USO DO HÁBITAT PELA PREGUIÇA-DE-COLEIRA ... - CNCFlora
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BARRETO, R.M.F. 2007. Uso do Hábitat por Preguiça-de-coleira Bradypus torquatus<br />
Anatomia Externa<br />
As preguiças do gênero Bradypus apresentam diferenças sutis entre si, sendo<br />
a B. torquatus a espécie mais distinta das quatro. Apresenta coloração geral marrom<br />
e, na região dorsal do pescoço, uma coleira de pêlos negros e compridos que vão<br />
até a parte mediana das costas, pelo qual é conhecida popularmente como<br />
preguiça-de-coleira (WETZEL, 1985). Filhotes não apresentam a coleira<br />
característica da espécie, que começa a surgir no sub-adulto estando bem definida<br />
somente no adulto. Ao nascer os filhotes da espécie pesam aproximadamente 400 g<br />
e apresentam cerca de 250 mm de comprimento. Ao atingir a idade adulta, podem<br />
pesar mais de 6,0 kg e medir entre 60 e 75 cm, sendo a maior espécie do gênero<br />
Bradypus (PIN<strong>DE</strong>R, 1993; LARA-RUIZ; CHIARELLO, 2005). Como conseqüência<br />
das adaptações a condições distintas de altitude, Lara-Ruiz e Chiarello (2005),<br />
apontam que os animais dessa espécie apresentam tamanho corpóreo menor<br />
quando presentes em regiões de baixa altitude em comparação com os indivíduos<br />
que habitam as serras.<br />
Segundo alguns autores, B. torquatus não apresenta dimorfismo sexual,<br />
sendo a identificação sexual possível através de sexagem com estudos moleculares<br />
(CHIARELLO, 1999b; PIN<strong>DE</strong>R, 1993). No entanto, pode-se distinguir machos e<br />
fêmeas através de alguns aspectos morfológicos somente visualizados em adultos<br />
(LARA-RUIZ; CHIARELLO, 2005). Geralmente as fêmeas são maiores que os<br />
machos e estes por sua vez apresentam uma juba maior em comprimento e em<br />
volume que as fêmeas. Características da genitália também são indicativos de<br />
diferenciação sexual, onde a abertura urogenital da fêmea em período reprodutivo é<br />
aumentada (LARA-RUIZ; CHIARELLO, 2005).<br />
Dieta<br />
As preguiças estão entre as poucas espécies de mamíferos arborícolas com<br />
hábito alimentar estritamente folívoro (CORK; FOLEY, 1991). No entanto, ao longo<br />
do processo evolutivo as plantas desenvolveram defesas químicas contra<br />
hervíboros, as quais envolvem compostos secundários que geram folhas tóxicas,<br />
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