Doença de Petri da Videira - UTL Repository - Universidade Técnica ...

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16.04.2013 Views

Material e métodos Figura 3.1. Aspecto da ferida efectuada com um anel cortante num pâmpano de videira da casta Touriga Nacional (A) e da protecção da ferida com algodão e “Parafilm”(B), após inoculação com um isolado de Phaeomoniella chlamydospora. Cada planta foi inoculada com um isolado, tendo-se efectuado 10 repetições. Na modalidade testemunha, igualmente com 10 repetições, foi utilizado um disco de PDA esterilizado ou 5 µL de água destilada esterilizada, em substituição, respectivamente, do disco micelial ou da suspensão conidial. O ensaio decorreu em estufa de campo, sob temperaturas de 24±5ºC/18ºC (dia/noite), durante 4 meses (Figura 3.2). Figura 3.2. Aspecto geral dos ensaios de patogenicidade; plantas de videira da casta Touriga Nacional inoculadas com isolados de Phaeomoniella chlamydospora (10 repetições), mantidas durante 4 meses em estufa de campo, sob condições de temperatura diurna de 24 ± 5ºC e nocturna de 18ºC e aproximadamente 12 horas de luz solar. 3.2.3 PARÂMETROS AVALIADOS A B Decorridos 4 meses após a inoculação avaliaram-se os seguintes parâmetros: comprimento e largura das necroses que se desenvolveram sobre os lançamentos inoculados e percentagem de reisolamentos (obtidos a partir da zona de transição das necroses). Retiraram-se fragmentos de tecido necrosado para vidros de relógio e posteriormente foram desinfectados superficialmente por imersão em etanol a 70% evaporado à chama (Adalat et al., 2000). De seguida, os fragmentos foram imersos

Material e métodos numa solução de hipoclorito de sódio (NaOCl) a 7%, durante 1 minuto. Por fim, passaram-se por água destilada esterilizada e secaram-se em papel de filtro. Transferiram-se, assepticamente, para placas de Petri, contendo 15-20 mL de PDA, ao qual se havia adicionado, após esterilização e arrefecimento até 45ºC, 250 mg de cloranfenicol por litro de meio. As placas foram a incubar à temperatura de 22ºC, durante um período superior a 15 dias. Os resultados obtidos foram submetidos à ANOVA com efeitos fixos e distribuição normal, utilizando um delineamento a dois factores (isolado; método de inoculação), totalmente casualizado e um nível de significância de 0,05. A comparação das médias efectuou-se recorrendo ao teste de Tukey HSD (com nível de significância de 0,05) no programa STATISTICA 6.0. Todos os valores expressos em percentagem sofreram transformação angular arcsen√x, antes de proceder à ANOVA. 3.3 ENSAIOS DE CAMPO DE CAMPO PARA AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA DE FUNGICIDAS NA PROTECÇÃO DE FERIDAS DE PODA Numa vinha com 5 anos de idade, situada em Arruda dos Vinhos, região da Estremadura, foram efectuados dois ensaios de campo, um na casta Syrah e outro na casta Touriga Nacional, para avaliação da eficácia de seis fungicidas na protecção de feridas de poda, relativamente a Pa. chlamydospora. Os seis fungicidas, com a designação de código BUC (Quadro 3.2), foram fornecidos pela Empresa BASF, estando as respectivas substâncias abrangidas por um acordo de confidencialidade, estabelecido entre a Empresa e o Instituto Superior de Agronomia. Videiras aparentemente sãs (sem sintomas associados a doenças do lenho) foram podadas para que os talões ficassem com cerca de 2 cm acima do 3º nó. A aplicação do fungicida efectuou-se através de uma única pincelagem da ferida de poda. Foram efectuadas 18 repetições para cada um dos fungicidas em estudo, para o fungicida de referência (carbendazime+flusilazol, Escudo ® ) e para os controlos. Após um intervalo de 24 horas, as videiras foram inoculadas por deposição de 50 µL de uma suspensão conidial, do isolado T20 L326, de Pa. chlamydospora, obtida tal como descrito em 3.2.2 em cada secção de poda. Os locais de inoculação foram protegidos com “Parafilm” durante cerca de um mês. Na modalidade testemunha, efectuou-se um procedimento análogo, mas o inóculo foi substituído por igual volume de água destilada esterilizada. Apesar dos resultados obtidos em videiras envasadas indicarem superioridade do método de inoculação por discos miceliais, optou-se pela utilização de suspensões conidiais por simularem com maior fidedignidade as contaminações naturais. 25

