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Doença de Petri da Videira - UTL Repository - Universidade Técnica ...

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Resultados e Discussão<br />

obtiveram apenas 7% <strong>de</strong> reisolamentos positivos para Pa. chlamydospora, quando o<br />

método <strong>de</strong> inoculação foi a infecção <strong>da</strong>s estacas <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>ira, a partir <strong>de</strong> substrato<br />

artificialmente infestado. Por sua vez, Sidoti et al. (2000) obtiveram percentagens <strong>de</strong><br />

reisolamento muito variáveis (16%-85%) para este fungo, usando métodos <strong>de</strong><br />

inoculação distintos: imersão <strong>da</strong>s raízes <strong>da</strong> vi<strong>de</strong>ira numa suspensão <strong>de</strong> esporos, ou<br />

infecção por discos miceliais, introduzidos na região <strong>de</strong> enxertia. Ain<strong>da</strong> assim, não<br />

esclarecem qual dos métodos originou maior percentagem <strong>de</strong> reisolamento, apenas<br />

indicando que o fungo foi reisolado <strong>de</strong> todos os órgãos <strong>da</strong> planta, excepto dos<br />

lançamentos do ano.<br />

4.2 ENSAIOS DE CAMPO – EFICÁCIA DE FUNGICIDAS NO TRATAMENTO DE FERIDAS<br />

DE PODA<br />

A doença <strong>de</strong> <strong>Petri</strong> <strong>da</strong> vi<strong>de</strong>ira, causa<strong>da</strong> por fungos do género Phaeoacremonium e<br />

sobretudo por Phaeomoniella chlamydospora, constitui na actuali<strong>da</strong><strong>de</strong>, um dos principais<br />

problemas fitossanitários <strong>da</strong> vi<strong>de</strong>ira. Tal como anteriormente referido, estes fungos estão<br />

envolvidos na esca <strong>da</strong> vi<strong>de</strong>ira, doença que no passado recente tem vindo a afectar<br />

vi<strong>de</strong>iras ca<strong>da</strong> vez mais jovens (Surico et al., 2006). O ain<strong>da</strong> escasso conhecimento sobre<br />

estes agentes patogénicos e, sobretudo, a ineficácia dos meios <strong>de</strong> luta actualmente<br />

disponíveis para o seu combate são razões que explicam, pelo menos em parte, o<br />

aumento <strong>da</strong> incidência e <strong>da</strong> severi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stas doenças. Há consenso em afirmar que a<br />

proibição do uso do arsenito <strong>de</strong> sódio, por razões toxicológicas e ecotoxicológicas, em<br />

muito contribuiu para o agravamento <strong>da</strong> situação (Mostert et al., 2006; Surico et al.,<br />

2006).<br />

O esforço <strong>de</strong> investigação realizado nos últimos anos na pesquisa <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> luta contra<br />

a doença <strong>de</strong> <strong>Petri</strong> e em particular contra a esca tem revelado que não existem métodos<br />

simples nem tratamentos únicos que apresentem eficácia <strong>de</strong> relevo, quando as vi<strong>de</strong>iras<br />

já se encontram infecta<strong>da</strong>s (Mostert et al., 2006). Diversos estudos <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> luta<br />

realizados por Di Marco et al. (2000) e Di Marco & Osti (2005) indicam que o fosetil-Al,<br />

aplicado em injecções ao tronco <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>iras adultas, ou na pulverização foliar <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>iras<br />

jovens, atenuam os sintomas foliares, mas não têm efeito curativo. Também Edwards &<br />

Pascoe (2005) ensaiaram inúmeros tratamentos contra estas doenças, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a aplicação<br />

<strong>de</strong> compostos a fertilizantes, “extra-water”, fosfonatos e Brotomax mas nenhum,<br />

individualmente, resultou eficaz.<br />

Actualmente, conhece-se o elevado potencial <strong>de</strong> dispersão aérea apresentado por Pa.<br />

chlamydospora, bem como a eleva<strong>da</strong> receptivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s feri<strong>da</strong>s <strong>da</strong> po<strong>da</strong> à infecção<br />

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