16.04.2013 Views

Baixar - Brasiliana USP

Baixar - Brasiliana USP

Baixar - Brasiliana USP

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

2 HISTORIA DO BRAZIL.<br />

4641. grande preço gratificou o mensageiro. Com egual<br />

alegria foi a noticia d' esta revolução recebida por Pernambucanos<br />

e Hollandezes l , esperando os primeiros<br />

receber d'um rei portuguez esse efficaz soccorro<br />

que bem sabião ser inútil aguardar da Hespanha, e<br />

os segundos alargar facilmente suas conquistas durante<br />

a confusão que se seguiria. Destinárão-se três<br />

dias para regosijos públicos. No primeiro houve folgares<br />

á moda portugueza, corridas de cavallos, jogos<br />

de argolinha, cannas e alcanzias, que erão umas bolas<br />

de barro occas, cheias de flores ou de cinza, espécie<br />

de granadas de mão carnavalescas, que pelo<br />

nome mostrão ser de origem mourisca. No segundo<br />

foi flamengo o diverlimento, dando o conde Nassau<br />

á classe media de ambas as nações e sexos um magnífico<br />

jantar em que a ordem do dia foi que quem errasse<br />

um brinde beberia segunda vez. No terceiro<br />

renovárão-se as cavalhadas, vindo uma ceia publica<br />

pôr á festa o remate. Ainda esta não estava acabada<br />

1 Houve gente na Hollanda que acreditou ser a revolução portugueza<br />

um acto de - refinada política da parte da Hespanha! 0 rei d'Hespanha,<br />

dizia-se, vendo-se impotente para defender o Brazil e a índia,<br />

concertara que o duque de Braganza faria o papel de rei de Portugal,<br />

para n'esse caracter assentar pazes-com os Hollandezes, mantendo<br />

assim por estratagema os paizes que não podia sustentar pela guerra.<br />

Um homem, que Aitzema chama serio e instruído, apezar do porten-'<br />

toso absurdo de similhante supposição, escreveu um folheto para<br />

provar isto. E tanto credito obteve este escripto entre os tolos e ignorantes,<br />

que formâo sempre a maioria, que o embaixador portuguez<br />

julgou do seu dever queixar-se d'elle como d'um libello contra seu<br />

;niio. Aitzema, t. 5, p. 103.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!