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COMPREENSÃO DE TEXTOS<br />
<strong>Prof</strong>. Jorge Alessandro<br />
ATENÇÂO... Interpretar exige leitura contínua e exercício... no entanto alguns lembretes<br />
são importantes:<br />
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;<br />
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente;<br />
03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes;<br />
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;<br />
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;<br />
06. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;<br />
07. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa;<br />
08. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no<br />
sentido do texto;<br />
ESTEJA TENTO AOS SEGUINTES PONTOS:<br />
Além de avaliar e classificar os alunos brasileiros o INEP tem outros objetivos:<br />
1) reestruturar a grade curricular do Ensino Médio, tornando-a menos extensa;<br />
2) mudar de ensino informativo, enciclopédico (da decoreba) para ensino analítico e capacitador;<br />
3) incutir, nos jovens, valores que julga fundamentais.<br />
O VIÉS IDEOLÓGICO do INEP é altamente favorável ao MEIO AMBIENTE, aos cuidados<br />
remendados à nossa SAÚDE e revela grande preocupação os DIREITOS HUMANOS, notadamente<br />
com a JUSTIÇA SOCIAL.<br />
Os textos, os enunciados e os itens formam um conjunto.<br />
Foco em habilidades: ANALISAR, INTERPRETAR E APLICAR OS RECURSOS EXPRESSIVOS<br />
DAS LINGUAGENS, RELACIONANDO TEXTOS COM SEUS CONTEXTOS, MEDIANTE A<br />
NATUREZA, FUNÇÃO, ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA DAS MANIFESTAÇÕES, DE ACORDO COM<br />
AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO E RECEPÇÃO.
Pequena crônica policial<br />
Jazia no chão, sem vida,<br />
E estava toda pintada!<br />
Nem a morte lhe emprestara<br />
A sua grande beleza...<br />
Com fria curiosidade,<br />
Vinha gente a espiar-lhe a cara,<br />
As fundas marcas da idade,<br />
Das canseiras, das bebidas...<br />
Triste da mulher perdida<br />
Que um marinheiro esfaqueara!<br />
Vieram uns homens de branco,<br />
Foi levada ao necrotério.<br />
E quando abriram, na mesa,<br />
QUESTÕES SIMULADAS<br />
O seu corpo sem mistério,<br />
Que linda e alegre menina<br />
Entrou correndo no céu?!<br />
Lá continuou como era<br />
Antes que o mundo lhe desse<br />
A sua maldta sina:<br />
Sem nada saber da vida,<br />
De vícios ou de perigos,<br />
Sem nada saber de nada...<br />
Com a sua trança comprida,<br />
Os seus sonhos de menina,<br />
Os seus sapatos antigos!<br />
(Mário Quintana)<br />
O poema de Mário Quintana narra a trajetória de uma mulher . a descrição da personagem, em dois<br />
momentos da vida, é feita sem obediência à ordem cronológica e as transformações vividas por essa<br />
personagem são narradas por meio de “linguagem telegráfica”, como se fossem flashes de sua vida.<br />
Identifique em qual alternativa se estabeleceu correta relação entre traços de menina e traços de<br />
mulher:<br />
a) Mulher: toda pintada; linda e alegre.<br />
Menina: trança comprida; sonhos de menina.<br />
b) Mulher: sapatos antigos; toda pintada.<br />
Menina: linda e alegre; trança comprida.<br />
c) Mulher: fundas marcas da idade; fundas marcas das canseiras.<br />
Menina: linda e alegre; trança comprida<br />
d) Mulher: fundas marcas da bebida; fundas marcas das canseiras.<br />
Menina: sem vida; trança comprida.<br />
e) Mulher: fundas marcas da bebida; fundas marcas das canseiras.<br />
Menina: sonhos de menina; mulher perdida.<br />
Utilizando o texto e a charge, escolha a opção correta acerca da transformação da vida dos índios na<br />
Bahia após a chegada dos portugueses ao Brasil no século XVI.<br />
a) Nos primeiros encontros com os europeus, os índios já tinham conhecimento dos perigos à saúde<br />
que o contato com os colonizadores ocasionaria.<br />
b) A charge revela que os índios eram seguidores dos portugueses e não questionavam os aspectos<br />
negativos do contato com os europeus.<br />
c) A escravidão dos índios dessa região foi imposta pelos portugueses e aceita pacificamente pelos<br />
índios.<br />
d) A colonização européia da América desorganizou o modo de vida das populações indígenas e<br />
disseminou doenças.
