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USO DO HÁBITAT PELA PREGUIÇA-DE-COLEIRA ... - CNCFlora

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BARRETO, R.M.F. 2007. Uso do Hábitat por Preguiça-de-coleira Bradypus torquatus<br />

Um resultado que provavelmente tenha sido influenciado pela estrutura da<br />

vegetação é o elevado sucesso de visualização registrado para preguiças que<br />

utilizam hábitats alterados (BT065, BT042, BT464 e BT142_2). Vaughan e<br />

colaboradores (2006) relatam que em apenas uma semana capturaram 55<br />

indivíduos de preguiça (Bradypus variegatus) dentro de uma plantação de cacau na<br />

Costa Rica. Como discutido por Cassano (2006), mesmo que o sucesso de<br />

visualização seja um ponto positivo para a realização do estudo, esse pode ser<br />

considerado um fator de risco para os animais que ficam mais expostos à predação<br />

e à presença humana. Prova dessa exposição, é a morte de um indivíduo (BT193)<br />

durante o estudo, onde ao localizar este animal o rádio transmissor foi encontrado<br />

no solo repleto por marcas de presas de carnívoros. Na região de estudo a caça é<br />

freqüentemente registrada (Santos, 1999) e as preguiças são capturadas para serem<br />

utilizadas como animais de estimação e para alimentação humana (PIN<strong>DE</strong>R, 1986).<br />

Caracterização e uso do micro-hábitat nos diversos hábitats<br />

Preguiças-de-coleira de Una utilizaram em maior porcentagem a copa externa<br />

do que as regiões média e interna. No presente estudo, observamos que o uso da<br />

copa externa não está associado ao período do dia. Entretanto, para escolha de<br />

hábitat, é sabido que herbívoros também são influenciados pelo micro-clima dos<br />

diversos micro-hábitas (DUCAN; GOR<strong>DO</strong>N, 1999). Regiões medianas da copa<br />

apresentam menor temperatura e menor incidência de raios solares do que as<br />

regiões mais externas (JOHANSSON, 1974). Preguiças da região amazônica e da<br />

América Central tendem a escolher os estratos superiores da floresta, onde ficam<br />

expostas á luz solar, podendo descer para os estratos medianos durante os<br />

períodos mais quentes do dia (MONTGOMERY; SUNQUIST, 1975; QUEIROZ,<br />

1995). Esta variação pode ser explicada como um comportamento dirigido ao<br />

controle da temperatura corpórea. Segundo alguns trabalhos, ao utilizar estratos<br />

medianos, preguiças estariam evitando a elevação máxima de temperatura nos<br />

horários mais quentes e estariam aquecendo-se no restante do dia ao utilizar os<br />

estratos superiores (MONTGOMERY; SUNQUIST, 1975; QUEIROZ, 1995).<br />

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