Doença de Petri da Videira - UTL Repository - Universidade Técnica ...
Doença de Petri da Videira - UTL Repository - Universidade Técnica ...
Doença de Petri da Videira - UTL Repository - Universidade Técnica ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Doença</strong> <strong>de</strong> <strong>Petri</strong><br />
Phaeoacremonium chlamydosporum W. Gams, Crous & M.J. Wingf. & L. Mugnai era<br />
morfologicamente e filogeneticamente diferente <strong>da</strong>s outras espécies do mesmo género<br />
passando a <strong>de</strong>signar-se Phaeomoniella chlamydospora, formando-se assim um novo<br />
género, Phaeomoniella Crous & W. Gams (Pa.) (Crous & Gams, 2000), que resi<strong>de</strong> na<br />
família Chaetothyriales. Posteriormente, <strong>de</strong>screveram-se as espécies, Pm. australiense,<br />
Pm. kraj<strong>de</strong>nii, Pm. venezuelense e Pm. scolyti. Em 2006, Mostert et al. <strong>de</strong>screveram seis<br />
novas espécies, entre as quais, Pm. austroafricanum e Pm. iranianum. Recentemente,<br />
Essakhi et al. (2008) <strong>de</strong>screveram mais quatro novas espécies, Pm. croatiense, Pm.<br />
hungaricum, Pm. sicilianum e Pm. tuscanum. No total neste momento estão <strong>de</strong>scritas<br />
cerca <strong>de</strong> 25 espécies <strong>de</strong> Phaeoacremonium.<br />
O uso combinado <strong>de</strong> técnicas clássicas e biomoleculares, aplica<strong>da</strong>s aos estudos<br />
taxonómicos do género Phaeoacremonium, permitiu a reclassificação ou a criação <strong>de</strong><br />
novas espécies <strong>de</strong>ntro do género, uma vez que a distinção entre espécies, apenas por<br />
critérios morfológicos, se revelou pouco consistente. Dentre as técnicas biomoleculares<br />
mais usa<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>stacam-se PCR-RFLP <strong>da</strong> região ITS, ou <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> sequenciação <strong>da</strong> região<br />
ITS do DNA ribossomal, <strong>de</strong> parte dos genes <strong>da</strong> β-tubulina, <strong>da</strong> actina ou <strong>da</strong> calmodulina<br />
(Mostert et al., 2006; Gramaje et al., 2009).<br />
Phaeoacremonium aleophilum W. Gams, Crous, M.J. Wingf. & L. Mugnai é a espécie mais<br />
dissemina<strong>da</strong> e mais comum nas vinhas (Larignon & Dubos, 1997; Mugnai et al., 1999;<br />
Groenewald et al., 2001), seguindo-se as espécies Pm. parasiticum (Dupont et al., 2002)<br />
e Pm. viticola (Dupont et al., 2000).<br />
O género Togninia é teleomorfo <strong>de</strong> Phaeoacremonium. A ligação entre Togninia e o seu<br />
anamorfo, Phaeoacremonium, é <strong>de</strong> confirmação recente (Mostert et al., 2003; Pascoe et<br />
al., 2004; Rooney-Latham et al., 2005).<br />
As espécies <strong>de</strong> Phaeoacremonium atacam vários substratos, maioritariamente plantas<br />
lenhosas, como a cidreira, mas também infecta humanos e larvas <strong>de</strong> caruncho e até o<br />
solo (Crous & Gams, 2000; Dupont et al., 2002; Mostert et al., 2006).<br />
PHAEOACREMONIUM W. GAMS, CROUS & M.J.WINGF., MYCOL. 88:789.1996<br />
Este género <strong>de</strong> fungos, morfologicamente, situa-se entre os géneros Acremonium Link:<br />
Fr. e Phialophora Medlar. As colónias, em meio gelosado <strong>de</strong> extracto <strong>de</strong> malte, são<br />
normalmente lisas, <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> média, aspecto feltroso e por vezes lembrando lanoso.<br />
A cor varia entre tonali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> castanho, amarelo pálido a bege ou rosa a rosa escuro<br />
(Mostert et al., 2006).<br />
5