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Doença de Petri da Videira - UTL Repository - Universidade Técnica ...

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<strong>Doença</strong> <strong>de</strong> <strong>Petri</strong><br />

Apesar dos efeitos positivos (fitossanitários), o tratamento com água quente induz algum<br />

stresse nas plantas, po<strong>de</strong> originar per<strong>da</strong> <strong>de</strong> material, ou quebras drásticas <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

se não for aplicado correctamente (Waite & Morton, 2007).<br />

No âmbito <strong>da</strong> luta biológica, têm sido testa<strong>da</strong>s diferentes formulações basea<strong>da</strong>s em<br />

Tricho<strong>de</strong>rma sp.. Mackenzie et al. (2000) referem que Tricho<strong>de</strong>rma sp. promove o<br />

crescimento radicular <strong>da</strong> vi<strong>de</strong>ira, aumentando a absorção <strong>de</strong> nutrientes e proporcionando<br />

maior tolerância <strong>da</strong>s plantas ao stresse. Em consequência, verificaram redução <strong>da</strong><br />

infecção por Pa. chlamydospora, ao longo do tempo.<br />

Na África do Sul, em viveiro vitícola, os tratamentos com formulações <strong>de</strong> Tricho<strong>de</strong>rma,<br />

quando conjugados com água quente e/ou <strong>de</strong>sinfecção com fungici<strong>da</strong>, resultaram na<br />

diminuição <strong>da</strong> incidência <strong>da</strong> doença <strong>de</strong> <strong>Petri</strong>. Ain<strong>da</strong> assim, os efeitos <strong>de</strong> Tricho<strong>de</strong>rma sp.,<br />

quando analisados isola<strong>da</strong>mente, originaram resultados inconsistentes (Fourie et al.,<br />

2001; Fourie & Halleen, 2004).<br />

Por sua vez, um estudo <strong>de</strong> Di Marco & Osti (2007), em estufa, <strong>de</strong>monstrou que os efeitos<br />

<strong>de</strong> Tricho<strong>de</strong>rma são mais benéficos quando usados para evitar infecções durante o<br />

período <strong>de</strong> enraizamento, confirmando resultados anteriormente obtidos (Di Marco et al.,<br />

2004).<br />

2.6.3 LUTA QUÍMICA<br />

A luta química contra a esca e a doença <strong>de</strong> <strong>Petri</strong> reduzia-se, até há uns anos atrás, ao<br />

uso do arsenito <strong>de</strong> sódio, permitido em Portugal e noutros países do mundo e muito<br />

eficaz na redução <strong>da</strong> incidência e severi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stas doenças. Contudo, os efeitos<br />

nefastos para o Homem, alta toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> e efeitos carcinogénicos, e para o ambiente,<br />

conduziram à sua proibição a nível mundial, o que coincidiu com o aumento <strong>de</strong> incidência<br />

<strong>de</strong>stas e <strong>de</strong> outras doenças do lenho <strong>da</strong> vi<strong>de</strong>ira.<br />

Até à <strong>da</strong>ta, ain<strong>da</strong> não foi encontrado um substituto do arsenito <strong>de</strong> sódio, com efeitos<br />

comparáveis aos proporcionados por aquele produto. Santos et al. (2006), que<br />

compararam o tiaben<strong>da</strong>zol, o resveratrol e o arsenito <strong>de</strong> sódio, concluíram que o arsenito<br />

não reduzia o crescimento micelial <strong>de</strong> Pa. chlamydospora, ao contrário do que ocorria<br />

com tiaben<strong>da</strong>zol, sugerindo assim o seu uso, em vez <strong>de</strong> arsenito, já que não apresentava<br />

riscos comparáveis <strong>de</strong> toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> ecotoxici<strong>da</strong><strong>de</strong>. Também o resveratrol tem efeitos<br />

sobre o crescimento micelial dos fungos envolvidos na doença <strong>de</strong> <strong>Petri</strong> e também não<br />

provoca efeitos negativos no crescimento <strong>da</strong>s plantas. Assim estes produtos po<strong>de</strong>m vir a<br />

ser possíveis substitutos na prevenção <strong>da</strong> disseminação <strong>de</strong>stes fungos. Foi também<br />

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