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1 INTRODUÇÃO - Fisio-tb.unisul.br - Unisul

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CÍNTIA BORGES DE SOUZA<<strong>br</strong> />

INCIDÊNCIA DE DIÁSTASE DE RETO ABDOMINAL NO PERÍODO DE PÓS-<<strong>br</strong> />

PARTO IMEDIATO EM PUÉRPERAS DO ALOJAMENTO CONJUNTO DO HNSC-<<strong>br</strong> />

TUBARÃO/ SC<<strong>br</strong> />

Tubarão, 2006


CÍNTIA BORGES DE SOUZA<<strong>br</strong> />

INCIDÊNCIA DE DIÁSTASE DE RETO ABDOMINAL NO PERÍODO DE PÓS-<<strong>br</strong> />

PARTO IMEDIATO EM PUÉRPERAS DO ALOJAMENTO CONJUNTO DO HNSC-<<strong>br</strong> />

TUBARÃO/SC<<strong>br</strong> />

Orientadora Professora MSc. Inês Almansa Vinadé<<strong>br</strong> />

Tubarão, 2006<<strong>br</strong> />

Trabalho de conclusão de curso<<strong>br</strong> />

apresentado como requisito para obtenção<<strong>br</strong> />

do título de bacharel em <strong>Fisio</strong>terapia.<<strong>br</strong> />

Universidade do Sul de Santa Catarina


AGRADECIMENTOS<<strong>br</strong> />

Gostaria de agradecer sinceramente a todos<<strong>br</strong> />

aqueles que diretamente ou indiretamente<<strong>br</strong> />

contribuíram para elaboração deste trabalho.<<strong>br</strong> />

De maneira particular expresso minha gratidão<<strong>br</strong> />

aos Professores Mestres Edjandir Corrêa<<strong>br</strong> />

Costa, Luciano Prosdossimi Stähelin, Inês<<strong>br</strong> />

Almansa Vinadé e Paulo Madeira pela<<strong>br</strong> />

dedicação e amizade que marcaram seus papéis<<strong>br</strong> />

de colaboradores durante todo o<<strong>br</strong> />

desenvolvimento deste trabalho.


DEDICATÓRIA<<strong>br</strong> />

Dedico esse trabalho a meus pais (Gelson e<<strong>br</strong> />

Cecília) por me apoiarem na conclusão de mais<<strong>br</strong> />

uma etapa de minha vida. À minha amiga<<strong>br</strong> />

Amanda Jung Prates por todos os momentos<<strong>br</strong> />

que passamos. Ao meu namorado, Edjandir<<strong>br</strong> />

Corrêa Costa, pela dedicação, incentivo e<<strong>br</strong> />

apoio na realização deste projeto.<<strong>br</strong> />

“Na vida, não vale tanto o que temos nem tanto<<strong>br</strong> />

importa o que somos. Vale o que realizamos<<strong>br</strong> />

com aquilo que possuímos, acima de tudo,<<strong>br</strong> />

importa o que fazemos de nós.” (Francisco<<strong>br</strong> />

Cândido Xavier).


RESUMO<<strong>br</strong> />

A diástase de reto abdominal é a separação dos músculos retos da parede abdominal<<strong>br</strong> />

ocorrendo, geralmente, na gravidez. Casos graves de diástase podem contribuir para a<<strong>br</strong> />

herniação das vísceras abdominais. O presente estudo teve como objetivo avaliar e<<strong>br</strong> />

caracterizar a incidência de diástase de reto abdominal em puérperas no período de pós-parto<<strong>br</strong> />

imediato. A pesquisa, realizada na unidade do Alojamento Conjunto (maternidade) do<<strong>br</strong> />

Hospital Nossa Senhora da Conceição da cidade Tubarão (SC), a<strong>br</strong>angeu uma população de<<strong>br</strong> />

72 puérperas. As púerperas responderam a um questionário para coleta de informações como<<strong>br</strong> />

idade, número de gestações e hábitos de vida, de caráter fechado, e, em seguida, foram<<strong>br</strong> />

submetidas ao procedimento de teste de diástase de reto abdominal para determinar o grau de<<strong>br</strong> />

afastamento do músculo. Na pesquisa, além de avaliar o grau de incidência de diástase,<<strong>br</strong> />

procurou-se relacionar os fatores idade e paridade com grau de afastamento dos músculos<<strong>br</strong> />

retos abdominais e estabelecer um modelo linear que permite calcular a extensão da diástase<<strong>br</strong> />

com base nesses fatores. O resultado da pesquisa revelou o alto índice de diástase de reto<<strong>br</strong> />

abdominal na população avaliada, principalmente em puérperas de 16 a 25 anos de idade,<<strong>br</strong> />

independentemente da quantidade de gestações.<<strong>br</strong> />

Palavras-chave: Diástase de reto abdominal, incidência, puérpera, idade, paridade.


ABSTRACT<<strong>br</strong> />

Diastasis recti is the separation of rectus muscles of abdominal wall occurring, generally,<<strong>br</strong> />

during pregnancy. Serious cases of diastasis recti might contribute to herniation of abdominal<<strong>br</strong> />

viscera. The objective of present study was to evaluate and to characterize the diastasis recti<<strong>br</strong> />

incidence on puerperas in the immediate postpartum period. The research, made at maternity<<strong>br</strong> />

unit of Hospital Nossa Senhora da Conceição rooming-in at Tubarão (SC) city, included 72<<strong>br</strong> />

women. The women answered a questionnaire to pick information like age, number of<<strong>br</strong> />

pregnancies and life habits, and, after, were submitted to the diastasis recti test to determine<<strong>br</strong> />

the significance of muscles separation. The research, beyond evaluating the significance of<<strong>br</strong> />

diastasis recti incidence, concerned the relation of age and the number of pregnancies with the<<strong>br</strong> />

distance of the abdominal rectus muscles and the definition of a linear model to obtain the<<strong>br</strong> />

significance of separation based on that factors. The result of research shows the high<<strong>br</strong> />

incidence of diastasis recti on the group evaluated, especially on women between 16 and 25<<strong>br</strong> />

years old, no matter the number of pregnancies.<<strong>br</strong> />

Key-words: Diastasis recti, incidence, puerperium, age, number of pregnancies.


LISTA DE FIGURAS<<strong>br</strong> />

Figura 1 – Representação da gestação em fase inicial e avançada........................................... 22<<strong>br</strong> />

Figura 2 – Representação esquemática de diástase de reto abdominal.....................................26<<strong>br</strong> />

Figura 3 – Hérnia Abdominal de vista lateral...........................................................................28<<strong>br</strong> />

Figura 4 – Hérnia abdominal de Trendelemburg......................................................................28<<strong>br</strong> />

Figura 5 – Hérnia Abdominal em decúbito dorsal....................................................................29<<strong>br</strong> />

Figura 6 – Teste de diástase de reto abdominal........................................................................ 30<<strong>br</strong> />

Figura 7 - Sutura horizontal no umbigo....................................................................................32<<strong>br</strong> />

Figura 8 – Exercício corretivo para diástase de reto abdominal...............................................34<<strong>br</strong> />

Figura 9 – Exercício na posição dorsal.....................................................................................35


LISTA DE GRÁFICOS<<strong>br</strong> />

Gráfico 1 - Grau de incidência de diástase de reto abdominal................................................. 42<<strong>br</strong> />

Gráfico 2 - Gráfico de percentual de diástase de reto abdominal superior a 3 cm distribuído<<strong>br</strong> />

por faixa etária........................................................................................................ 48<<strong>br</strong> />

Gráfico 3 - Percentual de diástase de reto abdominal superior a 3 cm distribuído por grupo de<<strong>br</strong> />

paridade...................................................................................................................50


LISTA DE QUADROS<<strong>br</strong> />

Quadro1 – Distribuição de índice de grau de diástase por faixa etária.....................................45<<strong>br</strong> />

Quadro 2 – Grau de diástase de reto abdominal classificado por paridade.............................. 49


SUMÁRIO<<strong>br</strong> />

1 <strong>INTRODUÇÃO</strong>....................................................................................................................11<<strong>br</strong> />

2 DIÁSTASE DE RETO ABDOMINAL NO PUERPÉRIO...............................................14<<strong>br</strong> />

2.1 Gestação............................................................................................................................. 14<<strong>br</strong> />

2.2 Puerpério............................................................................................................................16<<strong>br</strong> />

2.3 Alterações do aparelho reprodutor da gestação.............................................................17<<strong>br</strong> />

2.3.1 Alterações hormonais ......................................................................................................17<<strong>br</strong> />

2.3.2 Alterações músculo - esquelética ....................................................................................20<<strong>br</strong> />

2.4 Anatomia da musculatura abdominal ............................................................................23<<strong>br</strong> />

2.5 Diástase de reto abdominal ............................................................................................. 26<<strong>br</strong> />

2.6 Tratamento da diástase de reto abdominal.................................................................... 30<<strong>br</strong> />

2.6.1 Reparação cirúrgica..........................................................................................................30<<strong>br</strong> />

2.6.2 Tratamento fisioterápico para diástase de reto abdominal..............................................32<<strong>br</strong> />

3 METODOLOGIA................................................................................................................ 37<<strong>br</strong> />

3.1 Tipo da pesquisa................................................................................................................37<<strong>br</strong> />

3.2 População/amostra............................................................................................................37<<strong>br</strong> />

3.3 O instrumento da pesquisa...............................................................................................38


3.4 Procedimentos utilizados na coleta..................................................................................39<<strong>br</strong> />

3.5 Tratamento estatístico dos dados.....................................................................................40<<strong>br</strong> />

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS...........................................................41<<strong>br</strong> />

4.1 Grau de incidência de diástase de reto abdominal.........................................................42<<strong>br</strong> />

4.2 Correlação de fatores à incidência de diástase...............................................................44<<strong>br</strong> />

4.2.1 Faixa etária.......................................................................................................................44<<strong>br</strong> />

4.2.2 Paridade............................................................................................................................48<<strong>br</strong> />

4.3 Análise estatística do resultado da pesquisa...................................................................50<<strong>br</strong> />

5 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES...................................................................53<<strong>br</strong> />

5.1 Considerações....................................................................................................................53<<strong>br</strong> />

5.2 Recomendações.................................................................................................................55<<strong>br</strong> />

REFERÊNCIAS .....................................................................................................................57<<strong>br</strong> />

GLOSSÁRIO...........................................................................................................................60<<strong>br</strong> />

APÊNDICE..............................................................................................................................62<<strong>br</strong> />

APÊNCIDE A - Instrumento de pesquisa................................................................................63<<strong>br</strong> />

ANEXOS .................................................................................................................................66<<strong>br</strong> />

ANEXO A – Ficha de avaliação .............................................................................................. 67<<strong>br</strong> />

ANEXO B – Termo de consentimento .................................................................................... 71<<strong>br</strong> />

ANEXO C – Comitê de ética ...................................................................................................72


1 <strong>INTRODUÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

A diástase do reto-abdominal é a separação dos músculos retos da parede<<strong>br</strong> />

abdominal, na maioria das vezes ocorrendo no período da gravidez. Apesar de geralmente<<strong>br</strong> />

detectada pela palpação, a diástase pode ser visível através de uma linha separadora definindo<<strong>br</strong> />

a cavidade no abdômen. O maior ponto de abertura é geralmente no umbigo, mas pode se<<strong>br</strong> />

estender pela extensão total da linha alba, como também ocorrer em casos de separação<<strong>br</strong> />

marcada, o que acontece em casos do peritônio ou fáscia atenuada ou gordura subcutânea e ou<<strong>br</strong> />

pele comprimida (POLDEN; MANTLE, 1997).<<strong>br</strong> />

O músculo reto abdominal na gestante tem a função de expansão e compressão da<<strong>br</strong> />

cavidade abdominal e das vísceras, além de auxiliarem na respiração puxando o esterno para<<strong>br</strong> />

baixo e diminuindo a pressão intra-abdominal. Isso facilita a liberação do ar de dentro do<<strong>br</strong> />

sistema respiratório para a atmosfera, portanto contribuindo para a manutenção do tamanho da<<strong>br</strong> />

cavidade torácica (KISNER; COLBY, 1998).<<strong>br</strong> />

O músculo reto abdominal na gestante sofre mudanças radicais à medida que a<<strong>br</strong> />

gestação progride. Essas alterações podem causar certo desconforto e até incapacidades,<<strong>br</strong> />

como, por exemplo, a hiperlordose causada pela mudança do centro de gravidade, que<<strong>br</strong> />

facilmente culmina em dor.<<strong>br</strong> />

11


A gravidez e o parto constituem-se em eventos essencialmente fisiológicos na vida<<strong>br</strong> />

da mulher. No entanto, caracterizam-se por provocarem variadas e profundas alterações<<strong>br</strong> />

físicas e emocionais na mulher, as quais requerem um acompanhamento contínuo por parte da<<strong>br</strong> />

família e dos profissionais em saúde (KISNER; COLBY, 1998, p. 581).<<strong>br</strong> />

Noble (1982) afirma que “[...] a maioria das mulheres após o parto tem algum grau<<strong>br</strong> />

de separação na musculatura.” A separação ocorre frequentemente durante a gravidez, ou<<strong>br</strong> />

gradualmente ou repentinamente, com o resultado da pressão imposta à fraca musculatura.<<strong>br</strong> />

Conjecturas a respeito das causas dessa condição sugerem mudanças hormonais e estresse<<strong>br</strong> />

mecânico. Outros fatores de predisposição incluem obesidade, gravidez de gêmeos, um bebê<<strong>br</strong> />

macrossômico, excesso de fluido uterino, e fraqueza abdominal na primeira gestação.<<strong>br</strong> />

O tratamento preventivo para redução da diástase do reto abdominal consiste na<<strong>br</strong> />

realização de atividades físicas para fortalecimento da parede abdominal tanto no período pré-<<strong>br</strong> />

natal como no pós-natal. Portanto, a intervenção fisioterapêutica no puerpério é capaz de<<strong>br</strong> />

contribuir para a redução da diástase, quando realizado o mais precocemente possível. Além<<strong>br</strong> />

da terapêutica mais tradicional, outro método utilizado para redução da diástase é a correção<<strong>br</strong> />

por meio de intervenção cirúrgica, sendo um método invasivo e com riscos.<<strong>br</strong> />

A intervenção fisioterapêutica para redução da diástase do reto abdominal é um<<strong>br</strong> />

tratamento não-invasivo que pode ser realizado preventivamente durante o processo<<strong>br</strong> />

gestacional e após o parto; já a cirurgia para correção da diástase abdominal é um<<strong>br</strong> />

procedimento traumático, onde o paciente é submetido a riscos de infecção e complicações<<strong>br</strong> />

pós-cirúrgicas.<<strong>br</strong> />

Tendo em vista os aspectos positivos da fisioterapia no tratamento da diástase do<<strong>br</strong> />

reto abdominal, é que se tem como mote o campo de ação preventivo.<<strong>br</strong> />

12


Este trabalho tem como objetivo geral avaliar a incidência de diástase de reto<<strong>br</strong> />

abdominal em mulheres primigesta ou multigesta, na enfermaria do alojamento conjunto do<<strong>br</strong> />

HNSC (Hospital Nossa Senhora da Conceição). Os objetivos específicos consistem em<<strong>br</strong> />

verificar se existe correlação entre extensão de diástase e número de filhos, isto é, a paridade,<<strong>br</strong> />

relacionar a idade com a presença da extensão de diástase abdominal, estabelecer um modelo<<strong>br</strong> />

linear que permita calcular a extensão da diástase em função do número de filhos e idade.<<strong>br</strong> />

Através de literaturas específicas, percebe-se que a diástase do reto abdominal é<<strong>br</strong> />

uma situação comum, porém não normal e que deve merecer atenção dos profissionais da área<<strong>br</strong> />

da saúde.<<strong>br</strong> />

Este trabalho de pesquisa pode ser classificado como uma pesquisa exploratória e<<strong>br</strong> />

descritiva, pois visa analisar as alterações na musculatura abdominal, no período puerperal,<<strong>br</strong> />

em pacientes do HNSC.<<strong>br</strong> />

Foram realizadas 72 entrevistas com puérperas da enfermaria do alojamento<<strong>br</strong> />

conjunto do HNSC. Após a avaliação, foram analisados e interpretados os dados para a<<strong>br</strong> />

obtenção dos resultados. Neste trabalho constam os procedimentos para realização da<<strong>br</strong> />

pesquisa e os resultados obtidos.<<strong>br</strong> />

A estrutura do presente trabalho constitui-se de cinco capítulos, onde se<<strong>br</strong> />

desenvolvem a introdução, a revisão bibliográfica, a metodologia e a apresentação e discussão<<strong>br</strong> />

dos dados da pesquisa, bem como as considerações e recomendações.<<strong>br</strong> />

