Selecção Nacional Seniores Masculinos - Federação Portuguesa ...
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Artigo Técnico<br />
A Formação<br />
Sabemos que os jogadores nos momentos decisivos ou sob pressão, de uma forma mais consciente ou<br />
inconscientemente, vão à procura da sua área de conforto ou de segurança para jogar. Assim, se<br />
treinarmos os jogadores a colaborar uns com os outros, não podemos esperar que consigam jogar para<br />
ganhar. Sabemos que para este tipo de jogadores só a possibilidade de vencer já é suficiente para<br />
aumentar exponencialmente o erro. Talvez esteja aqui uma das muitas razões pela qual os nossos<br />
jogadores de topo têm tanta dificuldade em impor um ritmo de jogo, em finalizar os sets, em acabar com<br />
os adversários mesmo quando eles já estão moribundos, etc..<br />
“ Treinamos para sustentar a bola e competimos para ganhar<br />
a todo o custo. Não é formativo e mais tarde torna-se impraticável.<br />
QUEM GANHA SOBE, QUEM FICA EM ÚLTIMO DESCE<br />
“<br />
Quem ganhar o seu torneio, apura-se para competir num nível de aprendizagem superior, ou contra<br />
adversários mais fortes, no mesmo nível de jogo. Quem ficar pior classificado, irá competir num nível de<br />
aprendizagem abaixo. Os jogadores intermédios permanecem e competem no mesmo nível de<br />
aprendizagem.<br />
PROPÓSITO PEDAGÓGICO: Além da<br />
motivação, permite que os jogadores mais<br />
evoluídos ajudem a fazer crescer os<br />
jogadores mais atrasados, colocando-lhes<br />
problemas e mostrando soluções que os<br />
jogadores menos experientes demorariam<br />
muito mais tempo a resolver ou a<br />
encontrar. Os jogadores que não estão em<br />
transição entre os níveis de aprendizagem,<br />
permanecem no seu nível, o que<br />
lhes permite consolidar a aprendizagem.<br />
Isto contribui muito para aproximar o nível de jogo dos jogadores (homogeneizar), sem atrasar os mais<br />
evoluídos. Outro aspecto importante nas subidas e descidas de divisão é o facto de os jovens jogadores<br />
começarem a aprender, intuitivamente, a GERIR O RISCO. Observa-se que os jogadores que sobem para<br />
competir num nível muito forte percebem que só têm hipótese de permanecer nesse nível se jogarem a<br />
arriscar, além do mais, não têm nada a perder. Já um jogador que desce a um nível jogo mais fraco pode<br />
jogar pelo seguro, esperar pelo acumular dos erros do adversário e quando já tem uma margem<br />
confortável (3 a 4 pontos) acelerar, arriscar mais e aumentar a pressão para acabar com o jogo.<br />
NOTA: Este é um aspecto que os nossos treinadores não se preocupam em ensinar, que os nossos<br />
jogadores não sabem gerir, nem sabem impor aos adversários e, consequentemente, não se apercebem<br />
quando os adversários estão a utilizar estas estratégias para os derrotar.<br />
É a PRESTAÇÃO na competição que COLOCA OS JOGADORES na progressão pedagógica, estando<br />
esta devidamente definida e controlada pelo treinador.<br />
PROPÓSITO PEDAGÓGICO: É a qualidade da realização na tarefa que hierarquiza os jogadores,<br />
contribuindo muito para definição da estrutura hierárquica entre os diferentes elementos da equipa e<br />
diminuindo muito o atrito na relação treinador / jogador, isto revela-se particularmente importante com<br />
treinadores jovens, menos experientes. No entanto, o treinador desempenha um papel fulcral no garante<br />
da adequação da proposta pedagógica ao nível de aprendizagem e prestação dos seus jogadores.<br />
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