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Selecção Nacional Seniores Masculinos - Federação Portuguesa ...

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OP3 OP2<br />

Artigo Técnico<br />

A Formação<br />

Sabemos que os jogadores nos momentos decisivos ou sob pressão, de uma forma mais consciente ou<br />

inconscientemente, vão à procura da sua área de conforto ou de segurança para jogar. Assim, se<br />

treinarmos os jogadores a colaborar uns com os outros, não podemos esperar que consigam jogar para<br />

ganhar. Sabemos que para este tipo de jogadores só a possibilidade de vencer já é suficiente para<br />

aumentar exponencialmente o erro. Talvez esteja aqui uma das muitas razões pela qual os nossos<br />

jogadores de topo têm tanta dificuldade em impor um ritmo de jogo, em finalizar os sets, em acabar com<br />

os adversários mesmo quando eles já estão moribundos, etc..<br />

“ Treinamos para sustentar a bola e competimos para ganhar<br />

a todo o custo. Não é formativo e mais tarde torna-se impraticável.<br />

QUEM GANHA SOBE, QUEM FICA EM ÚLTIMO DESCE<br />

“<br />

Quem ganhar o seu torneio, apura-se para competir num nível de aprendizagem superior, ou contra<br />

adversários mais fortes, no mesmo nível de jogo. Quem ficar pior classificado, irá competir num nível de<br />

aprendizagem abaixo. Os jogadores intermédios permanecem e competem no mesmo nível de<br />

aprendizagem.<br />

PROPÓSITO PEDAGÓGICO: Além da<br />

motivação, permite que os jogadores mais<br />

evoluídos ajudem a fazer crescer os<br />

jogadores mais atrasados, colocando-lhes<br />

problemas e mostrando soluções que os<br />

jogadores menos experientes demorariam<br />

muito mais tempo a resolver ou a<br />

encontrar. Os jogadores que não estão em<br />

transição entre os níveis de aprendizagem,<br />

permanecem no seu nível, o que<br />

lhes permite consolidar a aprendizagem.<br />

Isto contribui muito para aproximar o nível de jogo dos jogadores (homogeneizar), sem atrasar os mais<br />

evoluídos. Outro aspecto importante nas subidas e descidas de divisão é o facto de os jovens jogadores<br />

começarem a aprender, intuitivamente, a GERIR O RISCO. Observa-se que os jogadores que sobem para<br />

competir num nível muito forte percebem que só têm hipótese de permanecer nesse nível se jogarem a<br />

arriscar, além do mais, não têm nada a perder. Já um jogador que desce a um nível jogo mais fraco pode<br />

jogar pelo seguro, esperar pelo acumular dos erros do adversário e quando já tem uma margem<br />

confortável (3 a 4 pontos) acelerar, arriscar mais e aumentar a pressão para acabar com o jogo.<br />

NOTA: Este é um aspecto que os nossos treinadores não se preocupam em ensinar, que os nossos<br />

jogadores não sabem gerir, nem sabem impor aos adversários e, consequentemente, não se apercebem<br />

quando os adversários estão a utilizar estas estratégias para os derrotar.<br />

É a PRESTAÇÃO na competição que COLOCA OS JOGADORES na progressão pedagógica, estando<br />

esta devidamente definida e controlada pelo treinador.<br />

PROPÓSITO PEDAGÓGICO: É a qualidade da realização na tarefa que hierarquiza os jogadores,<br />

contribuindo muito para definição da estrutura hierárquica entre os diferentes elementos da equipa e<br />

diminuindo muito o atrito na relação treinador / jogador, isto revela-se particularmente importante com<br />

treinadores jovens, menos experientes. No entanto, o treinador desempenha um papel fulcral no garante<br />

da adequação da proposta pedagógica ao nível de aprendizagem e prestação dos seus jogadores.<br />

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