13


2 DIÁSTASE DE RETO ABDOMINAL NO PUERPÉRIO<<strong>br</strong> />

O presente capítulo apresenta temas relacionados à incidência de diástase de retos<<strong>br</strong> />

abdominais. Inicialmente apresentam-se os temas gestação, puerpério e alterações decorrentes<<strong>br</strong> />

do processo gestacional, para, em seguida, abordar, mais especificamente, o tema diástase de<<strong>br</strong> />

retos abdominais e seus possíveis tratamentos.<<strong>br</strong> />

2.1 Gestação<<strong>br</strong> />

Segundo Burroughs (1995, p.23), a gestação é um fenômeno fisiológico normal e,<<strong>br</strong> />

por isso, sua evolução se dá na maior parte dos casos sem intercorrências. As observações<<strong>br</strong> />

clínica e as estatísticas demonstram que cerca de 90% das gestações começam, evoluem e<<strong>br</strong> />

terminam sem complicações. Outras, contudo, já se iniciam com problemas e estes surgem<<strong>br</strong> />

durante o seu transcurso, e apresentam maiores probabilidades de terem evolução<<strong>br</strong> />

desfavorável, quer para o feto, quer para a mãe.<<strong>br</strong> />

A gestação caracteriza-se como o desenvolvimento de uma nova vida no<<strong>br</strong> />

organismo da mulher. Para isso, diversas modificações são necessárias, tornando esse período<<strong>br</strong> />

de nove meses uma fase de transformação corporal intensa (POLDEN; MANTLE, 1997).<<strong>br</strong> />

14


Essas mudanças são mediadas por hormônios, podendo-se citar algumas dessas<<strong>br</strong> />

alterações: o músculo-esquelético (dor lombar e nos mem<strong>br</strong>os inferiores (MMII)),<<strong>br</strong> />

respiratórias (dificuldade de respirar devido ao volume do abdômen e posição do diafragma),<<strong>br</strong> />

cardiovascular (edema em MMII, varizes, vertigens), gastrointestinais (prisão de ventre, azia),<<strong>br</strong> />

geniturinárias (incontinências urinarias e infecções) e nervosas (compressões nervosas).<<strong>br</strong> />

Conforme Kisner e Colby (1998, p. 716), a gestação é o período de<<strong>br</strong> />

desenvolvimento desde a fertilização até o nascimento (gravidez). O ganho de peso durante a<<strong>br</strong> />

gestação revela em média de 7 kg a 10 kg. A velocidade de ganho de peso durante a gestação<<strong>br</strong> />

no último trimestre é altamente variável entre as pacientes (ARTAL, 1999, p. 133).<<strong>br</strong> />

Segundo Smith (1997, p. 445), a mulher passa por grandes mudanças durante sua<<strong>br</strong> />

vida. Sofre transformações físicas e psíquicas, às vezes silenciosas, outras vezes de muita<<strong>br</strong> />

turbulência, mais ou menos como acontece durante a adolescência. Isto ocorre devido às<<strong>br</strong> />

variações hormonais, sendo a gestação um dos períodos mais significativos em alterações<<strong>br</strong> />

hormonais.<<strong>br</strong> />

Como define Rezende (2000, p. 119), o período de gestação é de<<strong>br</strong> />

aproximadamente 285 dias (9,5 meses) ou 40 semanas, podendo variar fisiologicamente em<<strong>br</strong> />

15 dias para mais ou para menos, dependendo da raça, idade e condições externas (estilo de<<strong>br</strong> />

vida, trabalho).<<strong>br</strong> />

Durante a gestação ocorre a dilatação do útero para acomodar o feto que ali se<<strong>br</strong> />

desenvolve, num 1º momento pela ação hormonal e num 2° momento pelo alongamento<<strong>br</strong> />

provocado pelo feto.<<strong>br</strong> />

De acordo com Rezende (2000, p. 50), a amenorréia é o achado que mais<<strong>br</strong> />

freqüentemente levanta a suspeita de gestação. A prevista é o primeiro indício de que possa<<strong>br</strong> />

haver a concepção. Entretanto, pacientes com menstruações irregulares muitas vezes só<<strong>br</strong> />

suspeitam de gestação quando aparecem outros sintomas como náuseas e vômitos, aumento<<strong>br</strong> />

15


do volume e dolorimento das mamas, aumento da freqüência urinária, aumento de peso,<<strong>br</strong> />

aumento do volume abdominal e, mais tardiamente, com a sensação dos movimentos fetais.<<strong>br</strong> />

O conhecimento das alterações ocorridas durante a gestação é de fundamental<<strong>br</strong> />

importância para que se entendam muitos sinais e sintomas que constituem freqüentes queixas<<strong>br</strong> />

das gestantes, além de possibilitar a distinção do que é fisiológico para a grávida daqueles que<<strong>br</strong> />

podem ser patológicos (KAHHALE, 1994, p. 55).<<strong>br</strong> />

Através do exame médico, quando procurado devido ao atraso menstrual, alguns<<strong>br</strong> />

sinais são altamente sugestivos de gestação: aumento do volume uterino e amolecimento do<<strong>br</strong> />

útero ao exame de toque.<<strong>br</strong> />

De acordo com os últimos autores citados, deve-se adotar uma dieta equili<strong>br</strong>ada e<<strong>br</strong> />

caminhar todos os dias, para evitar possíveis dificuldades digestivas ou prisão de ventre, além<<strong>br</strong> />

de dar um condicionamento aeróbico à futura parturiente.<<strong>br</strong> />

2.2 Puerpério<<strong>br</strong> />

Conforme Santo e Berni (1997, p.134), puerpério é o período que segue o término<<strong>br</strong> />

da gestação, inicia-se no parto e pode durar cerca de 6 semanas, em que ocorre a recuperação<<strong>br</strong> />

do organismo dos traumas do parto ou da cesariana, quando se processam fenômenos<<strong>br</strong> />

involutivos da gravidez.<<strong>br</strong> />

Segundo Machado (2000, p. 227), o puerpério apresenta duas funções: a<<strong>br</strong> />

involução e a recuperação da musculatura uterina e da mucosa vaginal.<<strong>br</strong> />

De acordo com Vokaer citado por Rezende (2000, p. 373) o puerpério é dividido<<strong>br</strong> />

de acordo com seu tempo de duração normal que vai de 6 a 8 semanas sucedentes ao parto,<<strong>br</strong> />

com os seguintes estágios:<<strong>br</strong> />

− Pós-parto imediato: do 1° ao 10° dia após a parturição;<<strong>br</strong> />

16


− Pós-parto tardio: do 10° ao 45° dia;<<strong>br</strong> />

− Pós-parto remoto: além do 45° dias.<<strong>br</strong> />

Segundo Brasil (2001, p.175), o puerpério inicia-se 2 horas após a saída da<<strong>br</strong> />

placenta e tem seu término imprevisto, pois enquanto a mulher amamentar estará sofrendo<<strong>br</strong> />

transformações da gestação.<<strong>br</strong> />

[...] o puerpério é a fase final da gravidez e parto, é o período de 6 a 8 semanas<<strong>br</strong> />

seguintes do parto nas quais o trato vaginal da mulher retorna a um estado nãogravídico.<<strong>br</strong> />

O processo pelo qual isso acontece é chamado de involução, e ele se<<strong>br</strong> />

inicia tão logo a placenta é expelida. (POLDEN; MANTLE, 2000, p. 77).<<strong>br</strong> />

Conforme Santo e Berni (1997, p. 135), o puerpério ocorre rapidamente à<<strong>br</strong> />

involução das mudanças que se processaram de forma lenta durante a gestação. É um período<<strong>br</strong> />

de grande transformação tanto orgânica quanto emocional.<<strong>br</strong> />

De acordo com Rezende (2000, p. 374), as alterações anatômicas e fisiológicas do<<strong>br</strong> />

puerpério consideram que no pós-parto imediato predomina a involução da musculatura<<strong>br</strong> />

uterina e vaginal, através de fenômenos catabólicos e involutivos das estruturas hipertróficas e<<strong>br</strong> />

hiperplasiadas da gestação, notoriamente das que a<strong>br</strong>igavam o concepto, juntamente com<<strong>br</strong> />

alterações gerais e, so<strong>br</strong>etudo endócrinas. Para Rezende (2000, p. 374) “[...] os momentos que<<strong>br</strong> />

se seguem ao parto inauguram <strong>br</strong>eve período de calmaria dos processos fisiológicos, onde a<<strong>br</strong> />

paciente encontra-se em estado de relativa exaustão” .<<strong>br</strong> />

Segundo Artal (1995, p. 40), as alterações biomecânicas observadas no puerpério<<strong>br</strong> />

são decorrentes das modificações físicas pertinentes à gravidez. Após o parto, inicia-se um<<strong>br</strong> />

processo lento de reversão, que dura em média seis semanas, podendo se arrastar até três<<strong>br</strong> />

meses após o parto. Assim, percebe-se a necessidade de exercícios físicos no pós-parto desde<<strong>br</strong> />

que sejam supervisionados e direcionados por profissionais especializados, objetivando<<strong>br</strong> />

acelerar o processo de retorno às condições pré-gravíticas.<<strong>br</strong> />

17


2.3 Alterações do aparelho reprodutor que ocorrem na gestação<<strong>br</strong> />

2.3.1 Alterações Hormonais<<strong>br</strong> />

Segundo Guyton (1992, p. 229), mudanças significativas no perfil endócrino<<strong>br</strong> />

ocorrem durante a gestação, destacando-se hormônio lactogênio placentário humano,<<strong>br</strong> />

hormônio melanotrófico, aldosterona, progesterona e estrogênio que desempenham um papel<<strong>br</strong> />

fundamental para a mãe e para o feto.<<strong>br</strong> />

Dois desses são os hormônios sexuais femininos estrogênio e progesterona, os<<strong>br</strong> />

quais são secretados pelo ovário durante os ciclos menstruais normais, passando a ser<<strong>br</strong> />

secretado em grandes quantidades pela placenta durante a gestação.<<strong>br</strong> />

Conforme Gant et al. (2000, p. 469), a suspensão do progesterona permite que a<<strong>br</strong> />

prolactina atue sem oposição em sua estimulação da produção de α-lactalbumina. A<<strong>br</strong> />

intensidade e duração da lactação são controladas em grande parte pelo estimulo repetitivo da<<strong>br</strong> />

mamentação.<<strong>br</strong> />

Segundo Thomsom (1994, p. 97), os níveis sanguíneos de estrogênio e<<strong>br</strong> />

progesterona ficam diminuídos devido às altas concentrações de prolactina, enquanto a<<strong>br</strong> />

amamentação ocorre.<<strong>br</strong> />

De acordo Polden e Mantle (1997, p. 28), as principais funções do estrogênio são:<<strong>br</strong> />

promover proliferação de determinadas células (por exemplo, células musculares lisas do<<strong>br</strong> />

útero), aumento da vagina, desenvolvimento dos grandes e pequenos lábios, crescimento de<<strong>br</strong> />

pelos pubianos, alargamento pélvico, crescimento das mamas e de seus elementos glandulares<<strong>br</strong> />

além de deposição de tecido adiposo em áreas específicas femininas, tais como coxas e<<strong>br</strong> />

quadris.<<strong>br</strong> />

18


Conforme Souza et al (1999, p. 45), durante a gravidez o estrogênio provoca uma<<strong>br</strong> />

rápida proliferação da musculatura uterina, aumento acentuado do crescimento do sistema<<strong>br</strong> />

vascular para o útero, dilatação do orifício vaginal e dos órgãos sexuais externos e<<strong>br</strong> />

relaxamento dos ligamentos pélvicos, permitindo assim uma maior dilatação do canal pélvico<<strong>br</strong> />

o que facilita a passagem do feto no momento do nascimento.<<strong>br</strong> />

De acordo com Polden e Mantle (1997, p. 26), a gravidez modifica as funções do<<strong>br</strong> />

organismo materno de uma maneira global. Existem alterações psíquicas importantes, muitas<<strong>br</strong> />

vezes levando a mulher a um estado de carência afetiva com exigências e vontades que antes<<strong>br</strong> />

não existiam.<<strong>br</strong> />

Segundo Guyton (1992, p. 450), durante a gestação, o progesterona atua<<strong>br</strong> />

disponibilizando para o uso do feto, nutrientes que ficam armazenados no endométrio. O<<strong>br</strong> />

progesterona também é responsável pelo efeito inibidor da musculatura uterina, pois se isto<<strong>br</strong> />

não ocorresse, as contrações expulsariam o óvulo fertilizado ou até mesmo o feto em<<strong>br</strong> />

desenvolvimento.<<strong>br</strong> />

Conforme Souza et al (1999, p. 63), a musculatura fica impregnada de líquido e<<strong>br</strong> />

verifica-se afrouxamento dos tendões e dos ligamentos, que perdem um pouco da sua função<<strong>br</strong> />

de sustentação. Na medida em que a gravidez progride, ocorrem modificações nos tecidos<<strong>br</strong> />

ósseos e cartilaginosos, a coluna também fica so<strong>br</strong>ecarregada com modificações da postura<<strong>br</strong> />

durante o ciclo gestacional puerperal. A bacia se alarga, porque a cartilagem da sínfise púbica<<strong>br</strong> />

e as articulações sacro-ilíacas sofrem afastamento, dando "espaço" para o desenvolvimento do<<strong>br</strong> />

bebê.<<strong>br</strong> />

De acordo com Fattini e Dangelo (1995, p. 406), as vísceras são empurradas para<<strong>br</strong> />

cima em direção ao diafragma. Como diminui o espaço pulmonar para ventilação, algumas<<strong>br</strong> />

gestantes referem dificuldade para respirar, adquirindo uma respiração mais apical.<<strong>br</strong> />

19


Para Souza et al (1999, p. 58), o útero aumentando com o evoluir da gestação<<strong>br</strong> />

empurra para cima o diafragma, diminuindo a capacidade respiratória e trocas gasosas. No<<strong>br</strong> />

sexto e sétimo mês afrouxa-se tecidos conjuntivos, devido aos hormônios, principalmente a<<strong>br</strong> />

parede abdominal.<<strong>br</strong> />

Segundo Grabner (2001, p. 12), considera outros hormônios também importantes;<<strong>br</strong> />

a relaxina que é produzida antes de duas semanas de gestação, permanecendo em seus mais<<strong>br</strong> />

altos níveis no 1° trimestre e decaindo em 20% e estabilizando-se até o parto. Apresenta como<<strong>br</strong> />

efeito maior extensibilidade e flexibilidade dos tecidos articulares e capsulares, produção de<<strong>br</strong> />

tecido conjuntivo de suporte adicional para fi<strong>br</strong>as musculares, amadurecimento cervical e<<strong>br</strong> />

crescimento mamário.<<strong>br</strong> />

2.3.2 Alterações músculo-esquelético<<strong>br</strong> />

No período gestacional, comumente, estão presentes as alterações músculo-<<strong>br</strong> />

esquelético, como: mudança de postura e flacidez muscular. É freqüente a mulher grávida<<strong>br</strong> />

sentir algum tipo de dor ou desconforto lombar, tanto durante a gravidez como também no<<strong>br</strong> />

pós-parto. Vários fatores são responsáveis pelo aparecimento da dor nas costas em gestantes.<<strong>br</strong> />

De acordo com Kisner e Colby (1998, p. 588), são problemas neuromusculares e<<strong>br</strong> />

músculos esqueléticos freqüentes na gravidez: pressão na caixa torácica, câim<strong>br</strong>as, pressão<<strong>br</strong> />

pélvica, controle da bexiga, dor no quadril, dor sacro-ilíaca, dor lombar e pubalgia.<<strong>br</strong> />