Material e métodos<br />

numa solução <strong>de</strong> hipoclorito <strong>de</strong> sódio (NaOCl) a 7%, durante 1 minuto. Por fim,<br />

passaram-se por água <strong>de</strong>stila<strong>da</strong> esteriliza<strong>da</strong> e secaram-se em papel <strong>de</strong> filtro.<br />

Transferiram-se, assepticamente, para placas <strong>de</strong> <strong>Petri</strong>, contendo 15-20 mL <strong>de</strong> PDA, ao<br />

qual se havia adicionado, após esterilização e arrefecimento até 45ºC, 250 mg <strong>de</strong><br />

cloranfenicol por litro <strong>de</strong> meio. As placas foram a incubar à temperatura <strong>de</strong> 22ºC,<br />

durante um período superior a 15 dias.<br />

Os resultados obtidos foram submetidos à ANOVA com efeitos fixos e distribuição normal,<br />

utilizando um <strong>de</strong>lineamento a dois factores (isolado; método <strong>de</strong> inoculação), totalmente<br />

casualizado e um nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 0,05. A comparação <strong>da</strong>s médias efectuou-se<br />

recorrendo ao teste <strong>de</strong> Tukey HSD (com nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 0,05) no programa<br />

STATISTICA 6.0. Todos os valores expressos em percentagem sofreram transformação<br />

angular arcsen√x, antes <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à ANOVA.<br />

3.3 ENSAIOS DE CAMPO DE CAMPO PARA AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA DE FUNGICIDAS<br />

NA PROTECÇÃO DE FERIDAS DE PODA<br />

Numa vinha com 5 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, situa<strong>da</strong> em Arru<strong>da</strong> dos Vinhos, região <strong>da</strong> Estremadura,<br />

foram efectuados dois ensaios <strong>de</strong> campo, um na casta Syrah e outro na casta Touriga<br />

Nacional, para avaliação <strong>da</strong> eficácia <strong>de</strong> seis fungici<strong>da</strong>s na protecção <strong>de</strong> feri<strong>da</strong>s <strong>de</strong> po<strong>da</strong>,<br />

relativamente a Pa. chlamydospora. Os seis fungici<strong>da</strong>s, com a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> código BUC<br />

(Quadro 3.2), foram fornecidos pela Empresa BASF, estando as respectivas substâncias<br />

abrangi<strong>da</strong>s por um acordo <strong>de</strong> confi<strong>de</strong>nciali<strong>da</strong><strong>de</strong>, estabelecido entre a Empresa e o<br />

Instituto Superior <strong>de</strong> Agronomia.<br />

Vi<strong>de</strong>iras aparentemente sãs (sem sintomas associados a doenças do lenho) foram<br />

po<strong>da</strong><strong>da</strong>s para que os talões ficassem com cerca <strong>de</strong> 2 cm acima do 3º nó. A aplicação do<br />

fungici<strong>da</strong> efectuou-se através <strong>de</strong> uma única pincelagem <strong>da</strong> feri<strong>da</strong> <strong>de</strong> po<strong>da</strong>. Foram<br />

efectua<strong>da</strong>s 18 repetições para ca<strong>da</strong> um dos fungici<strong>da</strong>s em estudo, para o fungici<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

referência (carben<strong>da</strong>zime+flusilazol, Escudo ® ) e para os controlos. Após um intervalo <strong>de</strong><br />

24 horas, as vi<strong>de</strong>iras foram inocula<strong>da</strong>s por <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> 50 µL <strong>de</strong> uma suspensão<br />

conidial, do isolado T20 L326, <strong>de</strong> Pa. chlamydospora, obti<strong>da</strong> tal como <strong>de</strong>scrito em 3.2.2<br />

em ca<strong>da</strong> secção <strong>de</strong> po<strong>da</strong>. Os locais <strong>de</strong> inoculação foram protegidos com “Parafilm”<br />

durante cerca <strong>de</strong> um mês. Na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> testemunha, efectuou-se um procedimento<br />

análogo, mas o inóculo foi substituído por igual volume <strong>de</strong> água <strong>de</strong>stila<strong>da</strong> esteriliza<strong>da</strong>.<br />

Apesar dos resultados obtidos em vi<strong>de</strong>iras envasa<strong>da</strong>s indicarem superiori<strong>da</strong><strong>de</strong> do método<br />

<strong>de</strong> inoculação por discos miceliais, optou-se pela utilização <strong>de</strong> suspensões conidiais por<br />

simularem com maior fi<strong>de</strong>digni<strong>da</strong><strong>de</strong> as contaminações naturais.<br />

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