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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CONCESSIONÁRIOS RENAULT<br />
abrare<br />
RENAULT SYMBOL<br />
O SEXTO CARRO PREVISTO NO CONTRATO <strong>2009</strong><br />
É LANÇADO NO BRASIL<br />
RENTABILIDADE<br />
Luiz Fernando Pedrucci<br />
aposta no pós-venda para<br />
superar a crise.<br />
RENÚNCIA FISCAL<br />
Redução do IPI impulsiona<br />
a venda de carros no<br />
primeiro trimestre.<br />
MARÇO ABRIL <strong>2009</strong><br />
news<br />
MARKETING<br />
11<br />
Em tempos de crise,<br />
empresas mudam estratégias<br />
de comunicação.
A Renault e a Elf são parceiras há mais de 40 anos, desenvolvendo<br />
tecnologia de última geração e alcançando grandes resultados,<br />
como a conquista de 5 campeonatos mundiais de Fórmula 1.<br />
Um sucesso que começou nas pistas e tomou conta das ruas,<br />
mostrando que confiança e colaboração são a base de qualquer<br />
relação comprometida com a busca da inovação.<br />
Continue de olho nessa parceria que promete<br />
andar na frente por muitos e muitos anos.<br />
www.elfbras.com.br<br />
(11) 3848-2600 Uma marca da
Publicação bimestral da <strong>Abrare</strong><br />
Associação Brasileira dos Concessionários Renault<br />
Ano 5 – Edição 11 – <strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
Presidente<br />
Melchior Luiz Duarte de Abreu<br />
Vice-Presidente<br />
Mário Sérgio Moreira Franco<br />
Diretoria Executiva<br />
Adelar Santarém<br />
Dorival Luchini<br />
Fernando Figueiredo<br />
José Roberto Pasqua<br />
Leandro de Oliveira<br />
Lello Pepe Filho<br />
Mário Antônio dos Santos<br />
Osmar Laschewitz<br />
Victor Hara<br />
Wellington Pereira David<br />
Editoria e Redação<br />
MCE – Mazzuchini Comunicação e Eventos<br />
Rua Frei Rolim, 59 – CEP 04151-000 – São Paulo, SP<br />
Tels.: (11) 2577-6533 e 5582-0049<br />
e-mail: rita@mcepress.com.br<br />
Editora e Jornalista Responsável<br />
Rita Mazzuchini (Mtb 22128)<br />
Editor Assistente e Redação<br />
Igor Francisco<br />
Redação<br />
Solange Suzigan<br />
Projeto Gráfico e Edição de Arte<br />
Heraldo Galan e Patricia Tagnin<br />
Fotos<br />
Marcos Alves, divulgação e stock-xchng<br />
Comercial<br />
Gutenberg Soledade<br />
Tels.: (11) 2281-8134 / cel: (11) 9169-7485<br />
e-mail: abrare@dnfpropaganda.com.br<br />
Impressão<br />
Neoband<br />
Tiragem<br />
3000 mil exemplares – distribuição nacional gratuita.<br />
Endereço para correspondência<br />
<strong>Abrare</strong><br />
Associação Brasileira dos Concessionáros Renault<br />
Avenida Indianópolis, 1967 – Planalto Paulista<br />
CEP 04063-003 – São Paulo/ SP<br />
Tel.: (11) 5582-0039 / Fax: (11) 5594-8504<br />
E-mail: abrare@abrare.com.br<br />
Para contatos na redação<br />
E-mail: rita@mcepress.com.br<br />
Autorização para reprodução de textos.<br />
As matérias assinadas nesta revista são de responsabilidade<br />
do autor não representando, necessariamente, a opinião da<br />
<strong>Abrare</strong>. Autorizada a reprodução total ou parcial das matérias<br />
sem assinatura, desde que mencionada a fonte. A reprodução<br />
de matérias e artigos assinados devem contemplar<br />
autorização prévia e por escrito do autor.<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
Editorial<br />
Melchior Luiz Duarte de Abreu<br />
Presidente da ABRARE<br />
Medidas acertadas<br />
garantem resultados<br />
O mundo não acabou e o Brasil está passando pela crise com atitudes fortes<br />
e coerentes que, ao menos no caso da distribuição de veículos, tem dado<br />
o resultado esperado. A renovação dos incentivos concedidos ao setor,<br />
com a redução do IPI e IOF para o segmento de automóveis e comerciais<br />
leves, oferece um panorama positivo para o mercado ao menos até o<br />
final de junho, quando se espera pela retomada natural da economia.<br />
Essas medidas, atreladas às promoções de venda das montadoras e<br />
a um comportamento mais aprimorado das concessionárias no que<br />
diz respeito ao atendimento aos clientes, devem atenuar os impactos<br />
da crise global por aqui e, ainda que não tenhamos os resultados<br />
positivos de 2008, teremos refreado as perdas anunciadas em volume<br />
maior se nada fosse feito para amenizar a crise em nosso setor.<br />
Contudo, vale ressaltar que nós, empresários do setor, temos que trabalhar<br />
com as variáveis que temos controle. Diante de uma crise, que acaba por<br />
abalar as margens de comercialização e os volumes de vendas, temos que ter<br />
controle eficaz sobre o nosso caixa e nossos custos, assim como aprimorar<br />
serviços nas áreas de pós-vendas e F&I. Melhorar a gestão das empresas<br />
é algo que se deve ter como permanente e que, num momento de crise,<br />
pode significar a diferença entre ter resultados positivos ou negativos.<br />
É claro que não devemos fazer cortes desnecessários. Ao contrário,<br />
mais do que nunca, devemos pensar na manutenção de empregos e na<br />
capacitação de nossas equipes, assim como investir na comunicação<br />
eficaz para que, com a retomada do mercado, estejamos preparados<br />
para alcançar marcas recordes não apenas em rentabilidade mas,<br />
fundamentalmente, nos índices de satisfação de nossos clientes.<br />
A Renault do Brasil está focada nisso e temos, na marca, uma oferta<br />
de produtos – agora abrilhantada com o lançamento do Symbol -,<br />
e de serviços como a garantia de três anos, seguros diferenciados<br />
e um leque de acessórios que nos permitirão fidelizar clientes e<br />
conquistar maior fatia do mercado, seja em que cenário for.<br />
Estejamos, portanto, confiantes e realistas. Vamos trabalhar fortemente<br />
nossa marca e nossa gestão e garantir o futuro de nossos negócios.<br />
Um forte abraço e boa leitura!<br />
3
Sumário<br />
Mundo Renault 6<br />
Renault lança exposição em<br />
comemoração aos 10 anos de<br />
atividades no Brasil.<br />
Matéria de capa 14<br />
Ao lançar o Renault Symbol, montadora francesa<br />
cumpre o prometido com o Contrato <strong>2009</strong> e<br />
traça estratégias para o futuro.<br />
Opinião 11<br />
José Pio Martins, da Universidade Positivo, indica que<br />
a atual crise significa um colapso no capitalismo.<br />
Mercado Global 12<br />
XIX Congresso Fenabrave abre inscrições pela internet.<br />
Administração 23<br />
Professor Luiz Marins ensina dicas de como encantar<br />
o cliente na concessionária.<br />
Holofote 24<br />
O diretor de pós-vendas da Renault do Brasil, Fernando Pedrucci,<br />
acredita que uma operação com grande desempenho no pós-venda<br />
pode ser a solução da rede para momentos de crise.<br />
Marketing 31<br />
Em tempos de crise, rede de concessionários e montadoras<br />
mudam o tom da comunicação com os clientes.<br />
Economia e Negócios 34<br />
Renúncia fiscal feita pelo governo, para estimular vendas no setor, fez<br />
com que o mês de março ficasse marcado como o melhor da história.<br />
No Stress 36<br />
Atrações e belezas naturais de Foz do Iguaçu.<br />
4 <strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
Brands & Players 28<br />
VW inicia as vendas do coupé<br />
conversível Eos e a Fiat lança<br />
veículos para o mercado colombiano.<br />
5
Bouti que com a<br />
assinatura Sandero<br />
Stepway<br />
Produtos de vestuário com desenhos e<br />
estampas inspiradas no modelo Sandero<br />
Stepway já estão à venda em toda a rede<br />
de concessionárias da Renault do Brasil.<br />
Um dos diferenciais dessa linha é o<br />
fato de aliar discrição com qualidade<br />
de materiais: o cliente poderá, por<br />
exemplo, usar uma camiseta inspirada<br />
nos grafi smos exclusivos do Stepway<br />
que identi fi ca sua ligação com o seu<br />
veículo e/ou seu esti lo de vida.<br />
Em breve, a Renault também<br />
ampliará a gama de produtos<br />
disponibilizados na “Bouti que<br />
Renault”, com a a inclusão inclusão da uma<br />
série de itens itens inspirados inspirados nos demais<br />
modelos comercializados pela<br />
marca no País, além dos itens<br />
desenvolvidos com as cores, a<br />
tecnologia e a esporti vidade<br />
da equipe Renault F1 Team.<br />
Os produtos da “Bouti que<br />
Renault” foram idealizados para<br />
atender não apenas a clientes<br />
da marca ou de determinado<br />
modelo comercializado pela<br />
montadora francesa. “Os itens<br />
que compõem a ‘Bouti que<br />
Renault’ foram desenvolvidos<br />
dentro da fi losofi a de serem<br />
elegantes, discretos e produzidos<br />
com material de óti ma qualidade,<br />
o que os torna apropriados para o<br />
uso em qualquer ambiente”, explica<br />
Luiz Fernando Pedrucci, Diretor de<br />
Pós-Vendas da Renault do Brasil. O<br />
executi vo faz questão de enfati zar que<br />
os produtos da “Bouti que Renault”<br />
contam com um “design moderno e<br />
contemporâneo, além de grafi smos e<br />
detalhes de esti lização que remetem à<br />
marca, mas sem que isso signifi que que<br />
as pessoas ‘rotulem’ uma camiseta, por<br />
exemplo, como material de divulgação”.<br />
6<br />
Mundo Renault<br />
Janeiro Fevereiro <strong>2009</strong>
Liderança do ranking<br />
CAR Group<br />
Mundo Renault<br />
Pelo segundo ano consecutivo, a Renault do Brasil é a empresa que possui o<br />
maior número de veículos na liderança do CAR Group, ranking realizado pelo<br />
CESVI Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária). Neste ano, os<br />
modelos Sandero Stepway, Scénic, Mégane Sedan e Mégane Grand Tour foram<br />
apontados pelo CESVI Brasil como os líderes nos segmentos “Hatch Compacto<br />
Off-Road”, “Minivan”, “Sedan Médio” e “Station Wagon”, respectivamente.<br />
O CAR Group (CESVI Automotive Rating) é realizado pelo CESVI Brasil<br />
e classifica os veículos de acordo com os custos e a facilidade de<br />
realização de reparos nos veículos comercializados no Brasil.<br />
Segundo Christian Pouillaude, Vice-Presidente Comercial da Renault do Brasil,<br />
entre os motivos que levaram a montadora francesa a ser a empresa que<br />
possui o maior número de veículos de passeio no topo do ranking CAR Group<br />
é a utilização das mais modernas tecnologias e materiais desde a fase inicial de<br />
desenvolvimento dos modelos. Soma-se a isso, o árduo trabalho com o objetivo<br />
de nacionalizar um grande número de componentes, o que possibilitou a Renault<br />
do Brasil adotar uma política bastante competitiva de preços sugeridos de peças.<br />
De acordo com Luiz Fernando Pedrucci, Diretor de Pós-Vendas da Renault do Brasil,<br />
“a liderança conquistada pelos modelos Sandero Stepway, Scénic, Mégane Sedan e Mégane<br />
Grand Tour é uma importante informação para clientes e seguradoras. O ranking CAR<br />
Group aponta os modelos que proporcionam um reparo fácil e barato, possibilitando, às<br />
empresas seguradoras, estabelecer tarifas de prêmios e franquias a valores mais acessíveis”.<br />
O executivo do Departamento de Pós-Vendas da Renault do Brasil explica ainda que<br />
“as informações do CAR Group permitem aos clientes comparar, no momento da compra,<br />
os modelos Sandero Stepway, Scénic, Mégane Sedan e Mégane Grand Tour com os seus<br />
concorrentes diretos, sabendo assim, o quão simples e ágil é a realização de reparos”.<br />
8<br />
Nova gerente de<br />
publicidade<br />
Desde o mês de março, o Departamento<br />
de Marketing da Renault do Brasil tem<br />
nova Gerente de Marketing Publicidade,<br />
responsável por toda comunicação<br />
com o cliente, propaganda e eventos.<br />
A profissional Andréa Laborne Costa<br />
Vieira chega para ocupar a posição<br />
anteriormente comandada por Vanessa<br />
Castanho, que assume a Gerência de<br />
Marketing Produto – Segmento de<br />
Carros Médios da Renault do Brasil.<br />
Andréa chega à empresa com a missão de<br />
gerenciar todas as ações de publicidade<br />
da marca e produto, incluindo<br />
campanhas – off e online –, site de<br />
internet, estratégias de fidelização<br />
de clientes e eventos, entre outras<br />
atividades. Formada em Publicidade<br />
& Propaganda pela PUC-Minas e em<br />
Administração de Empresas pela<br />
FUMEC e com MBA em Marketing<br />
& E-Commerce pela University<br />
of Iowa, Andréa contabiliza<br />
passagens por empresas<br />
como Ford Motor Co. e<br />
McDonald’s Corporation.<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>
Comemoração<br />
de uma década<br />
no Brasil<br />
Como parte das celebrações dos 10 anos<br />
de atividade no país, e em comemoração<br />
ao Ano da França no Brasil, a Renault<br />
está trazendo duas exposições de arte<br />
e fotografia. A mostra Fotos de Robert<br />
Doisneau – Exposição “A Renault de<br />
Doisneau” acontece entre 23 de abril<br />
e 14 de junho em Curitiba, na Casa<br />
Andrade Muricy e, entre os dias 26<br />
de outubro e 6 de dezembro em São<br />
Paulo, na Fiesp. A exposição traz 106<br />
fotografias produzidas pelo fotógrafo<br />
francês Robert Doisneau (1912-1994)<br />
entre os períodos de 1934 a 1939 e 1946<br />
a 1955. No primeiro período, o artista<br />
foi funcionário regular da empresa,<br />
contratado para registrar em imagens o<br />
cotidiano da indústria e suas atividades.<br />
No segundo momento, já famoso, foi<br />
contratado como freelancer para registrar<br />
material de mídia dos produtos Renault.<br />
A segunda mostra, “Uma Aventura<br />
Moderna – Exposição da Coleção de Arte<br />
Renault”, apresentará 96 obras (muitas<br />