Kisner e Colby (1998, p. 588) afirmam que as queixas mais freqüentes durante a<<strong>br</strong> />

gestação são dores lombares, ciatalgias, cervicalgias, síndrome da mão da gestante<<strong>br</strong> />

(formigamento, sensação de peso e inchaço) e edemas genéticos, pôr mais acentuado nas<<strong>br</strong> />

pernas e mãos. No entanto, esses problemas podem ser tratados seja preventivamente para<<strong>br</strong> />

evitá-los, seja curativamente para amenizá-lo, com ajuda da fisioterapia.<<strong>br</strong> />

20


Para Souza et al (1999, p. 63), esse aumento da lordose lombar leva a um desgaste<<strong>br</strong> />

das articulações interverte<strong>br</strong>ais, aumentando o risco do aparecimento de lesão do disco<<strong>br</strong> />

interverte<strong>br</strong>al, podendo causar dor. Se essa discopatia não for prevenida ou tratada durante a<<strong>br</strong> />

gravidez, ela poderá se agravar no pós-parto em virtude da fraqueza dos músculos abdominais<<strong>br</strong> />

e da so<strong>br</strong>ecarga física que os cuidados ao bebê impõem à mãe.<<strong>br</strong> />

De acordo com Rezende (2000, p. 220), durante a gestação, pelo fato de o feto se<<strong>br</strong> />

desenvolver de maneira bastante volumosa no interior da cavidade uterina, ocorre um<<strong>br</strong> />

aumento importante de toda a cavidade, podendo fazer com que a musculatura sofra<<strong>br</strong> />

alterações como afastamento das massas musculares na linha média.<<strong>br</strong> />

O peso adicional ganho durante a gestação aumenta a carga so<strong>br</strong>e as estruturas do<<strong>br</strong> />

sistema músculo esquelético, mesmo ao exercer as atividades diárias. O ganho de peso<<strong>br</strong> />

durante a gestação revela em média de 7 a 10 quilos. A velocidade de ganho de peso durante o<<strong>br</strong> />

último trimestre é altamente variável entre as pacientes, (ARTAL; WISWELL, 1999, p. 133-<<strong>br</strong> />

134).<<strong>br</strong> />

Como exposto por Polden e Mantle (1997, p. 10), exatamente na linha média,<<strong>br</strong> />

existe uma linha vertical que passa pela cicatriz umbilical na quais os grupamentos<<strong>br</strong> />

musculares do lado direito e do lado esquerdo fundem-se. Quando ocorre o aumento intra-<<strong>br</strong> />

abdominal gestacional, esta linha pode sofrer um processo de afastamento. Esse espaçamento<<strong>br</strong> />

faz com que, na linha média, possam aparecer hérnias. Hérnias são zonas de fragilidade da<<strong>br</strong> />

parede muscular que permitem a saída de vísceras (porções de intestino) de dentro da<<strong>br</strong> />

cavidade para o exterior. Essas hérnias podem tornar-se mais ou menos volumosas,<<strong>br</strong> />

dependendo do grau de pressão intra-abdominal e do grau de alteração da parede muscular.<<strong>br</strong> />

Segundo Souza et al (1999, p. 58), essas modificações internas manifestam-se na<<strong>br</strong> />

porção externa da parede abdominal, com alterações mais ou menos volumosas. Sabe-se que<<strong>br</strong> />

21


mulheres que têm gestações sucessivas apresentam mais facilidade para o aparecimento desse<<strong>br</strong> />

quadro.<<strong>br</strong> />

Conforme Polden e Mantle (1997, p. 15), tendões e ligamentos ficam mais<<strong>br</strong> />

relaxados e com isso a articulação fica fragilizada. Somada à aquisição de alguns quilos,<<strong>br</strong> />

predispõe a mulher a maiores riscos de lesões ósseas e musculares.<<strong>br</strong> />

Conforme Artal, Wiswell e Drinkwater (1999, p. 9),<<strong>br</strong> />

[...] abdômen protuso, marcha gingada e lordose exagerada são aspectos familiares<<strong>br</strong> />

da gestação normal. O útero em constante crescimento, embora um órgão muscular<<strong>br</strong> />

que não pertence ao sistema músculo esquelético em si, é a principal causa das<<strong>br</strong> />

alterações que ocorrem na estática e dinâmica do esqueleto da gestante. A<<strong>br</strong> />

orientação anterior do útero que se expande dentro da cavidade abdominal desloca<<strong>br</strong> />

o centro de gravidade da mulher, resultando em lordose lombar progressiva e<<strong>br</strong> />

rotação da pélvis so<strong>br</strong>e o fêmur. Isso desloca a gravidade de volta so<strong>br</strong>e a pélvis,<<strong>br</strong> />

evitando queda para frente.<<strong>br</strong> />

“[...] Os om<strong>br</strong>os ficam arredondados com protrução escapular e rotação interna dos<<strong>br</strong> />

mem<strong>br</strong>os superiores, devido ao crescimento das mamas”. (KONKLER; KISNER apud<<strong>br</strong> />

KISNER; COBY, 1998, p. 587).<<strong>br</strong> />

Figura 1 - Representação da gestação em fase inicial e avançada.<<strong>br</strong> />

Fonte: Artal, R.; Wiswell, R.; Drinkwater, B.; 1999, p. 230.<<strong>br</strong> />

22


De acordo com Kisner e Colby (1998, p. 588), as alterações na postura geralmente<<strong>br</strong> />

não se corrigem espontaneamente após o nascimento, e a postura de grávida pode ser mantida<<strong>br</strong> />

como uma postura adquirida, conforme mostra a Figura 1.<<strong>br</strong> />

Conforme Greenhill e Friedman (1976, p. 118), o sistema esquelético da mulher na<<strong>br</strong> />

gravidez apresenta um aumento da vascularização, especialmente da substância vermelha. A<<strong>br</strong> />

coluna espinhal fica comprimida e o conteúdo uterino, proeminente na frente muda a linha de<<strong>br</strong> />

direção da postura. Esta linha de direção tende a cair anteriormente para a sua base de suporte.<<strong>br</strong> />

Além disso, a gestante projeta seus om<strong>br</strong>os para trás e encolhe o seu pescoço e a cabeça. A<<strong>br</strong> />

curva no pequeno dorso fica evidente e a pelve rodada levemente nos fêmures.<<strong>br</strong> />

Para Kisner e Colby (1998, p. 587), “Os músculos abdominais são alongados até o<<strong>br</strong> />

ponto de seu limite elástico no fim da gravidez.”<<strong>br</strong> />

Polden e Mantle (2000) afirmam que as formas como as paredes abdominais se<<strong>br</strong> />

adaptam ao grau requerido de distensão é considerável. As fi<strong>br</strong>as musculares permitem<<strong>br</strong> />

estiramento, mas os componentes de colágeno (a aponeurose, as bainhas fi<strong>br</strong>osas e nas<<strong>br</strong> />

intersecções, e a linha alba) provavelmente sofrem mudança estrutural hormonalmente<<strong>br</strong> />

mediada para prover extensibilidade extra temporariamente necessária. A distância entre dois<<strong>br</strong> />

músculos retos abdominais pode ser vista dilatando-se do começo ao fim da gravidez e a linha<<strong>br</strong> />

alba pode até dividir-se sob o esforço, o que caracteriza a diástase de reto abdominal.<<strong>br</strong> />

São problemas neuromusculares e musculoesqueléticos freqüentes na gravidez:<<strong>br</strong> />

pressão na caixa torácica, cãi<strong>br</strong>as, pressão pélvica, controle da bexiga, dor no quadril, dor<<strong>br</strong> />

sacro-ilíaca, dor lombar e pubalgia.<<strong>br</strong> />

De acordo com os últimos autores citados, as queixas mais freqüentes durante a<<strong>br</strong> />

gestação são dores lombares, ciatalgias, cervicalgias, síndrome da mão da gestante<<strong>br</strong> />

(formigamento, sensação de peso e inchaço) e edemas genéticos, por mais acentuado nas<<strong>br</strong> />

23


pernas e mãos. No entanto, esses problemas podem ser tratados, seja preventivamente para<<strong>br</strong> />

evitá-los, seja curativamente para amenizá-los, com ajuda da fisioterapia.<<strong>br</strong> />

2.4 Anatomia da musculatura abdominal<<strong>br</strong> />

De acordo com Fattini e Dangelo (1995, p. 166), os músculos são as estruturas<<strong>br</strong> />

motoras da coluna verte<strong>br</strong>al, comandado pelos estímulos nervosos que saem do cére<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

passando pela medula nervosa e terminando neles próprios. A musculatura abdominal é<<strong>br</strong> />

composta por oblíquo interno, oblíquos externos, transversos do abdômen e retos do<<strong>br</strong> />

abdômen.<<strong>br</strong> />

Segundo Machado (2000, p. 229), a parede abdominal torna-se flácida, e as<<strong>br</strong> />

vísceras aos poucos voltam à posição de origem. No pós-parto imediato é possível evidenciar<<strong>br</strong> />

a diástase dos músculos reto-abdominais com a parede abdominal composta de pele, tecido<<strong>br</strong> />

subcutâneo, fáscia e peritônio. A recuperação da tonicidade da musculatura da parede<<strong>br</strong> />

abdominal, distendida pelo útero gravídico, ocorre em média de 6 semanas do pós-parto, lenta<<strong>br</strong> />

e às vezes imperfeitamente. O exercício supervisionado ajuda na recuperação da parede<<strong>br</strong> />

abdominal.<<strong>br</strong> />

Polden e Mantle (2000, p. 130), sugerem que as mulheres cujas gestações<<strong>br</strong> />

exigiram prolongada inatividade, ou aquelas que habitualmente fazem pouco exercício, irão<<strong>br</strong> />

verificar com certeza que seus músculos abdominais estão extremamente fracos.<<strong>br</strong> />

Segundo Fattini e Dangelo (1995, p. 405), anatomicamente, o reto do abdômen<<strong>br</strong> />

tem forma de tira longa situado em cada lado da linha alba; inferiormente se origina na crista<<strong>br</strong> />

do púbis e nos ligamentos da sínfise púbica; insere-se através de 3 tiras largas na face anterior<<strong>br</strong> />

da cartilagem costal da 5ª, 6ª e 7ª costelas e por uma pequena tira no processo xifóide do<<strong>br</strong> />

esterno.<<strong>br</strong> />

24


De acordo com Smith (1997, p. 440), o músculo reto do abdômen, entre a origem e<<strong>br</strong> />

a inserção, é interrompido transversalmente por tendões intermediários, em três intersecções<<strong>br</strong> />

tendíneas. Essas intersecções são evidentes na superfície anterior, onde se unem à lâmina<<strong>br</strong> />

anterior da bainha do reto, não chegando até a superfície posterior.<<strong>br</strong> />

De acordo com Fattini e Dangelo (1995, p. 398), os músculos oblíquos abdominais<<strong>br</strong> />

(externo e interno) também parecem cumprir a função de interligação entre o tórax e a pelve.<<strong>br</strong> />

Para Smith (1997, p. 441), o músculo oblíquo externo, tem sua origem na margem<<strong>br</strong> />

inferior e face externa das sete ou oito últimas costelas, por digitações musculares que se<<strong>br</strong> />

im<strong>br</strong>ica com as dos músculos serrátil anterior e grande dorsal.<<strong>br</strong> />

Seu feixe muscular tem direção caudal e para frente, com obliqüidade variável.<<strong>br</strong> />

Os feixes posteriores inserem-se nos 3/4 anteriores do lábio externo da crista ilíaca, e os<<strong>br</strong> />

feixes superiores e médios têm continuidade por um tendão lamelar que participa na formação<<strong>br</strong> />

da linha alba medialmente e sua porção inferior contribui para formar o ligamento inguinal,<<strong>br</strong> />

que está inserido súpero-lateralmente na espinha ilíaca ântero-superior.<<strong>br</strong> />

Segundo Fattini e Dangelo (1995, p. 392), o músculo oblíquo interno, origina-se<<strong>br</strong> />

na metade lateral do ligamento inguinal, 2/3 anteriores da linha intermediária da crista ilíaca e<<strong>br</strong> />

da fáscia toraco-lombar. O feixe muscular tem uma disposição irradiada em leque a partir das<<strong>br</strong> />

suas origens, sendo a sua direção geral para cima e para frente. Suas fi<strong>br</strong>as atingem o púbis<<strong>br</strong> />

em apenas 5% dos portadores de hérnia direta, e 30% na hérnia oblíqua externa.<<strong>br</strong> />

Conforme Smith (1997, p. 442), o músculo transverso é o mais profundo dos três<<strong>br</strong> />

(3); tem origem no 1/3 lateral da arcada inguinal, nos 2/3 anteriores do lábio interno da crista<<strong>br</strong> />

ilíaca, da face interna da cartilagem costal das 6 últimas costelas e da fáscia toraco-lombar.<<strong>br</strong> />

Conforme os autores citados, acima, esses feixes musculares se orientam<<strong>br</strong> />

transversalmente; para frente termina em uma forte aponeurose que se insere na linha alba,<<strong>br</strong> />

crista do púbis e na crista pectínea.<<strong>br</strong> />

25


As fi<strong>br</strong>as mais inferiores têm disposição curva para baixo e para frente; em 5% se<<strong>br</strong> />

une com uma formação semelhante do oblíquo interno formando o "tendão conjunto". Na<<strong>br</strong> />

região inguinal o músculo é representado pelos seus componentes aponeuróticos e pelas suas<<strong>br</strong> />

fáscias.<<strong>br</strong> />

2.5 Diástase de reto abdominal<<strong>br</strong> />

Conforme Kisner e Colby (1998, p. 588), a diástase de reto abdominal caracteriza-<<strong>br</strong> />

se pela separação dos músculos retos abdominais na linha alba, conforme apresentado na<<strong>br</strong> />

Figura 2. Com evidências de sua ocorrência, na gestação, a diástase dos retos possivelmente<<strong>br</strong> />

ocorre na gestação como resultado de efeitos hormonais so<strong>br</strong>e o tecido conectivo e as<<strong>br</strong> />

alterações biomecânicas da gravidez.<<strong>br</strong> />

A diástase não provoca desconforto, é relativamente incomum no primeiro<<strong>br</strong> />

trimestre, mas a incidência aumenta à medida que a gestação progride, atingindo um pico no<<strong>br</strong> />

terceiro trimestre quando a continuidade da parede abdominal é comprometida devido ao<<strong>br</strong> />

volume abdominal.<<strong>br</strong> />

Figura 2-Representação esquemáticas de diástase dos retos.<<strong>br</strong> />

Fonte: Kisner; Colby (1998, p. 588).<<strong>br</strong> />

26


Para Mesquita (1999, p. 268), “[...] durante a gestação, o estiramento da<<strong>br</strong> />

musculatura abdominal é indispensável para permitir o crescimento uterino, ocorrendo,<<strong>br</strong> />

portanto, uma separação dos feixes dos músculos retos abdominais”.<<strong>br</strong> />

Segundo Bursh (1987, p. 1077), são considerados fatores predisponentes para<<strong>br</strong> />

diástase dos músculos retos abdominais, a obesidade, as gestações múltiplas, a multiparidade,<<strong>br</strong> />

a macrossomia fetal e a flacidez da musculatura abdominal pré-gravítica, por levar a uma<<strong>br</strong> />

maior distensão abdominal durante a gravidez.<<strong>br</strong> />

De acordo com Polden e Mantle (1997, p. 250), uma separação maior que dois (2)<<strong>br</strong> />

cm deve ser considerada. Essa condição não é exclusiva para mulheres grávidas, mas é vista<<strong>br</strong> />

com freqüência nessa população.<<strong>br</strong> />

Os autores colocam, ainda que, a diástase dos retos pode ocorrer acima, abaixo ou<<strong>br</strong> />

no nível do umbigo, sendo que a considerada menos comum é abaixo do umbigo. Parece ser<<strong>br</strong> />

menos comum em mulheres com bom tônus abdominal antes da gravidez.<<strong>br</strong> />

Segundo Boissonnault e Blaschak (1988, p.1084), em sua pesquisa, 52% dos casos<<strong>br</strong> />

de diástase de retos abdominais foram localizados na região umbilical, 36% acima do umbigo<<strong>br</strong> />

e 11% abaixo do umbigo.<<strong>br</strong> />

Segundo Kisner e Colby (1998, p. 589), a condição da diástase dos retos pode<<strong>br</strong> />

produzir queixas músculo-esqueléticas (dor lombar) possivelmente como resultado da<<strong>br</strong> />

diminuição na capacidade da musculatura abdominal em controlar a pelve e a coluna lombar.<<strong>br</strong> />

