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USO DO HÁBITAT PELA PREGUIÇA-DE-COLEIRA ... - CNCFlora

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BARRETO, R.M.F. 2007. Uso do Hábitat por Preguiça-de-coleira Bradypus torquatus<br />

(MONTGOMERY; SUNQUIST, 1974). Durante este período a fêmea auxilia o filhote<br />

na escolha das árvores para alimentação e para locomoção (SOARES; CARNEIRO,<br />

2002). O aprendizado e o desenvolvimento físico-motor dependem, portanto, da<br />

transferência de comportamentos da mãe para o filhote. Dessa forma, animais<br />

órfãos são mais susceptíveis a óbito quando são translocados ou reintroduzidos de<br />

seu habitat natural, já que possuem uma maior possibilidade de comer plantas<br />

tóxicas e cair dos galhos (SOARES; CARNEIRO, 2002). Geralmente filhotes se<br />

mantêm na região ventral da mãe independente da posição e do movimento desta<br />

(PIN<strong>DE</strong>R, 1986). Essa posição pode fornecer segurança à prole tanto através do<br />

contato com o corpo materno quanto com o substrato (árvore), o que minimiza a<br />

possibilidade de quedas e facilita a alimentação tanto através da amamentação<br />

quanto fornecimento de folhas (SOARES; CARNEIRO, 2002).<br />

Uso do hábitat<br />

Por serem mamíferos arborícolas estritos, as preguiças utilizam o estrato<br />

superior da floresta para executar as atividades necessárias para sobrevivência e<br />

reprodução, como forrageamento, locomoção e regulação da temperatura<br />

(MONTGOMERY; SUNQUIST, 1978). Para tanto, esses mamíferos podem utilizar<br />

diversos tipos de estrutura, como lianas, folhas de árvores, galhos e conexão entre<br />

as copas das árvores (EMMONS, 1995). No dossel florestal, preguiças estão sujeitas<br />

as condições ambientais extremas, como vento, chuva, radiação solar, temperatura<br />

e grau de umidade (EMMOS, 1995). Dependendo do local da copa a ser ocupado,<br />

copa interna, mediana ou externa (JOHANSSON, 1974), estes animais podem<br />

suportar em escala de microhabitat as modificações dessas variáveis em menor ou<br />

maior grau (EMMONS, 1995).<br />

Montgomery e Sunquist (1978) afirmam que a escolha de árvores utilizadas<br />

por preguiças não está relacionada com os atributos taxonômicos, mas sim ligados à<br />

estrutura da vegetação oferecida no habitat. Os escassos estudos com uso de<br />

hábitat por preguiças do gênero Bradypus, mostram que esses animais utilizam<br />

preferencialmente árvores altas, com dossel denso e coberto por lianas,<br />

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