de grandes dimensões) produzidas entre<br />
1965 e 1985 por artistas apoiados pela<br />
Renault em um sistema diferente de<br />
mecenato. Por duas décadas, a Renault<br />
investiu em artistas de vanguarda –<br />
tanto no suporte financeiro como na<br />
disponibilização de suas instalações<br />
industriais como ateliês e até na oferta<br />
de novas matérias-primas –, a fim de<br />
estimular a efervescente produção<br />
artística. Em contrapartida, a empresa<br />
solicitava apenas uma retribuição: que<br />
estes artistas – futuros ícones da arte<br />
moderna – fizessem a ligação entre a<br />
arte e o mundo industrial, que até então<br />
não se conheciam ou se comunicavam.<br />
Desta parceria resultou um acervo de<br />
300 obras – considerado um dos mais<br />
notáveis entre empresas privadas – que<br />
retratam 20 anos de arte contemporânea.<br />
A mostra “Uma Aventura Moderna”<br />
estará em Curitiba de 16 de maio a 9<br />
de agosto, no Museu Oscar Niemeyer,<br />
e em São Paulo de 10 de setembro a<br />
15 de dezembro, no Museu de Arte<br />
Contemporânea (MAC - Bienal).<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
9
Open Veículos é indicada<br />
para o Renault Global<br />
Quality Awards<br />
A concessionária Open Veículos, da cidade<br />
de Cascavel, no Paraná, será a representante<br />
brasileira no Renault Global Quality Awards,<br />
premiação concedida às concessionárias<br />
Renault que fornecem a melhor qualidade<br />
de vendas e pós-venda de atendimento ao<br />
cliente. Os prêmios serão também concedidos<br />
aos concessionários que compõem o mais<br />
notável progresso neste domínio.<br />
É a segunda vez consecutiva que a Open<br />
é indicada ao maior prêmio fornecido<br />
pela marca. A empresa concorrerá com<br />
concessionárias de 30 países, localizadas<br />
em quatro continentes. O resultado do<br />
desempenho é baseado na satisfação do<br />
cliente na venda (QVN) e pós-venda (QSO).<br />
A informação é recolhida por meio de pesquisas<br />
telefônicas realizadas com os clientes, e os<br />
resultados são expressos como uma percentagem<br />
de clientes completamente satisfeitos com os<br />
serviços que foram prestados.<br />
Em 2007, a concessionária se classificou em 1º<br />
lugar no ranking brasileiro, com 86,8 pontos.<br />
No ano passado, quando também se classificou<br />
na primeira posição, obteve um índice de 87,1<br />
pontos. A Renault tem por objetivo atingir<br />
uma taxa média de 80% de clientes “totalmente<br />
satisfeitos”, mundialmente, ainda em <strong>2009</strong>.<br />
Mundo Renault<br />
Jovialidade no Salão de Genebra<br />
Durante a edição deste ano do Salão de Genebra, a Renault se destacou<br />
com uma das linhas de automóveis mais jovens e esportivas do mercado<br />
europeu. Além da última geração de seu campeão de vendas, o Novo<br />
Renault Clio, nas carrocerias hatch e station wagon, a montadora<br />
francesa revelou quatro novos modelos da família Mégane:<br />
Grand Scénic, Scénic, Mégane Estate e Mégane Renault Sport.<br />
Disponível a partir do final de abril deste ano na Europa, o Novo<br />
Renault Grand Scénic (5 e 7 lugares) será o terceiro veículo da<br />
família Novo Mégane a ser comercializado, após o Hatch e o<br />
Coupé. Em seguida, será a vez do Novo Renault Scénic e do<br />
Novo Renault Mégane Estate, em junho deste ano e, depois, do<br />
Novo Mégane Renault Sport, no quarto trimestre de <strong>2009</strong>.<br />
Portanto, em menos de um ano, a Renault terá renovado<br />
quase toda a sua linha de produtos no principal segmento<br />
do mercado europeu. Além disso, a empresa terá uma das<br />
linhas de automóveis mais jovens do mercado europeu, assim<br />
como a maior oferta de monovolumes da Europa, com seis<br />
modelos disponíveis (Renault Modus, Grand Modus, Renault<br />
Scénic, Grand Scénic, Renault Espace e Grand Espace).<br />
Renault Sport Experience<br />
Organizado pela Renault Sport Technologies desde 2005, a Renault Sport<br />
Enthusiast Days visa não apenas aqueles que desejam conduzir um veículo<br />
em uma pista com total segurança, mas também aquelas pessoas que<br />
querem explorar o mundo da Renault Sport e os seus mais recentes modelos.<br />
Com 28 datas já agendadas na França e no resto da Europa, o Renault Sport<br />
Enthusiast Days oferece corridas e uma ampla gama de atividades agradáveis<br />
e divertidas. Para participar e pilotar um Clio Cup, por exemplo, o interessado<br />
investe apenas € 30 para desfrutar de uma experiência inesquecível.<br />
Supervisionados por experientes instrutores, os participantes aprenderão<br />
muito mais do que a qualidade e a forma de pilotagem dos veículos testados.<br />
Eles poderão melhorar a sua performance na condução esportiva, ainda<br />
mais com a possibilidade de guiar veículos da linha Renault Sport.<br />
Partindo de Nogaro para Le Mans, sem esquecer Dijon ou le Val de Vienne,<br />
estão programados 16 dias de testes na França, sendo cada um em uma<br />
pista diferente. O programa também inclui eventos em Spa-Francorchamps,<br />
Zolder (Bélgica), Brands Hatch, Oulton Park e Caldwell Park (Reino Unido).<br />
10<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>
Opinião<br />
Intervenção estatal malfeita<br />
A crise financeira mundial e o surpreendente volume de erros<br />
do sistema de empréstimos imobiliários nos EUA têm levado os<br />
adversários do liberalismo a dizer que “a era neoliberal acabou”.<br />
Alguns outros, órfãos do extinto comunismo, ressuscitaram a<br />
tese de que a atual crise significa o colapso do capitalismo.<br />
Em realidade, a baixa taxa de juros, a<br />
desregulamentação das operações financeiras<br />
com derivativos e o formato das operações de<br />
financiamentos para compra de imóveis foram alguns dos<br />
ingredientes que produziram a gigantesca soma de trilhões<br />
de dólares em empréstimos para pessoas sem capacidade<br />
de pagar as dívidas que contraíram. Tudo isso é verdade.<br />
Tudo isso é ruim para a proposta liberal.<br />
Todavia, é preciso explicar algumas coisas. A liberdade<br />
total dos mercados financeiros não é perfeita e mesmo<br />
o mais renitente liberal sabe que é preciso definir certas<br />
regras do jogo. Entretanto, é preciso dizer com todas as<br />
letras que o governo dos Estados Unidos interveio, em<br />
várias ocasiões, para piorar a liberdade. Quando, no<br />
governo Bill Clinton, a legislação estimulou e induziu os<br />
financiamentos para os “ninjas” (sigla que significa “no<br />
income, no job, no assets”, ou seja, aqueles sem renda, sem<br />
emprego e sem ativos), a intervenção do governo piorou<br />
em muito a liberdade.<br />
Os bancos que deram empréstimos aos ninjas fizeram,<br />
por indução governamental, operações de seguro dos<br />
empréstimos, a maior parte das apólices garantidas<br />
pelas duas mais importantes instituições de garantia de<br />
dívidas, as falidas Freddie Mac e Fannie Mae. Essas duas<br />
instituições garantiram 12 trilhões de dólares de devedores<br />
hipotecários para atender uma política habitacional do<br />
governo americano, o que se revelou, após a crise, num<br />
caso típico de intervenção governamental que piorou<br />
a liberdade. Não se trata de defender dogmaticamente<br />
o liberalismo, mas fico me perguntando o seguinte: se<br />
o governo americano não tivesse se intrometido nessa<br />
questão e se o Banco Central daquele país tivesse mantido<br />
regras duras para concessão de empréstimos imobiliários<br />
de prazo longo será que milhões de devedores teriam dado<br />
Por José Pio Martins<br />
José Pio Martins é economista e Vice-Reitor da Universidade Positivo.<br />
o calote? Ou melhor, será que esses trilhões de dólares<br />
teriam sido emprestados?<br />
Certamente não. Claro que alguém poderia argumentar<br />
que também milhões de famílias americanas não teriam<br />
adquirido suas casas próprias. É verdade. Olhemos o<br />
exemplo do Brasil: aqui não há esse tipo de financiamento<br />
maluco para nenhum ninja. Mas também há pelo menos<br />
30 milhões de brasileiros morando em favelas e em<br />
moradias não-dignas. Os americanos tentaram acabar com<br />
o problema habitacional levando financiamento a juros<br />
baixíssimos a quem nem emprego direito tinha. A crise<br />
é, sim, resultado de uma má intervenção do governo e de<br />
uma regulação malfeita.<br />
Quanto ao colapso do capitalismo, trata-se de uma<br />
profecia precipitada. O liberalismo, no sentido de a menor<br />
intervenção possível do governo na economia, pode<br />
ter sofrido um abalo. Mas o capitalismo, como sistema<br />
econômico baseado na propriedade privada dos meios de<br />
produção, na organização da produção em empresas, no<br />
trabalho assalariado e nos mercados institucionalmente<br />
regulamentados, esse não morreu nem vai morrer. E por<br />
razão muito simples: a humanidade não tem nada melhor<br />
para pôr no seu lugar. E mais: o comunismo não é um<br />
sistema politicamente viável porque é impossível implantálo<br />
sem um banho de sangue.<br />
Qualquer sistema baseado na eliminação do direito<br />
de propriedade privada e na supressão das liberdades e<br />
direitos individuais da pessoa humana não tem chance<br />
de prosperar. Portanto, o que o mundo tem de fazer é<br />
consertar os defeitos do capitalismo de livre mercado e<br />
dar-lhe mais segurança. E a tarefa primeira não é acabar<br />
com a liberdade dos mercados, mas sim acabar com as<br />
intervenções governamentais mal-feitas e as regulações<br />
sem lógica.<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong> 11
Tata Motors lança Nano<br />
por US$ 1.979<br />
Mercado Global<br />
A montadora indiana<br />
Tata Motors<br />
promoveu, em<br />
março, em<br />
Mumbai, na Índia,<br />
o lançamento<br />
do Nano,<br />
considerado<br />
o carro mais<br />
barato do mundo.<br />
O carro estará no showroom dos revendedores na Índia a<br />
partir da primeira semana de abril. O Nano custará 100 mil<br />
rúpias, o equivalente a US$ 1.979, mas esse é o valor na<br />
saída da fábrica, ao qual serão acrescentadas as margens dos<br />
concessionários e os custos do frete e eventuais acessórios.<br />
A fábrica dedicada à montagem do Nano só estará concluída<br />
em 2010, com capacidade para 250 mil unidades por ano. Até<br />
lá, o veículo será produzido em uma unidade próxima à Nova<br />
Delhi, com capacidade para três mil unidades mensais, segundo<br />
avaliação do consultor Vignesh Chadran, da Frost & Sulivan.<br />
Entre as soluções para tornar o Nano um carro ultrabarato<br />
estão o emprego de apenas um limpador de para-brisa, o<br />
abastecimento de fluidos e até da gasolina no compartimento sob<br />
o capô (não há tampa externa do reservatório de combustível);<br />
apenas um espelho retrovisor, para o motorista; e a tampa<br />
traseira fixa, já que o acesso ao porta-malas é feito dobrando<br />
internamente os bancos traseiros; simplificação da fixação<br />
das rodas, com apenas três parafusos. Os únicos opcionais<br />
de fábrica são ar condicionado e vidros elétricos – tudo<br />
mais, incluindo rádio, rodas de alumínio e espelho retrovisor<br />
para o passageiro, deve ser adquirido na concessionária.<br />
Vendas caem na Venezuela<br />
Apesar da política de incentivos à produção de veículos,<br />
as vendas internas na Venezuela acumulam quedas<br />
consecutivas. Segundo dados da Cavenez, associação<br />
que reúne as fabricantes de veículos naquele país, de<br />
março de 2008 a fevereiro <strong>2009</strong>, as vendas internas<br />
somam 246,5 mil veículos, queda de aproximadamente<br />
50% na comparação com o período anterior.<br />
Em fevereiro o mercado interno encolheu 46,2% quando<br />
comparado com o resultado do mesmo mês de 2008,<br />
com 15,2 mil unidades. Deste total 10,8 mil veículos são<br />
nacionais, em queda de 16,2%, enquanto as vendas dos<br />
modelos importados caíram 71,6% no mesmo comparativo.<br />
XIX Congresso Fenabrave<br />
terá inscrições pela internet<br />
A 19ª edição do<br />
Congresso Fenabrave,<br />
que será realizado<br />
entre os dias 12 e<br />
14 de setembro, no<br />
Centro de Convenções<br />
Ulysses Guimarães,<br />
em Brasília/DF, está<br />
com inscrições abertas.<br />
Os concessionários,<br />
acompanhantes e sucessores que tem interesse<br />
em participar do segundo maior evento do setor da<br />
distribuição no mundo, poderão fazer as suas inscrições<br />
por meio do site www.congresso-fenabrave.com.br.<br />
Para aqueles que quiserem participar de toda a programação<br />
do evento – coquetel de abertura da ExpoFenabrave’<strong>2009</strong>,<br />
Espetáculo Surpresa, Jantar de Confraternização e<br />
Programação Temática – devem se apressar. O número de<br />
Inscrições Plenas é limitado a 1.500 lugares. A Inscrição<br />
Especial inclui toda a Programação Temática, mas exclui<br />
os eventos sociais da noite de 12 de setembro.<br />
O pagamento das inscrições para o XIX Congresso<br />
Fenabrave poderá ser parcelado, em até cinco vezes<br />
sem juros (para os que se inscreverem até o dia 30 de<br />
abril/<strong>2009</strong>), com vencimento da primeira parcela em 05<br />
de maio/<strong>2009</strong> e as parcelas 2, 3 e 4 nos mesmos dias dos<br />
meses subsequentes, sendo a última paga até o dia 04<br />
de setembro/<strong>2009</strong>. O pagamento poderá ser feito por<br />