Segundo Polden e Mantle (1997, p. 251), em separações graves, o segmento<<strong>br</strong> />

anterior da parede abdominal é composto somente por pele, fáscia, gordura subcutânea e<<strong>br</strong> />

peritônio. A falta de suporte abdominal dá uma menor proteção ao feto. Casos graves de<<strong>br</strong> />

diástase dos retos, conforme mostra a figura 3, figura 4 e figura 5, podem progredir para<<strong>br</strong> />

herniação das vísceras abdominais através da separação na parede abdominal.<<strong>br</strong> />

27


Figura 3- Puérpera multípara submetida a parto normal, com herniação das vísceras<<strong>br</strong> />

abdominais (vista lateral direita).<<strong>br</strong> />

Figura 4- Puérpera multípara submetida a parto normal, com herniação das vísceras<<strong>br</strong> />

abdominais (Trendelemburg,45°).<<strong>br</strong> />

28


Figura 5- Puérpera multípara submetida a parto normal, com herniação das vísceras<<strong>br</strong> />

abdominais(decúbito dorsal).<<strong>br</strong> />

De acordo com Rezende (1976, p. 56), o abdômen exibe as resultantes da<<strong>br</strong> />

distensão de sua parede pelo útero grávido em crescimento. A cicatriz umbilical, antes como<<strong>br</strong> />

depressão, torna-se então plana, até saliente.<<strong>br</strong> />

Para Polden e Mantle (1997, p. 250 e 251),<<strong>br</strong> />

[...] em algumas mulheres, grandes diástase serão visíveis realmente quando elas<<strong>br</strong> />

tentam sentar-se ou deitar-se – um amplo cordão de tecido torna-se visível quando a<<strong>br</strong> />

atividade incluindo o uso dos músculos retos é exercida contra a gravidade,<<strong>br</strong> />

especialmente na posição supino. A diástase pode simplesmente se estender uns<<strong>br</strong> />

centímetros acima e abaixo do umbigo e ter somente de 2 a 3 cm de largura, pode<<strong>br</strong> />

surgir apenas abaixo do umbigo, ou pode incluir a maior parte da linha Alba.<<strong>br</strong> />

À medida que a gestação prossegue, os abdominais não suportam exercícios<<strong>br</strong> />

cansativos. Estes precisarão ser adaptados, para ir ao encontro das necessidades de cada<<strong>br</strong> />

gestante. Deve ser feita sempre uma verificação de diástase dos retos antes de iniciar um<<strong>br</strong> />

programa de exercícios afim de não provocar maior ruptura (KISNER; COLBY, 1998, p.<<strong>br</strong> />

598).<<strong>br</strong> />

29


Segundo Kisner e Colby (1998, p. 589), nos testes de diástase dos retos, a posição<<strong>br</strong> />

do paciente é muito importante. Esta deve estar em decúbito dorsal, com joelhos fletidos e pés<<strong>br</strong> />

apoiados. A puérpera eleva lentamente sua cervical e os om<strong>br</strong>os acima do plano, tentando<<strong>br</strong> />

colocar os mem<strong>br</strong>os superiores nos joelhos, até que a espinha da escápula deixe o leito.<<strong>br</strong> />

Conforme Kisner e Colby (1998, p. 589), o terapeuta coloca as falanges de uma<<strong>br</strong> />

mão horizontalmente através da linha média do abdômen, no umbigo, conforme apresentado<<strong>br</strong> />

na Figura 6. Se houver uma separação, as falanges irão afundar dentro da fenda. A diástase é<<strong>br</strong> />

medida pelo número de dedos que podem ser colocados entre os ventres musculares dos retos.<<strong>br</strong> />

Figura 6 - Teste de diástase dos retos.<<strong>br</strong> />

Um tipo de diástase que acontece em menor número, relatada por Nahas et al<<strong>br</strong> />

(2004, p. 189), é a chamada diástase recorrente dos retos abdominais. Este tipo de diástase de<<strong>br</strong> />

retos abdominais acontece com a inserção lateral dos músculos retos abdominais.<<strong>br</strong> />

2.6 Tratamento da diástase de reto abdominal<<strong>br</strong> />

2.6.1 Reparação cirúrgica<<strong>br</strong> />

30


Segundo Thomson (1993, p. 457), a cirurgia para correção da diástase abdominal<<strong>br</strong> />

pode ser um procedimento traumático, onde a paciente é submetido a riscos de infecções e<<strong>br</strong> />

complicações pós-cirúrgicas, como em qualquer outra cirurgia.<<strong>br</strong> />

Noble (1982, p. 59) afirma que a correção do abdômen por alguns cirurgiões, se<<strong>br</strong> />

propõe a corrigir uma flacidez abdominal até mesmo simultaneamente a uma cesárea. Tal<<strong>br</strong> />

procedimento, nesse momento, pode ser contra-indicado, já que a parede abdominal está<<strong>br</strong> />

totalmente desorganizada e qualquer correção nesse momento poderá interferir com a<<strong>br</strong> />

involução normal do abdômen, durante o puerpério.<<strong>br</strong> />

A maior parte das correções de diástase de reto abdominal por cirurgia acontece<<strong>br</strong> />

em conjunto com outras reparações estéticas como retirada de excesso de pele da região<<strong>br</strong> />

abdominal ou até mesmo lipoaspiração. Segundo Shull (1988, p. 11), esse tipo de trabalho<<strong>br</strong> />

combinado é realizado desde o início do século XX.<<strong>br</strong> />

Conforme Core et al (1997, p. 715), um dos tipos de cirurgia para correção da<<strong>br</strong> />

diástase de reto abdominal que vem se destacando é a cirurgia endoscópica. Este tipo de<<strong>br</strong> />

cirurgia implica no uso de endoscópio, inserido em pequenas incisões feitas no abdômen,<<strong>br</strong> />

juntamente com os instrumentos usados para a sutura. A sutura normalmente é feita<<strong>br</strong> />

horizontalmente (Figura 7), iniciando-se na região pélvica estendo-se por toda a linha alba.<<strong>br</strong> />

O tipo de cirurgia relatado por Core et al (1997, p. 715) reduz o tamanho da<<strong>br</strong> />

cicatriz, favorecendo o aspecto estético do abdômen. Em cirurgias convencionais, onde é<<strong>br</strong> />

realizada uma grande abertura abdominal, as cicatrizes são bem aparentes.<<strong>br</strong> />

31


Figura 7 - Sutura horizontal no umbigo<<strong>br</strong> />

Fonte: Core et al (1995, p. 715)<<strong>br</strong> />

Segundo Nahas, Augusto e Ghelfond (1997, p. 285), muitos autores vêm<<strong>br</strong> />

propondo diferentes técnicas para tratar a deformidade causada pela fraqueza da estrutura<<strong>br</strong> />

muscular da parede abdominal, porém, a plicatura é a mais utilizada.<<strong>br</strong> />

Nahas, Augusto e Ghelfond (1997, p. 285) questionam a efetividade e eficácia do<<strong>br</strong> />

procedimento de plicatura. Para chegar a uma conclusão a respeito das duas questões, os<<strong>br</strong> />

autores realizaram um estudo com 14 pacientes submetidos à abdominoplastia com plicatura<<strong>br</strong> />

dos retos abdominais, comparando o grau de diástase antes e seis meses após a realização da<<strong>br</strong> />

cirurgia. Nesse estudo os autores comprovaram a correção da diástase após seis meses de pós-<<strong>br</strong> />

operatório.<<strong>br</strong> />

2.6.2 Tratamento fisioterapêutico para diástase de reto abdominal<<strong>br</strong> />

Para Souza et al (2000, p. 243), todas as mulheres logo após o parto, deveriam ser<<strong>br</strong> />

acompanhadas pelo fisioterapeuta obstetra para ter uma melhor recuperação. Infelizmente, a<<strong>br</strong> />

prática fisioterapêutica pós–parto é mantida em um número mínimo de maternidades. O<<strong>br</strong> />

trabalho do fisioterapeuta no puerpério consiste na prevenção e no tratamento de alterações do<<strong>br</strong> />

32


sistema músculo esquelético, respiratório e circulatório, englobando também orientações<<strong>br</strong> />

gerais.<<strong>br</strong> />

Conforme Mesquita et al (1999, p. 268), a atuação da fisioterapia no pós-parto<<strong>br</strong> />

imediato visa melhorar a tonicidade dos músculos abdominais e pélvicos e conscientizar a<<strong>br</strong> />

puérpera so<strong>br</strong>e a importância da continuidade dos exercícios iniciados neste período.<<strong>br</strong> />

Para Kisner e Colby (1998, p. 589), o tratamento da diástase dos retos consiste em<<strong>br</strong> />

testar todas as mulheres grávidas quanto à presença de diástase dos retos antes de realizar<<strong>br</strong> />

exercícios abdominais e realizar exercícios corretivos para diástase dos retos sem outros<<strong>br</strong> />

exercícios abdominais até que a separação tenha diminuído para dois cm ou menos. Quando<<strong>br</strong> />

isso ocorrer, os exercícios abdominais poderão ser retomados, mas a integridade da linha alba<<strong>br</strong> />

deverá ser monitorada para certificar-se que a separação continua a diminuir.<<strong>br</strong> />

Qualquer atividade física direcionada ao músculo abdominal, para gestantes, não<<strong>br</strong> />

poderá ser desenvolvido a partir do 3° trimestre, uma vez que se torna difícil para a gestante<<strong>br</strong> />

iniciar um treinamento neste período. Por isso a importância de uma prévia avaliação da<<strong>br</strong> />

gestante, quanto ao mês gestacional e a paridade é imprescindível. Numa gestante multípara, a<<strong>br</strong> />

proporção é maior de abertura dos retos, pois sua musculatura já foi testada, exigida com<<strong>br</strong> />

gestações anteriores.<<strong>br</strong> />

Segundo Souza et al (2000, p. 247) a atividade de propriocepção dos músculos<<strong>br</strong> />

abdominais deve ser iniciada no puerpério imediato. Portanto, é relevante ressaltar a atuação<<strong>br</strong> />

preventiva no pós - parto imediato e tardio, principalmente para aquelas que relatam flacidez,<<strong>br</strong> />

fraqueza da musculatura do reto abdominal durante a gestação.<<strong>br</strong> />

Kisner e Colby (1998, p. 599), citam alguns exemplos de exercícios corretivos<<strong>br</strong> />

para diástase de reto abdominal vão do menos cansativo para o mais cansativo. Elevação da<<strong>br</strong> />

cabeça posicionando a mulher em decúbito dorsal com pés apoiados e joelhos fletidos, mãos<<strong>br</strong> />

cruzadas so<strong>br</strong>e a linha média da diástase para dar suporte à região é um dos exercícios que<<strong>br</strong> />

33


podem ser realizados pelos fisioterapeutas. À medida que ela expira, levanta apenas a cabeça<<strong>br</strong> />

do plano até o ponto anterior ao aparecimento de uma saliência. Suas mãos podem empurrar<<strong>br</strong> />

delicadamente os músculos retos em direção à linha média, fazendo a gestante abaixar sua<<strong>br</strong> />

cabeça lentamente e relaxar. Esse exercício enfatiza o músculo reto abdominal e minimiza os<<strong>br</strong> />

oblíquos (Figura 8).<<strong>br</strong> />

Figura 8 - Exercícios corretivos para diástase dos retos.<<strong>br</strong> />

A elevação da cabeça com inclinação pélvica é um outro tipo de exercício que<<strong>br</strong> />

pode ser realizado durante a prática fisioterapêutica na correção da diástase de reto<<strong>br</strong> />

abdominal. A paciente fica em posição dorsal com joelhos fletidos e pés apoiados, os<<strong>br</strong> />

mem<strong>br</strong>os superiores são cruzados so<strong>br</strong>e a diástase e tracionados em direção à linha média,<<strong>br</strong> />

levantando lentamente sua cabeça do chão enquanto faz simultaneamente uma inclinação<<strong>br</strong> />

pélvica posterior, abaixando lentamente sua cabeça e relaxando (Figura 9).<<strong>br</strong> />

Todas as contrações abdominais devem ser feitas com expiração de modo a<<strong>br</strong> />

minimizar a pressão intra-abdominal. Somente os exercícios de elevação de cabeça e<<strong>br</strong> />

deslizamento das pernas do paciente posicionado em decúbito dorsal com joelhos fletidos e<<strong>br</strong> />

pés apoiados e pelve em inclinação posterior. A mulher mantém a inclinação pélvica à medida<<strong>br</strong> />

34


que desliza primeiro um pé pelo chão até que a posição ereta deva ser usada até que a<<strong>br</strong> />

separação seja corrigida para dois ou dois dedos de largura.<<strong>br</strong> />

Segundo Kisner e Colby (1998, p. 599), ela deve parar de deslizar o pé no ponto<<strong>br</strong> />

que não conseguir manter a inclinação pélvica. Lentamente ela levanta os mem<strong>br</strong>os inferiores,<<strong>br</strong> />

a respiração deve ser coordenada com o exercício de modo que ocorra contração abdominal<<strong>br</strong> />

com expiração. Este exercício pode ser feito com os mem<strong>br</strong>os inferiores ao mesmo tempo se<<strong>br</strong> />

os músculos abdominais puderem manter a inclinação pélvica durante todo o exercício.<<strong>br</strong> />

Figura 9 - Em decúbito dorsal, joelhos flexionados, pés apoiados no chão, mem<strong>br</strong>os<<strong>br</strong> />

superiores so<strong>br</strong>e o tórax. Elevar as escápulas do chão, o mento inclinado em direção do<<strong>br</strong> />

esterno.<<strong>br</strong> />

Mesquita et al (1999, p. 267) relatam o resultado da aplicação de um protocolo<<strong>br</strong> />

fisioterápico de 6 a 18 horas após o parto. Nessa experiência foram atendidas 50 puérperas no<<strong>br</strong> />

período de a<strong>br</strong>il a setem<strong>br</strong>o de 1998. Um instrumento de medida de precisão (paquímetro) foi<<strong>br</strong> />

utilizado para medir o grau de diástase antes e após a aplicação do protocolo. A pesquisa<<strong>br</strong> />

apontou uma redução na diástase de 12,5% nas pacientes submetidas ao tratamento.<<strong>br</strong> />

35


Para Mesquita et al (1999, p. 268),<<strong>br</strong> />

[...] a atuação da fisioterapia no pós-parto imediato visa melhorar a tonicidade dos<<strong>br</strong> />

músculos abdominais e pélvicos, conscientizarem as puérperas so<strong>br</strong>e a importância<<strong>br</strong> />

da continuidade dos exercícios iniciados neste período e so<strong>br</strong>e o retorno para o<<strong>br</strong> />

atendimento no pós-parto tardio.<<strong>br</strong> />

As gestantes podem ser beneficiadas com a fisioterapia pré e pós-parto, no<<strong>br</strong> />

sentido de prevenir ou tratar alterações durante a gravidez. O corpo da mulher transforma-se<<strong>br</strong> />

para que seja possível a<strong>br</strong>igar o seu bebê, alimentá-lo e permitir o seu desenvolvimento até a<<strong>br</strong> />

hora do nascimento, o que requer um acompanhamento contínuo por parte dos profissionais<<strong>br</strong> />

da saúde.<<strong>br</strong> />

Pode-se então enfatizar a necessidade da fisioterapia na orientação e preparação<<strong>br</strong> />

da gestante para enfrentar as transformações decorrentes da gestação, com o objetivo de atuar<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e as disfunções, em busca de um estado hígido, e, assim, melhorar a qualidade de vida.<<strong>br</strong> />

