br />
Popularmente mais conhecido por "Mestre Barriosa", foi a muitos que<br />
ensinou música, passando-lhe pelas mãos quase todos os executantes <strong>da</strong><br />
Ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> no seu tempo, até se dizia que era "ele a fazer a Ban<strong>da</strong>, e<br />
<strong>de</strong>pois eram outros a possuí-la".<br />
Sendo pessoa <strong>de</strong> bem tinha na sua modéstia, uma virtu<strong>de</strong>, que ao longo dos<br />
tempos lhe fez angariar a estima, a amiza<strong>de</strong> e o respeito dos seus<br />
conterrâneos.<br />
Chegou a ser regente <strong>de</strong> outras Ban<strong>da</strong>s, a <strong>de</strong> Silvares e <strong>de</strong>pois a <strong>de</strong><br />
Candosa, mas nelas não "murou" muito tempo, pois a Ban<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a sua<br />
terra, para ele eram tudo.<br />
Era casado com Maria dos Anjos Alves Dinis, e pai do Albano, Manuel, João,<br />
António e I<strong>da</strong>lina, que tal como o pai muito viriam a fazer pela comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
loriguense.<br />
Faleceu velhinho e cansado em <strong>Loriga</strong>, no dia 24 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1987, o<br />
funeral foi realizado para o cemitério local on<strong>de</strong> ficou sepultado.<br />
Per<strong>de</strong>ndo <strong>Loriga</strong> um dos seus filhos queridos, que adorando a sua terra,<br />
acima <strong>de</strong> tudo amava a sua Ban<strong>da</strong>, que por ela, gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong><br />
lutou, para que continua-se a manter-se bem viva e bem activa.<br />
José Lopes <strong>de</strong> Macedo<br />
1897 - 1974<br />
Nasceu em <strong>Loriga</strong> em 13 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1897. Deixando a sua terra com<br />
<strong>de</strong>stino a Belém-Pará Brasil ain<strong>da</strong> muito jovem. Estudou na Phenix Caixeral<br />
Paraense, on<strong>de</strong> concluiu o curso <strong>de</strong> Contador, vindo a ser um dos mais<br />
competentes profissionais numa época em que o ensino contábil no Pará<br />
ain<strong>da</strong> não era ministrado a nível superior.<br />
Patriota sincero, trabalhou na administração <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as associações<br />
portuguesas luso-brasileiras, existentes no seu tempo e, presidiu por<br />
alguns anos no Centro Loriguense <strong>de</strong> Belém, do qual foi um dos seus<br />
fun<strong>da</strong>dores, assim como foi membro <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque <strong>da</strong> União Comercial do<br />
Prará-Brasil.<br />
Notabilizou-se nos <strong>de</strong>sportos náuticos, on<strong>de</strong> alcançou vitórias para a TUNA,<br />
Luso-Brasileira, quando participou <strong>de</strong> guarnições <strong>de</strong> remo, que alcançaram o<br />
primeiro lugar nas regatas, conquistando troféus para a Enti<strong>da</strong><strong>de</strong> que<br />
representavam e me<strong>da</strong>lhas <strong>de</strong> ouro individuais.<br />
Gran<strong>de</strong> entusiasta <strong>da</strong> Obra <strong>da</strong> Associação do Pão <strong>de</strong> Santo António, <strong>de</strong> amparo<br />
às pessoas <strong>da</strong> terceira i<strong>da</strong><strong>de</strong>, juntamente com a sua esposa D.Josefina,<br />
prestaram aquele organismo, relevantes serviços on<strong>de</strong> durante muitos anos<br />
colaboraram em to<strong>da</strong>s as promoções para angariar fundos para a manutenção<br />
<strong>de</strong>ssa notável enti<strong>da</strong><strong>de</strong> filantrópica.<br />
Homem notável e <strong>de</strong> boas maneiras, apesar <strong>de</strong> tudo não esquecia a sua terra,<br />
sempre pronto a contribuir quando havia iniciativas a favor <strong>de</strong>la.<br />
Faleceu no Hospital <strong>da</strong> Beneficiente Portuguesa em Belém - Brasil, em 23 <strong>de</strong><br />
Março <strong>de</strong> 1974, vendo <strong>Loriga</strong> <strong>de</strong>saparecer mais um dos seus filhos que longe<br />
se notabilizou.<br />
Emídio Gomes Figueiredo<br />
1897 - 1969<br />
- 15 -<br />
Nasceu em <strong>Loriga</strong>, e era filho <strong>de</strong> Manuel Gomes Figueiredo e <strong>de</strong> Maria Gomes<br />
Lages. O "Ti Emídio Correia" como popularmente era mais conhecido, foi um