meio de boleto bancário ou cartão de crédito, conforme<br />
dados disponíveis no site do XIX Congresso Fenabrave.<br />
12 <strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>
Kia Soul vence ‘red dot’ <strong>2009</strong><br />
O mais estiloso veículo produzido pela Kia,<br />
o crossover Soul, tornou-se o primeiro<br />
carro coreano a ser reconhecido com<br />
um prêmio de design respeitado em<br />
todo o mundo, o ‘red dot’ <strong>2009</strong>.<br />
Realizado na Alemanha, o prêmio<br />
teve a participação de mais de<br />
3,2 mil modelos, de 49 países,<br />
concorrendo em 17 categorias<br />
diferentes. O recém lançado<br />
Kia Soul foi selecionado na categoria<br />
“Transporte Automotivo e Caravan”, para receber o prêmio.<br />
“Nossos times de design da Coréia, Califórnia e Europa podem<br />
ficar muito orgulhosos com o reconhecimento alcançado<br />
pelo Kia Soul. A estratégia de design da Kia está focada em<br />
Fenabrave oferece curso via TV<br />
A Fenabrave- Federação Nacional da Distribuição de<br />
Veículos Automotores, em parceria com a UnYca, lançou,<br />
no início de abril, as transmissões da TV Fenabrave. O<br />
objetivo da iniciativa é levar aos concessionários de<br />
veículos cursos de capacitação a distância. “A Fenabrave<br />
já oferecia cursos de gestão para titulares e os principais<br />
gestores das concessionárias. Com a TV Fenabrave, será<br />
possível capacitar todos os níveis da pirâmide”, explica<br />
diretor Valdner Papa, coordenador da TV Fenabrave.<br />
Por meio de vídeoconferência, via satélite, a entidade<br />
oferecerá 16 cursos voltados para as áreas de atendimento,<br />
gestão de peças, pós-vendas, entre outras novidades.<br />
Em pontos de recepção instalados nas 19 Diretorias<br />
Regionais Fenabrave de todo o Brasil, a entidade<br />
pretende capacitar mais de 5 mil pessoas por ano. Os<br />
participantes poderão assistir aos cursos em tempo real<br />
e ainda interagir com perguntas feitas via e-mail, que<br />
serão respondidas também ao vivo. “A TV Fenabrave vai<br />
facilitar a comunicação entre a Fenabrave, as associações<br />
de marca e a rede de concessionários”, diz o coordenador.<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
soluções diferenciadas de produto e desenvolvimento de um<br />
estilo único para a família Kia”, explicou o chefe de design<br />
da Kia Motors, Peter Schreyer, ao receber o prêmio.<br />
Ford revela conceitos em Genebra<br />
A Ford reservou duas grandes surpresas para o Salão<br />
de Genebra, guardadas a sete chaves: os conceitos iosis<br />
MAX e Ford Tourneo Connect, este último alimentado<br />
por bateria. Veículo multiuso de concepção futurista,<br />
o iosis MAX introduz grandes inovações, a começar<br />
pela estrutura da carroceria sem pilar B, com extensa<br />
aplicação de vidro e novo sistema de abertura de portas<br />
e do porta-malas. Seu motor 1.6 EcoBoost a gasolina,<br />
de 180 cv, equipado com turbo e injeção direta, tem um<br />
consumo até 20% menor que um motor convencional.<br />
O conceito Tourneo Connect elétrico foi desenvolvido pela<br />
Ford em conjunto com a Smith Electric Vehicles, líder em<br />
veículos comerciais elétricos na Europa. Com autonomia<br />
de 160 km e velocidade máxima de 113 km/h, o modelo<br />
poderá ser produzido comercialmente se houver interesse<br />
do mercado. Ele é impulsionado por um motor ultraeficiente<br />
de 50 kW, com imã permanente, e alimentado<br />
por baterias de ion-lítio de 21 kWh. Recarregar o veículo<br />
é simples: ele pode ser ligado diretamente na tomada<br />
e em 6 a 8 horas a bateria atinge a carga completa.<br />
13
Matéria de Capa<br />
Compromisso<br />
assumido e cumprido<br />
Com o lema “o homem que diz o que faz e faz o que diz”,<br />
o presidente da Renault do Brasil, Jérôme Stoll, se despede da<br />
subsidiária brasileira com a entrega do sexto veículo do Contrato <strong>2009</strong>.<br />
14
Curitiba, março de <strong>2009</strong>. Toda a rede de<br />
concessionários Renault reunida em<br />
uma seção plenária no ExpoUnimed.<br />
Este foi o cenário de apresentação do<br />
sexto modelo lançado pela Renault do<br />
Brasil, o Symbol, em cumprimento ao<br />
“Renault Mercosul Contrato <strong>2009</strong> – Compromisso<br />
Brasil”. Este ambicioso plano, fi rmado em outubro<br />
de 2006, estabeleceu metas a serem cumpridas pelas<br />
unidades espalhadas em todo o planeta até o ano de<br />
<strong>2009</strong>. Na época, a montadora estabeleceu grandes desafi<br />
os para atingir seu objetivo: posicionar o Mégane<br />
entre os três primeiros em qualidade de produto e de<br />
serviço; dobrar o volume de vendas e atingir margem<br />
operacional positiva até <strong>2009</strong> e o lançamento de seis<br />
novos modelos no Brasil em três anos.<br />
A partir daquele momento, a montadora francesa<br />
iniciou um trabalho de reestruturação no mercado<br />
nacional. Aproximou-se da rede de concessionários<br />
e começou a ganhar espaço neste disputado mercado.<br />
“É muito importante este relacionamento próximo<br />
com a rede. Fico feliz em deixar a empresa forte no<br />
mercado”, diz Jérôme Stoll, que assumirá a vice-presidência<br />
comercial do Grupo Renault e a diretoria geral<br />
da Região Europa, dando lugar a Jean-Michel Jalinier,<br />
que atuava como diretor geral da Renault na Rússia.<br />
Com o esforço conjunto da montadora e a rede de<br />
concessionários, a Renault conseguiu atingir 5,2% de<br />
participação no mercado em 2008, comercializando<br />
15
Renault Symbol<br />
O momento mais esperado no evento realizado em Curitiba foi<br />
o lançamento oficial para a rede de concessionários do Renault<br />
Symbol, o sexto e últi mo modelo a ser lançado pela montadora francesa<br />
no Brasil.<br />
Com linhas elegantes e recheado de equipamentos de segurança e<br />
conforto, o novo Renault Symbol vai disputar um segmento que está<br />
crescendo no Brasil: o de sedãs compactos, modelos que já representam<br />
quase 17% do mercado nacional. Apesar das muitas opções<br />
disponíveis atualmente no País, o Renault Symbol se destaca pela<br />
sofi sti cação, elevado nível de acabamento e ampla oferta de itens<br />
de série. Todas as versões de acabamento saem de fábrica com arcondicionado,<br />
direção hidráulica, vidros elétricos dianteiros e sistema<br />
de airbags duplos para motorista e passageiro.<br />
Pelo preço e nível de conforto, o Renault Symbol que substi tui o Clio<br />
Sedan, está posicionado exatamente entre os modelos Logan e Mégane<br />
Sedan, o que torna a gama de produtos da Renault no Brasil ainda<br />
mais completa e oferece aos consumidores ampla possibilidade de<br />
escolha. “O cliente do Renault Symbol quer um carro sofi sti cado e<br />
que lhe dê mais status do que o Logan, sem abrir mão da robustez e<br />
confi abilidade mecânica”, explica Cássio Pagliarini, Diretor de Marketi<br />
ng da Renault do Brasil. “A fi delização é um ponto importante para<br />
o lançamento deste carro, já que 47% dos clientes que compraram o<br />
Clio Sedan já eram clientes Renault”, acrescenta o diretor explicando<br />
aos concessionários que trabalhar este lançamento com clientes da<br />
marca pode resultar em boas vendas.<br />
O novo veículo da Renault será comercializado no mercado nacional<br />
em duas versões de acabamento: Expression (R$ 41.190) e Privilège<br />
(R$ 44.490), ambas equipadas com câmbio mecânico de cinco<br />
marchas e motor bicombustí vel 1.6 16V Hi-Flex. Com essa motorização,<br />
o Renault Symbol gera 110 cv de potência e 15,2 kgfm de torque<br />
(abastecido com 100% gasolina) e 115 cv e 16 kgfm (abastecido somente<br />
com álcool). “O Renault Symbol está baseado num tripé que<br />
fornece grande apelo aos consumidores: design de automóvel de<br />
categoria superior; confi abilidade mecânica, comprovada pela garanti<br />
a de 36 meses; e segurança, com airbag duplo de série em todas<br />
as versões e freios ABS opcionais”, destaca Vanessa Castanho, Gerente<br />
de Marketi ng Produto – Veículos Médios – da Renault do Brasil.<br />
O objeti vo da empresa é a venda de 700 unidades por mês.<br />
Na hora de fazer a revisão do veículo, o cliente já saberá de antemão<br />
quanto vai pagar graças à “Revisão Preço Fechado”, programa<br />
de manutenção preconizado pela Renault do Brasil com os valores de<br />
peças e mão-de-obra prati cados em toda a rede de concessionárias<br />
da marca no País.<br />
Cassio Pagliarini, diretor de marketi ng da Renault do<br />
Brasil, Christi an Pouillaude, vice-presidente da montadora<br />
francesa e Melchior Luiz Duarte de Abreu, presidente da<br />
<strong>Abrare</strong>, apresentam aos concessionários o Renault Symbol.<br />
Para o presidente da Nissan do Brasil, Thomas Besson,<br />
o lançamento do Livina signifi ca um grande passo da<br />
montadora no mercado brasileiro.<br />
16 <strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>
mais de 115 mil veículos no Brasil. “Apesar da crise,<br />
vamos continuar a crescer. Nosso potencial de vendas<br />
é grande”, diz Jean-Michel Jalinier. “É um grande<br />
prazer assumir a empresa após a gestão de Jérôme.<br />
Sinto entusiasmo no Brasil”, complementa o novo<br />
presidente. Para o presidente da <strong>Abrare</strong>, Melchior<br />
Luiz Duarte de Abreu, “as ações feitas em conjunto<br />
com a montadora trouxeram resultados significativos<br />
para a marca e para a rede de concessionários”.<br />
Segundo ele, a Renault e a rede estão no caminho<br />
certo, ainda mais com as medidas tomadas pelo governo<br />
no combate à crise, como a redução do IPI. “A<br />
Renault do Brasil fechou 2008 com mais de 50% de<br />
crescimento nas vendas, enquanto os demais países<br />
do BRIC (conjunto de nações composto por Brasil,<br />
Rússia, Índia e China) registraram queda em torno<br />
de 30% no período”, compara.<br />
A estratégia de lançar novos modelos no mercado<br />
foi bem-sucedida e bem aceita pelos consumidores<br />
brasileiros, já que os novos veículos foram pensados<br />
em atender todas as necessidades deste público. Hoje,<br />
por exemplo, o Logan e o Sandero representam dois<br />
terços das vendas da marca no País. “O produto é a<br />
base para a indústria e a Renault está empatada em<br />
familiaridade com as demais ‘newcommers’”, afirma o<br />
vice-presidente comercial da Renault, Christian Pouillaude.<br />
Segundo ele, a rede de concessionários pode<br />
ampliar o foco de atuação direcionando parte de seus<br />
esforços para vendas a frotistas. “Podemos dobrar o<br />
volume de vendas do Logan para taxistas, em <strong>2009</strong>”,<br />
explica o executivo, exemplificando a cidade de<br />
São Paulo, que já comercializou mais de mil Logans<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
neste segmento. “Contamos com o apoio da rede com<br />
a criação de boxes para atendimento prioritário a<br />
estes clientes”.<br />
De acordo com a montadora francesa, as vendas<br />
de veículos utilitários para empresas registraram crescimento<br />
de 64,3% entre 2007 (14,9 mil unidades) e<br />
2008 (24,5 mil unidades). Para <strong>2009</strong>, a empresa prevê<br />
meta de 26 mil unidades comercializadas em todo o<br />
Brasil. “Ainda há uma grande dispersão de resultados<br />
pois, no ano passado, algumas concessionárias<br />
comercializaram apenas um veículo utilitário por<br />
mês”, alerta Pouillaude. Segundo o executivo, muitas<br />
cidades ainda estão abaixo de 4% de participação no<br />
mercado. “A crise diminuiu nosso projeto de expansão,<br />
mas será retomado em <strong>2009</strong>”, completa.<br />
Devido à crise financeira internacional, a produção<br />
de veículos em São José dos Pinhais teve uma<br />
programação mais conservadora no primeiro trimestre<br />
do ano, mas a redução do IPI deu um certo<br />
fôlego nas vendas da marca no período, fazendo com<br />
que a Renault adicionasse 1,5 mil unidades em sua<br />
linha de produção no mês de março, o que significa<br />
a montagem de 15 mil unidades mensais.<br />
Nissan Livina – A Nissan do Brasil inicia o ano de<br />
<strong>2009</strong> com um lançamento que promete revolucionar<br />
as vendas da marca no País. A minivan Livina está<br />
sendo produzida na fábrica que a Nissan compartilha<br />
com a Renault em São José dos Pinhais, no Paraná, e<br />
marca a entrada da montadora japonesa no segmento<br />
de veículos flex. Os preços estão na faixa de R$ 46.690<br />
a R$ 56.690 e a garantia é de três anos, assim como<br />
“Os dois novos<br />
modelos da<br />
Renault e da<br />
Nissan contribuirão<br />
substancialmente<br />
para o crescimento<br />
da marca no Brasil. O<br />
Livina, por exemplo,<br />
é bem-vindo<br />
para a marca que<br />
necessitava lançar<br />
veículos de nicho” –<br />
Fernando Figueiredo,<br />
da Eutovia,<br />
de Recife/PE.<br />
17
O ano do pós-venda<br />
Com mais de 115 mil unidades comercializadas em 2008, a Renault do<br />
Brasil possui um grande público potencial para atuar em operações de<br />
pós-venda. Em um período de cinco anos, de acordo com o diretor de pósvenda<br />
da montadora, Luiz Fernando Pedrucci, foram 180 mil novos carros<br />
nas ruas brasileiras que poderiam voltar às concessionárias para realizarem<br />
revisões e serviços. “Onde está esse público? Devemos atraí-los para<br />
as concessionárias. O grande desafi o é aproveitar esta oportunidade e<br />