36


3 METODOLOGIA<<strong>br</strong> />

3.1 Tipo de pesquisa<<strong>br</strong> />

Trata-se de um estudo descritivo e exploratório. Segundo Mattar (2000), a<<strong>br</strong> />

pesquisa exploratória emprega métodos amplos e versáteis como o levantamento em fontes<<strong>br</strong> />

secundárias, levantamento de experiências, estudos de casos selecionados e observação<<strong>br</strong> />

informal. Para Bruyne (1982), a pesquisa descritiva e exploratória objetiva desco<strong>br</strong>ir<<strong>br</strong> />

problemáticas novas, renovar perspectivas existentes ou sugerir hipóteses fecundas,<<strong>br</strong> />

preparando assim o caminho para pesquisas ulteriores.<<strong>br</strong> />

Para Godoy (1995), as pesquisas de caráter descritivo e exploratório são<<strong>br</strong> />

apropriadas para investigação onde o conhecimento acerca de determinado tema não permite<<strong>br</strong> />

o estabelecimento de hipóteses precisas e operacionalizáveis.<<strong>br</strong> />

3.2 População e amostra<<strong>br</strong> />

Trata-se de uma pesquisa desenvolvida na enfermaria do alojamento conjunto<<strong>br</strong> />

(maternidade) do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) da cidade de Tubarão/SC,<<strong>br</strong> />

37


junto a uma amostra de conveniência. Para Triola (1999), na amostragem de conveniência,<<strong>br</strong> />

simplesmente utilizam-se dados de fácil acesso.<<strong>br</strong> />

A amostragem de conveniência foi realizada uma vez que outros métodos<<strong>br</strong> />

tradicionais clássicos – amostragem aleatória, amostragem estratificada e amostragem<<strong>br</strong> />

sistemática, entre outros – apresentariam dificuldades operacionais capazes de comprometer o<<strong>br</strong> />

resultado da pesquisa. Para Triola (1999) e Moore (1995), a amostragem utiliza os indivíduos<<strong>br</strong> />

mais disponíveis.<<strong>br</strong> />

Triola (1999, p. 161).<<strong>br</strong> />

O tamanho da amostra (72) foi obtido mediante utilização da fórmula citada em<<strong>br</strong> />

n = é o tamanho da amostra;<<strong>br</strong> />

p = é uma proporção de 50%,<<strong>br</strong> />

q = é uma proporção de 50%;<<strong>br</strong> />

N = é a população correspondente a 168 puérperas;<<strong>br</strong> />

e = é o erro máximo da pesquisa sendo e= 8%;<<strong>br</strong> />

z = valor tabelado correspondente a 92 % de nível de confiança.<<strong>br</strong> />

3.3 O instrumento da pesquisa<<strong>br</strong> />

n = z ² p q N<<strong>br</strong> />

e ² (n-1)+ z ² p q<<strong>br</strong> />

O método quantitativo foi adotado nesta pesquisa, tendo em conta a<<strong>br</strong> />

predominância de características exploratórias do estudo.<<strong>br</strong> />

38


O questionário utilizado como instrumento de pesquisa foi adaptado da ficha de<<strong>br</strong> />

avaliação da Clínica Escola de <strong>Fisio</strong>terapia-UNISUL (Campus Tubarão/SC) de acordo Anexo<<strong>br</strong> />

A. Foi elaborada pela pesquisadora e validada por dez fisioterapeutas. Neste questionário<<strong>br</strong> />

constam a anamnese, a história da doença atual, a história pregressa e o exame físico da<<strong>br</strong> />

paciente, permitindo a observação dos dados para levantamento de possível correlação de<<strong>br</strong> />

incidências de diástase dos retos no puerpério imediato, de acordo Apêndice A.<<strong>br</strong> />

3.4 Procedimentos utilizados para coleta e análise dos dados<<strong>br</strong> />

Primeiramente, as puérperas são contatadas e informadas so<strong>br</strong>e os objetivos da<<strong>br</strong> />

pesquisa e seu anonimato, assim deverá assinar o termo de consentimento, presente no Anexo<<strong>br</strong> />

B.<<strong>br</strong> />

As puérperas foram avaliadas, no Hospital Nossa Senhora da Conceição, na cidade<<strong>br</strong> />

de Tubarão (SC), e atendidas pela fisioterapia no período de março a junho de 2006.<<strong>br</strong> />

As puérperas responderam a uma ficha de avaliação (apêndice A), e, em seguida,<<strong>br</strong> />

realizaram o teste de diástase.<<strong>br</strong> />

Durante as avaliações, as puérperas foram instruídas a usar trajes confortáveis,<<strong>br</strong> />

para assim facilitar a visualização das possíveis alterações. Foram posicionadas em decúbito<<strong>br</strong> />

dorsal com joelhos fletidos e pés apoiados levando lentamente a cervical ao leito<<strong>br</strong> />

simultaneamente fazendo inclinação pélvica posterior, abaixando levemente sua cabeça e<<strong>br</strong> />

relaxando. Os mem<strong>br</strong>os superiores foram cruzados so<strong>br</strong>e a diástase e tracionados em direção à<<strong>br</strong> />

linha média. O terapeuta colocou as falanges de uma mão horizontalmente através da linha<<strong>br</strong> />

média do abdômen. Se tivessem uma separação na musculatura do reto abdominal às falanges<<strong>br</strong> />

39


afundariam dentro da fenda, o que caracterizaria a incidência de diástase (KISNER; COLBY,<<strong>br</strong> />

1998, p.589).<<strong>br</strong> />

3.5 Tratamento estatístico dos dados<<strong>br</strong> />

Os dados foram tratados conforme estatística descritiva e apresentados na forma<<strong>br</strong> />

de gráfico em forma de pizza e de coluna e tabelas simples.<<strong>br</strong> />

40


4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS<<strong>br</strong> />

A coleta de dados deste trabalho foi realizada no Hospital Nossa Senhora da<<strong>br</strong> />

Conceição (setor Alojamento Conjunto) durante os meses de março e a<strong>br</strong>il de 2006. As<<strong>br</strong> />

puérperas que participaram da amostra desta pesquisa foram avaliadas e questionadas,<<strong>br</strong> />

obedecendo a um protocolo de avaliação que estabelecia a realização de um teste de diástase<<strong>br</strong> />

de reto abdominal e, em seguida, um questionário que tinha como propósito relacionar fatores<<strong>br</strong> />

como multiparidade e faixa etária com a incidência de diástase (Apêndice A).<<strong>br</strong> />

O teste de diástase de reto abdominal foi realizado com objetivo de apontar o grau<<strong>br</strong> />

de diástase das puérperas avaliadas. O procedimento de teste foi realizado da seguinte forma:<<strong>br</strong> />

o terapeuta utilizou as falanges de uma das mãos horizontalmente através da linha média do<<strong>br</strong> />

abdômen, na região supra-umbilical. Os resultados obtidos variaram de 0 cm (sem diástase) a<<strong>br</strong> />

5,5 cm (diástase acentuada). Quando a medida for superior a 3,0 cm considera-se o grau<<strong>br</strong> />

relevante.<<strong>br</strong> />

Segundo Boissonnault e Blaschak (1988, p.1084), em sua pesquisa, 52% dos casos<<strong>br</strong> />

de diástase de retos abdominais foram localizados na região umbilical, 36% acima do umbigo<<strong>br</strong> />

e 11% abaixo do umbigo.<<strong>br</strong> />

Nesta pesquisa, evidenciou-se a diversidade da população em relação aos fatores<<strong>br</strong> />

paridade e faixa etária. Com relação à paridade, ficou evidente a diversidade na pesquisa<<strong>br</strong> />

41


avaliando-se puérperas primíparas e puérperas que passaram pela sexta gestação (multigesta),<<strong>br</strong> />

havendo uma variação extensa de gestações. Em relação à idade, as puérperas avaliadas se<<strong>br</strong> />

encontravam com desde 16 a 38 anos de idade. Considerando o aspecto condicionamento<<strong>br</strong> />

físico, a maioria relatou sedentarismo, porém, algumas puérperas realizavam atividades físicas<<strong>br</strong> />

como caminhada e tarefas domésticas que exigiam algum esforço físico.<<strong>br</strong> />

Segundo Bursh (1987, p. 1077), são considerados fatores predisponentes para<<strong>br</strong> />

diástase dos músculos retos abdominais: gestações múltiplas, multiparidade, macrossomia<<strong>br</strong> />

fetal e flacidez da musculatura abdominal pré-gravítica por levar a uma maior distensão<<strong>br</strong> />

abdominal durante a gravidez.<<strong>br</strong> />

4.1 Grau de incidência de diástase de reto abdominal<<strong>br</strong> />

Após a avaliação realizada com as 72 puérperas, foram obtidos os seguintes<<strong>br</strong> />

índices de diástase de reto abdominal (Gráfico 1):<<strong>br</strong> />

Gráfico 1 – Grau de incidência de diástase de reto abdominal<<strong>br</strong> />

25%<<strong>br</strong> />

14%<<strong>br</strong> />

4% 9%<<strong>br</strong> />

48%<<strong>br</strong> />

0 cm 2,0 cm 3,0 cm<<strong>br</strong> />

4,0 cm 5,5 cm<<strong>br</strong> />

Fonte: Elaborada pela autora, 2006.<<strong>br</strong> />

42


Os números apresentados no Gráfico 1 revelam o alto índice de diástase de reto<<strong>br</strong> />

abdominal na população avaliada. Apenas 9% da população não apresentaram qualquer<<strong>br</strong> />

alteração na estrutura da musculatura abdominal (0 cm).<<strong>br</strong> />

Para Noble (1982, p. 122), uma diástase de dois dedos (aproximadamente 3 cm) é<<strong>br</strong> />

considerada fisiológica, não implicando, portanto, em complicações biomecânicas para o<<strong>br</strong> />

organismo materno. Este é o único critério descrito na literatura so<strong>br</strong>e a mensuração da<<strong>br</strong> />

diástase do músculo reto abdominal.<<strong>br</strong> />

Considerando o critério de Noble (1982, p. 122), o resultado desta pesquisa<<strong>br</strong> />

indicou que 71% das puérperas, equivalente à soma de percentuais referentes às medidas<<strong>br</strong> />

iguais ou inferiores a 3 cm, apresentaram diástase de reto abdominal de caráter fisiológico.<<strong>br</strong> />

Para a autora, essas puérperas, provavelmente, não serão acomeditas por complicações<<strong>br</strong> />

decorrentes do afastamento da musculatura da parede abdominal.<<strong>br</strong> />

Na pesquisa realizada, 29% das avaliações registraram medida de diástase de reto<<strong>br</strong> />

abdominal superior a 3 cm (25% 4,0 cm e 4% 5,5 cm). Segundo Bursch (1987, p. 1079), a<<strong>br</strong> />

ocorrência de diástase de reto abdominal superior a 2 dedos (3 cm) indica a necessidade de<<strong>br</strong> />

um programa modificado de exercícios pós-parto.<<strong>br</strong> />

Para Polden e Mantle (1997, p. 10), o espaçamento que aparece na linha média,<<strong>br</strong> />

que caracteriza o afastamento dos músculos da parede abdominal, gerado pelo aumento do<<strong>br</strong> />

abdômen em função da gestação, pode provocar o surgimento de hérnias abdominais (porções<<strong>br</strong> />

de intestino) de dentro da cavidade para o exterior.<<strong>br</strong> />

A musculatura da parede abdominal exerce importante função garantindo<<strong>br</strong> />

preservação das vísceras quando o abdômen é submetido a esforços. Essa proteção pode<<strong>br</strong> />

diminuir a ocorrência de complicações na região abdominal. Se a integridade dessa<<strong>br</strong> />

musculatura é comprometida, a mesma não poderá desempenhar seu papel protetor do<<strong>br</strong> />

abdômen e auxiliador do músculo esterno na respiração.<<strong>br</strong> />

43


Do total de puérperas avaliadas, 25% apresentaram diástase de reto abdominal<<strong>br</strong> />

equivalente a 4,0 cm. Esta medida é considerada por Noble (1982, p. 123) uma complicação<<strong>br</strong> />

que requer tratamento cirúrgico ou fisioterápico. Mesquita, Machado e Andrade (1999, p.<<strong>br</strong> />

267) descrevem o sucesso de um tratamento fisioterápico para redução de diástase de reto<<strong>br</strong> />

abdominal no puerpério imediato.<<strong>br</strong> />

O grau de diástase de 5,5 cm foi encontrado em 4% das puérperas avaliadas.<<strong>br</strong> />

Separações dessa dimensão devem ser consideradas patológicas e requerem tratamento<<strong>br</strong> />

cirúrgico. Em alguns casos, esse grau de espaçamento pode vir acompanhado de hérnias<<strong>br</strong> />

abdominais.<<strong>br</strong> />

Evidenciou-se, em uma puérpera que apresentava diástase de reto abdominal de<<strong>br</strong> />

5,5 cm, a possível relação da diástase de reto abdominal com o surgimento de hérnia<<strong>br</strong> />

abdominal. A puérpera, de 28 anos, multigesta, possuía hérnias aparentes na região abdominal<<strong>br</strong> />

como mostram as figura 6, figura 7 e figura 8.<<strong>br</strong> />

Constatou-se, durante a pesquisa, que nenhuma atenção especial é dedicada ao<<strong>br</strong> />

tema e, consequentemente, cuidados especiais com puérperas que apresentam diástase de<<strong>br</strong> />

retos abdominais são negligenciados.<<strong>br</strong> />

Os números apontados por esta pesquisa comprovam que esta complicação está<<strong>br</strong> />

presente em muitas puérperas (29%), e que atenção especial deve ser destinada ao problema,<<strong>br</strong> />

evitando, assim, que surjam problemas decorrentes do espaçamento patológico dos músculos<<strong>br</strong> />

retos abdominais.<<strong>br</strong> />

4.2 Correlação de fatores à incidência de diástase<<strong>br</strong> />

4.2.1 Faixa Etária<<strong>br</strong> />

44


Um dos fatores que podem influenciar na incidência de diástase de reto abdominal<<strong>br</strong> />

é a idade da puérpera. A pesquisa a<strong>br</strong>angeu uma população cuja faixa etária se estendeu de 16<<strong>br</strong> />

anos até 38 anos de idade. Para análise de dados, a população foi distribuída em cinco grupos:<<strong>br</strong> />

- 16 a 20 anos de idade;<<strong>br</strong> />

- 21 a 25 anos de idade;<<strong>br</strong> />

- 26 a 30 anos de idade;<<strong>br</strong> />

- 31 a 35 anos de idade;<<strong>br</strong> />

- 36 a 38 anos de idade.<<strong>br</strong> />

Os dados da pesquisa, relacionando o grau de diástase com as faixas etárias que<<strong>br</strong> />

distribuem a população de puérperas avaliadas, são apresentados no quadro 1. Este quadro<<strong>br</strong> />

mostra o número de puérperas que apresentam um determinado grau de diástase de reto<<strong>br</strong> />

abdominal.<<strong>br</strong> />

Quadro 1 – Distribuição de índice de grau de diástase por faixa etária.<<strong>br</strong> />

Faixa etária N o de puérperas<<strong>br</strong> />

Grau de diástase<<strong>br</strong> />

0 cm 2 cm 3 cm 4 cm 5,5 cm<<strong>br</strong> />

16 a 20 anos 14 - 7 3 4 -<<strong>br</strong> />

21 a 25 anos 23 2 7 8 5 1<<strong>br</strong> />

26 a 30 anos 16 4 6 4 - 2<<strong>br</strong> />

31 a 35 anos 10 - 7 2 1 -<<strong>br</strong> />

36 a 38 anos 9 1 7 1 - -<<strong>br</strong> />

Fonte: Elaborado pela autora, 2006.<<strong>br</strong> />

Os dados apresentados no quadro 1 indicam maior incidência de diástase de reto<<strong>br</strong> />

abdominal em puérperas mais jovens. Todas as puérperas da faixa de 16 a 20 anos de idade<<strong>br</strong> />

apresentaram algum grau de espaçamento entre os músculos.<<strong>br</strong> />

45


A população da amostra da pesquisa situada na faixa etária de 16 a 20 anos (19 %<<strong>br</strong> />

da população total) apresentou alto índice de diástase de reto abdominal. Das 14 puérperas<<strong>br</strong> />

avaliadas, 4 apresentaram índice superior a 3 cm. Para Noble (1982, p. 123), apenas medidas<<strong>br</strong> />

superiores a 3 cm devem ser consideradas no estudo de diástase de reto abdominal.<<strong>br</strong> />

