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USO DO HÁBITAT PELA PREGUIÇA-DE-COLEIRA ... - CNCFlora

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BARRETO, R.M.F. 2007. Uso do Hábitat por Preguiça-de-coleira Bradypus torquatus<br />

não palatáveis e nutricionalmente pobres (OPLER, 1978). Assim, esses animais são<br />

mais susceptíveis a encontrar compostos tóxicos do que espécies que se alimentam<br />

de frutos, sementes e/ou flores (CORK; FOLEY, 1991).<br />

Folhas jovens e brotos possuem maior valor nutricional e menor toxidade do<br />

que folhas maduras (HLADIK, 1978). Plantas sempre verdes apresentam mais<br />

defesas químicas contra herbívoros do que plantas decíduas (OPLER, 1978).<br />

Folívoros tendem a consumir folhas jovens de plantas sempre verdes por serem<br />

itens com baixa toxidade e abundantes durante todo ano (OPLER, 1978). Desse<br />

modo, as preguiças tendem a se alimentar de itens abundantes (QUEIROZ, 1995), o<br />

que possibilita a utilização de florestas semidecíduas (PIN<strong>DE</strong>R, 1997).<br />

Diversos estudos apontam que Bradypus são animais generalistas, mas que<br />

apresentam seletividade alimentar individual, já que ocorre certa variação da<br />

quantidade de árvores e espécies utilizadas por cada indivíduo (MONTGOMERY;<br />

SUNQUIST, 1978; QUEIROZ, 1995; CHIARELLO, 1998b; CASSANO, 2006). As<br />

preguiças tendem a ser generalistas quanto as espécies consumidas, mas tendem a<br />

ser especialistas na escolha dos tipos de itens alimentares, como folhas jovens e<br />

brotos (OPLER, 1978).<br />

Através de revisão de literatura e compilação de dados, Meira (2003) verificou<br />

os registros de 17 famílias, 23 gêneros e 35 espécies que B. torquatus se alimenta<br />

em florestas em estágio avançado de regeneração e secundárias na Mata Atlântica.<br />

Dentro dos quais as famílias Cecropiaceae, Moraceae, Sterculiaceae, Mimosaceae,<br />

Bombacaceae, Nyctaginaceae e Lauraceae foram as mais registradas, sendo Ficus<br />

e Cecropia os gêneros mais freqüentes nos estudos levantados (MEIRA, 2003). Em<br />

estudos com animais translocados para áreas de Floresta em Estágio Avançado no<br />

Espírito Santo, Chiarello et al. (2004) descrevem principalmente o uso das famílias<br />

Apocynaceae e Sapotaceae. Em trabalho mais recente, acompanhando animais em<br />

florestas em estágio avançado de regeneração, secundárias e cabrucas, Cassano<br />

(2006) registra as famílias Moraceae e Fabaceae como as mais utilizadas pelos<br />

animais no sul da Bahia.<br />

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