Rochas ígneas 2
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Geologia de Engenharia I<br />
<strong>Rochas</strong> Ígneas<br />
Prof. Rodrigo Peroni Aula 1<br />
<strong>Rochas</strong> Ígneas<br />
Plutônica Hipoabissal Vulcânica<br />
Granito Quartzo pórfiro Riolito<br />
Sienito Micrissienito Traquito<br />
Diorito Microdiorito Andesito<br />
Gabro Dolerito Basalto<br />
Peridotito Picrito Picrito<br />
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<strong>Rochas</strong><br />
plutônicas<br />
<strong>Rochas</strong> Ígneas<br />
Densidade<br />
relativa<br />
Quartzo Feldspato<br />
Sódico<br />
Feldspato<br />
potássico<br />
Biotita Piroxênios<br />
e<br />
anfibólios<br />
Olivina<br />
Granito 2,7 X X X + 0 -<br />
Sienito 2,8 0 X + + 0 -<br />
Diorito 2,8 0 0 X + X -<br />
Gabro 2,9 - - X - X +<br />
Peridotito 3,3 - - - - + X<br />
X presente em grande proporção,<br />
+ presente em proporção menor,<br />
0 escasso,<br />
- ausente<br />
<strong>Rochas</strong> Ígneas<br />
● Modo de ocorrência das rochas plutônicas:<br />
Concordantes Sill (corpos hipabissais)<br />
Lacólito ( “ )<br />
Discordantes Dique ( “ )<br />
Chaminé vulcânica ( “ )<br />
Batólito e Stock (corpos plutônicos)<br />
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<strong>Rochas</strong> Ígneas – formas dos corpos<br />
● diques são formados quando o magma invade as rochas encaixantes<br />
através de fraturas ou falhas, e apresentam uma atitude vertical ou<br />
cortam as estruturas dessas rochas, sendo portanto denominados<br />
corpos discordantes;<br />
● sills são corpos intrusivos tabulares, que se alojam com atitude<br />
horizontal a sub-horizontal, paralelamente à estratificação quando as<br />
rochas encaixantes forem sedimentares, pelo qual são chamados de<br />
corpos concordantes;<br />
● lacólitos são corpos ígneos intrusivos, com a forma de um cogumelo,<br />
são formas concordantes, assim como os sills. Porém o lacólito<br />
arqueia as camadas de rocha sobrejacentes para obter espaço para seu<br />
alojamento;<br />
● Necks vulcânicos são corpos intrusivos discordantes formados pela<br />
consolidação do magma dentro de chaminés vulcânicas. Após a<br />
erosão do cone vulcânico, principalmente daquele constituído por<br />
material piroclástico, mais suscetível à erosão, sobressai na<br />
topografia a antiga chaminé, que serviu de alimentador de magma<br />
para o vulcão.<br />
<strong>Rochas</strong> Ígneas – formas dos corpos<br />
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<strong>Rochas</strong> Ígneas – Vulcânicas<br />
● Modo de ocorrência das rochas vulcânicas:<br />
Vulcânicas depósitos piroclásticos e tephra<br />
derrames fissural<br />
cone vulcânico (erupção central)<br />
<strong>Rochas</strong> Ígneas – Vulcânicas<br />
● Depósitos piroclásticos e tephra<br />
Depósitos piroclásticos (consolidados) e tephra<br />
(pouco consolidado) ocorrem quando o<br />
vulcanismo é riolítico ou andesítico, ácido e<br />
viscoso. Magmas com essa composição tem<br />
muitos gases que explodem com a diminuição da<br />
pressão de confinamento ao chegar a superfície.<br />
Essas explosões lançam fragmentos de magma<br />
consolidada a várias distâncias gerando esses tipos<br />
de depósito.<br />
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<strong>Rochas</strong> Ígneas – Vulcânicas<br />
●Derrame, vulcanismo fissural<br />
Ocorre quando o magma chega a superfície e escoa sobre<br />
esta, sem ou com pouca atividade explosiva e de modo<br />
calmo. Cada fluxo de lava é denominado de derrame de<br />
lava e forma corpos rochosos tabulares. Ex. Basaltos da<br />
Bacia do Paraná (extensão: 1.2 milhões Km2, espessura<br />
10m a 1500m).<br />
A mobilidade da lava depende, principalmente, de sua<br />
composição e temperatura; lavas básicas são mais<br />
quentes e fluidas e percorrem distâncias maiores que as<br />
lavas ácidas, mais viscosas. A perda de gases também<br />
influi favorecendo a solidificação da lava.<br />
<strong>Rochas</strong> Ígneas – Vulcânicas<br />
●Estrutura de um derrame típico<br />
Com freqüência, os derrames por vulcanismo<br />
fissural apresentam variações de textura e<br />
estrutura da base para o topo. Essas variações<br />
permitem caracterizar diversas zonas dentro de<br />
um mesmo derrame, assim para um derrame de<br />
cerca de 50m de espessura, pode se observar as<br />
seguintes variações da base para o topo:<br />
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<strong>Rochas</strong> Ígneas – Vulcânicas<br />
1) Zona vítrea: basalto preto, com brilho resinoso, muito alterado, juntas de<br />