A faixa etária de 21 a 25 anos de idade formou a maior população da pesquisa (23<<strong>br</strong> />

puérperas, 32% da população total). Evidenciou-se, também, um alto índice de diástase nessa<<strong>br</strong> />

população. Das 23 puérperas avaliadas, apenas 2 não apresentaram qualquer modificação na<<strong>br</strong> />

distância entre os músculos da parede abdominal e 6 puérperas apresentaram um espaçamento<<strong>br</strong> />

maior do que 3 cm entre os músculos.<<strong>br</strong> />

A população da pesquisa que esteve na faixa etária de 26 a 30 anos foi de 16<<strong>br</strong> />

puérperas (22% da população total). Apresentou, em quantidade, incidência de diástase de<<strong>br</strong> />

reto abdominal inferior à faixa etária anterior, porém, concentrou os casos mais graves de<<strong>br</strong> />

diástase. Das 16 puérperas, 2 apresentaram grau de diástase de 5,5 cm, acompanhado de<<strong>br</strong> />

hérnia abdominal.<<strong>br</strong> />

Polden e Mantle (1997, p. 10) afirmam que o espaçamento que ocorre na linha<<strong>br</strong> />

média, devido ao afastamento da musculatura da parede abdominal, pode favorecer o<<strong>br</strong> />

surgimento de hérnias abdominais. Hérnias são zonas de fragilidade da parede muscular que<<strong>br</strong> />

permitem a saída de vísceras (porções de intestino) de dentro da cavidade para o exterior.<<strong>br</strong> />

Na faixa etária de 31 a 35 anos todas as puérperas (10 puérperas, 14% da<<strong>br</strong> />

população total) apresentaram afastamento da musculatura da parede abdominal, porém, com<<strong>br</strong> />

exceção de 1 caso apenas, esse afastamento estava abaixo dos 3 cm (critério de Noble).<<strong>br</strong> />

A população mais regular avaliada nesta pesquisa foi a que se situou na faixa<<strong>br</strong> />

etária de 36 a 38 anos de idade (12% da população total). Nenhuma puérpera apresentou<<strong>br</strong> />

diástase de reto abdominal superior a 3 cm. Uma puérpera do grupo não apresentou<<strong>br</strong> />

afastamento da musculatura, outras 7 (77% do grupo) apresentaram espaçamento de 2 cm na<<strong>br</strong> />

46


musculatura, caracterizando a uniformidade do grupo. Finalizando, uma paciente, apenas,<<strong>br</strong> />

apresentou diástase de reto abdominal de 3 cm.<<strong>br</strong> />

A partir dos números apresentados no quadro 1 pode-se derivar o conjunto de<<strong>br</strong> />

informações que expressam o resultado em percentuais. O gráfico 2 apresenta o percentual de<<strong>br</strong> />

diástase de reto abdominal superior a 3 cm distribuído por faixa etária.<<strong>br</strong> />

O resultado, considerando o critério de Noble (1982, p. 123), sugere que a<<strong>br</strong> />

diástase de reto abdominal de caráter patológico ocorre predominante em puérperas mais<<strong>br</strong> />

jovens. A faixa etária de 16 a 20 anos foi a que apresentou maior incidência de diástase de<<strong>br</strong> />

reto abdominal: 28% do total de puérperas dessa faixa etária. Em seguida, a faixa etária de 21<<strong>br</strong> />

a 25 anos com 26% de diástase de reto abdominal superior a 3 cm. O problema foi menos<<strong>br</strong> />

presente nas faixas etárias de 31 a 35 anos, com 10% de incidência de diástase superior a 3<<strong>br</strong> />

cm, e de 36 a 38 anos, onde não se registrou casos de diástase de reto abdominal.<<strong>br</strong> />

Os casos mais graves de diástase de reto abdominal ocorreram na população da<<strong>br</strong> />

faixa etária de 26 a 30 anos de idade. Apesar do índice geral de diástase de reto abdominal<<strong>br</strong> />

superior a 3 cm nessa população ter sido de 12%, foram registrados dois casos de afastamento<<strong>br</strong> />

de 5,5 cm, acompanhado de hérnia abdominal.<<strong>br</strong> />

Um dos casos de diástase de reto abdominal de 5,5 cm foi o de uma paciente de<<strong>br</strong> />

28 anos de idade, multigesta (6 filhos) e sedentária. Nesse caso, torna-se importante relacionar<<strong>br</strong> />

outros fatores, diminuindo, possivelmente, a influência do fator idade no aparecimento da<<strong>br</strong> />

complicação.<<strong>br</strong> />

O gráfico 2, com os percentuais de incidência de diástase superior a 3 cm,<<strong>br</strong> />

distribuídos por faixa etária é apresentada a seguir:<<strong>br</strong> />

47


Gráfico 2 – Gráfico de percentual de diástase de reto abdominal superior a 3 cm distribuído<<strong>br</strong> />

por faixa etária<<strong>br</strong> />

30%<<strong>br</strong> />

25%<<strong>br</strong> />

20%<<strong>br</strong> />

15%<<strong>br</strong> />

10%<<strong>br</strong> />

5%<<strong>br</strong> />

0%<<strong>br</strong> />

28%<<strong>br</strong> />

26%<<strong>br</strong> />

12%<<strong>br</strong> />

10%<<strong>br</strong> />

0%<<strong>br</strong> />

16-20 21-25 26-30 31-35 36-38<<strong>br</strong> />

Faixa etária<<strong>br</strong> />

Diástase patológica<<strong>br</strong> />

Fonte: Elaborada pela autora, 2006.<<strong>br</strong> />

A partir da análise dos dados torna-se relevante a aplicação de programas de<<strong>br</strong> />

fisioterapia para redução de diástase de reto abdominal no pós-parto, como o apresentado por<<strong>br</strong> />

Mesquita, Machado e Andrade (1999, p. 267).<<strong>br</strong> />

Pelos números levantados por essa pesquisa, atenção maior deve ser dedicada à<<strong>br</strong> />

população mais jovem, pois essa foi a que apresentou maior índice de diástase de reto<<strong>br</strong> />

abdominal.<<strong>br</strong> />

4.2.2 Paridade<<strong>br</strong> />

Esta pesquisa procurou investigar, também, a influência do fator paridade na<<strong>br</strong> />

ocorrência da diástase de reto abdominal. Nesse aspecto, a população foi dividida em três<<strong>br</strong> />

grupos:<<strong>br</strong> />

48


-primigesta (quando a mulher teve uma única gestação);<<strong>br</strong> />

-secundigesta (quando a mulher já teve duas gestações);<<strong>br</strong> />

-multigesta (quando a mulher já teve três ou mais gestações).<<strong>br</strong> />

Na pesquisa realizada, 31 puérperas (43% da população) eram primigestas, sendo<<strong>br</strong> />

que 6 apresentaram diástase de reto abdominal superior a 3 cm. Vinte e duas puérperas (30%<<strong>br</strong> />

da população) eram secundigestas e, dessas, 3 apresentaram afastamento dos músculos retos<<strong>br</strong> />

abdominais maiores que 3 cm. Do total da população da pesquisa, 27 % (19 puérperas) eram<<strong>br</strong> />

multigestas. Do grupo de multigestas, 4 apresentaram diástase de reto abdominal maior que 3<<strong>br</strong> />

cm.<<strong>br</strong> />

As mulheres que já passaram por 2 gestações (secudigestas) formaram o grupo<<strong>br</strong> />

que apresentou a menor incidência de diástase de reto abdominal (13%). Já as multigestas<<strong>br</strong> />

tiveram o maior índice de diástase de reto abdominal (21%) e, em seguida, as primigestas que<<strong>br</strong> />

apresentaram 19% de incidência de diástase.<<strong>br</strong> />

O quadro 2 apresenta os dados referentes à incidência de diástase de reto<<strong>br</strong> />

abdominal por grupo de paridade (primigesta, secundigesta e multigesta).<<strong>br</strong> />

Quadro 2 – Grau de diástase de reto abdominal classificado por paridade<<strong>br</strong> />

Paridade<<strong>br</strong> />

N o de<<strong>br</strong> />

puérperas<<strong>br</strong> />

Diástase<<strong>br</strong> />

0 cm 2,0 cm 3,0 cm 4,0 cm 5,5 cm<<strong>br</strong> />

Primigesta 31 2 13 10 5 1<<strong>br</strong> />

Secundigesta 22 4 10 5 2 1<<strong>br</strong> />

Multigesta 19 1 11 3 3 1<<strong>br</strong> />

Fonte: Elaborado pela autora, 2006.<<strong>br</strong> />

O gráfico 3 apresenta o percentual de ocorrência de diástase de reto abdominal<<strong>br</strong> />

distribuído por grupos de paridade (primigesta, secundigesta e multigesta).<<strong>br</strong> />

49


Gráfico 3 - Percentual de diástase de reto abdominal superior a 3 cm distribuído por grupo de<<strong>br</strong> />

25%<<strong>br</strong> />

20%<<strong>br</strong> />

15%<<strong>br</strong> />

10%<<strong>br</strong> />

5%<<strong>br</strong> />

0%<<strong>br</strong> />

19%<<strong>br</strong> />

paridade.<<strong>br</strong> />

13%<<strong>br</strong> />

21%<<strong>br</strong> />

Primigesta Secungesta Multigesta<<strong>br</strong> />

Paridade<<strong>br</strong> />

Diástase patológica<<strong>br</strong> />

Fonte: Elaborada pela autora, 2006.<<strong>br</strong> />

Os números obtidos na pesquisa sugerem a inexistência de relação entre o fator<<strong>br</strong> />

paridade e a incidência de diástase de reto abdominal. Os casos mais graves de afastamento da<<strong>br</strong> />

musculatura da parede abdominal (5,5 cm) não se concentraram em um grupo específico,<<strong>br</strong> />

aparecendo um caso em cada um.<<strong>br</strong> />

4.3 Análise estatística do resultado da pesquisa<<strong>br</strong> />

Inicialmente, foram tabelados os valores referentes à idade, número de gestações e<<strong>br</strong> />

extensão da diástase considerando cada uma das 72 integrantes da amostra (quadros 1 e 2). A<<strong>br</strong> />

seguir foram consideradas as variáveis idade e extensão buscando-se saber se existiria<<strong>br</strong> />

correlação entre as mesmas na amostra e na população. Neste sentido foi feito o teste não<<strong>br</strong> />

50


paramétrico de Spearman, com significância de 5%, que revelou a existência de uma<<strong>br</strong> />

correlação negativa, entre inexistente e fraca, entre as duas variáveis.<<strong>br</strong> />

Tendo em conta a aproximação normal das duas variáveis, foi utilizado o teste<<strong>br</strong> />

paramétrico de Pearson que apenas confirmou a existência da correlação e nos levou a uma<<strong>br</strong> />

definição de modelo linear que permite determinar a magnitude da extensão, uma vez<<strong>br</strong> />

conhecida a idade da puérpera. Tal modelo foi obtido com recurso à regressão linear entre as<<strong>br</strong> />

duas variáveis, que permitiu fosse obtida a seguinte equação:<<strong>br</strong> />

extensão da diástase = 2,62 – 0,03 (idade da puérpera)<<strong>br</strong> />

A seguir, buscou-se saber se existiria correlação entre o número de gestações e<<strong>br</strong> />

extensão da diástase e novamente recorreu-se aos processos de Spearman e Pearson, tendo<<strong>br</strong> />

ambos revelado a inexistência de correlação, o que impede a utilização da regressão linear que<<strong>br</strong> />

exige a existência de correlação para que seja possível a determinação de uma reta de<<strong>br</strong> />

regressão. Em resumo, foram obtidos os resultados indicados a seguir, que atendem aos<<strong>br</strong> />

objetivos da presente investigação:<<strong>br</strong> />

− Existe uma correlação negativa, embora modesta (-0.28 para Spearman e –0.24 para<<strong>br</strong> />

Pearson), indicando que puérperas com mais idade tendem a apresentar menor magnitude<<strong>br</strong> />

da extensão da diástase;<<strong>br</strong> />

− Não foi possível definir uma correlação entre o número de gestações bem sucedidas e a<<strong>br</strong> />

extensão da diástase. Ambos os coeficientes de correlação, Spearman e Pearson<<strong>br</strong> />

revelaram-se na proximidade de zero, o que traduz a inexistência de correlação;<<strong>br</strong> />

− Foi definido um modelo linear que permite calcular a extensão da diástase uma vez<<strong>br</strong> />

conhecida à idade da puérpera;<<strong>br</strong> />

51


− Não foi possível determinação de modelo linear que associasse a extensão da diástase com<<strong>br</strong> />

o número de gestações bem sucedidas (sem morte fetal), tendo em conta a inexistência da<<strong>br</strong> />

correlação entre as duas variáveis.<<strong>br</strong> />

52


5 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES<<strong>br</strong> />

5.1 Considerações<<strong>br</strong> />

A musculatura abdominal tem valor significativo para proteção das vísceras<<strong>br</strong> />

abdominais contra golpes externos, e seu fortalecimento é a melhor garantia contra hérnia<<strong>br</strong> />

abdominal. Casos graves de diástase de reto abdominal podem progredir para herniação das<<strong>br</strong> />

vísceras abdominais através da separação da parede abdominal que serve como contenção.<<strong>br</strong> />

A condição de diástase dos retos na gestante pode produzir queixas músculo-<<strong>br</strong> />

esqueléticas como, por exemplo, dor lombar, possivelmente como resultado da diminuição na<<strong>br</strong> />

capacidade da musculatura abdominal controlar a pelve e a coluna lombar, dificuldade<<strong>br</strong> />

respiratória e alteração na postura.<<strong>br</strong> />

No sentido de avaliar a incidência de alteração do reto abdominal encontradas em<<strong>br</strong> />

mulheres no puerpério, favorecendo ao trabalho dos profissionais da saúde que atuam junto a<<strong>br</strong> />

essas pacientes e colaborando por uma melhor condição de vida, é que esta pesquisa<<strong>br</strong> />

encontrou sua justificativa.<<strong>br</strong> />

Esta pesquisa, cuja amostra representa um número significativo (72 puérperas) em<<strong>br</strong> />

relação à quantidade populacional de puérperas, a<strong>br</strong>angendo uma faixa etária de 16 a 38 anos<<strong>br</strong> />

de idade, caracterizou-se por uma pesquisa com dados epidemiológicos.<<strong>br</strong> />

53


Com o questionário aplicado (Apêndice A), foi possível observar o índice<<strong>br</strong> />

evidente de diástase de reto abdominal em puérperas na Maternidade do Hospital Nossa<<strong>br</strong> />

Senhora da Conceição da cidade de Tubarão (SC). Vinte e nove por cento das puérperas<<strong>br</strong> />

avaliadas apresentaram afastamento da musculatura de reto abdominal superior a 3,0 cm.<<strong>br</strong> />

Pensava-se que a multiparidade poderia ser causa de maior extensão de diástase,<<strong>br</strong> />

porém, isto não se concretizou, uma vez que as puérperas que apresentaram maior assertiva<<strong>br</strong> />

eram primíparas ou até secundíparas. Este fato nos remete à questão de que não a diástase de<<strong>br</strong> />

reto abdominal, mas, sim a individualidade tecidual é que determina a disfunção, inclusive a<<strong>br</strong> />

situação de herniação.<<strong>br</strong> />

Durante a pesquisa, realizada no Hospital Nossa Senhora da Conceição em<<strong>br</strong> />

Tubarão – SC, ficou esclarecido que a idade cronológica influência, diretamente, na<<strong>br</strong> />

ocorrência de diástase de reto abdominal. Pelos números levantados por essa pesquisa,<<strong>br</strong> />

atenção maior deve ser dedicada à população mais jovem, pois essa foi a que apresentou<<strong>br</strong> />

maior índice de diástase de reto abdominal.<<strong>br</strong> />

Foi possível, a partir de uma análise estatística dos dados coletados na pesquisa,<<strong>br</strong> />

estabelecer um modelo linear que permite calcular a extensão da diástase de reto abdominal<<strong>br</strong> />

em função da idade. Porém, não foi possível definir o mesmo modelo para relacionar a<<strong>br</strong> />

extensão do afastamento com o número de gestações bem sucedidas, devido à inexistência de<<strong>br</strong> />

correlação entre ocorrência de diástase com paridade.<<strong>br</strong> />

Os resultados deste trabalho indicaram que a incidência de diástase do reto<<strong>br</strong> />

abdominal nos primeiros dias de pós-parto tem sido subestimada pelos profissionais da saúde.<<strong>br</strong> />