O engajamento de obras artísticas é caráter tradicional da arte, ainda que, em algumas épocas, essa<br />
prática seja mais constante do que em outras.<br />
Engajamento. S, m. ato ou efeito de engajar-se; participação ativa em assuntos e circunstância de<br />
relevância política e social. (Houaiss, Antônio)<br />
A par do que você acabou de ler, aponte o único trecho em que não é possível identificar atitude<br />
engajada do autor:<br />
a) Pus o meu sonho num navio<br />
e o navio em cima do mar;<br />
depois abri o mar com as mãos,<br />
para o meu sonho naufragar.<br />
Minhas mãos ainda estão molhadas<br />
do azul das ondas entreabertas,<br />
e a cor que escorre dos meus dedos<br />
colore as areias desertas<br />
b) O funcionário público<br />
não cabe no poema<br />
com seu salário de fome<br />
sua vida fechada<br />
em arquivos.<br />
Como não cabe no poema<br />
o operário<br />
que esmerila seu dia de aço<br />
e carvão<br />
nas oficinas escuras<br />
c) beba coca cola<br />
babe cola<br />
beba coca<br />
babe cola caco<br />
caco<br />
cola<br />
c l o a c a<br />
d) A cada canto um grande conselheiro,<br />
Que nos quer governar a cabana, e vinha,<br />
Não sabem governar sua cozinha,<br />
E podem governar o mundo inteiro.<br />
e) Caminhando e cantando e seguindo a canção,<br />
Somos todos iguais braços dados ou não,<br />
Nas escolas, nas ruas, campos, construções,<br />
Caminhando e cantado e seguindo a canção<br />
“É preciso aumentar drasticamente o nível de alfabetização digital no país, condição necessária para<br />
que aumente o grau de penetração das novas tecnologias na sociedade brasileira, de forma que esta<br />
sociedade esteja mais bem preparada para as mudanças em curso. [...] A alfabetização digital está<br />
relacionada à aquisição de habilidades básicas para o uso de computadores e da Internet,<br />
habilidades que aumentem as oportunidades no mercado de trabalho. Ou seja, ser alfabetizado<br />
digital é ser usuário de serviços oferecidos pelas novas tecnologias”.<br />
(Maria Helena Bonilla. Jornal da Ciência, Rio de Janeiro, 13 de abril de 2001, p.7).<br />
A afirmação que melhor representa o que está expresso no texto é:<br />
a) A alfabetização digital é uma das formas de diminuir a exclusão social no país.<br />
b) A utilização da internet está igualmente disseminada nas classes sociais.<br />
c) As novas tecnologias levam ao desemprego e aumentam a exclusão social.<br />
d) A exclusão social no Brasil é diminuída pela igualdade existente no acesso à internet.<br />
Considere os textos abaixo.<br />
(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que<br />
iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que se torna<br />
mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé.<br />
(Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio sobre as relações entre fé e razão, 1998)<br />
As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã.<br />
(São Tomás de Aquino-pensador medieval)<br />
Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que<br />
a) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de São Tomás de Aquino, refletindo a<br />
diferença de épocas.<br />
b) a encíclica papal procura complementar São Tomás de Aquino, pois este colocava a razão natural<br />
acima da fé.<br />
c) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II.<br />
d) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não tem<br />
relação com o pensamento filosófico.<br />
e) tanto a encíclica papal como a frase de São Tomás de Aquino procuram conciliar os pensamentos<br />
sobre fé e razão.
O pintor Cândido Torquato Portinari (Brodowski, 29 de dezembro de 1903 - Rio de Janeiro, 6 de<br />
fevereiro de 1962) representou em seus quadros muitos problemas sociais do Brasil de sua época. O<br />
quadro Café faz uma representação exagerada dos pés e das mãos dos trabalhadores. Tal exagero<br />
cumpre a função de sugerir que os trabalhadores:<br />
É correto afirmar que a soma dos números que estão em faces opostas:<br />
a) ganhavam pouco pelos serviços prestados.<br />
b) usavam muita força física no trabalho rural.<br />
c) plantavam e colhiam para seu próprio benefício.<br />
d) eram solidários na divisão do trabalho.<br />
e) eram na sua maioria escravos.<br />
As crianças do interior do Brasil se vestem de anjos para comparecer às procissões e às festas da<br />
Igreja Católica.<br />
A pintora Tarsila do Amaral reproduz, no quadro Anjos, uma dessas cenas, onde se veem rostos<br />
amorenados, representando, com isso, a:<br />
a) pobreza do mundo religioso.<br />
b) tristeza do povo religioso.<br />
c) mistura de povos no Brasil.<br />
d) variedade de crenças no Brasil.<br />
e) pouca religiosidade do povo brasileiro.