crescer 42% nas ati vidades de pós-vendas”, afi rma o diretor.<br />
Um grande diferencial que deve der aproveitado pela equipe de vendas<br />
é o fato de a Renault ser uma das poucas montadoras instaladas no país<br />
a oferecer 3 anos de garanti a em toda a sua linha de veículos. “A garanti a<br />
neste prazo gera mais fi delidade do cliente à marca. Este é um grande<br />
diferencial que temos”, declara.<br />
Para atender todo este público, os concessionários precisam ter uma<br />
boa estrutura de ofi cina, que poderia funcionar em horários alternati vos<br />
para uma melhor administração dos agendamentos, além do período<br />
em que o veículo fi ca na concessionária. De acordo com Pedrucci, ter um<br />
gerente de pós-venda qualifi cado, somado a ferramentas de qualidade<br />
e uma equipe técnica bem preparada para atender o cliente, fará com<br />
que as operações de pós-venda se revertam em rentabilidade para o<br />
distribuidor. “Pós-venda signifi ca rentabilidade e retorno rápido para o<br />
concessionário. O ano de <strong>2009</strong> será do pós-venda”, diz.<br />
Os concessionários podem trabalhar com uma série de produtos para<br />
oti mizar as operações de pós-venda e F&I. O proprietário que quiser<br />
incrementar seu Renault Symbol terá uma ampla linha de acessórios à<br />
disposição na rede de concessionárias da marca. “Além de itens com funções<br />
estéti cas, como aerofólio e rodas de liga leve com desenho exclusivo,<br />
há componentes que ampliam o conforto e a segurança dos ocupantes do<br />
veículo, pois sabemos que o consumidor do Symbol é bastante exigente<br />
em termos de design e qualidade de acabamento”, explica Acácio Braz,<br />
que trabalha na área de Marketi ng Acessórios da Renault do Brasil.<br />
Dentre os itens de personalização disponíveis para o Renault Symbol, se<br />
destacam o sensor de estacionamento e o GPS. Além disso, completam a<br />
lista de acessórios, tapetes de borracha, tapetes de borracha com insertos<br />
de carpete, alarme anti furto volumétrico, soleiras de portas, na coluna de<br />
direção, barras de teto, kit viva-voz, comando satélite do rádio e faróis de<br />
neblina para a versão de acabamento Expression (sendo que, na Privilége,<br />
versão topo de linha, esses dois últi mos itens são de série).<br />
No caso do Livina, são mais de 20 acessórios disponíveis ao consumidor,<br />
como CD Player, DVD, kits de autofalante, ponteiras cromadas de escapamento,<br />
frisos laterais, alarme, sensor de estacionamento, entre outros.<br />
Os concessionários Renault e Nissan poderão oferecer, ainda, pacotes de<br />
manutenção para itens de desgaste.<br />
Um acordo entre a Renault/Nissan com a Indiana Seguros, possibilita a<br />
criação de produtos específi cos para os veículos das marcas: o Seguro<br />
Auto Renault e o Seguro Auto Nissan. Nestes produtos, além da garanti a<br />
de reparos em ofi cinas das concessionárias das marcas, o cliente terá<br />
a garanti a da uti lização de mão-de-obra especializada e do uso de peças<br />
originais. “É mais uma oportunidade de o concessionário ampliar a<br />
rentabilidade do seu negócio. Para se ter uma idéia, esti mamos segurar<br />
80% dos Livina comercializados nas concessionárias da marca”, explica o<br />
gerente de produtos da Credi Nissan, Rogério Diaconiuc.<br />
Flávio De Marco, diretor da De Marco Veículos, Christi an<br />
Pouillaude, vice-presidente da Renault do Brasil, Marcos<br />
Antonio Urio, diretor da Open Veículos e Ricardo Gondo,<br />
diretor de vendas e rede da montadora francesa, posam<br />
para fotos ao anunciar que as duas concessionárias<br />
representarão o Brasil na Renault Global Quality Awards.<br />
o Renault Symbol. “Devido ao nosso foco mais<br />
luxuoso, o monovolume é bem-vindo para a marca,<br />
pois com este veículo a empresa passa a oferecer uma<br />
linha mais acessível, com excelente custo-benefício<br />
ao mercado brasileiro e com toda a tecnologia e qualidade<br />
dos carros da gama Nissan”, explica Tai Kawasaki,<br />
vice-presidente comercial da Nissan.<br />
O veículo, com 4,18 metros de comprimento,<br />
traz motor 1.6 (transmissão manual) e 1.8 (automático).<br />
O porta-malas é de 449 litros e, com bancos<br />
rebatidos, chega a 769 litros. São componentes de<br />
série o trio elétrico (vidros, travas e retrovisores), ar<br />
condicionado, acelerador eletrônico, desembaçador<br />
de vidro traseiro com temporizador, direção elétrica<br />
com assistência variável, airbags para o motorista<br />
no modelo 1.6, e duplo na versão SL, e volante com<br />
regulagem de altura. As versões SL 1.6 (R$51.490)<br />
e SL 1.8 (R$ 56.690, com câmbio automático)<br />
trazem ainda rodas de liga leve, ABS com controle<br />
eletrônico de frenagem, rádio CD player para MPE<br />
e entrada para iPod.<br />
18 <strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>
A emoção do<br />
dever cumprido<br />
Há quase três anos no Brasil, Jérôme Stoll foi<br />
moti vo de orgulho para a Renault e sua rede de<br />
concessionários. Com sua liderança, a montadora<br />
francesa despontou no mercado nacional e se<br />
posicionou entre umas das maiores marcas que<br />
atuam neste competitivo mercado, com 5,2%<br />
de parti cipação.<br />
Com uma visão empreendedora, Stoll lançou no<br />
mercado seis novos modelos que se tornaram<br />
sucesso de vendas. Além disso, com sua aproximação<br />
da rede de concessionários, aprimorou<br />
políti cas comerciais, ouviu e solucionou diversos<br />
gargalos na rede, o que resultou em rentabilidade<br />
e também a ampliação dos negócios gerados.<br />
“Estamos orgulhosos pelo esforço e pela contribuição<br />
que Jérôme Stoll fez para nós, concessionários.<br />
Com certeza ele fará falta aqui no Brasil”,<br />
declara o presidente da <strong>Abrare</strong>, Melchior Luiz<br />
Duarte de Abreu.<br />
Durante a plenária de apresentação do Renault<br />
Symbol, em Curiti ba, a <strong>Abrare</strong> prestou uma homenagem<br />
ao presidente da Renault do Brasil,<br />
que deixa o cargo para assumir novos desafi os no<br />
Grupo Renault. “Colocada em votação em nossa<br />
últi ma assembléia, esta homenagem foi aprovada<br />
por unanimidade”, comenta o presidente da <strong>Abrare</strong>,<br />
ao entregar a Stoll a Comenda do Mérito Rede<br />
Renault do Brasil, que dizia: “Apoiado por uma<br />
diretoria comprometida com resultados e uma<br />
Sucesso de vendas na China, Indonésia, Vietnã,<br />
Taiwan, África do Sul, Malásia e Filipinas, onde já<br />
foram produzidas e comercializadas mais de 100<br />
mil unidades desde o seu lançamento, o primeiro<br />
integrante da família Livina se destaca pelo espaço<br />
interno, o maior entre os principais concorrentes.<br />
Com esses atributos, o Livina representa a entrada da<br />
Nissan no segmento de maior margem de crescimento<br />
dentro dos veículos de passageiros. Só em 2008,<br />
o mercado de carros compactos (incluindo todas as<br />
carrocerias e populares 1 litro) representou 1.854.556<br />
unidades ou 79% do total de carros de passeio vendidos<br />
no País. Dentro dessa fatia, a sub-categoria dos<br />
concorrentes diretos do Livina (Meriva, Idea, New Fit<br />
e Spacefox) foi responsável por 14% dessas vendas,<br />
com 254.218 unidades vendidas. Para a Nissan, essa<br />
avaliação representa ganhos reais de mercado. Com<br />
os atuais modelos comercializados no Brasil, a montadora<br />
compete em 19% do mercado nacional total.<br />
A partir da introdução da família Livina, a empresa<br />
espera atingir 30% do mercado brasileiro.<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
Em Curiti ba, Mário Antônio dos Santos, da Globo<br />
Veículos e Melchior Luiz Duarte de Abreu, presidente<br />
da <strong>Abrare</strong>, entregam a Jérôme Stoll a Comenda do<br />
Mérito Rede Renault do Brasil.<br />
Rede de Concessionários efi ciente e solidária, o Sr.<br />
Jérôme Stoll, comandou, no Brasil, investi mentos<br />
para a renovação de quase toda a nossa gama de<br />
produtos, além de promover a implementação de<br />
programas inovadores de gestão, com resultados<br />
positi vos para o crescimento e a notoriedade da<br />
Marca Renault no Brasil”.<br />
Emocionado, com os olhos marejados, o presidente<br />
da Renault do Brasil fi cou sem palavras para<br />
agradecer, perante os concessionários e toda a<br />
diretoria da montadora, a homenagem concedida<br />
pela <strong>Abrare</strong>. “Estou feliz por ter encontrado<br />
no Brasil empresários como os senhores aqui<br />
presentes. Com a ajuda de vocês é que conseguimos<br />
chegar onde estamos hoje”, agradeceu Stoll<br />
que fi nalizou dizendo: “São esses moti vos que me<br />
moti vam, mesmo na Europa, fi car atento ao belo<br />
trabalho que vocês desenvolvem aqui, que servem<br />
de exemplo para outros mercados”.<br />
Segundo o presidente da montadora, a chegada<br />
do veículo reforça um dos pilares do plano de expansão<br />
da companhia no Mercosul, que visa ao aumento<br />
da gama de modelos disponíveis na região até o fi nal<br />
deste ano. “O Nissan Livina é muito importante nesse<br />
contexto de expansão dos negócios e consolidação da<br />
marca no Brasil. É o terceiro veículo de passeio que<br />
oferecemos ao mercado nacional, o que mostra que<br />
temos tecnologia e know how para entregar qualidade<br />
em diferentes segmentos”, reforça.<br />
Em um acordo com a Credi Nissan (braço fi nanceiro<br />
da montadora), a Nissan do Brasil lançou um<br />
plano especial para a comercialização do Livina. No<br />
Plano Livina Fácil, os consumidores poderão adquirir<br />
o novo lançamento com 50% de entrada (R$ 24<br />
mil) e o saldo dividido em 23 parcelas de R$ 399,00,<br />
com uma taxa de 1,49% a. m. Na 24ª parcela, o cliente<br />
ainda paga um residual de mais R$ 24 mil. A previsão<br />
da montadora é chegar ao fi nal de <strong>2009</strong> com 7.200<br />
unidades vendidas do novo modelo, uma média de<br />
800 unidades por mês (em 9 meses).<br />
“Eventos como este,<br />
em conjunto com<br />
a montadora, são<br />
fundamentais para<br />
criarmos uma unidade<br />
no setor. O Renault<br />
Symbol vai nos<br />
auxiliar a ampliar a<br />
nossa parti cipação de<br />
mercado. É um óti mo<br />
produto!” – Luciano<br />
Olivi, da concessionária<br />
Ville, de São José do<br />
Rio Preto/SP.<br />
“O Renault Symbol,<br />
com certeza, será<br />
um sucesso, assim<br />
como o Sandero. É um<br />
veículo competi ti vo<br />
e que vai oferecer ao<br />
consumidor um óti mo<br />
custo-benefí cio” –<br />
Cláudia Urio, do Grupo<br />
Open, de Cascavel/<br />
PR, que pela segunda<br />
vez consecuti va foi<br />
a concessionária<br />
brasileira indicada<br />
para o Renault Global<br />
Quality Award, que<br />
premia a melhor<br />
concessionária<br />
em excelência<br />
de atendimento<br />
no mundo.<br />
19
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
Administração<br />
Mas, vamos conversar direitinho sobre o que eu pretendo<br />
dizer, antes de qualquer preconceito por parte de sua<br />
experiência anterior.Para o homem brasileiro, principalmente,<br />
o seu veículo é como se fosse um “filho”. Note o cuidado<br />
que a maioria das pessoas tem com seu carro! Mesmo quando<br />
o veículo não é dele, pertence a uma empresa frotista, ou outra<br />
qualquer, via de regra, o motorista tem um cuidado especial com<br />
aquela máquina. Ai de quem esbarrar no carro do homem!!! Ele<br />
vira uma fera!<br />
Quando uma pessoa leva seu carro na oficina, na verdade tem<br />
as mesmas atitudes de como se estivesse levando seu filho ao médico.<br />
Pode parecer exagero, mas não é!<br />
E o que acontece, geralmente? Ele é recebido por um recepcionista<br />
que nem sempre o atende bem. Não diz exatamente quando<br />
o veículo ficará pronto, não apresenta o chefe da oficina (o médico,<br />
no caso), nem dá a ele uma segurança maior de que o seu “filho”<br />
será tratado com muito carinho.<br />
Quando vai buscar o carro, dirige-se ao recepcionista, que<br />
confirma que o serviço está pronto e o manda ir ao caixa, pagar<br />
primeiro e depois o retirar o veículo no pátio. O cliente, se quiser<br />
saber o que tinha o seu carro, tem que olhar na relação de peças<br />
que já pagou. Se tiver coragem, enfrenta o recepcionista e lhe faz<br />
algumas perguntas que são logo tidas como “chatas” pelo atendente<br />
que, se tiver paciência, chama o chefe da oficina ou o gerente<br />
para dar uma explicação. Mas, na maioria das vezes, o próprio<br />
recepcionista se arvora a dar as explicações sobre o conserto. É<br />
como se a recepcionista do consultório nos falasse sobre a saúde de<br />
nosso filho, ao invés do médico...<br />
O cliente pega o seu veículo e sai para a rua, procurando ver se<br />
de fato ele melhorou. Geralmente, encontra um defeito ou outro e<br />
volta, dizendo:<br />
– Está com um barulhinho em tal lugar que antes não tinha!<br />
E aí começa a briga, pois que esse “tal lugar” nem foi mexido, e<br />
como explicar ao cliente que é “impressão dele” ou que o barulho<br />
já existia antes de entrar na oficina? E quando o cliente volta dizendo<br />
que “está faltando uma chave de fenda e um alicate que estavam<br />
de baixo do banco...”<br />
Por Luiz Martins<br />
Surpreenda e encante o seu cliente.<br />
Aproxime-o do veículo!<br />
Garanto que, ao ler o título deste artigo, você dirá que eu estou<br />
