Poder e Violência: Hannah Arendt e a Nova Esquerda
Poder e Violência: Hannah Arendt e a Nova Esquerda
Poder e Violência: Hannah Arendt e a Nova Esquerda
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
da esfera econômica? Será mesmo possível conceber o poder independentemente do conflito<br />
enquanto constitutivo da estrutura econômico-político do espaço social? Teria <strong>Arendt</strong><br />
recorrido ao mesmo raciocínio analítico utilizado para demonstrar o “insucesso” da ação<br />
revolucionária na Revolução Francesa e, em contrapartida, enaltecer a Revolução Americana?<br />
O pensamento de <strong>Hannah</strong> <strong>Arendt</strong> é bastante complexo e neste trabalho tentamos<br />
realizar um exercício de compreensão teórico-crítico no sentido de problematizar alguns<br />
conceitos e aspectos da realidade que interferem diretamente na prática social das <strong>Esquerda</strong>s<br />
no mundo todo. Hodiernamente, as teses sobre o fim das ideologias, fim da utopia, fim da<br />
sociedade de classes, fim da história, se abrigam sob a rubrica da pós-modernidade, teoria<br />
essa que revitaliza e revigora o “coro dos contentes” (se é que é possível ser contente diante<br />
da barbárie capitalista), cujo pacifismo e defesa do pluralismo esconde a luta de classes que<br />
continua a condenar grande parcela da população a uma violência – por vezes silenciosa –<br />
sem precedentes.<br />
17