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As Limitações das intervenções humanitárias da ONU

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3.3.3 Direitos Humanos<br />

111<br />

A promoção do respeito aos direitos humanos é um dos<br />

pilares <strong>da</strong> <strong>ONU</strong>, e está presente em to<strong><strong>da</strong>s</strong> as missões de paz dessa<br />

Organização. No caso <strong>da</strong> MINUSTAH, o Conselho de Segurança<br />

estabelece que a Missão deve:<br />

apoiar o Governo de Transição do Haiti, bem<br />

como as instituições e grupos de direitos<br />

humanos em seus esforços para promover e<br />

proteger os direitos humanos, especialmente<br />

de mulheres e crianças, a fim de garantir a<br />

responsabili<strong>da</strong>de individual por abusos de<br />

direitos humanos e a reparação às vítimas<br />

(CONSELHO DE SEGURANÇA, 2004b).<br />

Adicionalmente, o comando <strong>da</strong> MINUSTAH deve<br />

produzir relatórios sobre a situação dos direitos humanos em todo o<br />

Haiti.<br />

Constitucionalmente, o Haiti está dentro dos padrões<br />

internacionais de direitos humanos. Infelizmente, em um Estado<br />

falido, leis e regras não são considera<strong><strong>da</strong>s</strong> obrigatórias, e o próprio<br />

governo costuma violar os direitos básicos de sua população e<br />

ignorar a Constituição. Os já descritos comportamentos usuais <strong>da</strong><br />

Polícia e do setor judiciário são um indicativo do nível de respeito<br />

aos direitos humanos a que os haitianos estão acostumados. Os<br />

esforços <strong>da</strong> <strong>ONU</strong> no sentido de reformar essas instituições já podem<br />

ser considerados um avanço nessa área, uma vez que buscam<br />

consoli<strong>da</strong>r o respeito às normas do Estado de Direito e <strong>da</strong><br />

Constituição haitiana, que obviamente desautorizam violações aos<br />

direitos humanos.<br />

Além de colaborar com o governo nesta questão, a própria<br />

MINUSTAH deve se policiar para não se transformar em<br />

transgressora desses direitos. De fato, muitas acusações assim<br />

recaíram sobre a Missão desde o seu início, principalmente nas<br />

operações de pacificação <strong><strong>da</strong>s</strong> comuni<strong>da</strong>des violentas de Porto<br />

Príncipe. Alguns desses episódios já foram comentados, como aquele<br />

em que a MINUSTAH se viu dividi<strong>da</strong> entre as funções de apoiar a<br />

Polícia ou defender a população. A Missão, naquele caso, protegeu a<br />

população, embora de forma passiva, servindo de escudo humano.<br />

Embora seja bastante fácil entender a confusão que deve ter

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