Leia os textos para responder as questões:<br />
Texto 01<br />
O que eu não sei fazer desmancha em frases<br />
Eu fiz o nada aparecer<br />
(Represente que o homem é um poço escuro<br />
Aqui de cima não se vê nada.<br />
Mas quando se chega ao fundo do poço já se<br />
pode ver<br />
o nada.)<br />
Perder o nada é um empobrecimento.<br />
BARROS, Manoel de. Livro sobre o nada.<br />
Texto 2<br />
Os dois poemas apresentam as seguintes características formais:<br />
I. A rima como elemento essencial em sua construção.<br />
II. O uso constante de repetições.<br />
III. A freqüência de comparações e metáforas.<br />
IV. A métrica fixa.<br />
Estão corretas APENAS as afirmações:<br />
O poeta é um fingidor.<br />
Finge tão completamente<br />
Que chega a fingir que é dor<br />
A dor que deveras sente.<br />
E os que lêem o que escreve,<br />
Na dor lida sentem bem<br />
Não as duas que ele teve,<br />
Mas só a que eles não têm.<br />
E assim nas calhas de roda<br />
Gira, a entreter a razão,<br />
Esse comboio de corda<br />
Que chama o coração.<br />
PESSOA, Fernando. Obra poética.<br />
a) I e II b) II e III c) III e IV d) I, II e III e) I, III e IV<br />
Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de<br />
portas e janelas alinhadas. (...) Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma<br />
aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente,<br />
debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As<br />
mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada<br />
nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco;<br />
os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem<br />
debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as<br />
palmas da mão (...).<br />
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo: Ática, 1987.<br />
No romance O cortiço, enquanto os seres inanimados aparecem humanizados, os humanos<br />
aparecem animalizados. Considerando os trechos grifados no texto, assinale a alternativa em que<br />
isso se manifesta.<br />
a) o cortiço acordava / fossando e fungando<br />
b) do fio de água que escorria / prender as saias entre as coxas<br />
c) O chão inundava-se / tostada nudez dos braços<br />
d) suspendendo o cabelo todo / metiam a cabeça bem debaixo da água<br />
e) Eram cinco horas da manhã / das bicas era um zunzum crescente<br />
O empresário moderno não demite mais, faz um "downsizin", ou redimensionamento para baixo, em<br />
sua empresa. O empregado pode dizer em casa que não perdeu o emprego, foi "downsizeado", e<br />
ainda impressionar os vizinhos.<br />
VERISSIMO, Luis Fernando. O Estado de S. Paulo.<br />
A partir da leitura do texto, pode-se dizer que o autor:<br />
a) divulga o emprego de palavras estrangeiras.<br />
b) ironiza a substituição de palavras em português por palavras estrangeiras.<br />
c) explica que os patrões devem falar de modo incompreensível.<br />
d) critica os empregados que usam palavras estrangeiras.<br />
e) não se posiciona quanto ao uso cotidiano dos estrangeirismos na língua portuguesa.
