Selecção Nacional Seniores Masculinos - Federação Portuguesa ...
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Miguel Maia<br />
João Brenha<br />
O começo<br />
O começo – Tudo surgiu naturalmente. A formação da dupla não foi planeada. Nós éramos amigos, vivíamos a<br />
cem metros um do outro e tínhamos praticamente o mesmo percurso de pavilhão, pertencíamos à mesma equipa<br />
(AA Espinho), convivíamos com o mesmo grupo de amigos e as coisas acabaram por acontecer naturalmente.<br />
O parceiro<br />
O parceiro – João Brenha é o parceiro ideal porque é o amigo e é o grande jogador. O amigo com quem cresci<br />
desde os seis anos de idade e o atleta de grande qualidade que tive sempre ao meu lado. Como características<br />
principais tem muita qualidade técnica e é um jogador de vitórias, com capacidade para as grandes decisões.<br />
Auto-definição<br />
Auto-definição – Considero-me um guerreiro, um trabalhador nato e um jogador também com bastante técnica.<br />
Ambos tínhamos essa característica, talvez devido à escola que tivemos em Espinho, sobretudo na Académica de<br />
Espinho.<br />
Momentos especiais<br />
Momentos especiais – A primeira vitória no Circuito Europeu, os dois triunfos no Circuito Mundial [Bélgica em<br />
1998, e Rússia em 1999], os três apuramentos para os Jogos Olímpicos e as duas meias-finais olímpicas. No meu<br />
caso pessoal, também realço o facto de ter sido o primeiro porta-estandarte do Voleibol nos Jogos Olímpicos, que<br />
é uma coisa que me orgulha muito e que eu guardarei para sempre na memória, e nos 1ºs Jogos da Lusofonia fui o<br />
representante europeu no transporte da chama.<br />
Pessoas mais importantes<br />
Pessoas mais importantes na carreira da dupla – O meu pai, porque era director da AA Espinho e<br />
sempre nos acompanhou a mim e ao João, quer a nível de pavilhão quer a nível de praia; foi um dos<br />
grandes obreiros da nossa carreira. A escolha do professor Francisco Fidalgo, antes dos Jogos Olímpicos<br />
de Atlanta, revelou-se uma aposta muito boa da nossa parte e da <strong>Federação</strong>, pois foi sempre<br />
uma pessoa dedicada e que nos ajudou muito e que tornou as coisas muito mais profissionais.<br />
Treinadores<br />
Treinadores – Os melhores treinadores nacionais apareceram por lá, na AA Espinho, casos do Prof.<br />
Francisco Fidalgo, do Prof. Luís Resende, do Prof. Aurélio Barra. Depois, demos<br />
um salto qualitativo bastante significativo com o Prof. José Moreira.<br />
Espinho<br />
Espinho – Somos como que um emblema da cidade; há já muitos anos<br />
que somos o rosto da cidade. Em qualquer ponto do país, as pessoas<br />
associam-nos a Espinho. Somos a grande bandeira da cidade e temos<br />
consciência disso.<br />
Separação<br />
Separação – Embora a parte desportiva tenha acabado, a amizade<br />
perdura. Mas fica um vazio muito grande até porque passámos por muita<br />
coisa juntos. Temos consciência de que nada dura para sempre e a nossa<br />
imagem como atletas teve um pico e vários momentos muito altos e que<br />
dificilmente se iriam repetir. Por isso creio que a imagem que fica é uma imagem de<br />
sucesso, de amizade e de como deveriam ser as duplas de Voleibol de Praia. A nível<br />
mundial, nunca vi e penso que nunca verei, ainda para mais nos dias de hoje, uma<br />
dupla que juntasse como nós todos esses componentes, que resultavam num<br />
entendimento perfeito. Sem nos chatearmos, sem nos deslumbrarmos demais<br />
com as vitórias, sem nos massacrarmos com as derrotas. Uma dupla onde<br />
imperava o diálogo e o respeito mútuo.<br />
Novos projectos<br />
Novos Projectos – A escola de Voleibol que eu e o João queremos criar. No plano<br />
desportivo, eu e o Pedro Rosas não vamos ter vida fácil. Vai ser preciso muito<br />
trabalho, muita paciência, pois os resultados não vão aparecer de um momento<br />
para o outro. Temos muita vontade de treinar, temos uma boa estrutura, bons<br />
apoios e por isso acredito que as coisas vão crescer favoravelmente.<br />
Miguel Maia<br />
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