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Poder e Violência: Hannah Arendt e a Nova Esquerda

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Assim, “o éthos antiutópico assolou os campos intelectuais. A utopia perdeu os seus laços<br />

com visões fascinantes da harmonia e se transformou em uma ameaça” (p.127).<br />

Com efeito, a partir do contato com o pensamento de <strong>Hannah</strong> <strong>Arendt</strong> buscamos<br />

construir uma análise crítica, tendo por objetivo compreender a discussão empreendida por<br />

essa autora acerca dos fenômenos do poder e da violência, bem como sua crítica à <strong>Nova</strong><br />

<strong>Esquerda</strong>, que ela considerava radical. Para tanto, esse estudo se restringiu, mais<br />

especificamente, na sua obra Sobre a violência, publicada originalmente em 1969, onde se<br />

pode encontrar, de maneira mais sistematizada, sua definição de poder e violência.<br />

Buscou-se confrontar sua visão com as de outros autores, com a finalidade de realizar<br />

uma reflexão analítico-crítica sobre as considerações dessa importante pensadora no que tange<br />

à discussão acerca do poder e da violência, temas centrais de sua teoria política.<br />

Não obstante suas idéias serem, na atualidade, abraçadas acriticamente por diversos<br />

intelectuais, em especial aqueles ligados às teorias sobre a pós-modernidade, nos valemos de<br />

alguns de seus críticos como Domenico Losurdo, Jungem Habermas, Maria Ribeiro do Valle<br />

e Maria de Abreu para construirmos este estudo. Também recorremos a alguns de seus<br />

discípulos como Celso Lafer e André Duarte, entre tantos, para compreendermos algumas<br />

peculiaridades do pensamento dessa autora.<br />

Nosso estudo está dividido em três capítulos, sendo estes divididos em subítens. No<br />

primeiro, enfatizamos alguns aspectos da conjuntura da Guerra Fria, como a corrida<br />

armamentista empreendida pelas duas superpotências que surgiram após a Segunda Guerra<br />

Mundial (1939-1945) e a tensão mundial gerada em decorrência da possibilidade de<br />

consumação do conflito nuclear. Ainda nesse capítulo, discutimos a revitalização do<br />

capitalismo no período que se estendeu dos anos 50 aos anos 70, donde se destaca o<br />

fortalecimento do estado de Bem-Estar Social, a política de pleno emprego, a produção e o<br />

consumo de mercadorias em larga escala. Com isso não pretendemos fazer uma análise<br />

rigorosa do Estado de Bem-Estar Social, mas apresentar alguns aspectos genéricos que nos<br />

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