ficando louco! Onde já se viu aproximar o cliente de seu veículo?<br />
Isso é para deixar o gerente da oficina louco! O cliente, se entrar<br />
na oficina, vai querer dar dinheiro para os mecânicos, dar palpite,<br />
enfim, atrapalhar o serviço. Isso é realmente impossível, dirá você.<br />
Na verdade, o motivo do cliente voltar com reclamações é<br />
que ele se sentiu “não participante” da revisão ou conserto de seu<br />
veículo. Ninguém lhe contou em detalhes como estava a situação<br />
e que serviço realmente foi feito, o trabalho que deu para fazer,<br />
quem fez, etc.<br />
Seria o mesmo que alguém mostrar uma cicatriz no peito e não<br />
saber qual o motivo. Alguém o internou num hospital e fez uma<br />
operação sem contar para ele do que se tratava. Enfim, trata-se de<br />
um desrespeito ao cliente. E, com raras e honrosas exceções, que<br />
bem pode ser a sua concessionária, o atendimento dado ao cliente<br />
é frio e desinteressado.<br />
Assim, numa concessionária, que é, em última análise, uma<br />
prestadora de serviços, temos que criar mecanismos especiais para<br />
aproximar o cliente de seu veículo. Essa é uma tarefa que depende<br />
do bom senso de cada gerente de pós-venda e de todo o corpo de<br />
funcionários, desde a diretoria. Mas, na análise que fizemos, em<br />
pesquisa em várias concessionárias, o ponto chave é o gerente de<br />
pós-venda: Se ele não quiser, não acreditar, nada será feito pois<br />
que geralmente é o Gerente de Pós-venda que coloca os obstáculos<br />
para tal ação, dizendo que essa aproximação atrapalha os serviços<br />
da oficina.<br />
A verdade é que, como disse no começo, não significa deixar<br />
o cliente entrar na oficina o tempo todo. Isso às vezes é ótimo e<br />
necessário. Mas significa, isto sim, dar satisfação (atente bem para<br />
o que essas palavras dizem) a seu cliente, informando-o das condições<br />
de seu veículo e colocando-o a par dos serviços que foram<br />
executados, etc., da mesma maneira como você gostaria de ser<br />
tratado se fosse o dono ou o motorista do veículo.<br />
Aproximar o cliente de seu veículo é elogiar o cuidado que ele<br />
demonstra ter com seu carro, também, às vezes, chamar, com muito<br />
jeito, a sua atenção por descuidos que porventura ele demonstre<br />
ter tido. É, enfim, interessar-se pelo cliente e pelo seu “filho”.<br />
Preste atenção a esses detalhes do seu atendimento como Gerente<br />
de Pós-venda ou mesmo vendedor. Lembre-se que você é o<br />
médico de confiança a quem um cliente confiou seu filho querido,<br />
o seu carro. Não decepcione esse cliente. Surpreenda-o. Encante-o<br />
com um atendimento excelente. Pense nisso. Sucesso!<br />
Luiz Almeida Marins Filho é consultor de empresas, professor, doutor PHD em Antropologia.<br />
23
24<br />
Holofote<br />
Luiz Fernando Pedrucci<br />
Ao assumir o cargo, no início do ano,<br />
o diretor de pós-venda da Renault do<br />
Brasil, Luiz Fernando Pedrucci, se<br />
deparou com um mercado abalado pela<br />
crise financeira internacional, onde as<br />
vendas de veículos amargavam grandes<br />
quedas de volume. Para garantir maior<br />
rentabilidade da Rede de concessionários<br />
e da montadora, focar parte das atenções<br />
para as atividades de pós-vendas<br />
foi ponto fundamental para<br />
uma recuperação das margens<br />
perdidas com a crise.<br />
“Implantamos a garantia de 3 anos em<br />
toda a linha de veículos Renault, que<br />
tende a aumentar muito a fidelidade no<br />
pós-venda dos nossos clientes”, explica<br />
Pedrucci. Segundo ele, muitos “gargalos”<br />
nas operações de pós-venda devem ser<br />
sanados para que os níveis de satisfação<br />
e qualidade da Rede aumentem. Para<br />
isso, uma equipe bem preparada,<br />
uma boa infraestrutura que permita<br />
agilidade e, consequentemente, maior<br />
giro na oficina, por exemplo, são fatores<br />
importantíssimos para os concessionários<br />
atingirem níveis maiores de rentabilidade<br />
e de fidelidade à marca por parte<br />
dos consumidores.<br />
“Ações podem ser realizadas com foco no<br />
mercado e nos clientes, visando aumentar<br />
o volume de passagens e vendas”, declara<br />
o diretor, destacando que outro ponto<br />
importante de atenção é a boa gestão do<br />
estoque de peças. Essas e outras ações na<br />
área de pós-vendas, além do papel da<br />
montadora em conjunto com a Rede para<br />
ampliar as margens de rentabilidade,<br />
poderão ser conferidas na entrevista a<br />
seguir, que Fernando Pedrucci concedeu à<br />
<strong>Abrare</strong> News com exclusividade.<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>
Muito mais do<br />
que vender carros<br />
Com as margens comerciais abaladas pela crise<br />
financeira internacional, o setor da distribuição<br />
foca parte de suas atividades em ações de pósvenda,<br />
que podem fazer a diferença na fidelização<br />
de clientes e ampliar a rentabilidade.<br />
<strong>Abrare</strong> News – Qual é o seu principal desafio<br />
na diretoria de pós-venda?<br />
Luiz Fernando Pedrucci – Todos nós acompanhamos<br />
de perto o crescimento que<br />
tivemos nas vendas de veículos novos. Em<br />
apenas dois anos, 180 mil carros novos passaram<br />
a fazer parte de nosso parque circulante.<br />
Além disso, implantamos a garantia 3 anos,<br />
que tende a aumentar muito a fidelidade no<br />
pós-venda dos nossos clientes. Somados,<br />
estes dois fatores trarão um crescimento muito<br />
forte do nosso volume de passagens nas<br />
nossas oficinas. Nosso desafio será aproveitar<br />
estas passagens para aumentar nosso volume<br />
da atividade de peças mantendo, em paralelo,<br />
a evolução na qualidade dos serviços. Teremos<br />
que fazer para o pós-venda exatamente<br />
a mesma evolução de volumes que fizemos<br />
nas vendas.<br />
<strong>Abrare</strong> News – Em sua opinião, ainda falta<br />
muito para a rede atingir um nível excelente<br />
neste quesito?<br />
Luiz Fernando Pedrucci – Nosso novo patamar<br />
de volume de passagens nos traz novos<br />
desafios, e temos que nos preparar para<br />
enfrentá-los. Em 2007, antevendo o crescimento<br />
dos volumes, iniciamos um trabalho<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
para a redução dos gargalos de estrutura na<br />
Rede, para aumentar a capacidade de serviço.<br />
Várias concessionárias, durante o ano de<br />
2008, fizeram reformas, ampliaram as oficinas,<br />
mudaram a funilaria e pintura e construíram<br />
novas áreas de preparação de veículos<br />
novos (PDI). Mas isto ainda não terminou,<br />
temos vários projetos que estão em curso e<br />
que devem continuar. Eliminar os gargalos é<br />
fundamental para garantirmos a qualidade<br />
do atendimento e para aproveitarmos todo<br />
nosso potencial de faturamento. O que nos<br />
preocupa é que, desde o final de 2008, o<br />
item número 1 de reclamações de clientes<br />
relacionados à rede no SAC é com o prazo<br />
de agendamento, o prazo que damos para o<br />
cliente levar o carro à oficina. Este número<br />
caiu nos últimos meses, mas ainda estamos<br />
3 vezes acima de nosso nível histórico. Um<br />
prazo de agendamento alto não só prejudica<br />
a satisfação do cliente, mas também abre a<br />
porta para que ele procure outro lugar para<br />
levar seu carro.<br />
Se não temos a estrutura física de boxes que<br />
precisamos no curto prazo, temos que buscar<br />
alternativas, como aumentar a produtividade<br />
e horário de atendimento. Temos concessionárias,<br />
por exemplo, que não abrem a oficina<br />
O resultado<br />
financeiro do<br />
pós-venda se<br />
mostra muito<br />
mais estável<br />
e crescente<br />
ao longo do<br />
tempo, quando<br />
comparado ao<br />
da atividade de<br />
venda de veículos.<br />
Esta característica<br />
talvez não seja tão<br />
bem percebida<br />
quando vivemos<br />
uma situação<br />
estável de<br />
mercado, mas fica<br />
mais evidente em<br />
tempos difíceis.<br />
25
O resultado<br />
financeiro do<br />
pós-venda se<br />
mostra muito<br />
mais estável<br />
e crescente<br />
ao longo do<br />
tempo, quando<br />
comparado ao<br />
da atividade de<br />
venda de veículos.<br />
Esta característica<br />
talvez não seja tão<br />
bem percebida<br />
quando vivemos<br />
uma situação<br />
estável de<br />
mercado, mas fica<br />
mais evidente em<br />
tempos difíceis.<br />
Holofote<br />
aos sábados. Por outro lado, quando falamos<br />
em desempenho, quer seja nos indicadores<br />
de qualidade quer seja na atividade de<br />
peças e acessórios, observamos ainda a<br />
existência de uma grande dispersão nos resultados<br />
da Rede.<br />
Existem concessionárias com excelentes resultados,<br />
mas algumas ainda estão longe dos<br />
objetivos. Para estes casos, deve ser realizado<br />
rapidamente um diagnóstico e um plano<br />
de ação, para recuperar o terreno perdido.<br />
Em síntese, quando falamos em pós-venda<br />
temos dois grandes eixos de trabalho para<br />
<strong>2009</strong>: eliminar os gargalos para aumentar a<br />
capacidade de serviço e reduzir a dispersão<br />
dos indicadores de desempenho.<br />
<strong>Abrare</strong> News – De que forma a indústria pode<br />
contribuir para a ampliação das operações<br />
de pós-venda?<br />
Luiz Fernando Pedrucci – O papel da montadora<br />
pode ser dividido em duas partes, uma<br />
estratégica e outra tática. Do ponto de vista<br />
estratégico, deve trabalhar sobre o mix de<br />
marketing pós-venda, que se divide entre:<br />
a) analisar a evolução do comportamento<br />
e expectativas do consumidor, evolução do<br />
mercado e da concorrência; b) criar produtos<br />
e serviços adequados a atender às<br />
expectativas do consumidor, gerar fidelidade<br />
e trazer rentabilidade para a Rede e montadora;<br />
c) Desdobrar para as concessionárias<br />
os produtos e serviços criados e, por meio<br />
de ferramentas de comunicação, animar<br />
a comercialização.<br />
Como exemplos, podemos citar o trabalho<br />
que realizamos mensalmente de acompanhar<br />
a competitividade dos preços de nossas peças<br />
e também a garantia 3 anos para os novos<br />
modelos lançados, que tem como um dos<br />
objetivos aumentar a fidelidade de nossos<br />
clientes ao nosso pós-venda.<br />
Do ponto de vista tático, a montadora auxilia<br />
a Rede por meio do trabalho das equipes de<br />
campo, que visita as concessionárias e ajuda<br />
na realização de diagnóstico para a montagem<br />
de planos de ação específicos.<br />
Luiz Fernando Pedrucci<br />
<strong>Abrare</strong> News – Quais são as principais formas<br />
de o concessionário ampliar a sua rentabilidade<br />
com o pós-venda?<br />
Luiz Fernando Pedrucci – Ações podem ser<br />
realizadas com foco no mercado e nos clientes,<br />
visando aumentar o volume de passagens<br />
e vendas. Mas, normalmente, as ações que<br />
tem maior impacto sobre a rentabilidade do<br />
pós-venda estão ligadas ao aumento da produtividade<br />
da oficina e à gestão do estoque<br />
de peças, dois fatores críticos de sucesso. O<br />
aumento da produtividade da oficina se consegue<br />
por meio de organização, ferramentas<br />
adequadas, formação da equipe e de processos<br />
bem estruturados, tudo o que consiga<br />
aproximar ao máximo a atividade pós-venda<br />
de um processo industrial. O ponto chave,<br />
neste caso, é garantir que os processos sejam<br />
seguidos por todos em todos os momentos.<br />
Se a produtividade é importante, a gestão do<br />
estoque de peças é vital. Considerando-se<br />
que a maior parte da rentabilidade da atividade<br />
pós-venda vem do resultado gerado<br />
pela comercialização das peças, uma boa gestão<br />
do estoque pode fazer a diferença entre<br />
o resultado positivo ou negativo de toda a<br />
operação. Aqui, um bom sistema informatizado<br />
de gestão e um gestor de peças com boa<br />
formação são os pontos fundamentais. Uma<br />
vez existindo os pontos fundamentais, bom<br />
sistema e bom gestor, é necessário garantir<br />
que os processos e controles criados sejam<br />
diariamente executados.<br />
<strong>Abrare</strong> News – Recentemente, o senhor disse<br />
que <strong>2009</strong> será o “ano do pós-venda”. Acredita<br />
que esta área seja uma oportunidade para<br />
superar a crise?<br />
Luiz Fernando Pedrucci – Não tenho dúvidas<br />
disso. O resultado financeiro do pós-venda<br />
se mostra muito mais estável e crescente ao<br />
longo do tempo, quando comparado ao da<br />
atividade de venda de veículos. Esta característica<br />
talvez não seja tão bem percebida<br />
quando vivemos uma situação estável de<br />
mercado, mas fica mais evidente em tempos<br />
difíceis. Acompanhando hoje a situação<br />
26 <strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>
de alguns países da Europa, nos quais percebemos<br />
fortes retrações nos mercados de<br />
veículos novos, percebemos que o resultado<br />
financeiro do pós-venda tem sido fundamental<br />
para garantir sustentação da Rede<br />
de concessionárias. Em um modelo ideal de<br />
negócio, o pós-venda deve funcionar como<br />
um amortecedor para as oscilações dos resultados<br />
das vendas de veículos, garantindo<br />
uma maior estabilidade para o resultado total<br />
das concessionárias.<br />
<strong>Abrare</strong> News – O concessionário pode criar<br />