Novos provérbios<br />
Quem não deve não treme.<br />
Quem tudo quer tudo pede.<br />
Um dia a caspa cai.<br />
NUNES, Max. O pescoço da girafa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997, p. 37.<br />
Marque a única afirmação correta em relação ao texto lido.<br />
a) O autor, somente por meio da inclusão de um fonema em uma palavra de cada frase, altera o<br />
sentido tradicional dos provérbios.<br />
b) Percebe-se que a intenção do autor é citar, ou seja, transcrever literalmente as palavras dos<br />
provérbios conhecidos, com a intenção de endossar as ideias presentes neles.<br />
c) Pode-se afirmar que o autor reproduziu os provérbios, por meio de suas palavras, mantendo as<br />
ideias originais.<br />
d) Observa-se que o autor apropria-se de outro texto na construção de um novo, que inverte o<br />
sentido do texto original, tendo como intuito criticar a cultura popular.<br />
e) O texto lido é uma paródia, já que utiliza provérbios conhecidos para criar novos, a fim de gerar<br />
humor.<br />
Leia a letra da música Ronda, que canta a desventura de um amor não mais correspondido:<br />
Ronda<br />
De noite eu rondo a cidade<br />
A te procurar sem encontrar<br />
No meio de olhares espio<br />
em todos os bares<br />
Você não está<br />
Volto pra casa abatida<br />
Desencantada da vida<br />
O sonho alegria me dá -<br />
nele você está.<br />
Ah, se eu tivesse quem bem<br />
me quisesse<br />
Esse alguém me diria:<br />
- Desiste, essa busca é inútil.<br />
Eu não desistia...<br />
Porém, com perfeita paciência<br />
Sigo a te buscar; hei de encontrar<br />
Bebendo com outras mulheres,<br />
Rolando um dadinho, jogando bilhar<br />
E nesse dia então vai dar na<br />
primeira edição:<br />
"Cena de sangue num bar da<br />
avenida São João."<br />
VANZOLINI, Paulo. In: MARLENE. Te pego pela palavra. Odeon n. SMOFB 3855, 1974. L.I.<br />
Dizem que ódio e amor são sentimentos muito próximos um do outro e que pessoas que se amam<br />
podem um dia se odiar, pois a linha que os separa é muito frágil. Identifique o par de versos que<br />
exprime esse argumento popular.<br />
a) "De noite eu rondo a cidade A te procurar sem encontrar"<br />
b) "Cena de sangue num bar da avenida São João."<br />
c) "Volto pra casa abatida Desencantada da vida"<br />
d) "- Desiste, essa busca é inútil. Eu não desistia..."<br />
e) "Porém, com perfeita paciência Sigo a te buscar; hei de encontrar"<br />
Súplica cearense<br />
Oh, Deus, perdoe este pobre coitado<br />
Que de joelhos rezou um bocado<br />
Pedindo pra chuva cair, cair sem parar.<br />
Oh, Deus, será que o senhor se zangou<br />
E só por isso que o sol se arretirou<br />
Fazendo cair toda chuva que há.<br />
Oh, Senhor, eu pedi para o sol se esconder um<br />
pouquinho<br />
Pedi pra chover, mas chover de mansinho<br />
Pra ver se nascia uma planta, uma planta no<br />
chão. Luiz Gonzaga<br />
(...) Ganância demais<br />
(...) Política demais<br />
Tristeza demais<br />
Interesse tem demais<br />
(...) A fome demais<br />
A falta demais<br />
Promessa demais<br />
(...) Pobreza demais<br />
Povo tem demais<br />
(...) O povo sofre demais...<br />
O Rappa
Vocabulário<br />
Tostão de chuva<br />
Quem é Antônio Jerônimo? É o sitiante<br />
Que mora no Fundão<br />
Numa biboca pobre. É pobre. Dantes<br />
Inda a coisa ia indo e ele possuía<br />
Um cavalo cardão.<br />
Mas a seca batera no roçado...<br />
Vai, Antônio Jerônimo um belo dia<br />
Só por debique de desabusado<br />
Falou assim: "Pois que nosso padim<br />
Pade Ciço que é milagreiro, contam,<br />
Me mande um tostão de chuva pra mim!"<br />
Pois então nosso "padim" padre Cícero<br />
Coçou a barba, matutando, e disse:<br />
"Pros outros mando muita chuva não,<br />
Só dois vinténs. Mas pra Antônio Jerônimo<br />
Vou mandar um tostão".<br />
(...) No Fundão veio uma trovoada enorme<br />
Que num átimo virou tudo em lagoa<br />
E matou o cavalo de Antônio Jerônimo.<br />
Matou o cavalo.<br />
ANDRADE, Mário de. Poesias completas.<br />
Biboca: habitação humilde, pequena<br />
Bocado: curto período de tempo<br />
Cardão: cavalo que apresenta cor semelhante à cor azul violácea da flor do cardo<br />
Debique: zombaria sutil; ironia, troça<br />
Desabusado: que é abusado, de caráter atrevido; que perdeu a ilusão ou a superstição<br />
Num átimo: rapidamente<br />
