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A expansão marítima e a descoberta de novas terras

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A <strong>expansão</strong> <strong>marítima</strong> e a <strong><strong>de</strong>scoberta</strong> <strong>de</strong> <strong>novas</strong> <strong>terras</strong><br />

■ O oceano Atlântico por muito tempo <strong>de</strong>spertou a imaginação dos europeus, que acreditavam na<br />

existência <strong>de</strong> monstros, águas fervendo e ímãs que afundariam as embarcações na linha do<br />

Equador;<br />

■ Até 1400, achava-se que o formato da Terra era plano e cercado <strong>de</strong> abismos. O <strong>de</strong>sconhecimento<br />

dos oceanos ilustra o risco que os navegantes do século XIV correram viajando em embarcações<br />

pequenas;<br />

■ As técnicas <strong>de</strong> navegação conhecidas não eram apropriadas para a nova situação. Para aprimorálas,<br />

dom Henrique, filho <strong>de</strong> dom João I <strong>de</strong> Avis, reuniu cartógrafos, astrônomos, construtores<br />

navais e pilotos da Europa;<br />

■ Os portugueses <strong>de</strong>senvolveram a caravela. Nos séculos XV e XVI, construíram naus maiores e<br />

aperfeiçoaram antigos instrumentos náuticos, como a bússola, o quadrante, o astrolábio e a<br />

balestilha;<br />

■ Nesse período, houve o <strong>de</strong>senvolvimento da cartografia. As cartas <strong>de</strong> marear (registros das <strong>novas</strong><br />

rotas <strong>marítima</strong>s e <strong>terras</strong> <strong><strong>de</strong>scoberta</strong>s) eram guardadas em segredo;<br />

■ O comércio impulsionou a <strong>expansão</strong> <strong>marítima</strong> européia, nos séculos XV e XVI. Portugal<br />

conquistou Ceuta, no norte da África, em 1415, para controlar o comércio <strong>de</strong> ouro e marfim, em<br />

mãos <strong>de</strong> árabes;<br />

■ Em 1434, os portugueses atingiram o cabo Bojador. Na medida em que avançavam pela costa<br />

Africana, iam construindo feitorias, garantindo para si o tráfico <strong>de</strong> mercadorias e escravos;<br />

■ O tráfico <strong>de</strong> escravos tornou-se a maior fonte <strong>de</strong> lucros da burguesia portuguesa. Em 1446, cerca<br />

<strong>de</strong> mil escravos entraram em Portugal;<br />

■ Quando os turcos conquistaram o Mediterrâneo oriental, tomando Constantinopla em 1453,<br />

Portugal já buscava um novo caminho para as índias, contornando o litoral africano. Em 1488,<br />

Bartolomeu Dias cruzou o cabo das Tormentas;<br />

■ O sucesso da exploração portuguesa na costa da África <strong>de</strong>spertou o interesse da Espanha. Após<br />

expulsarem os árabes, os reis espanhóis <strong>de</strong>cidiram financiar os planos <strong>de</strong> Cristóvão Colombo <strong>de</strong><br />

encontrar outra rota <strong>marítima</strong> para as índias;<br />

■ Colombo afirmava que a Terra era redonda e que se po<strong>de</strong>ria chegar às índias navegando em<br />

direção áo oeste. Mas ele não imaginava que existia outro continente no caminho, <strong>de</strong>scoberto<br />

em 12 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1492. Colombo aportou numa ilha do Caribe, julgando estar nas índias, e<br />

chamou <strong>de</strong> índios seus habitantes;<br />

■ Colombo realizou mais três viagens à América, em 1493, 1498 e 1502. Em 1504, voltou à<br />

Espanha e foi abandonado pelo rei. Morreu em 1506, miserável e ainda acreditando que havia<br />

alcançado o Oriente;<br />

■ Com as <strong><strong>de</strong>scoberta</strong>s espanholas, dom João II <strong>de</strong> Portugal temia que a Espanha encontrasse um<br />

caminho para as índias. Em 1494, Espanha e Portugal assinaram o Tratado <strong>de</strong> Tor<strong>de</strong>silhas, que<br />

dividia as <strong>novas</strong> <strong>terras</strong>;<br />

■ Esse tratado criou um meridiano dividindo as <strong>terras</strong>: as que ficassem à direita pertenceriam aos<br />

portugueses e à esquerda, aos espanhóis. Portugal garantiu, assim, o acesso ao Oriente pelo<br />

oceano Atlântico;<br />

■ Em 20 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1498, a expedição <strong>de</strong> Vasco da Gama alcançou a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Calicute, na índia;<br />

■ Vasco da Gama realizou a viagem <strong>marítima</strong> mais longa <strong>de</strong>ssa época. Somente no início do século<br />

XVI, Portugal conseguiu estabelecer feitorias no Oriente;<br />

■ Em março <strong>de</strong> 1500, partiu <strong>de</strong> Portugal uma esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral, rumo<br />

às índias. Na altura <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>, as naus <strong>de</strong>sviaram-se da rota, chegando ao Brasil em 22 <strong>de</strong><br />

abril;<br />

Os portugueses não encontraram ouro no Brasil. Passaram a explorar o pau-brasil, que <strong>de</strong>u o nome à


terra. Antes disso, as <strong>novas</strong> <strong>terras</strong> tinham sido chamadas <strong>de</strong> Ilha <strong>de</strong> Vera Cruz e Terra <strong>de</strong> Santa<br />

Cruz;<br />

Enquanto Portugal e Espanha lançavam-se aos <strong>de</strong>scobrimentos, França e Inglaterra ainda tentavam<br />

superar a crise do feudalismo;<br />

Ingleses, franceses e holan<strong>de</strong>ses não concordaram com a partilha do mundo feita pelos ibéricos. A<br />

Inglaterra financiou as primeiras expedições <strong>marítima</strong>s ao Atlântico norte, sempre na busca <strong>de</strong> um<br />

acesso ao Oriente;<br />

Em 1501, Américo Vespúcio navegou pelo litoral sul- americano até a Patagônia. Esse percurso<br />

reforçou as dúvidas <strong>de</strong> que Colombo havia chegado às índias. O continente recebeu o nome <strong>de</strong><br />

América;

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