Atenção inadequada é dedicada a essa situação, provavelmente porque a puérpera não sente<<strong>br</strong> />

dor diretamente em decorrência da separação dos músculos. Contudo, dor indireta, como dor<<strong>br</strong> />

crônica nas costas, pode ser causa de fraqueza na musculatura. Se a diástase do reto<<strong>br</strong> />

54


abdominal não for corrigida, o desbalanceamento do músculo persiste, e a parede abdominal<<strong>br</strong> />

pode permanecer enfraquecida.<<strong>br</strong> />

5.2 Recomendações<<strong>br</strong> />

Pesquisas mais a<strong>br</strong>angentes são necessárias para apontar as seqüelas em longo<<strong>br</strong> />

prazo provocadas pela diástase de reto abdominal, a fim de conscientizar os profissionais da<<strong>br</strong> />

saúde para que considerem com a devida importância esta anormalidade.<<strong>br</strong> />

A relação do grau de incidência de diástase de reto abdominal com a<<strong>br</strong> />

hereditariedade é um tema que pode ser explorado em trabalhos futuros. Em outras doenças,<<strong>br</strong> />

como distrofias musculares, por exemplo, o fator hereditariedade tem forte influência.<<strong>br</strong> />

A razão pela qual a diástase de reto abdominal é mais presente em jovens<<strong>br</strong> />

puérperas pode, também, ser alvo de pesquisas futuras. Evidenciou-se, nesse trabalho,<<strong>br</strong> />

incidência maior de diástase de reto abdominal em mulheres jovens. Presume-se que, em<<strong>br</strong> />

princípio, esse fato se deve a fraqueza maior da musculatura da parede abdominal em jovens,<<strong>br</strong> />

porém, cabe uma investigação mais detalhada so<strong>br</strong>e o tema.<<strong>br</strong> />

Outro aspecto importante que pode ser explorado em pesquisas futuras é a relação<<strong>br</strong> />

do nível de condicionamento físico antes da gravidez e a incidência de diástase de reto<<strong>br</strong> />

abdominal. O propósito de tais pesquisas é o de conscientizar a terapêutica preventiva da<<strong>br</strong> />

musculatura da parede abdominal objetivando a diminuição da incidência de diástase.<<strong>br</strong> />

Estudos relevantes que comprovem a eficácia do tratamento fisioterápico em<<strong>br</strong> />

casos de diástase de reto abdominal podem diminuir o número de cirurgias de reparo da<<strong>br</strong> />

musculatura abdominal. A cirurgia é um procedimento traumático e gerador de possíveis<<strong>br</strong> />

infecções, e deve ser realizada somente quando não há outra alternativa para a solução do<<strong>br</strong> />

problema.<<strong>br</strong> />

55


Finalmente, enfatiza-se a relevância da orientação e cuidados com as gestantes<<strong>br</strong> />

realizando práticas preventivas da musculatura do reto abdominal para que se possa prevenir<<strong>br</strong> />

esta patologia bem como a predisposição para o desenvolvimento de hérnia umbilical.<<strong>br</strong> />

56


REFERÊNCIAS<<strong>br</strong> />

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em ciências sociais: os pólos da prática metodológica. 2. ed. Rio de Janeiro: F. Alves, 1982.<<strong>br</strong> />

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Article, 1987 Jul: p. 1077-1979.<<strong>br</strong> />

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FRETTAS, Fernando et al. Rotinas em ginecologia. 3. ed. Porto Alegre: Artes médicas, 1997.<<strong>br</strong> />

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7 p. 465-477; Seção 9 p. 830-849.<<strong>br</strong> />

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GRABNER, L. Incidência de Problemas no Pós-Parto Imediato. 136 f. Curso de<<strong>br</strong> />

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GRADY B. CORE, et al. Endoscopic abdominoplasty with repair of diastasis rectiand<<strong>br</strong> />

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57


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cap.70/71.p. 733-745.<<strong>br</strong> />

GUYTON, Arthur C. <strong>Fisio</strong>logia humana e mecanismos das doenças. 5. ed. Rio de Janeiro:<<strong>br</strong> />

Guanabara Koogan, 1992.<<strong>br</strong> />

KAHHALE, Soubhi; ZUGAIB, Marcelo. Síndromes hipertensivas na gravidez. São Paulo:<<strong>br</strong> />

Atheneu, 1994. 342 p.<<strong>br</strong> />

KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas.<<strong>br</strong> />

3. ed. São Paulo: Manole, 1998.<<strong>br</strong> />

KOCHE, José C. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática da<<strong>br</strong> />

pesquisa. 17. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1997.<<strong>br</strong> />

MACHADO, A. Puerpério. In: SOUZA et al <strong>Fisio</strong>terapia aplicada à Obstetrícia & aspecto<<strong>br</strong> />

de Neonatologia: uma visão multidisciplinar. 3 ed. Belo Horizonte: Health, 2000. cap. 19.<<strong>br</strong> />

p. 225-240.<<strong>br</strong> />

MANUILA, Nicorelen L.A. Dicionário médico Andrei. 7. ed. São Paulo: Andrei, 1997.<<strong>br</strong> />

MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing: edição compacta. 2. ed. São Paulo: Atlas,<<strong>br</strong> />

2000.<<strong>br</strong> />

MESQUITA, L. MACHADO, A.ANDRADE, A. <strong>Fisio</strong>terapia para redução da Diástase<<strong>br</strong> />

dos Músculos Retos Abdominais no Pós-Parto. RBGO. São Paulo, v. 21, n. 5.<<strong>br</strong> />

jun.1999.p.267-271.<<strong>br</strong> />

BRASIL. Puerpério, Parto e Aborto: Assistência humanizada à mulher. Brasília, DF:<<strong>br</strong> />

Ministério da Saúde, 2001.p. 35-175.<<strong>br</strong> />

MOORE, David S.. A estatística básica e sua prática. Rio de Janeiro: LTC, 1995.<<strong>br</strong> />

NOBLE E: Essential Exercises for the Childbear-ing Year, 2. ed. Boston, MA, Houghton<<strong>br</strong> />

Mifflin Co, 1982, pp 8, 58-63.<<strong>br</strong> />

POLDEN, M; MANTLE J. <strong>Fisio</strong>terapia em ginecologia e obstetrícia. 2. ed. São Paulo:<<strong>br</strong> />

Santos, 1997.<<strong>br</strong> />

REZENDE, Jorge de. Obstetrícia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.<<strong>br</strong> />

ROBERT H. GLASS & LEON SPEROFF & NATHAN G. KASE. Endocrinologia<<strong>br</strong> />

ginecológica clinica e infertilidade. 5. ed. São Paulo: Manole, 1995.<<strong>br</strong> />

RUDIO, Franz V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 17. ed. Rio de Janeiro:<<strong>br</strong> />

Vozes, 1992.<<strong>br</strong> />

SANTO, L. BERNI E. Assistência de Enfermagem Obstetrícia. In: Freitas, f. et al. Rotinas<<strong>br</strong> />

em Obstetrícia. 3 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. cap.27. 237-252.<<strong>br</strong> />

58


SHULL, BL, Verheyden CN. Combined plastic and gynecological surgical procedures. Ann<<strong>br</strong> />

Plast Surg. 1988:20(6): 552-557.<<strong>br</strong> />

SMITH, Laura K.; WEISS, Elizabeth Lawrence; LEHMKUHL, L. Don. Cinesiologia clínica<<strong>br</strong> />

de SMITH. 5. ed. São Paulo: Manole, 1997.<<strong>br</strong> />

SOUZA ET AL, Elza Lúcia Baracho Lotti de. <strong>Fisio</strong>terapia aplicada à obstetrícia &<<strong>br</strong> />

aspectos de neonatologia: uma visão multidisciplinar. 2. ed. cor. e ampl. Belo Horizonte:<<strong>br</strong> />

Health, 1999.<<strong>br</strong> />

STEPHENSON, Rebecca G. e O’CONNOR, Linda J. <strong>Fisio</strong>terapia aplicada à Ginecologia e<<strong>br</strong> />

Obstetrícia. 2. ed. São Paulo: Manole, 2000.<<strong>br</strong> />

THORNTON, A. et al. <strong>Fisio</strong>terapia Tidy.12 ed. São Paulo: Santos, 1994.p. 130.<<strong>br</strong> />

TRIOLA, Mario F. Introdução à estatística. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.<<strong>br</strong> />

59


GLOSSÁRIO<<strong>br</strong> />

Diástase – conforme Kisner e Colby (1998, p. 588), diástase pode ser definida como a<<strong>br</strong> />

separação dos músculos retos abdominais na linha alba, a partir da cicatriz umbilical, tanto<<strong>br</strong> />

supra quanto infra-umbilical e que, sendo separação maior que dois (2) cm é considerada<<strong>br</strong> />

significativa. O grau de diástase é medido pelo terapeuta colocando os dedos de uma mão<<strong>br</strong> />

verticalmente, a partir da cicatriz umbilical tendo como referencia a linha Alba; se houver<<strong>br</strong> />

uma separação, os dedos irão afundar dentro da fenda. A diástase é medida pelo número de<<strong>br</strong> />

dedos que podem ser colocados entre os ventres musculares dos dois retos. O paciente deve<<strong>br</strong> />

estar em supino, mem<strong>br</strong>o inferior fletidos e flexão do tronco em 30°. Mediante tal postura é<<strong>br</strong> />

que o fisioterapeuta terá condições de avaliar se ocorre ou não a diástase de reto abdominal.<<strong>br</strong> />

Gestação – conforme Kisner e Colby (1998, p. 716), gestação ou gravidez é o período de<<strong>br</strong> />

desenvolvimento desde a fertilização até o nascimento (parto) incluindo as alterações<<strong>br</strong> />

músculo-esqueléticas. O ganho de peso durante a gestação revela em média de 7 a 10 quilos.<<strong>br</strong> />

A velocidade de ganho de peso durante o último trimestre é altamente variável entre as<<strong>br</strong> />

pacientes (ARTAL, 1999, p. 133).<<strong>br</strong> />

60


Multigesta - conforme Manuila (1997, p.493), dize-se de uma mulher que teve vários filhos.<<strong>br</strong> />

Primigesta - conforne Manuila (1997, p.600), mulher que está grávida pela primeira vez.<<strong>br</strong> />

Puerpério – conforme Manuila (1997, p. 700), é o período que se inicia imediatamente após<<strong>br</strong> />

o parto, e no qual ocorrem alterações anatômicas e fisiológicas responsáveis pela volta do<<strong>br</strong> />

organismo materno às condições pré-gestacionais.<<strong>br</strong> />

Reto Abdominal – conforme Smith (1997, p. 441), é o músculo superficial do abdômen e<<strong>br</strong> />

consiste em duas partes, uma de cada lado da linha alba. Em rupturas graves o segmento<<strong>br</strong> />

anterior da parede abdominal é composto somente por pele, fáscia, gordura subcutânea e<<strong>br</strong> />

peritônio.<<strong>br</strong> />

Secundigesta - segundo Manuila (1997, p. 671), mulher que dá a luz pela segunda vez.<<strong>br</strong> />

61


APÊNDICE<<strong>br</strong> />

62


Nome:<<strong>br</strong> />

Idade:<<strong>br</strong> />

Escolaridade:<<strong>br</strong> />

Profissão:<<strong>br</strong> />

Estado Civil:<<strong>br</strong> />

Procedência:<<strong>br</strong> />

ANAMNESE<<strong>br</strong> />

Paridade:<<strong>br</strong> />

Apêndice A<<strong>br</strong> />

INSTRUMENTO DE PESQUISA<<strong>br</strong> />

Avaliação para Diástase de reto abdominal<<strong>br</strong> />

( ) primigesta ( ) secundigesta ( ) multigesta<<strong>br</strong> />

( ) aborto ( ) morte fetal<<strong>br</strong> />

Semanas ( ) Semanas( )<<strong>br</strong> />

Tipo de parto:<<strong>br</strong> />

( ) Cesária ( ) parto normal<<strong>br</strong> />

Patologias associadas:<<strong>br</strong> />

( ) 1ª gestação ( ) 2ª gestação<<strong>br</strong> />

( ) 3ª gestação ( ) 4ª gestação<<strong>br</strong> />

Hábitos de vida<<strong>br</strong> />

( ) sedentarismo<<strong>br</strong> />

( ) etilismo<<strong>br</strong> />

( ) tabagismo<<strong>br</strong> />

QUESTIONÁRIO COMPLEMENTAR<<strong>br</strong> />

Sistema gastrointestinal<<strong>br</strong> />

( ) incontinência fecal ( ) prisão de ventre ( ) hemorróidas<<strong>br</strong> />

( ) uso de laxantes<<strong>br</strong> />

63


Sistema respiratório<<strong>br</strong> />

Tipo de tórax _______________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Padrão respiratório __________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Patologias respiratórias________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Sistema genito-urinário<<strong>br</strong> />

( ) incontinência ( ) urgência ( ) infecções ( ) disúria ( ) leucorreia<<strong>br</strong> />

( ) hemorragia<<strong>br</strong> />

EXAME FÍSICO<<strong>br</strong> />

Peso : Anterior à gestação ( )<<strong>br</strong> />

No final da gestação ( )<<strong>br</strong> />

Atual ( )<<strong>br</strong> />

Teste para retos abdominais:<<strong>br</strong> />

Abdome:<<strong>br</strong> />

( ) distendido ( ) normal ( ) protuso<<strong>br</strong> />

( ) infra-umbilical ( ) supra-umbilical<<strong>br</strong> />

Diastáse:<<strong>br</strong> />

( ) sim ( ) não ( ) 2,0 cm ( ) 3,0 cm ( ) 4,0 cm 5,5 cm ( )<<strong>br</strong> />

Força dos retos abdominais:<<strong>br</strong> />

( ) grau 0<<strong>br</strong> />

( ) grau 1<<strong>br</strong> />

( ) grau 2<<strong>br</strong> />

Analise postural da marcha:<<strong>br</strong> />

( ) cifose ( ) antálgica<<strong>br</strong> />

( ) escoliose ( ) anseriana<<strong>br</strong> />

( ) hiperlordose cervical<<strong>br</strong> />

( ) hiperlordose lombar<<strong>br</strong> />

Diastáse da sínfise púbica:<<strong>br</strong> />

64


( ) sim ( ) não<<strong>br</strong> />

Sintomas:<<strong>br</strong> />

Dor púbica: ( ) sim ( ) não<<strong>br</strong> />

Dor lombar ( ) sim ( ) não<<strong>br</strong> />

65


ANEXOS<<strong>br</strong> />

66


ANEXO A<<strong>br</strong> />

Avaliação Pós–Parto<<strong>br</strong> />

Universidade do Sul de Santa Catarina<<strong>br</strong> />

Nome: ___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Idade:____________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Escolaridade:_______________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Profissão:_________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Estado civil:_______________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Procedência:_______________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

ANAMNESE<<strong>br</strong> />

Sentimentos em relação ao bebê ao nascimento<<strong>br</strong> />

________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Sentimentos em relação à condição maternal<<strong>br</strong> />

________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Relacionamento familiar<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Expectativas e planos quanto à amamentação<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Hábitos de vida<<strong>br</strong> />

( ) sedentarismo<<strong>br</strong> />

( ) etilismo<<strong>br</strong> />

( ) tabagismo<<strong>br</strong> />

Hábitos alimentares<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

67


QUEIXA PRINCIPAL<<strong>br</strong> />

História de gestações passadas<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

História da gestação atual<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

História do parto<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

QUESTIONÁRIO COMPLEMENTAR<<strong>br</strong> />

Sistema gastrointestinal<<strong>br</strong> />

( ) incontinência fecal ( ) prisão de ventre ( ) hemorróidas<<strong>br</strong> />

( ) uso de laxantes ( ) melena<<strong>br</strong> />

Freqüência e aspecto das fezes<<strong>br</strong> />

________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Sistema respiratório<<strong>br</strong> />

Tipo de tórax _____________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Padrão respiratório _________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Patologias respiratórias_______________________________________________________________<<strong>br</strong> />

________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Sistema cardiovascular<<strong>br</strong> />

( ) hipertensão arterial ( ) palpitação ( ) arritmia ( ) edema em MMII<<strong>br</strong> />