Súplica: pedido insistente e humilde; oração a Deus<br />
Tostão: moeda de ouro equivalente a 1.200 réis<br />
Trovoada: tempestade acompanhada de trovões<br />
Vintém: pouco dinheiro, quantia ínfima<br />
Assinale a afirmação que interprete adequadamente os textos apresentados.<br />
a) O primeiro texto fala sobre a súplica de um cearense inconformado com a seca. O segundo,<br />
entretanto, fala sobre a oração de um paulistano.<br />
b) Nos dois textos, a história é contata por um narrador que fala sobre o pedido feito por um<br />
pobre coitado, e não por ele mesmo.<br />
c) Os dois textos atribuem a Deus o poder de enviar chuva, apesar de o segundo ter citado o<br />
nome do santo popular Padre Cícero.<br />
d) Como o primeiro texto, na verdade, é uma letra de música atual, não possui nenhum ponto<br />
de contato com o poema modernista.<br />
e) Nos dois textos, é feito um pedido para que a chuva venha aliviar a seca. No entanto,<br />
começou a chover mais do que o esperado.<br />
Considerando que o primeiro texto foi composto na década de 1960, tendo sido musicado,<br />
primeiro, por Luís Gonzaga e regravado recentemente pelo grupo musical O Rappa, e<br />
tendo em mente, ainda, que o último texto foi escrito pelo poeta modernista Mário de<br />
Andrade durante a década de 1920, marque a questão incorreta.<br />
a) Na primeira fase modernista, houve grande preocupação em inserir a fala popular no texto<br />
erudito, como podemos conferir por meio do segundo poema, que incorpora a fala coloquial<br />
própria do povo.<br />
b) Por meio do vocábulo "debique" (zombaria sutil) e da palavra "desabusado" (atrevido),<br />
podemos perceber que, no segundo texto, a oração é feita de modo zombeteiro por Antônio<br />
Jerônimo.<br />
c) Mesmo sendo textos veiculados em diferentes linguagens artísticas - o primeiro pela música e<br />
o segundo pela poesia escrita -, ambos recuperam um traço marcante da cultura popular<br />
brasileira: a religiosidade.<br />
d) Por terem sido escritos em épocas diferentes, com distintos contextos históricos, sociais,<br />
políticos e culturais, não podemos afirmar que os textos têm como tema a seca, um<br />
problema específico da década de 1920.<br />
e) Construído o texto poético como se fosse um "caso" popular, contando a história do sitiante<br />
Antônio Jerônimo, o poema mostra a preocupação modernista de resgatar a cultura popular.
Quando Luís Gonzaga gravou a música Súplica cearense, na década de 1960, a letra,<br />
apesar de ser praticamente a mesma da música recente, não possuía os 10 versos finais<br />
presentes na regravação feita pelo grupo O Rappa. Pensando nisso, podemos afirmar que:<br />
a) mesmo tendo inserido versos novos no final da música, podemos dizer que a versão feita por<br />
O Rappa mantém o sentido da canção de Luís Gonzaga, gravada na década de 1960.<br />
b) os versos novos, ao falarem sobre problemas políticos e sobre a má distribuição de renda,<br />
que acarreta a pobreza e a fome, ampliam a discussão da música original, falando de<br />
aspectos que, além da seca, marcam a sociedade do Brasil.<br />
c) nos últimos versos, O Rappa continua a discussão sobre o problema da falta de chuva no<br />
Nordeste, sendo a súplica do cearense, portanto, apenas um apelo para salvá-lo da seca.<br />
d) ao inserir versos novos, O Rappa está fazendo uma crítica à capacidade de Luís Gonzaga, já<br />
que, ao fazer isso, mostra que a música antiga não era boa, sendo preciso, portanto,<br />
aperfeiçoá-la.<br />
e) como a maioria dos integrantes do grupo O Rappa é carioca, a música, apesar de mantido o<br />
título original, não se refere ao problema nordestino, mas às enchentes que assolam o Rio de<br />
Janeiro na época das chuvas.<br />
Leia a notícia:<br />
Já se criticou com muita razão a proliferação de chavões e frases feitas na chamada crônica<br />
esportiva. (...) Mas há que reconhecer o outro lado da questão: o futebol deve muito de sua poesia<br />
à linguagem que se foi criando ao seu redor (...). Pela magia das palavras, num campo gramado em<br />
que só há atletas correndo atrás de uma bola, surgem de repente folhas secas, chapéus, meias-luas,<br />
carrinhos, lençóis, pontes, chuveiros, balões, peixinhos.<br />
SUZUKY, Matinas. Folha de S. Paulo.<br />
O autor do texto demonstra:<br />