ações isoladas para incrementar as operações<br />
do setor? Dê exemplos.<br />
Luiz Fernando Pedrucci – De acordo com<br />
suas necessidades, as concessionárias podem<br />
criar ações promocionais para o pós-venda.<br />
Esta prática não é só permitida, mas apoiada<br />
por nós. Utilizando a marca Pit Stop Renault,<br />
tivemos vários exemplos de sucesso de ações<br />
promocionais pós-venda. São ações organizadas<br />
em conjunto por concessionária e<br />
montadora, apoiadas por um suporte específico<br />
de mídia para oferecer aos clientes, em<br />
um período específico, uma condição especial<br />
para a troca de óleo e aplicação gratuita<br />
de check list preventivo no veículo. Em 2008,<br />
destacamos as ações Pit Stop Renault realizadas<br />
em Teresina (PI) e Novo Hamburgo<br />
(RS), que trouxeram grande fluxo de clientes<br />
às oficinas e resultados financeiros bastante<br />
positivos. Concessionárias que tenham interesse<br />
em montar operações similares podem<br />
contar com nosso apoio por meio de nossa<br />
equipe de campo, Consultores Pós-Venda e<br />
Consultores de Peças e Acessórios.<br />
<strong>Abrare</strong> News – Há um investimento mínimo<br />
necessário para o concessionário melhorar<br />
sua performance? Como é formada a<br />
equipe ideal?<br />
Luiz Fernando Pedrucci – Assim como todas<br />
as atividades, o pós-venda também necessita<br />
de um padrão mínimo que garanta o bom<br />
funcionamento. Este padrão, que abrange<br />
itens de estrutura física, ferramental, tama-<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
nho e formação das equipes, entre outros, é<br />
definido no momento da aprovação do projeto<br />
da nova concessionária, de acordo com<br />
seu tamanho.<br />
O tamanho das equipes varia em função do<br />
volume da atividade pós-venda, mas algumas<br />
funções são imprescindíveis: Gestor<br />
Pós-Venda, Gestor de Peças, Consultor de<br />
Serviço, Cotech e Homem Qualidade. O<br />
Cotech, dependendo do tamanho da oficina,<br />
pode acumular a função de Homem Qualidade,<br />
mas nunca a de Gestor Pós-Venda.<br />
O crescimento da atividade pós-venda traz<br />
a necessidade de alguns produtivos receberem<br />
a formação para Eletromecânico, garantindo<br />
um nível superior de conhecimento e<br />
capacidade. Lembramos que os Eletromecânicos<br />
são considerados 100% produtivos<br />
nas concessionárias.<br />
<strong>Abrare</strong> News – Há dados que comprovam a<br />
fidelização do cliente?<br />
PLuiz Fernando Pedrucci – Uma das atividades<br />
estratégicas mais importantes da montadora<br />
é o acompanhamento do consumidor<br />
e sua fidelidade. Trabalhamos com várias<br />
pesquisas multimarcas que nos mostram a<br />
tendência de comportamento dos clientes,<br />
em termos qualitativos e quantitativos. São<br />
pesquisas muito ricas nas quais os clientes<br />
respondem, por exemplo, qual distância<br />
máxima percorreriam para levar seu carro à<br />
oficina, que serviços esperam, etc. De todos<br />
os dados desta pesquisa, o mais relevante é<br />
o que mostra que o nível de fidelidade pósvenda<br />
dos clientes Renault é superior à média<br />
do mercado. Dentre outras ações previstas, a<br />
garantia 3 anos será uma grande ferramenta<br />
para mantermos este resultado acima da<br />
média. Seguimos também pesquisas de comportamento<br />
dos consumidores que compram<br />
veículos novos e, nos últimos anos, notamos<br />
o crescimento de sua fidelidade. Cada vez<br />
mais clientes estão satisfeitos com nossos<br />
serviços pós-venda e, por isso, decidem<br />
permanecer na marca quando compram um<br />
novo carro.<br />
27
Brands & Players<br />
VW inicia as vendas do Eos<br />
A Volkswagen do Brasil começa<br />
a vender nas concessionárias<br />
Premium da marca o modelo<br />
Eos, um coupé conversível que<br />
traz o máximo de sofisticação,<br />
requinte e conforto. O novo veículo<br />
importado une as linhas clássicas de um<br />
coupé com o toque elegante e esportivo<br />
dos carros conversíveis. Produzido em<br />
uma das mais modernas fábricas do<br />
grupo Volkswagen, a Autoeuropa –<br />
Automóveis Ltda, em Portugal, o modelo<br />
segue um conceito de design esportivo<br />
aliado à diferenciada silhueta lateral.<br />
Desenho sedutor, esportividade e capota<br />
conversível são os principais atributos<br />
do conversível Eos que se destaca entre<br />
todos os seus “irmãos” como o primeiro<br />
conversível do mundo a oferecer o<br />
sistema de capota CSC (Coupé Sun roof<br />
Convertible) de 5 partes, com acionamento<br />
elétrico e teto solar de vidro escurecido,<br />
medindo 1.125 milímetros por 605 mm,<br />
algo inédito na indústria automobilística.<br />
O Eos será comercializado em versão<br />
única nas concessionárias Premium<br />
da Volkswagen espalhadas pelo Brasil<br />
com preço a partir de R$ 159.900,00.<br />
O cliente encontrará o modelo nas<br />
cores preto Ninja (sólido), preto Mystic<br />
(perolizada), azul Shadow, azul Ocean,<br />
prata Sargas, branco Cristal (sólido),<br />
vermelho Salsa (sólido), dark Maroon,<br />
cinza Beryllium e ainda mais 3 opções<br />
de acabamentos internos que variam<br />
entre as cores preto, cinza e bege.<br />
28 <strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>
Novo C4 Hatch<br />
A Citroën apresentou, no início de março, a versão hatch do C4,<br />
fabricada na planta de El Palomar, na Argentina. Disponível com<br />
motores 1.6 litro com 114 cv e 2.0 litros com 151 cv, ambos flex<br />
fuel, e oferecidos com câmbio manual ou automático.<br />
O modelo desembarca no mercado nacional com preço inicial<br />
de R$ 53,8 mil na versão GLX, com motor 1.6, e R$ 75,5 mil<br />
na opção mais completa, com motor 2.0, câmbio automático,<br />
lâmpadas xenon e pintura metálica.<br />
A meta é vender cerca de mil unidades do modelo por mês,<br />
de acordo com a diretora de marketing da companhia, Nívea<br />
Morato. O C4 Hatch competirá num segmento que vendeu 110<br />
mil unidades em 2008, com crescimento de 21,2%, acima da<br />
média do mercado, e que tem como líder o Astra, da General<br />
Motors, com faixa de preço abaixo dos demais concorrentes.<br />
Novo diretor na Citroën<br />
Ivan Segal, de 38 anos, assumiu a direção<br />
geral da marca Citroën no Brasil desde<br />
primeiro de abril, em substituição a Jean-<br />
Louis Orphelin, promovido a diretor de<br />
operações de comércio do grupo PSA para<br />
a América Latina.<br />
Segal fala fluentemente português e chega<br />
ao Brasil depois de comandar<br />
as operações<br />
da Citroën na Bélgica<br />
e Luxemburgo desde<br />
2006. Formado em comércio<br />
internacional e<br />
com especialização em<br />
marketing pela Escola<br />
de Altos Estudos Comerciais<br />
de Lille, França,<br />
Segal começou a carreira profissional<br />
na Citroën em julho de 1995 na área de<br />
marketing da filial alemã. Assumiu depois<br />
a chefia de vendas da sucursal de Nantes,<br />
em março de 1997.<br />
Depois de desempenhar funções diversas<br />
nas operações de comércio da Citroën na<br />
França, África do Sul, Israel e África Francesa,<br />
Segal foi diretor das filiais da marca<br />
na Eslováquia, na Polônia e, até recentemente,<br />
na Bélgica.<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong> 29
Novo Peugeot 407<br />
chega por R$ 82.900<br />
Apresentado no Salão do Automóvel de São<br />
Paulo, em outubro de 2008, o novo Peugeot<br />
407 começa a chegar às concessionárias<br />
da marca em abril. Com nova identidade<br />
visual e equipado com o Kit Mãos Livres<br />
com sistema Bluetooth desde a versão de<br />
entrada Allure, com motor 2.0, o sedan terá<br />
preço inicial de R$ 82.900. Em função do<br />
modelo atualizado, as unidades anteriores<br />
ainda presentes nas concessionárias<br />
da marca serão comercializadas pelo<br />
preço promocional de R$ 75.900.<br />
Também disponível nas carrocerias Sedan<br />
e SW, na versão com o propulsor 3.0<br />
V6 (Feline para SW e Griffe no Sedan),<br />
o motorista e passageiro desfrutam de<br />
ainda mais conforto. Sob o capô, o motor<br />
desenvolve 211 cavalos de potência a<br />
6.000 rpm e 29 kgfm a 3.750 rpm. Ambos<br />
são equipados com câmbio automático<br />
sequencial de seis marchas.<br />
Os modelos disponibilizam bancos<br />
com revestimento em couro e assentos<br />
dianteiros com ajuste elétrico e<br />
aquecimento, ar-condicionado<br />
automático digital Bi-zone, espelho<br />
interno eletrocromático, roda em liga<br />
leve de 17 polegadas para SW e de 18<br />
polegadas para o Sedan, disqueteira<br />
para seis CDs e faróis de Xenon.<br />
Fiat lança veículos para o<br />
mercado colombiano<br />
A Fiat anunciou a Colitalia Autos S.A. como novo importador<br />
oficial da marca para o mercado Colombiano desde o dia<br />
12 de março. No primeiro ano de atividades, a empresa<br />
espera comercializar 2,5 mil unidades em um mercado<br />
estimado em 170 mil veículos para <strong>2009</strong>. Para isso, a<br />
Colitalia faz um investimento direto de US$ 15 milhões<br />
em estrutura e também nos serviços de pós-vendas.<br />
Dentro do evento de relançamento da Fiat na Colômbia<br />
serão apresentados dois novos modelos: Fiat Bravo T-Jet<br />
16V 120 CV, nas versões manual e com o Câmbio Dualogic<br />
Automático, além do Palio Adventure Locker, um dos<br />
carros de maior êxito da Fiat, hoje comercializado em toda<br />
América Latina. Estes modelos complementarão a gama<br />
da marca italiana já presente naquele país. Nos próximos<br />
meses, serão lançados ainda o Fiat Linea e o Fiat 500.<br />
“A Colômbia é estratégica para a Fiat, que espera atingir 15%<br />
de participação do mercado latinoamericano em 2010”, disse<br />
Carlos Eugênio Dutra, Diretor de Produto e Exportações da Fiat<br />
Automóveis do Brasil. “A Fiat conta com total apoio de uma<br />
empresa que já tem experiência com a marca e comercializou<br />
mais de 99 mil unidades entre os anos 2000 e 2007 na<br />
Venezuela, se tornando a número um em venda de importados<br />
no país”,declara Manuela Todeschini, Sócia e Diretora<br />
Administrativa da Italgroup Investment, empresa que forma<br />
parte do consórcio italiano acionista da Colitalia Autos S.A..<br />
30 <strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>
Marketing<br />
Em tempos de crise, o tom<br />
da comunicação muda<br />
“<br />
Em períodos de turbulência econômica,<br />
se sai melhor quem<br />
primeiro reconhecer que a crise<br />
existe e tomar ações para resolver<br />
as dificuldades. Um bom gestor<br />
tem de agir rapidamente no<br />
mercado”, afirmou Cassio Pagliarini, diretor<br />
de marketing da Renault. Como se identifica<br />
a crise? – questionou o executivo já<br />
respondendo: “Podemos identificá-la<br />
pela queda nas vendas ou pela redução<br />
das margens de rentabilidade. Muitas<br />
vezes, em momentos de turbulência<br />
econômica, só conseguimos “movimentar”<br />
os veículos oferecendo descontos<br />
muito grandes”. Em qualquer<br />
um destes casos, há problemas. É<br />
preciso priorizar recursos, ou seja,<br />
definir muito bem como investir em<br />
produtos, incentivos e publicidade<br />
– recursos que o departamento de<br />
marketing de uma montadora tem<br />
para trabalhar.<br />
Em períodos de crise, com vendas<br />
retraídas e lucratividade menor, os estoques<br />
são imutáveis. Mover o estoque passa<br />
a ser uma prioridade. “Não podemos negar<br />
o estoque. Temos de trabalhá-lo. Com as vendas<br />
desaquecidas, você não vai conseguir produzir<br />
mais. É uma questão de consciência, você<br />
tem de compreender seu estoque”, disse Pagliarini.<br />
A lucratividade fica impactada tanto na montadora<br />
quanto no banco e na rede de concessionárias.<br />
A crise financeira internacional e, consequentemente, o desaquecimento da economia<br />
brasileira tem feito as empresas repensarem seus investimentos, criando novas<br />
estratégias de marketing. Há quem reforce os gastos com publicidade. Há quem retraia.<br />
Na verdade, o mais importante em momentos de crise é a criatividade e a agilidade.<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
31
Cassio Pagliarini, diretor<br />
de marketi ng da Renault<br />
e Alexandre Gama, da<br />
Neogama/BBH.<br />
32<br />
Marketi ng<br />
Veículos de menor valor reagem melhor – Os veículos<br />
de entrada, como por exemplo o Clio Campus,<br />
reagem melhor em momentos de retração no<br />
mercado. Um dos motivos, segundo o executivo, é<br />
a maior facilidade de se comparar os diversos modelos<br />
de entrada. Não há tantas diferenças nos componentes<br />
entre um e outro. Neste caso, o incentivo<br />
“preço” de varejo é mais apropriado para desovar<br />
o estoque. Já nos veículos de faixas de preços mais<br />
altas há maior difi culdade para fazer comparações<br />
com outros modelos da concorrência. “Uns contam<br />
com airbag e ABS, outros não”, exemplifi cou o diretor<br />
de marketing da montadora.<br />
Segundo Pagliarini, os consumidores de veículos<br />
de entrada não priorizam equipamentos como<br />
airbag e ABS. “O Mégane vem equipado com ABS<br />
em todas as versões”, comentou. Na opinião do especialista,<br />
a melhor estratégia para reduzir os níveis<br />
de estoque destes tipos de veículos é oferecer<br />
condições de fi nanciamento mais atrativas. “Com o<br />
