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Doença de Petri da Videira - UTL Repository - Universidade Técnica ...

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<strong>Doença</strong> <strong>de</strong> <strong>Petri</strong><br />

que os esporos <strong>de</strong> Pa. chlamydospora po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>tectados durante todo o ano na<br />

vinha, incluindo o Inverno, ao contrário dos <strong>de</strong> Pm. aleophilum que apenas são<br />

<strong>de</strong>tectados durante o período <strong>de</strong> vegetação <strong>da</strong> vi<strong>de</strong>ira (Larignon & Dubos, 2000).<br />

Ain<strong>da</strong> em relação a Pm. aleophilum, a dispersão do inóculo ocorre sobretudo do início até<br />

meados do Verão, embora na Califórnia tenha sido possível <strong>de</strong>tectar esporos do fungo<br />

durante todo o ano (Eskalen & Gubler, 2001), o que indica que os mesmos po<strong>de</strong>rão<br />

infectar directamente os bagos, originado “black-measles” (Eskalen et al., 2001).<br />

As condições favoráveis à ocorrência <strong>de</strong> infecções por Pa. chlamydospora são<br />

temperaturas médias entre 7ºC e 15ºC e máximas entre 12ºC e 18ºC, acompanha<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

chuva que facilita a disseminação dos esporos e a contaminação <strong>da</strong>s feri<strong>da</strong>s <strong>de</strong> po<strong>da</strong><br />

(Larignon & Dubos, 2000). Em França, estudos realizados por Larignon et al. (2000)<br />

numa vinha planta<strong>da</strong> em 1963, com sintomas <strong>de</strong> esca, permitiram concluir que os<br />

esporos <strong>de</strong> Pa. chlamydospora se encontram ao nível dos talões <strong>de</strong> po<strong>da</strong>, e que também<br />

existem micélio e esporos no ritidoma dos sarmentos, durante todo o ano. As feri<strong>da</strong>s são<br />

tanto mais susceptíveis quanto mais cedo for feita a po<strong>da</strong> (Larignon & Dubos, 2000). O<br />

isolamento <strong>de</strong> Pa. chlamydospora a partir <strong>de</strong> sarmentos não po<strong>da</strong>dos sugere que as<br />

estacas (garfos) utiliza<strong>da</strong>s para enxertia po<strong>de</strong>rão também constituir uma importante<br />

fonte <strong>de</strong> inóculo.<br />

Estudos realizados na Califórnia correlacionaram a libertação e dispersão dos esporos <strong>de</strong><br />

Pa. chlamydospora com episódios <strong>de</strong> chuva, durante o Inverno e o início <strong>da</strong> Primavera<br />

(Eskalen & Gubler, 2001). Também na África do Sul, van Niekerk et al. (2005) chegaram<br />

a conclusões idênticas, no que respeita Pa. chlamydospora, mas verificaram que a<br />

dispersão dos esporos <strong>de</strong> Phaeoacremonium spp. ocorria preferencialmente em situações<br />

e regiões com Verões chuvosos.<br />

Para Phaeoacremonium spp. com teleomorfo conhecido (ex., Togninia minima), a<br />

libertação <strong>de</strong> ascósporos a partir <strong>de</strong> peritecas forma<strong>da</strong>s na ma<strong>de</strong>ira <strong>da</strong> vi<strong>de</strong>ira não po<strong>de</strong><br />

também ser esqueci<strong>da</strong>. A dispersão aérea <strong>de</strong> conídios e ascósporos <strong>de</strong> Pm. aleophilum/T.<br />

mínima, em vinhas, po<strong>de</strong> ocorrer em simultâneo, em regra após que<strong>da</strong>s pluviométricas<br />

(Rooney-Latham et al., 2005).<br />

Não é possível <strong>de</strong>finir ain<strong>da</strong>, com precisão, as condições ambientais que beneficiam a<br />

manifestação <strong>da</strong> doença <strong>de</strong> <strong>Petri</strong> e <strong>da</strong> esca. Porém, no que respeita a esta última,<br />

verificou-se que Verões frescos e chuvosos eram mais propícios à manifestação <strong>da</strong><br />

doença na forma lenta, enquanto Verões secos e quentes eram mais favoráveis à<br />

manifestação <strong>de</strong> apoplexia (Surico et al., 2006).<br />

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