Sistema neurológico<<strong>br</strong> />

Convulsões Sim ( ) Não ( )<<strong>br</strong> />

Neuropatias periféricas Sim ( ) Não ( )<<strong>br</strong> />

Ataxia Sim ( ) Não ( )<<strong>br</strong> />

68


Atonia Sim ( ) Não ( )<<strong>br</strong> />

Sistema genito-urinário<<strong>br</strong> />

( ) incontinência ( ) urgência ( ) infecções ( ) disúria ( ) leucorréia<<strong>br</strong> />

( ) hemorragia<<strong>br</strong> />

Sistema digestivo<<strong>br</strong> />

( ) estomatite ( ) obstipação<<strong>br</strong> />

( ) hiperoxia ( ) hiporexia ( ) disfagia ( ) azia ( ) regurgitação ( ) disperpsia<<strong>br</strong> />

EXAME FÍSICO<<strong>br</strong> />

Peso : Anterior à gestação ( )<<strong>br</strong> />

Abdome:<<strong>br</strong> />

No final da gestação ( )<<strong>br</strong> />

Atual ( )<<strong>br</strong> />

Aspecto__________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Diástase__________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Força dos retos abdominais____________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Períneo<<strong>br</strong> />

Força da musculatura perineal___________________________________________________________<<strong>br</strong> />

________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Mamas<<strong>br</strong> />

Inspeção<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Tipo de mamilo _______________________ Cor _________________________________________<<strong>br</strong> />

Sensibilidade________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

69


Características da Amamentação_________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Características musculares (mobilidade, força, dor...)<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Análise postural e da marcha<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

70


ANEXO B<<strong>br</strong> />

Termo de Consentimento<<strong>br</strong> />

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA<<strong>br</strong> />

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE<<strong>br</strong> />

CURSO DE FISIOTERAPIA<<strong>br</strong> />

Eu, _______________________________________________________________________,<<strong>br</strong> />

cédula de identidade n° _______________________________________________________,<<strong>br</strong> />

declaro que concordo declaro que plenamente com os termos da avaliação fornecida pelo<<strong>br</strong> />

professor ___________________________________________________________________.<<strong>br</strong> />

Informo, outros sim, que estou ciente dos procedimentos, eventuais incômodos e benefícios<<strong>br</strong> />

decorrentes do tratamento. E, que posso abandonar, por livre e espontânea vontade, o referido<<strong>br</strong> />

tratamento a qualquer tempo, mas que, nesta condição, me tomo responsável por prejuízos e/ou<<strong>br</strong> />

riscos a que estou me expondo.<<strong>br</strong> />

Tubarão (SC), / /<<strong>br</strong> />

Assinatura_______________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_______________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_______________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_______________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_______________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_______________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

_______________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Nome por extenso do paciente voluntário<<strong>br</strong> />

Assinatura_______________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Nome por extenso do professor / pesquisador<<strong>br</strong> />

Assinatura_______________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Nome por extenso do acadêmico / auxiliar de pesquisa<<strong>br</strong> />

71


ANEXO C<<strong>br</strong> />

Formulário do Comitê de Ética<<strong>br</strong> />

MINISTÉRIO DA SAÚDE - Conselho Nacional de Saúde - Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP<<strong>br</strong> />

FOLHA DE ROSTO PARA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS<<strong>br</strong> />

( versão outu<strong>br</strong>o/99 ) Para preencher o documento, use as indicações da página 2.<<strong>br</strong> />

1. Projeto de Pesquisa:<<strong>br</strong> />

2. Área do Conhecimento (Ver relação no verso) 3. Código: 4. Nível: ( Só áreas do conhecimento 4)<<strong>br</strong> />

5. Área(s) Temática(s) Especial (s) (Ver fluxograma<<strong>br</strong> />

no verso)<<strong>br</strong> />

8. Unitermos: ( 3 opções )<<strong>br</strong> />

SUJEITOS DA PESQUISA<<strong>br</strong> />

9. Número de<<strong>br</strong> />

sujeitos<<strong>br</strong> />

No Centro:<<strong>br</strong> />

Total:<<strong>br</strong> />

11. Nome: Inês A. Vinadé<<strong>br</strong> />

6. Código(s): 7. Fase: (Só área temática 3) I ( )<<strong>br</strong> />

II ( )<<strong>br</strong> />

III ( ) IV ( )<<strong>br</strong> />

10. Grupos Especiais:


35. Projeto Multicêntrico: Sim ( ) Não ( ) Nacional ( ) Internacional ( ) ( Anexar a lista de todos os Centros<<strong>br</strong> />

Participantes no Brasil )<<strong>br</strong> />

Termo de Compromisso (do responsável pela instituição ) :Declaro que conheço e cumprirei os requisitos da Res. CNS<<strong>br</strong> />

196/96 e suas Complementares e como esta instituição tem condições para o desenvolvimento deste projeto, autorizo sua<<strong>br</strong> />

execução.<<strong>br</strong> />

Nome: e Cargo:<<strong>br</strong> />

Data: ___________________________________<<strong>br</strong> />

PATROCINADOR Não se aplica ( )<<strong>br</strong> />

36. Nome: 39. Endereço<<strong>br</strong> />

Assinatura<<strong>br</strong> />

37. Responsável: 40. CEP: 41. Cidade: 42. UF<<strong>br</strong> />

38. Cargo/Função: 43. Fone: 44. Fax:<<strong>br</strong> />

45. Data de Entrada:<<strong>br</strong> />

_____/_____/_____<<strong>br</strong> />

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP<<strong>br</strong> />

46. Registro no CEP: 47. Conclusão: Aprovado<<strong>br</strong> />

( )<<strong>br</strong> />

Data: ____/_____/_____<<strong>br</strong> />

49. Relatório(s) do Pesquisador responsável previsto(s) para:<<strong>br</strong> />

_____/_____/_____<<strong>br</strong> />

Encaminho a CONEP:<<strong>br</strong> />

50. Os dados acima para registro ( ) 51. O projeto<<strong>br</strong> />

para apreciação ( )<<strong>br</strong> />

52. Data: _____/_____/_____<<strong>br</strong> />

54. Nº<<strong>br</strong> />

Expediente :<<strong>br</strong> />

55. Processo :<<strong>br</strong> />

58. Observações:<<strong>br</strong> />

53. Coordenador/Nome<<strong>br</strong> />

_____________________________<<strong>br</strong> />

___<<strong>br</strong> />

Assinatura<<strong>br</strong> />

48. Não Aprovado ( )<<strong>br</strong> />

Data: _____/_____/_____<<strong>br</strong> />

Data: _____/_____/____ Data:<<strong>br</strong> />

COMISSÃO NACIONAL DE ÉTICA EM PESQUISA - CONEP<<strong>br</strong> />

56.Data Recebimento : 57. Registro na CONEP:<<strong>br</strong> />

73<<strong>br</strong> />

Anexar o parecer<<strong>br</strong> />

consubstanciado


UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA<<strong>br</strong> />

COMISSÃO DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP UNISUL<<strong>br</strong> />

FOLHA DE ROSTO PARA SUBMISSÃO DOS PROJETOS<<strong>br</strong> />

Este formulário deve ser datilografado ou preenchido no computador. Antes de preencher este<<strong>br</strong> />

formulário e os demais formulários utilizados pelo CEP-UNISUL e encaminhar o projeto para<<strong>br</strong> />

análise, é recomendada a leitura das Resoluções do Conselho Nacional de Saúde N o 196 de 10/10/96<<strong>br</strong> />

e N o 251 de 7/8/97.<<strong>br</strong> />

Projeto:<<strong>br</strong> />

( )- Monografia/Graduação<<strong>br</strong> />

( ) - Monografia/Especialização ( ) - Iniciação Científica<<strong>br</strong> />

( ) - Mestrado ( ) - Projeto de Pesquisa ( ) - Doutorado<<strong>br</strong> />

Para preenchimento da Comissão de Ética em Pesquisa- CEP-UNISUL<<strong>br</strong> />

Data de entrada: Registro no CEP (código):<<strong>br</strong> />

Relator:<<strong>br</strong> />

Andamento ou Parecer - escrever data abaixo<<strong>br</strong> />

( ) Aprovado ( ) Aprovado c/ Pendência ( ) Retirado ( ) Aprovado e<<strong>br</strong> />

Encaminhado à CONEP<<strong>br</strong> />

Título<<strong>br</strong> />

(sucinto e objetivo)<<strong>br</strong> />

Pesquisador Responsável e<<strong>br</strong> />

pesquisador externo (nome, endereço,<<strong>br</strong> />

e-mail e telefone). Outros<<strong>br</strong> />

pesquisadores somente nome, telefone<<strong>br</strong> />

e e-mail.<<strong>br</strong> />

Objetivo(s) do Estudo<<strong>br</strong> />

Métodos<<strong>br</strong> />

Neste campo coloque apenas de<<strong>br</strong> />

maneira resumida:<<strong>br</strong> />

a. Identificação dos sujeitos da<<strong>br</strong> />

Para preenchimento do Pesquisador<<strong>br</strong> />

74


pesquisa, número de indivíduos, idade<<strong>br</strong> />

e método de seleção.<<strong>br</strong> />

b. Procedimentos (resumidamente)<<strong>br</strong> />

c. Medidas das variáveis a serem<<strong>br</strong> />

obtidas<<strong>br</strong> />

d. Armazenamento de dados<<strong>br</strong> />

e. Análise, métodos estatísticos<<strong>br</strong> />

Local e tempo de duração do estudo<<strong>br</strong> />

Perigos ou riscos potenciais ao sujeito<<strong>br</strong> />

da pesquisa/pacientes<<strong>br</strong> />

Procedimentos de desconforto e<<strong>br</strong> />

distresse aos sujeitos das<<strong>br</strong> />

pesquisa/pacientes<<strong>br</strong> />

Local:<<strong>br</strong> />

Início:<<strong>br</strong> />

Término:<<strong>br</strong> />

Grau de Risco ( ) - Mínimo ( ) - Médio ( ) - Alto<<strong>br</strong> />

Arranjos financeiros e Indenização Não há.<<strong>br</strong> />

Quais pessoas terão acesso aos dados?<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Documentos enviados a. Formulário Folha de Rosto - CONEP ( )<<strong>br</strong> />

b. Folha de Rosto para Submissão dos Projetos - CEP<<strong>br</strong> />

( )<<strong>br</strong> />

UNISUL<<strong>br</strong> />

c. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ( )<<strong>br</strong> />

d. Declaração de Instituições envolvidas ( )<<strong>br</strong> />

e. Autorização para fotos, filmagens e gravações ( )<<strong>br</strong> />

f. Outros (se solicitado pelo CEP).<<strong>br</strong> />

( )<<strong>br</strong> />

Assinatura:<<strong>br</strong> />

_______________________________ Data:<<strong>br</strong> />

_________________________________<<strong>br</strong> />

75


Adaptado de: (1) South Sheffield Ethics Committee, Sheffield Health Authority, UK; (2) Guidelines<<strong>br</strong> />

on the Practice of Ethics Committees in Medical Research Involving Human Subjects, Royal College<<strong>br</strong> />

of Physicians of London, 2 nd Edition, 1990.<<strong>br</strong> />

76


UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA<<strong>br</strong> />

Av. José Acácio Moreira, 787 - Bairro Dehon - Cx Postal 370<<strong>br</strong> />

88704-900 - Tubarão - SC<<strong>br</strong> />

Fone: (48) 621-3000<<strong>br</strong> />

DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA E CONCORDÂNCIA DAS<<strong>br</strong> />

INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS<<strong>br</strong> />

Local e data: ________________________________________<<strong>br</strong> />

Com o objetivo de atender às exigências para a obtenção de parecer da Comissão de<<strong>br</strong> />

Ética em Pesquisa - CEP-UNISUL, os representantes legais das instituições envolvidas no<<strong>br</strong> />

projeto de pesquisa intitulado "________________________________________________"<<strong>br</strong> />

declaram estarem cientes e de acordo com seu desenvolvimento nos termos propostos,<<strong>br</strong> />

lem<strong>br</strong>ando aos pesquisadores que no desenvolvimento do referido projeto de pesquisa, serão<<strong>br</strong> />

cumpridos os termos da resolução 196/96 e 251/97 do Conselho Nacional de Saúde.<<strong>br</strong> />

Adaptado de: CEFID / UDESC<<strong>br</strong> />

_____________________________________________<<strong>br</strong> />

Ass. Pesquisador responsável (UNISUL)<<strong>br</strong> />

_____________________________________________<<strong>br</strong> />

Ass. do responsável pela Instituição (UNISUL)<<strong>br</strong> />

(Coordenador de curso)<<strong>br</strong> />

_____________________________________________________<<strong>br</strong> />

Ass. do responsável da outra Instituição (de outra instituição)<<strong>br</strong> />

77


UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA COMISSÃO DE<<strong>br</strong> />

ÉTICA EM PESQUISA - CEP UNISUL TERMO DE CONSENTIMENTO<<strong>br</strong> />

LIVRE E ESCLARECIDO<<strong>br</strong> />

Observações:<<strong>br</strong> />

1. Preencha na linguagem coloquial do sujeito e/ou paciente a ser pesquisado.<<strong>br</strong> />

2. Em caso de pessoas legalmente não autônomas ou com capacidade de decisão diminuída, este<<strong>br</strong> />

termo de consentimento deve ser assinado pelo seu responsável legal.<<strong>br</strong> />

Título do Projeto:<<strong>br</strong> />

Gostaria de obter todas as informações<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e este estudo:<<strong>br</strong> />

a- tempo que terei de ficar disponível;<<strong>br</strong> />

b- quantas sessões serão necessárias (com<<strong>br</strong> />

dia e horário previamente marcados);<<strong>br</strong> />

c- detalhes so<strong>br</strong>e todos os procedimentos<<strong>br</strong> />

(testes, tratamentos, exercícios, etc.);<<strong>br</strong> />

d- local onde será realizado;<<strong>br</strong> />

e- equipamentos ou instrumentos que<<strong>br</strong> />

serão utilizados;<<strong>br</strong> />

f- se preciso vestir alguma roupa ou<<strong>br</strong> />

sapato apropriado;<<strong>br</strong> />

g- quaisquer outras informações so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

procedimento do estudo a ser realizado<<strong>br</strong> />

em mim.<<strong>br</strong> />

Quais as medidas a serem obtidas?<<strong>br</strong> />

Quais os riscos e desconfortos que podem<<strong>br</strong> />

ocorrer?<<strong>br</strong> />

Quais os meus benefícios e vantagens em<<strong>br</strong> />

fazer parte deste estudo?<<strong>br</strong> />

Quais as pessoas que estarão me<<strong>br</strong> />

acompanhando durante os procedimentos<<strong>br</strong> />

práticos deste estudo?<<strong>br</strong> />

78


Existe algum questionário que preciso<<strong>br</strong> />

preencher? Sou o<strong>br</strong>igado a responder a<<strong>br</strong> />

todas as perguntas?<<strong>br</strong> />

PESSOA PARA CONTATO: NÚMERO DO TELEFONE:<<strong>br</strong> />

ENDEREÇO:<<strong>br</strong> />

TERMO DE CONSENTIMENTO<<strong>br</strong> />

Declaro que fui informado so<strong>br</strong>e todos os procedimentos da pesquisa e que recebi, de forma clara e<<strong>br</strong> />

objetiva, todas as explicações pertinentes ao projeto e que todos os dados a meu respeito serão<<strong>br</strong> />

sigilosos. Eu compreendo que neste estudo as medições dos experimentos/procedimentos de<<strong>br</strong> />

tratamento serão feitas em mim.<<strong>br</strong> />

Declaro que fui informado que posso me retirar do estudo a qualquer momento.<<strong>br</strong> />

Nome por extenso: ______________________________________________<<strong>br</strong> />

RG : _______________________________________________<<strong>br</strong> />

Local e Data: _______________________________________________<<strong>br</strong> />

Assinatura: _______________________________________________<<strong>br</strong> />

Adaptado de: (1) South Sheffield Ethics Committee, Sheffield Health Authority, UK; (2) Comitê de<<strong>br</strong> />

Ética em pesquisa - CEFID - Udesc, Florianópolis, BR.<<strong>br</strong> />

79

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