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USO DO HÁBITAT PELA PREGUIÇA-DE-COLEIRA ... - CNCFlora

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BARRETO, R.M.F. 2007. Uso do Hábitat por Preguiça-de-coleira Bradypus torquatus<br />

1990; <strong>DE</strong>AN, 1995; PARDINI, 2004). Dessa forma, mesmo com as alterações do<br />

hábitat natural, as cabrucas podem ser ambientes propícios para a sobrevivência de<br />

algumas espécies como, por exemplo, a preguiça-de-coleira, Bradypus torquatus<br />

Illiger 1811 (CASSANO, 2006; OLIVER; SANTOS, 1991; WETZEL; ÁVILA-PIRES,<br />

1980).<br />

A preguiça-de-coleira (B. torquatus), espécie endêmica da Mata Atlântica,<br />

encontra-se distribuída em fragmentos isolados devido ao crescente processo de<br />

degradação do seu hábitat (WETZEL, 1985). Como conseqüência da redução de<br />

hábitat e exploração da espécie através da caça, suas populações encontram-se<br />

bastante reduzidas (CHIARELLO et al., 2006). Dessa forma, a espécie está<br />

categorizada como "vulnerável de extinção" na lista oficial de animais ameaçados do<br />

IBAMA (2003), e “em perigo de extinção” na lista internacional de animais<br />

ameaçados da IUCN (2006).<br />

Por serem mamíferos arborícolas estritos, as preguiças dependem do estrato<br />

superior da floresta para executar suas atividades necessárias para sobrevivência e<br />

reprodução, como forrageamento, locomoção e regulação da temperatura. Assim, é<br />

aceito que as características da vegetação influenciem diretamente nas estratégias<br />

ecológicas da espécie (MONTGOMERY, 1978). Dependendo do local da copa a ser<br />

ocupado, copa interna, mediana ou externa (JOHANSSON, 1974), é possível que<br />

estes animais possam suportar modificações, em escala de microhabitat, de<br />

diversas variáveis ambientais, como radiação solar, temperatura e grau de umidade,<br />

entre outras (EMMONS, 1995). As variações desses fatores nas copas das árvores<br />

são responsáveis pela modificação na comunidade de vários organismos, como<br />

epífitas (ALVES, T. 1997) e répteis (RAND, 1978). Dependendo ainda das<br />

adaptações para a vida arborícola, esses mamíferos podem utilizar, nos diferentes<br />

extratos florestais, diversos tipos de estrutura, como lianas, folhas de árvores, galhos<br />

e conexão entre estratos florestais (EMMONS, 1995).<br />

Através do consumo de folhas em sua dieta, os mamíferos folívoros<br />

freqüentemente ingerem compostos tóxicos, como fenóis (JANZEN, 1978) e<br />

compostos de difícil digestão, como lignina (CORK; FOLEY, 1991). Geralmente,<br />

toxinas são evitadas pelos herbívoros, os quais selecionam espécies e partes de<br />

plantas ricas em nutrientes, sais minerais e proteínas (BELOVSKY; SCHMITZ,<br />

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