contração mal definidas, encurvadas. Podem ocorrer algumas amígdalas e<br />
fenocristais de plagioclásio e piroxênio. Essa base vítrea é resultante do<br />
resfriamento rápido da lava em contato com o terreno. Espessura: 5 –10m.<br />
2) Zona Tabular Inferior: a textura da base p/ o topo da zona passa à<br />
hipocristalina. Juntas horizontais c/ pequeno espaçamento dando o aspecto<br />
tabular estratificado. Esp.: 2 – 10m.<br />
3) Zona colunar: textura holocristalina, fanerítica, juntas verticais,<br />
resultando em disjunção colunar. Melhor zona para localização de<br />
pedreiras (brita) pois a rocha é menos alterada nessa zona. Esp.: 20 – 50m.<br />
4) Zona Tabular Superior: textura hipocristalina a porfirítica, juntas<br />
horizontais dando aspecto tabular estratificado. Dessas zonas tabulares<br />
provém as “lages” de basalto p/ aplicação na construção civil (pisos,<br />
revestimentos). Esp.: 2-10m.<br />
5) Zona Amigdalóide-Vesicular: textura hipocristalina, vidro, juntas mal<br />
definidas, grande presença de vesículas (vacúolo não preenchido) e<br />
amígdalas (geodos, ágatas, ametistas, opalas, calcedônias). Esp.: 2-10m.<br />
<strong>Rochas</strong> Ígneas – Vulcânicas<br />
Nota: a decomposição dos basaltos não gera solos<br />
arenosos (areia) mas sim argilas. Por isso, os talús<br />
e colúvios em cortes de estrada nessas regiões<br />
causam problemas de escorregamento. O uso<br />
desses solos argilosos também causam problemas<br />
de compacidade em leitos de estradas. Além disso,<br />
ocorre falta de areia p/ construção civil.<br />
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<strong>Rochas</strong> Ígneas – Vulcânicas<br />
<strong>Rochas</strong> Ígneas – Vulcânicas<br />
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<strong>Rochas</strong> Ígneas<br />
Alguns critérios para distinguir rochas plutônicas de vulcânicas:<br />
Vulcânicas<br />
Topo vesicular ou amigdalóide<br />
Texturas afaníticas e/ou vítreas<br />
Brechas vulcânicas, piroclásticas e cinzas<br />
vulcânicas freqüentes<br />
Características fluidais de derrame<br />
Estruturas acamadadas de derrame<br />
Base de sedimentares sobrepostas não<br />
mostra vestígios de ação térmica<br />
Plutônicas<br />
Topo sem vesículas e amígdalas<br />
Texturas faneríticas<br />
Ausência de brechas…<br />
Sedimentares sobrepostas mostra<br />
apófises, diques e sills<br />
Sedimentares sobrepostas mostram<br />
evidências de ação térmica<br />
<strong>Rochas</strong> Ígneas – Vulcânicas<br />
● Vulcanismo de Erupção Central<br />
É caracterizado por uma erupção localizada, onde o magma ascende à superfície por um<br />
conduto central denominado chaminé vulcânica e sua acumulação produz um cone<br />
vulcânico, montanha gerada pelo acúmulo de material expelido.<br />
Vulcão é um conduto ou fissura na crosta terrestre com comunicação com o manto. A<br />
partir do qual são expelidos fluxos de lava, cinza, fragmentos, jatos incandescentes,<br />
podendo ocorrer explosões de gases.<br />
Câmara magmática é a fonte do magma, situada em profundidade, comunica-se com a<br />
superfície pela chaminé.<br />
Cratera é a depressão externa afunilada dos vulcões.<br />
Caldeira é a depressão formada pelo colapso da cratera.<br />
Tipos de vulcões: Vulcão de escudo (magma basáltico)<br />
Tephra cone (magma riolítico e andesítico)<br />
Estratovulcão (magma andesítico)<br />
Domo vulcânico (magma félsico muito viscoso)<br />
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<strong>Rochas</strong> Ígneas – Vulcânicas<br />
Processos Produtos Observações<br />
Componentes <strong>Rochas</strong><br />
Erupção efusiva Derrame de lava Rocha vulcânica Material fundido contendo cristais e<br />
bolhas de gases<br />
Erupção explosiva Queda piroclástica Poeira/cinza fina Tufo fino Partículas menores que 0,062 mm<br />
Cinza grossa Tufo grosso Partículas entre 2 e 0,062 mm<br />
Lapilli Lapilito Partículas entre 64 e 2 mm<br />
Bombas Aglomerado Fragmentos plásticos > 64 mm<br />
Blocos Brecha piroclástica Fragmentos rígidos >64 mm<br />
Fluxo piroclástico Púmice Ignimbrito Emulsões gasosas superaquecidas<br />
com fragmentos de púmice ou<br />
escória, cristais de cinza e fragmentos<br />
do conduto e/ou de rochas préexistentes,<br />
em matriz vítrea.<br />
Escórias Brecha de escórias Fragmentos vesiculares restritos às<br />
proximidades dos condutos<br />
vulcânicos<br />
Blocos e cinzas Brecha de blocos e<br />
cinzas<br />
<strong>Rochas</strong> Ígneas – Vulcânicas<br />
Depósitos de grandes blocos de lavas<br />
sustentados por cinzas, próximos dos<br />
condutos de vulcões.<br />
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