a) ser preconceituoso em relação à linguagem usada pelos atletas.<br />
b) ser indiferente aos chavões e frases feitas inventados pela crônica esportiva.<br />
c) desaprovar o uso de expressões poéticas na crônica esportiva.<br />
d) ter admiração pela linguagem criativa e poética do futebol.<br />
e) não gostar de futebol.<br />
Leia texto<br />
Os amigos F. V. S., 17 anos, M. J. S., 18 anos, e J. S., 20 anos, moradores de Bom Jesus, cidade<br />
paraibana na divisa com o Ceará, trabalham o dia inteiro nas roças de milho e feijão. "Não<br />
ganhamos salário, é 'de meia'. Metade da produção fica para o dono da terra e metade para a<br />
gente." Folha de S. Paulo.<br />
Os jovens conversam com o repórter sobre sua relação de trabalho. Utilizam a expressão de meia e,<br />
logo em seguida, explicam o que isso significa. Ao dar a explicação, eles:<br />
a) alteram o sentido da expressão.<br />
b) consideram que o repórter talvez não conheça aquele modo de falar.<br />
c) dificultam a comunicação com o repórter.<br />
d) desrespeitam a formação profissional do repórter.<br />
e) demonstram não ter conhecimento da expressão.<br />
S U C E S S O !!!!
Revisão – Conteúdo de história literária<br />
Dizer que escolas literárias possuem as características a seguir:<br />
01. Religiosidade<br />
_____________________________________<br />
02. Bucolismo<br />
_____________________________________<br />
03. Objetivismo e psicologismo<br />
_____________________________________<br />
04. Valorização do instinto<br />
_____________________________________<br />
05. Obsessão formal<br />
_____________________________________<br />
06. Transcendentalismo e aliteração<br />
_____________________________________<br />
07. Linguagem caótica e verso livre<br />
_____________________________________<br />
08. Nacionalismo ufanista<br />
_____________________________________<br />
09. Nacionalismo crítico<br />
_____________________________________<br />
10. Nivelamento do homem ao animal<br />
_____________________________________<br />
11. Anti-sentimentalismo<br />
_____________________________________<br />
12. Descrições de paisagem brasileira<br />
_____________________________________<br />
13. Brevidade da vida<br />
_____________________________________<br />
14. Retorno ao passado<br />
_____________________________________<br />
15. Valorização do índio<br />
_____________________________________<br />
16. Correção lingüística<br />
_____________________________________<br />
17. Regionalismo crítico<br />
_____________________________________<br />
18. Romance social<br />
_____________________________________<br />
19. Mitologia grega e linguagem simples<br />
_____________________________________<br />
20. Angústia e pessimismo<br />
_____________________________________<br />
21. Poesia social, condoreirismo<br />
_____________________________________<br />
22. Aspectos degradantes da realidade<br />
_____________________________________<br />
23. Poesia descritiva e mitologia clássica<br />
_____________________________________<br />
24. Arte pela arte<br />
_____________________________________<br />
25. Poesia social, psicológica e religiosa<br />
_____________________________________<br />
26. Idealização da mulher<br />
_____________________________________<br />
27. Valorização do sentimento<br />
_____________________________________<br />
28. Equilíbrio entre sentimento e razão<br />
_____________________________________<br />
29. Valorização do presente<br />
_____________________________________<br />
30. Liberdade formal<br />
_____________________________________<br />
31. Linguagem coloquial, verso livre<br />
_____________________________________<br />
32. Senso de mistério<br />
_____________________________________<br />
33. Poesia sugestiva<br />
_____________________________________<br />
34. Poesia descritiva<br />
_____________________________________<br />
35. Poesia byronista<br />
_____________________________________<br />
36. Romance documental<br />
_____________________________________<br />
37. Romance psicológico<br />
_____________________________________<br />
38. Crítica ao romantismo<br />
_____________________________________<br />
39. Crítica ao parnasianismo<br />
_____________________________________<br />
40. Homem produto do meio<br />
_____________________________________