Abate Bovinos Suínos - Conselho Regional de Química - IV Região
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GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE ABATE<br />
(BOVINO E SUÍNO) - SÉRIE P+L<br />
Os restantes 15 a 20% do consumo <strong>de</strong> energia em um abatedouro ocorre na forma <strong>de</strong><br />
eletricida<strong>de</strong>. A tabela 8 dá uma idéia da distribuição do consumo <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> num<br />
abatedouro, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> observar o peso significativo que tem a operação <strong>de</strong> refrigeração.<br />
Tabela 8 – distribuição do consumo <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> num abatedouro<br />
54<br />
Fonte: UNEP; DEPA; COWI, 2000<br />
O tratamento biológico aeróbio dos efluentes também po<strong>de</strong> implicar em consumo<br />
significativo <strong>de</strong> energia elétrica, principalmente nos sistemas com aeração intensa<br />
(lodos ativados), se ar comprimido for a fonte <strong>de</strong> oxigênio para o tratamento. Ressaltase<br />
que quanto maior a carga orgânica na entrada <strong>de</strong>ste sistema aeróbio, maior a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> oxigênio e, portanto, <strong>de</strong> energia elétrica para ar comprimido.<br />
3.3 Uso <strong>de</strong> Produtos Químicos<br />
Operação Porcentagem do Total (%)<br />
Refrigeração 59<br />
Sala da cal<strong>de</strong>ira 10<br />
Processamento <strong>de</strong> subprodutos 9<br />
Área <strong>de</strong> abate 6<br />
Geração <strong>de</strong> ar comprimido 5<br />
Área <strong>de</strong> <strong>de</strong>sossa 3<br />
Outras 8<br />
O uso <strong>de</strong> produtos químicos em abatedouros está relacionado principalmente com os<br />
procedimentos <strong>de</strong> limpeza e sanitização, por meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>tergentes, sanitizantes e outros<br />
produtos auxiliares.<br />
Detergentes alcalinos dissolvem e quebram proteínas, gorduras, carboidratos e outros<br />
tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos orgânicos. Eles po<strong>de</strong>m ser corrosivos - neste caso, algum inibidor<br />
<strong>de</strong> corrosão po<strong>de</strong> ser adicionado aos produtos. Freqüentemente, estes <strong>de</strong>tergentes<br />
contém hidróxido <strong>de</strong> sódio ou <strong>de</strong> potássio. Seu pH varia <strong>de</strong> 8 a 13, em função <strong>de</strong> sua<br />
composição e <strong>de</strong> seu grau <strong>de</strong> diluição para uso.<br />
Detergentes ácidos são utilizados para dissolver <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> óxido <strong>de</strong> cálcio. Ácidos<br />
nítrico, clorídrico, acético e cítrico são comumente utilizados como bases <strong>de</strong>stes <strong>de</strong>tergentes.<br />
Seu pH é baixo, função <strong>de</strong> sua composição, são corrosivos e normalmente têm<br />
algumas proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sinfetantes.<br />
Os <strong>de</strong>tergentes contém alguns ingredientes ativos, cada um com uma função específica:<br />
• Substâncias tensoativas ou surfactantes: reduzem a tensão superficial da água,<br />
melhorando ou aumentando a umectação ou “molhabilida<strong>de</strong>” das superfícies<br />
a serem limpas e sanitizadas. Produzem micelas para facilitar a emulsificação<br />
<strong>de</strong> gorduras. Incluem sabões e <strong>de</strong>tergentes sintéticos. No caso da indústria da<br />
carne, é importante que estas substâncias sejam bio<strong>de</strong>gradáveis nos sistemas <strong>de</strong><br />
tratamento <strong>de</strong> efluentes biológicos, comuns nesta indústria. O nonil-fenol-etoxilato<br />
(NPE), comum em <strong>de</strong>tergentes, po<strong>de</strong> ser quebrado para exercer suas proprieda<strong>de</strong>s