Abate Bovinos Suínos - Conselho Regional de Química - IV Região
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GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE ABATE<br />
(BOVINO E SUÍNO) - SÉRIE P+L<br />
Tabela 14 - quantida<strong>de</strong>s médias dos principais resíduos gerados em abatedouros<br />
(bovinos e suínos)<br />
Resíduos (origem)<br />
Esterco (currais / pocilgas) 1<br />
Pelos / partículas <strong>de</strong> couro<br />
(<strong>de</strong>pilação)<br />
Material não-comestível para<br />
graxaria (ossos, gordura, cabeça,<br />
partes con<strong>de</strong>nadas, etc. - abate)<br />
Conteúdo estomacal e intestinal<br />
(bucharia e triparia)<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
(kg/cabeça, bovino <strong>de</strong><br />
250kg <strong>de</strong> peso vivo)<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
(kg/cabeça, suíno<br />
<strong>de</strong> 90kg <strong>de</strong> peso vivo)<br />
4,5 1,6<br />
- 1,0 / 1,0<br />
95 18<br />
20 – 25 2,7<br />
Sangue (abate) 15 – 20 litros 3,0 litros<br />
Fontes: CETESB, 1993; UNEP; DEPA; COWI, 2000<br />
Nota: 1 - em média, 18 g <strong>de</strong> esterco / kg animal vivo.dia<br />
Alguns resíduos sólidos gerados nas operações auxiliares e <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>s também precisam<br />
ser consi<strong>de</strong>rados e a<strong>de</strong>quadamente gerenciados para minimizar seus possíveis<br />
impactos ambientais. Po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar os seguintes resíduos:<br />
• Resíduos da estação <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> água: lodos, material retido em filtros,<br />
eventuais materiais filtrantes e resinas <strong>de</strong> troca iônica;<br />
• Resíduos da estação <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> efluentes líquidos: material retido por<br />
gra<strong>de</strong>amento e peneiramento, material flotado (gorduras/escumas), material<br />
sedimentado – lodos diversos;<br />
• Cinzas das cal<strong>de</strong>iras;<br />
• Resíduos <strong>de</strong> manutenção: solventes e óleos lubrificantes usados, resíduos <strong>de</strong><br />
tintas, metais e sucatas metálicas (limpas e contaminadas com solventes/óleos/<br />
graxas/tintas), materiais impregnados com solventes/óleos/graxas/tintas (ex.:<br />
estopas, panos, papéis, etc);<br />
• Outros: embalagens, insumos e produtos danificados ou rejeitados e pallets,<br />
das áreas <strong>de</strong> almoxarifado e expedição.<br />
No caso <strong>de</strong> graxarias anexas aos abatedouros ou matadouros, estas praticamente não<br />
geram resíduos sólidos em seus processos produtivos - eventuais perdas residuais<br />
são reincorporadas no processo (reúso interno); algumas embalagens <strong>de</strong> produtos da<br />
graxaria e <strong>de</strong> insumos auxiliares po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados como resíduos sólidos; quanto<br />
aos resíduos <strong>de</strong> operações auxiliares e <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>s, citados acima, as graxarias anexas<br />
normalmente compartilham <strong>de</strong>stas mesmas operações instaladas para os abatedouros,<br />
dando apenas sua parcela <strong>de</strong> contribuição na geração <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong>stas unida<strong>de</strong>s.<br />
O manejo, armazenamento e a disposição ina<strong>de</strong>quados, tanto dos resíduos principais<br />
da produção, quanto <strong>de</strong>stes resíduos secundários – por exemplo, em áreas <strong>de</strong>scobertas<br />
e/ou sobre o solo sem proteção e/ou sem dispositivos <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> líquidos – po<strong>de</strong>m<br />
contaminar o solo e as águas superficiais e subterrâneas, tornando-os impróprios para<br />
qualquer uso, bem como gerar problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.<br />
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