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História Falada - Memória, Rede e Mudança Social - Imprensa Oficial

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TECNOLOGIAS E HISTÓRIAS DE VIDA<br />

idade, sabiam exatamente o que era Internet. Só 10% não<br />

sabiam. Agora, do total de 90% que a conheciam - isso já reforçado<br />

de uma segunda pesquisa que fizemos em 2002 -, 3%<br />

tinham acesso e usavam sempre a Internet na periferia.<br />

Apenas 3%. Confirmamos a perspectiva de que a tendência de<br />

falta de acesso continuaria a mesma. 90% conhecem a<br />

Internet, mas só 3% a usam.<br />

Alavanca de mudança<br />

O mais preocupante estava no fato que, dos 90% que conheciam<br />

Internet, 80% achavam que ela poderia melhorar a sua<br />

vida. Quer dizer, tinham essa perspectiva, essa esperança, mas<br />

não tinham acesso à tecnologia. Isso por si só já justificaria o<br />

programa de inclusão digital. Ou seja, partindo da idéia de que<br />

temos que ampliar os canais de oferta de serviços eletrônicos<br />

governamentais, chegamos a uma outra realidade. As pessoas<br />

não querem apenas acessar serviços eletrônicos via Internet;<br />

depositam nela uma esperança muito maior, esperando que<br />

produza impacto em suas vidas.<br />

Nesse ponto, paramos para pensar no que isso queria<br />

dizer, e quais seriam as conseqüências de se fazer um<br />

programa de inclusão digital, de universalização do acesso.<br />

Tentamos formatar uma teoria, porque não havia nenhuma, e<br />

pensar em como deveríamos orientar nossa ação. Essa teoria<br />

ainda não está acabada, mas começou por três premissas: a<br />

primeira está aí, o acesso à informação ampliaria a capacidade<br />

das pessoas de lidar com seus problemas no dia a dia, e nesse<br />

sentido, seria uma alavanca para o desenvolvimento pessoal,<br />

social e comunitário através do uso da tecnologia, e não<br />

apenas para dispor os serviços. Esta é uma premissa possível, e<br />

nela apostamos.<br />

A segunda premissa surge quando constatamos que<br />

compartilhar conhecimento é uma forma de solidariedade,<br />

porque no contexto de comunidades de baixa renda, vimos que<br />

não existe a possibilidade de troca material. As pessoas não têm<br />

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