Resumo de Anatomia da Medula Espinhal, Tronco Encefalico e ...

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- Lesão da base da ponte: Compromete o tracto córtico-espinhal e as fibras do nervo abducente, resultando em hemiplegia cruzada com paralisia do músculo ocular reto lateral, que é inervado pelo abducente e impede movimentação do olho em direção lateral no mesmo lado do nervo lesado, resultando em diplopia (visão dupla de um mesmo objeto). - Lesão da ponte ao nível de emergência do trigêmeo: Pode ocorrer lesão nesse nível da ponte, causando, além de lesão do tracto córtico-espinhal, lesão das fibras do trigêmeo, resultando em alterações motoras (mm. Da mastigação) e sensitivas no lado lesado. A lesão pode, ainda, se estender ao lemnisco medial, causando alterações de funículo posterior contra-lateralmente. Há ainda as lesões de mesencéfalo: - Lesões da base do pedúnculo cerebral: Geralmente compromete o tracto córticoespinhal e nervo oculomotor. Da lesão do oculomotor (que controla quase todos os músculos do bulbo ocular) resultam: impossibilidade de mover o olho para cima, para baixo e medialmente por paralisias dos músculos oculares. Diplopia, desbio de bulbo ocular lateralmente, ptose palpebral e dilatação pupilar (esta última por falta de ação do músculo constritor da pupila). - Lesão do tegmento do mesnecéfalo: Compromete o núcleo do oculomotor, o núcleo rubro e os lemniscos medial, espinhal e trigeminal. Além da lesão do oculomotor, já citada acima, ocorre anestesia da metade oposta do corpo e da cabeça (esta última por lesão do lemnisco trigeminal.) e tremores com movimentos anormais do lado oposto à lesão do núcleo rubro. NERVOS CRANIANOS Possuem origens funcionais e origens aparentes: Jonatas F. Villa – Medicina Unicamp Turma XLIX Pg 20
Possuem, ainda, componentes aferentes (sensitivos) e eferentes (motores). Nas fibras aferentes temos a divisão entre fibras gerais e fibras especiais. Entre as especiais estão as fibras da retina, do ouvido interno e dos receptores gustativos e olfatórios. A divisão e nomenclatura dos pares cranianos é a seguinte: I par, nervo olfatório: Origina-se na região olfatoria da fossa nasal, passando pela lâmina cribiforme e terminando no bulbo olfatório. É exclusivamente sensitivo com vibras viscerais especiais. II par, nervo optico: Origem na retina, vai até o crânio via canal óptico, cruzando para o lado oposto via quiasma óptico, chegando no corpo geniculado lateral. III par, nervo oculomotor: Inerva todos os músculos do globo ocular, exceto o reto lateral e o oblíquo superior. Inerva ainda músculos intrínsecos do olho, como o que controla o cristalino e o esfíncter da pupila. IV par, nervo troclear: Inerva apenas o músculo oblíquo superior do globo ocular. Assim como o III e o VI par, tem origem no crânio pela fissura orbital superior. V par, nervo trigêmeo: Nervo misto, sendo a maior parte sensitiva. A parte motora é responsável pelos músculos da mastigação. Responsável por impulsos sensitivos da maior parte da cabeça. VI par, nervo abducente: Inerva o músculo reto lateral, sendo responsável pela abdução do olho (olhar para o lado). Sai da base da ponte, no sulco bulbo-pontino. VII par, nervo facial: Possui duas raizes, uma tida como verdadeira, conhecida como nervo facial propriamente dito e uma raiz sensitiva, o nervo intermédio. As duas raízes entram no crânio, junto com o VIII par pelo meato acustico interno. Lá, suas duas raízes se fundem em uma só e o nervo facial dobra para trás, fazendo o joelho externo do facial (local onde está o gânglio geniculado). Possui 3 fibras importantes: A eferente visceral especial, que inerva os músculos da mímica, a eferente visceral geral, que inerva todas as glândulas da cabeça menos a parótida, e a aferente visceral especial, que leva as sensações gustativas dos 2/3 anteriores da língua. VIII par, nervo vestibulo-coclear: Compoe-se de uma parte vestibular (relacionada com o equilíbrio) e uma parte coclear (relacionada com a audição). Fazem sua conexão com o lemnisco lateral na região da ponte. Frequentemente lesado por compressão juntamente com o VII e V pares, caracterizando a síndrome do ângulo ponto-cerebelar). IX par, nervo glossofaríngeo: Emerge do sulco lateral posterior do bulbo, vindo via forame jugular para fora do crânio. Ramifica-se, nessa saída, no ramo da língua e ramo da faringe. Por ser um nervo misto, possui ainda fibras sensitivas que inervam a úvula, tonsila e corpos carotídeos. Emite ainda fibras que inervam a parótida. X par, nervo vago: O maior de todos os nervos cranianos, é essencialmente visceral. Emerge do crânio pelo forame jugular, dando origem a vários plexos. Possui uma imensa diversidade de fibras: As aferentes viscerais gerais que conduzem impulsos desde a faringe até o abdome, as eferentes viscerais gerais, que inervam as vísceras Jonatas F. Villa – Medicina Unicamp Turma XLIX Pg 21
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