Mégane funcionou muito bem – taxas subsidiadas e<br />
prazos de 24 meses e 36 meses”, ressaltou Pagliarini,<br />
explicando: “As condições fi nanceiras das pessoas<br />
que compram Mégane são superiores das que adquirem<br />
veículos de entradas. Para consumidores<br />
de Mégane, as condições de fi nanciamento são o<br />
melhor incentivo”.<br />
Modelos como o Logan ou Sandero misturam<br />
as duas estratégias – preço e condições de fi nanciamento.<br />
“Trabalho nas duas extremidades – taxas<br />
competitivas como 0,49% em 36 meses ou taxa zero<br />
com menores prazos. prazos. É uma conjunção das duas<br />
condições, mas não preciso necessariamente oferecer<br />
o melhor preço e o melhor fi nanciamento”,<br />
enfatizou Pagliarini.<br />
Responsabilidade dividida – Para ele, em momentos<br />
de crise, os desafi desafi os têm de ser repartidos entre<br />
montadora e concessionários. “Durante a crise fafazemos esforço para acelerar o varejo sem acelerar<br />
o atacado. Reduzimos o estoque. Em três meses, meses,<br />
passamos de 12 mil mil unidades para 8 mil unidades”,<br />
afi rmou o diretor de marketing da Renault. Faturase<br />
menos. As vendas são menores. Todos perdem.<br />
O esforço deve ser dividido dividido para passar pelos momentos<br />
de turbulência. turbulência. A montadora montadora também faz a<br />
sua parte. Segundo Pagliarini, a fabricante facilita<br />
condições de pagamento para a rede de distribuidores,<br />
subsidia a taxa de juros sobre o estoque da rede<br />
( oor plan) ) e facilita o pagamento no atacado com<br />
desconto. “Força o varejo e fatura fatura para para o o concessioconcessionário apenas o necessário”, disse.<br />
O foco da publicidade também é alterado. “O<br />
tom da comunicação muda. A propaganda fi ca mais<br />
agressiva e dinâmica, transmitindo descontos, promoções<br />
e melhores condições de pagamento”, explicou<br />
Pagliarini. A abordagem muda do produto para<br />
preço e condições de pagamento. No entanto, ele<br />
ressalta: “Este tipo de propaganda deve ser veiculado<br />
num tempo limitado, pois não posso fi car muito<br />
longe de transmitir a qualidade do produto”.<br />
Maior conservadorismo – O consumidor se torna<br />
mais conservador. “O desafi o é ainda maior porque as<br />
pessoas estão menos propensas a correr riscos”, afi rmou<br />
Pagliarini. Se as pessoas físicas não estão menos<br />
dispostas a enfrentar desafi os, as jurídicas somem do<br />
mapa. “As locadoras e empresas param de comprar. O<br />
Logan, que conta com cerca de 1/3 das vendas voltadas<br />
para frotistas, sofreu muito”, comentou.<br />
Atualmente, a Renault detém 4,2% de market<br />
share no acumulado do ano. A perspectiva para este<br />
ano é chegar a 5%. Para isto, a fábrica conta com<br />
a rede de distribuidores. “Dependemos da rede.<br />
Não existe fábrica sem rede. Nosso único canal de<br />
escoamento são os concessionários. Temos de dar<br />
boas condições para manter nossa rede”, fi nalizou<br />
o diretor de marketing da Renault.<br />
Acelerar ou frear? – “Aquele que se cala diante das<br />
difi culdades é o primeiro a ser deixado para trás.<br />
E como a publicidade é a voz da empresa e de suas<br />
marcas e produtos, é importante não interromper<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>
nunca o diálogo que se dá com o consumidor por<br />
meio dela”. Esta é posição de Alexandre Gama, presidente<br />
e diretor geral de criação e planejamento da<br />
Neogama/BBH, agência de propaganda da Renault.<br />
Segundo ele, “em tempos de crise, isso é ainda mais<br />
verdadeiro, principalmente, porque existe a tentação<br />
de incorrer no erro da covardia comercial e confundir<br />
“medo” com “cuidado””, ressaltou o presidente<br />
da Neogama/BBH, para quem, muitas vezes, a diferença<br />
entre medo e cuidado é antagônica. “O medo<br />
cega, o cuidado abre os olhos”, comentou Gama,<br />
explicando: “O cuidado é um estado de alerta que<br />
até pode vir a ser gerado pelo medo, mas não cede<br />
a ele e não retira da pessoa a capacidade de pensar<br />
e agir. Já o medo em si, quando domina a pessoa,<br />
leva geralmente à paralisia. Paralisar investimentos,<br />
planos e atividades diante de uma crise é sinal de<br />
medo. Procurar alternativas e saídas adequadas para<br />
continuar ativo diante de uma crise é cuidado. Portanto,<br />
o problema não é ter medo. O problema é o<br />
medo ter você. E a melhor forma de combater a crise<br />
é não se deixar intimidar ou se apequenar por ela”.<br />
Na opinião de Gama, há uma diferença fundamental<br />
de atitude no processo de passar por uma crise:<br />
“você pode passar por ela ativo ou pode assistir parado<br />
a crise passar por cima de você”. Ele lembra da<br />
história do lendário piloto escocês Jackie Stewart<br />
que dizia que sempre que havia um problema na<br />
pista, acelerava tentando fazer seu melhor tempo<br />
porque sabia que naquele momento os outros pilotos<br />
estavam instintivamente tirando o pé. “Na<br />
sociedade de consumo que vivemos, cortar publicidade<br />
é como cortar as as próprias próprias cordas vocais”, disse<br />
o presidente da Neogama/BBH. Neogama/BBH. A experiência<br />
do especialista mostra que a maioria das empresas<br />
que que mantiveram mantiveram seus investimentos em em comunicação,<br />
durante períodos de crise, saíram saíram maiores em<br />
relação relação aos concorrentes quando quando a crise arrefeceu. arrefeceu.<br />
Gama já já viveu de de tudo no setor automotivo. automotivo. Trabalhou<br />
para Volkswagen, ABRADIF ABRADIF e ASSOBRAV,<br />
lançou a Audi no Brasil, fez reposicionamento<br />
de comunicação da Ford logo após o término da<br />
AutoLatina e relançou relançou o Fusca.<br />
“Vejo a Renault do Brasil como um potencial<br />
líder líder de mercado e, tendo trabalhado com mais mais de<br />
um desses líderes em outras oportunidades, digo digo<br />
que estamos prontos prontos para ajudar a Renault a a trilhar<br />
esse caminho. Acredito em novas oportunidades de<br />
ganhos ganhos de participação de mercado para a marca.<br />
Sei que aquele aquele que foca foca no no consumidor, é ousado<br />
e antecipa tendências, sempre ganhará mercado e<br />
preferência”, afi rmou o empresário.<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
Corte de custos é<br />
necessário,<br />
mas com critérios<br />
A Grand Brasil, que reúne 12 concessionárias de<br />
automóveis das marcas Fiat, Nissan, Peugeot, Renault<br />
e Toyota em São Paulo e na Baixada Santi sta,<br />
reduz os gastos com publicidade nos tempos de crise.<br />
Em um primeiro momento, existi u uma queda de<br />
30% nos investi mentos de mídia mas, segundo Cristi ane<br />
Müller, gerente de marketi ng da Grand Brasil, os recursos andam<br />
relati vamente juntos ao volume de vendas. Com isso, volta a melhorar conforme<br />
o aquecimento do mercado. “Em momentos como esse, se faz necessária alguma<br />
retração nos investi mentos, mais com bastante critério. A análise tem que ser<br />
pontual e muito bem pensada. Nessas horas, o ajuste fi no dos investi mentos<br />
deve prevalecer”, afi rmou Müller.<br />
Para ela, as medidas comerciais devem andar junto com a mídia. Comunicar<br />
por comunicar não traz resultado aparente no varejo. A comunicação entre os<br />
departamentos de marketi ng e comercial se faz cada vez mais ajustada nesses<br />
momentos. Os cortes são necessários, mas os investi mentos publicitários são<br />
parte integrante do core business. Müller acredita que se o ajuste não for realizado<br />
com bastante critério pode impactar diretamente no volume de vendas.<br />
“A visibilidade da concessionária deve ser preservada. Podemos renegociar com<br />
nossos fornecedores, mídias e buscar as mídias dirigidas, outros canais de comunicação<br />
para conti nuar “conversando” com qualidade com nossos clientes”,<br />
afi rmou a gerente de marketi ng.<br />
Atenta às mudanças do mercado e nos hábitos dos consumidores, a Grand Brasil<br />
alterou o foco da publicidade. “O consumidor espera um diferencial, algo que<br />
mostre que ele pode comprar com tranquilidade, que não está desamparado.<br />
E são esses os diferenciais que a Grand Brasil trabalha e busca para sua comunicação<br />
e área comercial, oferecendo taxas diferenciadas, segurança no crédito e<br />
em uma possível perda de renda”, enfati zou a gerente de marketi ng.<br />
As campanhas são 80% promocionais e 20% insti tucionais. “O consumidor procura<br />
as informações de preço, taxa de juros, facilidades e oportunidades em<br />
nossos anúncios”, fi nalizou.<br />
A estratégia de comunicação da Neogama/<br />
BBH para a Renault é focada em produto e promoção<br />
e baseada na qualidade criativa combinada<br />
com alta efi cácia. “Criamos ideias que impactam,<br />
geram recall para a marca e o produto e, na ponta,<br />
trazem resultado acima da expectativa. Retorno<br />
sobre investimento é um item sagrado”, disse<br />
Gama. No entanto, ele alerta: “Triste do país que<br />
depende de heróis e de marcas que dependem de<br />
promoção. É claro que saber posicionar preço é<br />
importante, mas se todos podem fazer a mesma<br />
coisa, qual será o diferencial?”, questionou. Para<br />
ele, focar somente em preço não é saudável. “Vejo<br />
a Neogama ajudando a Renault a defender suas<br />
margens, a criar um ‘valor’, para seus produtos e<br />
marca, que garanta uma erosão menor do preço<br />
em tempos de crise. Comprar um Renault tem que<br />
ser um bom negócio não só por causa de quanto<br />
o carro custa no bolso. Mas, principalmente de<br />
quanto ele vale na vida”, concluiu Gama.<br />
33
Economia e Negócios<br />
Renúncia fi scal refl ete<br />
nas vendas de veículos<br />
A redução do IPI para veículos deu<br />
um impulso nas vendas do varejo<br />
no primeiro trimestre de <strong>2009</strong><br />
mas, segundo a Fenabrave,<br />
os empresários devem ter<br />
os pés no chão e cautela<br />
ao comemorar, pois<br />
a crise internacional<br />
ainda repercute com<br />
efeitos negati vos<br />
em todo o mundo.<br />
De acordo com o levantamento<br />
feito pela<br />
Fenabrave – Federação<br />
Nacional da Distribuição<br />
de Veículos Automotores,<br />
as vendas de<br />
veículos no mês de março bateram todos os<br />
recordes da história. Segundo a entidade, as<br />
vendas de 410.623 automóveis, comerciais leves,<br />
caminhões, ônibus e motos zeram com que<br />
o terceiro mês de <strong>2009</strong> fosse o melhor da história da<br />
distribuição. “As vendas de março subiram fortemente<br />
devido à expectativa de término dos incentivos oferecidos<br />
pelo governo por parte dos consumidores”, disse Sérgio Reze,<br />
presidente da Fenabrave, referindo-se à redução do Imposto sobre<br />
Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis decidida em dezembro<br />
e que teria vigência até 31 de março. “As ações do governo, em<br />
atender a pequenas demandas, faz com que voltemos à normalidade”,<br />
declara Reze.<br />
O setor da distribuição reagiu de forma positiva à renúncia scal<br />
anunciada pelo governo em dezembro. Conforme estudo realizado<br />
pela ANFAVEA, em conjunto com o Sindipeças e a Fenabrave, as<br />
vendas de veículos iniciaram uma trajetória ascendente a partir de<br />
dezembro, quando o IPI foi reduzido. O crescimento foi acentuado,<br />
não chegando a dois dígitos no comparativo mês a mês, porém,<br />
no último mês do incentivo, houve uma corrida de clientes às con-<br />
cessionárias querendo aproveitar as promoções. O resultado foi o<br />
crescimento de 36% nas vendas de automóveis e comerciais leves na<br />
comparação com fevereiro. “É lógico que a gente comemora, mas<br />
tem que ter o pé no chão. Temos que ter consciência de que existe<br />
uma crise internacional e que 2008 não volta e levará tempo para a<br />
economia se recuperar”, disse Reze.<br />
O presidente da Fenabrave acredita que a renúncia scal feita<br />
pelo governo foi positiva para a recuperação do setor. Sem esse es-<br />
34 <strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>
tímulo, a entidade estimava vendas de 152 mil unidades<br />
para este mês, uma queda de mais de 100 mil unidades<br />
mensais. “Mas este volume não é factível de acontecer o ano<br />
todo. Não é a realidade que estamos prevendo para <strong>2009</strong>”,<br />
disse Reze se referindo às 271 mil unidades comercializadas<br />
em março. Com os resultados positivos nas vendas do setor,<br />
o governo prorrogou a redução do imposto por mais 90 dias,<br />
porém, a Fenabrave acredita que este estímulo não se tornará permanente.<br />
“Entendemos que o governo não pode fazer uma renúncia<br />
scal dessa magnitude por muito tempo”, declara Reze.<br />
O setor de motocicletas ainda tem sofrido os impactos da queda<br />
dos nanciamentos no mercado. “O problema do segmento está ligado<br />
ao cadastro dos clientes. Os compradores de motos, geralmente,<br />
pertencem à base da pirâmide e tem maior di culdade para comprovar<br />
renda”, declara. Segundo a entidade, foram vendidas 370.026<br />
unidades no primeiro trimestre de <strong>2009</strong>. Isso representa uma queda<br />
de 15,11% se comparado com o mesmo período de 2008, quando<br />
foram comercializadas 435.864 unidades.<br />
A redução da alíquota do Co ns, de 3% para zero no setor de<br />
motocicletas também foi um incentivo bem aceito pelos empresários<br />
