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Abate Bovinos Suínos - Conselho Regional de Química - IV Região

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GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE ABATE<br />

(BOVINO E SUÍNO) - SÉRIE P+L<br />

graxarias, sem inclusão direta <strong>de</strong> outros resíduos do processamento animal para queima<br />

conjunta, se outras alternativas <strong>de</strong> uso ou <strong>de</strong>stinação do sebo não forem viáveis. Como se<br />

trata <strong>de</strong> um combustível com proprieda<strong>de</strong>s fisico-químicas (po<strong>de</strong>r calorífico, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>,<br />

viscosida<strong>de</strong>) distintas daquelas do óleo combustível, é importante verificar a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> alterar a configuração dos queimadores (algumas experiências exis-tentes indicam que<br />

poucas alterações são necessárias). O odor, eventualmente gerado, po<strong>de</strong> ser minimizado<br />

se a queima for bem feita, com boa regulagem da combustão. Assim sendo, espera-se que<br />

a emissão <strong>de</strong> odores seja eliminada pela alta temperatura e o tempo <strong>de</strong> residência dos<br />

gases na câmara <strong>de</strong> combustão; neste aspecto, a purificação do sebo na sua produção,<br />

também é um fator importante e <strong>de</strong>ve ser feita da melhor forma possível – a princípio,<br />

quanto mais puro o sebo, menor o odor gerado na sua queima; vantagens potenciais:<br />

• Redução do uso <strong>de</strong> combustível fóssil;<br />

• Eventual redução <strong>de</strong> custos por tonelada <strong>de</strong> vapor produzida (<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />

das eficiências <strong>de</strong> combustão e dos preços/custos relativos dos combustíveis);<br />

• Redução da geração <strong>de</strong> SO 2 (sebo tem baixo teor <strong>de</strong> enxofre ou quase nenhum);<br />

• Redução <strong>de</strong> riscos <strong>de</strong> poluição associados ao transporte <strong>de</strong> sebo, se este é<br />

queimado nas unida<strong>de</strong>s produtivas que o geram.<br />

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Lembra-se que, como toda modificação <strong>de</strong> processo (incluindo matérias-primas e<br />

insumos – no caso, combustíveis) ou <strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> poluição (no caso, cal<strong>de</strong>iras), esta<br />

alteração <strong>de</strong>ve ser comunicada ao órgão ambiental e ser <strong>de</strong>vidamente licenciada.<br />

4.4 Gerenciamento dos Resíduos Sólidos<br />

Da mesma forma que para a água, os efluentes líquidos e a energia, recomenda-se medir<br />

a<strong>de</strong>quadamente os resíduos sólidos gerados na unida<strong>de</strong> produtiva. Isto envolve fazer<br />

a segregação ou separação dos resíduos, seu acondicionamento, sua quantificação, os<br />

registros dos dados e sua respectiva avaliação <strong>de</strong> forma rotineira e a<strong>de</strong>quada. No caso<br />

<strong>de</strong> pesagem dos resíduos, balanças <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>, a<strong>de</strong>quadas para as quantida<strong>de</strong>s<br />

envolvidas, <strong>de</strong>vem ser selecionadas, adquiridas, <strong>de</strong>vidamente instaladas e calibradas<br />

periodicamente. A <strong>de</strong>finição, cálculo e acompanhamento <strong>de</strong> indicadores relacionados<br />

à produção são importantes – por exemplo:<br />

• [kg resíduos <strong>de</strong> piso área interna/cabeça, ou /t produto];<br />

• [kg esterco e conteúdos estomacais e intestinais prensados/cabeça, ou/t produto];<br />

• [kg ou litros sangue processado ou retirado da empresa/cabeça, ou/t produto];<br />

• [kg embalagens danificadas-<strong>de</strong>scartadas/cabeça, ou/t produto];<br />

• [kg produtos danificados-<strong>de</strong>scartados/cabeça, ou/t produto];<br />

• Indicador indireto: [kg farinha carne-ossos/cabeça, ou/t produto] – <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a<br />

produção <strong>de</strong>sta farinha possa ser relacionada com os resíduos gerados somente<br />

no abatedouro ou frigorífico, com a produção local <strong>de</strong> carne ou <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>rivados<br />

e o processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> farinha esteja sob controle, para que se exclua suas<br />

eventuais influências.<br />

OBS.: é importante cuidar para que a umida<strong>de</strong> dos resíduos medidos seja “padronizada”,<br />

ou seja, <strong>de</strong>ve ser conhecida e variar o mínimo possível - faixa estreita <strong>de</strong> valores; procedimentos<br />

<strong>de</strong> coleta, manuseio e acondicionamento dos resíduos influem na sua umida<strong>de</strong><br />

e, portanto, <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>finidos, padronizados.

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