Abate Bovinos Suínos - Conselho Regional de Química - IV Região
Abate Bovinos Suínos - Conselho Regional de Química - IV Região
Abate Bovinos Suínos - Conselho Regional de Química - IV Região
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE ABATE<br />
(BOVINO E SUÍNO) - SÉRIE P+L<br />
76<br />
• Esterco, conteúdos estomacais e intestinais, materiais retidos em gra<strong>de</strong>s e<br />
peneiras e os lodos gerados nas estações <strong>de</strong> tratamento dos efluentes líquidos:<br />
coletá-los e acondicioná-los a<strong>de</strong>quadamente (áreas cobertas, sobre solo protegido<br />
com contenção lateral ou em recipientes sem vazamentos, durante o<br />
mínimo tempo possível antes <strong>de</strong> seu processamento ou <strong>de</strong>stinação) - algumas<br />
alternativas observadas para estes resíduos são o seu uso como insumos na<br />
fabricação <strong>de</strong> fertilizantes, <strong>de</strong> compostos orgânicos para adubos (a partir <strong>de</strong><br />
compostagem) e para a produção <strong>de</strong> biogás, via digestão anaeróbia (verificar<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autorização dos órgãos competentes);<br />
• Verificar quais resíduos adicionais po<strong>de</strong>riam também ser processados em<br />
graxarias, além daqueles já em processo – por exemplo, alguns resíduos da<br />
estação <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> efluentes (materiais <strong>de</strong> gra<strong>de</strong>amento e peneiramento,<br />
gorduras, lodos, etc.);<br />
• Resíduos das operações auxiliares e <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>s (citados no item 3.5 - tratamento<br />
<strong>de</strong> água, outros resíduos do tratamento <strong>de</strong> efluentes, cal<strong>de</strong>iras, manutenção, almoxarifado<br />
e expedição, etc.): seguir a mesma orientação básica (“3Rs”).<br />
Neste ponto, vale ressaltar que qualquer utilização (interna ou externa), <strong>de</strong>stinação<br />
e disposição <strong>de</strong> qualquer resíduo <strong>de</strong>vem ser analisadas e aprovadas pelos órgãos<br />
ambientais competentes, ANTES da sua prática.<br />
Na falta <strong>de</strong> alternativas que configurem reúso e/ou reciclagem viáveis e ambientalmente<br />
a<strong>de</strong>quados, os resíduos <strong>de</strong>vem ser acondicionados e <strong>de</strong>stinados <strong>de</strong> forma a<br />
eliminar ou minimizar quaisquer impactos ambientais e danos à saú<strong>de</strong> pública.<br />
4.5 Minimização <strong>de</strong> Emissões Atmosféricas e <strong>de</strong> Odor<br />
Conforme já comentado, as emissões atmosféricas dos abatedouros provém, em<br />
geral, <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> combustão, sendo neste caso recomendável cuidados com<br />
esta operação. Já o odor, geralmente, está relacionado à putrefação ou <strong>de</strong>gradação<br />
bioquímica <strong>de</strong> matéria orgânica, e tem estreita correlação com a correta gestão <strong>de</strong><br />
materiais, produtos, resíduos e efluentes. A seguir, algumas sugestões neste sentido.<br />
4.5.1 Substâncias Odoríferas<br />
• Todos os resíduos <strong>de</strong>vem ser recolhidos e acondicionados em áreas secas e<br />
cobertas, <strong>de</strong> preferência fechadas;<br />
• Todos os resíduos <strong>de</strong>vem ser armazenados pelo menor período <strong>de</strong> tempo<br />
possível antes <strong>de</strong> seu processamento ou <strong>de</strong> sua retirada da unida<strong>de</strong> para processamento<br />
por terceiros – uma referência básica é um tempo máximo <strong>de</strong> 24 horas;<br />
caso haja necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estocagem por tempos maiores, procurar utilizar<br />
algum meio <strong>de</strong> preservação dos resíduos (por exemplo, uso <strong>de</strong> refrigeração para<br />
os materiais <strong>de</strong>stinados a graxarias).