As Limitações das intervenções humanitárias da ONU

More documents

Recommendations

Info

50 que busca um mundo melhor, e o realista, que só percorre esse caminho até onde ele esbarra em seus próprios interesses.
CAPÍTULO 2: DEBILIDADE ESTATAL E CONSTRUÇÃO DE ESTADOS 2.1 DEBILIDADE ESTATAL 51 O conceito de debilidade estatal, na acepção utilizada atualmente, foi desenvolvido na década de 1980 por Robert Jackson e Carl Rosberg, no livro “Why Africa’s Weak States Persist: the Empirical and the Juridical in statehood” (1982). Desde então, e especialmente no Pós-Guerra Fria, o estudo da fraqueza e do fracasso estatais tem ganhado proeminência. 15 Gerald Helman e Steven Ratner afirmavam em seu artigo “Saving Failed States” que “os Estados em vias de fracasso prometem se tornar uma faceta familiar da vida internacional” (HELMAN e RATNER, 1992). De fato, o assunto tem sido bastante discutido, principalmente porque as crises ocorridas nesses Estados se tornam um problema comum ao provocarem abusos dos direitos humanos, desastres humanitários que ultrapassam fronteiras, e emigrações de refugiados, como as ocorrências das últimas duas décadas em países como Somália, Camboja, Ruanda, Libéria, Serra Leoa, Congo e Timor Leste. Helman e Ratner explicam de que forma o fenômeno da debilidade estatal afeta a ordem internacional e falam da necessidade de agir: Desde o Haiti no Hemisfério Ocidental aos remanescentes da Iugoslávia na Europa, da Somália, Sudão, e Libéria na África ao Camboja no sudeste da Ásia, um novo fenômeno preocupante está surgindo: o estado-nação falido, absolutamente incapaz de sustentar-se como um membro da comunidade internacional. Contendas civis, ruptura do governo e privação econômica estão criando 15 Além dos precursores Robert Jackson e Carl Rosberg, destacam-se nesta área os trabalhos de Robert Rotberg no projeto da Universidade de Harvard para a World Peace Foundation (Haiti’s Turmoil: Politics and Policy Under Aristide and Clinton), Lawrence Chickering e Edward Haley (Strong Society, Weak State), e do grupo de pesquisa de Daniel Esty, da Universidade de Purdue (The State Failure Project).
Page 1 and 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATAR
Page 4 and 5: 4 AGRADECIMENTOS Agradeço ao CNPq,
Page 6: 6 RESUMO O objetivo deste trabalho
Page 10: 10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1
Page 14: 14 LISTA DE SIGLAS CARICOM: Caribbe
Page 17 and 18: 3.1 A MISSÃO .....................
Page 19 and 20: 19 ultrapassam suas fronteiras, com
Page 21 and 22: 21 pode ajudar a entender que açõ
Page 23 and 24: CAPÍTULO 1: AS INTERVENÇÕES HUMA
Page 25 and 26: 25 outros direitos dos Estados. A t
Page 27 and 28: 27 tornava o sistema de segurança
Page 29 and 30: 1.2 O ESTADO EM UM MUNDO INTERDEPEN
Page 31 and 32: 31 seriam: democracias em consolida
Page 33 and 34: 33 Uma das formas de solucionar o p
Page 35 and 36: 35 geopolíticos praticada por um E
Page 37 and 38: 37 Neste documento são apresentada
Page 39 and 40: 39 imposição da paz 12 . Do mesmo
Page 41 and 42: E ainda, quanto à seletividade na
Page 43 and 44: 43 relatório final, surge a teoria
Page 45 and 46: 45 humanitárias, faz coro ao afirm
Page 47 and 48: 47 motivações não-humanitárias
Page 49: 49 abordar o problema a partir de u
Page 53 and 54: 53 um Estado Fraco como um país qu
Page 55 and 56: 55 guerra civil, muitas vezes acomp
Page 57 and 58: 57 sociais originaram um modelo de
Page 59 and 60: 59 atores não-estatais têm uma ca
Page 61 and 62: 61 O Haiti divide com a República
Page 63 and 64: 63 presidente vitalício do Haiti.
Page 65 and 66: 65 intenção era acabar com uma in
Page 67 and 68: 67 primeiro recurso para enfrentar
Page 69 and 70: 69 considerada precária e extremam
Page 71 and 72: 71 internacionais e da própria ONU
Page 73 and 74: 73 Fonte: USAID, 2010. Outra compar
Page 75 and 76: Taxa de miserabilidade (população
Page 77 and 78: 77 assistência externa, que garant
Page 79 and 80: 79 sistemas de comunicação, educa
Page 81 and 82: 81 ocupados. No entanto, as reforma
Page 83 and 84: CAPÍTULO 3: A MISSÃO DE ESTABILIZ
Page 85 and 86: 85 instituições como a OEA e o CA
Page 87 and 88: 87 direitos humanos em seus esforç
Page 89 and 90: 89 Indonésia, Jamaica, Jordânia,
Page 91 and 92: 91 MINUSTAH encontrarem corpos carb
Page 93 and 94: 93 Polícia Nacional (PNH), com mai
Page 95 and 96: 95 flutuação nos preços da comid
Page 97 and 98: 97 (CONSELHO DE SEGURANÇA, RESOLU
Page 99 and 100: 99 desastre ainda não havia conseg
Page 101 and 102:
101 tempo e os recursos disponívei
Page 103 and 104:
103 país: às escuras. Esta é tam
Page 105 and 106:
105 início atrapalhado e de muitas
Page 107 and 108:
107 ela de fato apoiava ou mesmo po
Page 109 and 110:
109 Para Valdés (2009), a realiza
Page 111 and 112:
3.3.3 Direitos Humanos 111 A promo
Page 113 and 114:
113 a comunidade em si. [grifos meu
Page 115 and 116:
115 A MINUSTAH também recebeu den
Page 117 and 118:
117 crescimento forte em 2010. Infe
Page 119 and 120:
Intervenção de outros Estados e/o
Page 121 and 122:
121 direitos humanos tem ficado aqu
Page 123 and 124:
123 dependentes, principalmente nos
Page 125 and 126:
125 o que parece um tanto cruel, pr
Page 127 and 128:
127 mostre que é possível mudar a
Page 129 and 130:
129 empreendimento deste tipo, mesm
Page 131 and 132:
131 importante dotar os haitianos d
Page 133 and 134:
133 desenvolvimento, a MINUSTAH ain
Page 135 and 136:
135 BASU, Moni. Cholera death toll
Page 137 and 138:
Disponível em: https://www.cia.gov
Page 139 and 140:
139 DUMAIT-HARPER, Catherine. The R
Page 141 and 142:
141 http://www.foreignpolicy.com/ar
Page 143 and 144:
______. Vencida a violência, pobre
Page 145 and 146:
http://www.tampabay.com/news/world/
Page 147 and 148:
PRICE, Matthew. Quake-stricken Hait
Page 149 and 150:
______. A ajuda atrapalha. Revista
Page 151 and 152:
151 Disponível em: http://www.time
Page 153 and 154:
153 development of Haiti over the l
Page 155 and 156:
155 prejudice to the responsibiliti
Page 157:
157 14. Urges all the above-mention
show all

As Limitações das intervenções humanitárias da ONU

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?