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USO DO HÁBITAT PELA PREGUIÇA-DE-COLEIRA ... - CNCFlora

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BARRETO, R.M.F. 2007. Uso do Hábitat por Preguiça-de-coleira Bradypus torquatus<br />

diferença entre as atividades de adultos e filhotes, sendo que as atividades dos<br />

filhotes se concentram de dia (SOARES; CARNEIRO, 2002). Entretanto, em trabalho<br />

realizado no sul da Bahia, Brasil, os resultados encontrados por Cassano (2006),<br />

mostram que nesta região a espécie apresenta atividade tanto diurna quanto<br />

noturna, sendo que as atividades diurnas se concentram no crepúsculo. Ainda de<br />

acordo com Chiarello (1998a), durante a estação de chuva a espécie reduz o<br />

período de descanso e utiliza uma parte do tempo para alimentação. Todas essas<br />

características de correlação entre os padrões de atividades e as condições do<br />

ambiente reforçam que os padrões de atividade seriam diretamente influenciados<br />

pela temperatura do ambiente (MONTGOMERY; SUNQUIST, 1978; SOARES;<br />

CARNEIRO, 2002; CHIARELLO, 1998a).<br />

O comportamento de repouso e o habitat tropical úmido possibilitam a<br />

proliferação de algas e fungos nos pelos das preguiças. Aiello (1985) sugere uma<br />

relação simbiótica entre algas e preguiças. Essa relação traria benefício para as<br />

preguiças por manter a temperatura corpórea das mesmas estável durante a<br />

estação úmida já que as algas atribuem uma coloração verde aos pêlos aumentando<br />

a absorção de água e a camuflagem. No entanto, estudos adicionais são<br />

necessários para testar esta teoria.<br />

Todas as preguiças do gênero Bradypus são animais solitários, havendo<br />

registros de interação entre indivíduos somente em duas situações: no período<br />

reprodutivo e entre mães e a prole (CARVALHO, 1960; MONTGOMERY;<br />

SUNQUIST, 1974; SOARES; CARNEIRO, 2002).<br />

B. torquatus possui um período de gestação de cerca de seis a sete meses,<br />

onde nasce apenas um filhote (AMORIN, et al. 2003; TAUBE et al, 2001), havendo a<br />

ocorrência de estro pós-parto com intervalos entre nascimentos de 10 até 12 meses<br />

(TAUBE et al, 2001). B. torquatus não apresenta comportamento reprodutivo restrito<br />

a uma estação particular, podendo ocorrer durante todo ano (PIN<strong>DE</strong>R, 1993). O<br />

cuidado parental é realizado pela fêmea, num período de aproximadamente nove<br />

meses para B. torquatus (PIN<strong>DE</strong>R, 1993; LARA-RUIZ; CHIARELLO, 2005) e de<br />

aproximadamente seis meses para B. variegatus (MONTGOMERY; SUNQUIST,<br />

1974; TAUBE et al., 2001). A ingestão de folhas começa ainda no período de<br />

amamentação quando o filhote atinge cerca de duas semanas de idade<br />

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