do setor da distribuição, mas esta redução não vai se re etir em<br />
grandes descontos para o segmento. Na oportunidade, Reze falou<br />
que o consórcio pode ser uma boa opção de compra para o setor, mas<br />
deve ser revitalizado. “Muitos contemplados não retiram seus bens,<br />
deixam os recursos no grupo, frustrando o intuito do consórcio”,<br />
a rmou Reze. A entidade deve levar ao governo uma proposta para<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
Eduardo Gianetti da Fonseca<br />
estimular o consorciado contemplado a retirar o bem em até 90 dias<br />
após a contemplação.<br />
No setor de transportes (caminhões e ônibus), as vendas no varejo,<br />
em março, cresceram 29,47% se comparado com fevereiro. Foram<br />
emplacadas 10.434 unidades no terceiro mês do ano, ante 8.059 registradas<br />
em fevereiro. Em compensação, se comparado o trimestre,<br />
as vendas ainda amargaram queda de 14,34%, em comparação ao<br />
mesmo período de 2008. Movimentado pela produção da indústria,<br />
que está desacelerada pelos re exos negativos da crise nanceira<br />
internacional, o setor, segundo a Federação, possui uma perspectiva<br />
de crescimento moderado ao longo do ano, graças ao aumento do<br />
frete. “O início da colheita da safra deste ano, o setor de mineração e<br />
a construção civil, também aquecida com a redução de impostos de<br />
alguns produtos, poderão impulsionar o aumento do frete ao longo<br />
dos meses”, explica Reze.<br />
A expectativa da Fenabrave é que o setor tenha um semestre<br />
equilibrado. O volume de automóveis e comerciais leves devem se<br />
estabilizar entre 200 a 210 mil unidades mensais, o que deve contabilizar<br />
2,6 a 2,7 milhões de unidades no nal de <strong>2009</strong>. Segundo Reze,<br />
este volume é inferior aos números alcançados até setembro de 2008,<br />
mas atende às necessidades do setor. Já o setor de caminhões depende<br />
de frete. “O segmento de caminhões depende de como a economia<br />
vai reagir nos próximos meses”, disse o presidente da entidade. As<br />
motocicletas dependem de intervenções que estimulem o mercado.<br />
“Se o resultado de <strong>2009</strong> car igual ao de 2008 será uma grande vitória”,<br />
completa.<br />
35
No Stress – Turismo e Lazer Foz do Iguaçu<br />
Foz do Iguaçu<br />
um espetáculo da natureza<br />
O segundo desti no mais visitado por estrangeiros no Brasil<br />
destaca-se pelas belezas naturais na fronteira com Paraguai e Argenti na.<br />
36<br />
Parque Nacional do Iguaçu<br />
O Parque Nacional do Iguaçu está na fronteira com a<br />
Argenti na e é o segundo maior e o mais anti go do Brasil.<br />
No lado brasileiro, são cerca de 185 mil hectares e, no<br />
argenti no, mais 67 mil.<br />
Seu maior espetáculo são as Cataratas do Iguaçu,<br />
que apresentam forma semicircular e possuem 2,7<br />
mil metros de largura. A espuma d’água cai a uma<br />
altura de até 72 metros, nos saltos existentes entre o<br />
Brasil e a Argenti na. O número de saltos varia entre<br />
150 e 300 dependendo da vazão do Rio Iguaçu.<br />
O passeio mais conhecido por lá é o Macuco Safári. Nele, o<br />
visitante percorre uma trilha de 3 km em um jipe até uma<br />
plataforma no Rio Iguaçu, onde embarca em um barco<br />
bimotor rumo à Garganta do Diabo, salto com 90 m de<br />
altura e que, por seu formato, lembra uma ferradura. A<br />
navegação poderia até ser leve, se o barco não levasse os<br />
visitantes a apenas 5 m das Cataratas. É água para todo<br />
o lado, gritos, adrenalina correndo solta mas, quando<br />
acaba, dá vontade de repeti r mais e mais vezes.<br />
Considerada uma das maravilhas da natureza, o cenário das<br />
Cataratas do Iguaçu foi esculpido há 150 milhões de anos<br />
mas, de acordo com a lenda de uma anti ga tribo indígena da<br />
região, a formação deste monumento natural se deu pela<br />
fúria do deus Mboy que “penetrou nas entranhas da Terra<br />
e, retorcendo o seu corpo, gerou o grande penhasco no rio<br />
para impedir a fuga dos índios Tarobá e Naipi – a jovem<br />
mais bela da tribo que seria entregue à sua consagração”.<br />
No caminho para chegar às Cataratas, o visitante<br />
percorre uma trilha pavimentada de 1,6 mil metros, que<br />
proporciona uma verdadeira imersão com a natureza.<br />
Neste ponto, o turista tem o contato com a vegetação<br />
nati va, pássaros, borboletas e os simpáti cos quati s.<br />
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>
<strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong><br />
A<br />
cidade de Foz do Iguaçu, localizada<br />
a extremo oeste do Estado<br />
do Paraná, é hoje o segundo<br />
destino mais visitado por estrangeiros<br />
no Brasil, segundo<br />
a Embratur. Também pudera... as belezas<br />
naturais encontradas naquele município<br />
com cerca de 400 mil habitantes, fazem<br />
qualquer pessoa se render<br />
aos caprichos da cidade. De<br />
acordo com a Secretaria<br />
Municipal de Turismo,<br />
o Parque Nacional<br />
do Iguaçu, principal<br />
atração turística<br />
da cidade,<br />
recebeu, entre os<br />
meses de janeiro<br />
e fevereiro de<br />
<strong>2009</strong>, um total de<br />
254.573 visitantes.<br />
Já em período idêntico<br />
de 2008, o número<br />
de visitantes chegou<br />
a 252.695, apontando um<br />
acréscimo de 0,7% em plena<br />
crise internacional.<br />
A atividade turística em Foz<br />
do Iguaçu é composta de vários<br />
segmentos. Seus dois ícones, as<br />
Cataratas do Iguaçu e a Hidrelétrica<br />
de Itaipu, encantam seus<br />
visitantes. Além desses atrativos,<br />
outras opções compõem a oferta<br />
turística. São programas culturais,<br />
compras, atividades esportivas<br />
e variadas que fazem<br />
com que Foz do Iguaçu<br />
seja destaque nacional<br />
e internacional.<br />
A cidade conta<br />
com um dos maiores<br />
parques hoteleiros<br />
do Brasil, e<br />
um aeroporto internacional,servido<br />
pelas principais<br />
companhias aéreas<br />
nacionais. Além das<br />
conhecidas atrações turísticas,<br />
conta com uma grande<br />
variedade de restaurantes,<br />
churrascarias, bares e casas noturnas e<br />
também o maior shopping center do oeste<br />
paranaense. Com toda esta estrutura, Foz<br />
do Iguaçu se mostra uma grande candidata<br />
a ser sub-sede de Curitiba na Copa de<br />
2014, que será realizada no Brasil. Se isso se<br />
confirmar, pode receber investimentos do<br />
Estado e do governo federal em infraestrutura<br />
na ordem de R$ 400 milhões.<br />
Os recursos serão aplicados, provavelmente,<br />
na duplicação da BR-469 (Rodovia<br />
das Cataratas), que leva ao Parque Nacional<br />
do Iguaçu, e na reforma e ampliação do Aeroporto<br />
Internacional, que deverá receber<br />
número maior de turistas e visitantes do<br />
mundo todo durante os jogos. “Queremos<br />
que Foz seja uma das sub-sedes para buscarmos<br />
ainda mais recursos efetivos que melhorem<br />
a infraestrutura do turismo, da área<br />
de saúde, da segurança, entre outros setores<br />
da cidade”, destacou um dos integrantes do<br />
Comitê Executivo, o deputado estadual<br />
Chico Noroeste, do PR Paranaense.<br />
Para o secretário-executivo do Comitê<br />
Executivo, Wilson Portes, a escolha de Foz<br />
trará ainda ampla exposição da cidade na<br />
mídia nacional e internacional, destacando<br />
o destino em todo o mundo. “Temos certeza<br />
de que a cidade será notícia no mundo todo,<br />
com jornalistas e a imprensa visitando as<br />
Cataratas do Iguaçu, a Itaipu Binacional,<br />
antes, durante e depois do evento, mostrando<br />
essas belezas naturais e o potencial<br />
turístico dessa terra”, disse Portes.<br />
Atrações Turísticas – O ecoturismo é, sem<br />
dúvida, uma das alternativas que vêm ganhando<br />
força na região. Imagine só fazer<br />
rapel com as Cataratas ao fundo? No Parque<br />
Nacional do Iguaçu, considerado Patrimônio<br />
da Humanidade pela Unesco, em 1986,<br />
o turista tem a opção de curtir a natureza<br />
praticando diversas modalidades esportivas<br />
como rafting, arvorismo, cascading, escalada,<br />
rapel e trilhas ecológicas.<br />
Além das Cataratas, da famosa usina de<br />
Itaipu e das opções em ecoturismo, a cidade<br />
tem ainda noites animadas, uma mesquita<br />
árabe e um templo budista. Foz do Iguaçu<br />
tem também a vantagem de fazer fronteira<br />
com dois países: o Paraguai e a Argentina.<br />
Não são necessários mais que vinte minutos<br />
para curtir os cassinos das cidades vizinhas<br />
Ciudad Del Este e Puerto Iguazu.<br />
37
Parque das Aves<br />
O Parque das Aves é uma atração para os amantes<br />
do ecoturismo. Possui uma área de 16,5 hectares,<br />
quatro dos quais abrigam viveiros e instalações. A<br />
área restante é desti nada à proteção ambiental.<br />
Trilhas por entre as matas escondem viveiros<br />
integrados à fl oresta. No viveiro dos pássaros<br />
nati vos, aves de cores deslumbrantes sobrevoam<br />
e pousam a poucos metros do visitante.<br />
Nos viveiros denominados “fl oresta” e “pantanal”,<br />
uma área de 630 m² e oito metros de altura<br />
representa o habitat destes ecossistemas brasileiros.<br />
Os visitantes podem até experimentar como é a<br />
vida nesses ambientes, entrando nos viveiros.<br />
O parque, localizado a 8 km do centro de Foz do<br />
Iguaçu, abriga mais de 500 aves, entre espécies<br />
brasileiras e de outros conti nentes, como loris,<br />
periquitos, araras, fl amingos e grous. Possui também<br />
programas de reprodução em cati veiro, de educação<br />
ambiental e visitas com orientação de biólogos.<br />
Marco das três fronteiras<br />
O obelisco foi construído em pedra e<br />
cimento, em forma de um triângulo<br />
equilátero e pintado com as cores<br />
nacionais. É o único no mundo<br />
que, pela localização geográfi ca,<br />
tem dois rios dividindo três países,<br />
Brasil, Paraguai e Argenti na.<br />
O marco fi ca a seis quilômetros<br />
do centro de Foz e a 23 km das<br />
Cataratas, na foz do rio Iguaçu<br />
com o rio Paraná e tem cerca de<br />
dois mil metros de extensão.<br />
Os visitantes contam com infraestrutura<br />
dotada de estacionamento,<br />
lanchonete, loja de artesanato e um<br />
mirante de onde se pode observar<br />
os três países e o encontro das<br />
águas dos rios Iguaçu e Paraná.<br />
Hidrelétrica de Itaipu<br />
A usina hidrelétrica de Itaipu é a maior em operação no mundo,<br />
fruto de um empreendimento binacional desenvolvido em<br />
conjunto pelo Brasil e o Paraguai, no rio Paraná. A potência<br />
instalada da usina, de cerca de 12.600 MW (megawatt s),<br />
é responsável pelo suprimento de mais de 80% da energia<br />
elétrica consumida em todo o Paraguai e cerca de 30% do<br />
abastecimento das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil,<br />
regiões que concentram cerca de 65% da população brasileira.<br />
Por sua grandeza e pelo interesse que desperta em todo o<br />
mundo, a usina está entre as principais atrações turísti cas<br />
de Foz do Iguaçu. Desde que foi aberta à visitação, em<br />
1977, a usina já recebeu cerca de 10 milhões de visitantes<br />
de 162 países. As visitas a Itaipu são gratuitas, exceto a<br />
noite, quando é apresentado um show de luzes na usina.<br />
Para se ter noção da grandiosidade de Itaipu, a Visita Panorâmica<br />
é o passeio mais indicado. Nesta Visita, com duração de uma<br />
hora, é possível ter visão externa completa da usina. Já no<br />
passeio Circuito Especial, o visitante tem a oportunidade de<br />
conhecer a sala de comando central, onde técnicos<br />
brasileiros e paraguaios monitoram<br />
a produção, separados apenas<br />
por uma fronteira simbólica.<br />
Eu<br />
recomendo<br />
O ti tular da Open Veículos de Foz do Iguaçu,<br />
Marcos Urio, além de destacar as principais<br />
atrações turísti cas da cidade, recomenda<br />
uma série de restaurantes internacionais.<br />
Seu preferido é o Zaragoza (Rua Quinti no<br />
Bocaiuva, 882, Centro - 45 3028-8084). O<br />
restaurante serve as principais receitas<br />
da culinária espanhola, a começar pela<br />
tradicional paella, passando pela saborosa<br />
lula grelhada. O destaque da casa é o<br />
camarão a Marta Rocha, servido com molho<br />
rosado, queijo catupiry e arroz branco.<br />
Como Foz do Iguaçu é uma cidade conhecida<br />
pela diversidade cultural e também como<br />
uma das maiores colônias árabes brasileiras,<br />
Urio recomenda o restaurante Rafain (Av.<br />
das Cataratas, 1749 – 45 3523-1177). Com<br />
espaço diferenciado, ambiente climati zado,<br />
a churrascaria apresenta capacidade para<br />
1.200 visitantes, em três diferentes salões.<br />
Durante o jantar uma surpresa. O palco<br />
ganha vida com as apresentações de música e<br />
dança que remetem a uma verdadeira viagem<br />
da América Lati na aos pampas. “O ambiente<br />
é agradável e a diversão é garanti da neste<br />
lugar”, conta o ti tular da Open Veículos.<br />
“Caso o turista queira um ambiente mais<br />
requintado, vale a pena atravessar a<br />
fronteira e ir ao Casino Iguazu”, explica Urio,<br />
se referindo ao resort localizado na cidade<br />
de Puerto Iguazu, na Argenti na. No espaço<br />
chamado “El Jardín”, o cardápio servido no<br />
jantar conta com menu variado de pratos<br />
internacionais e tí picos argenti nos.<br />
38 <strong>Março</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2009</strong>