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O Sutra de Lótus da Lei Maravilhosa do Capítulo 21 - Rissho Kosei-kai

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que eram envia<strong>do</strong>s <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o Japão. Também passava<br />

as informações <strong>do</strong> centro <strong>de</strong> controle municipal para os<br />

<strong>de</strong>sabriga<strong>do</strong>s no centro <strong>do</strong> Dharma. Comecei a recitar o<br />

<strong>Sutra</strong> com to<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> me ensinarem a tocar o<br />

gongo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, fiz também a função <strong>de</strong> tocá-lo.<br />

Minha casa foi leva<strong>da</strong> pelas águas, perdi meu emprego<br />

e a fonte <strong>de</strong> sustento, e passávamos os dias<br />

preocupa<strong>do</strong>s. Entretanto, por causa <strong>do</strong> forte elo com<br />

minha família, e os membros <strong>do</strong> centro <strong>de</strong> Kamaishi,<br />

inclusive o Rev. Kobayashi, que me confortava com<br />

seu sorriso e gentileza, e também graças ao calor<br />

humano <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os membros <strong>da</strong> Risho Kossei-<strong>kai</strong>, fui<br />

capaz <strong>de</strong> me acostumar facilmente à situação.<br />

Cerca <strong>de</strong> um mês após o terremoto, minha família<br />

recebeu a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>r-se temporariamente<br />

para uma casa. Nessa hora, os membros <strong>da</strong> Risho<br />

Kossei-<strong>kai</strong> <strong>do</strong> distrito <strong>de</strong> Oou aju<strong>da</strong>ram-nos a pintar as<br />

pare<strong>de</strong>s e trocar os papéis <strong>do</strong> fussumá (porta divisória<br />

removível e <strong>de</strong>slizante). Logo <strong>de</strong>pois disso, recebi uma<br />

oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar como emprega<strong>do</strong> temporário<br />

na prefeitura. No mês <strong>de</strong> maio, comecei meu trabalho<br />

aju<strong>da</strong>n<strong>do</strong> as pessoas a procurarem suas moradias<br />

temporárias. Algumas pessoas vinham zanga<strong>da</strong>s,<br />

queixan<strong>do</strong>-se que nunca haviam recebi<strong>do</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se mu<strong>da</strong>r. Após ouvi-las, eu contava a minha<br />

história e algumas até se <strong>de</strong>sculpavam por terem se<br />

zanga<strong>do</strong>. Eu era capaz <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r profun<strong>da</strong>mente<br />

o que eles sentiam, pois a minha experiência era a<br />

mesma. Eu me <strong>de</strong>diquei a realizar o meu papel com<br />

muita soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

No outono, os jovens membros <strong>da</strong> RKK <strong>de</strong><br />

Hok<strong>kai</strong><strong>do</strong> vieram à minha ci<strong>da</strong><strong>de</strong> para limpar o rio, que<br />

estava cheio <strong>de</strong> lama e entulho, e recitar o <strong>Sutra</strong>,<br />

oran<strong>do</strong> pelas vítimas no Centro <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong><br />

Desastres. Juntei-me às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>les e ofereci<br />

minhas orações às almas <strong>da</strong>s vítimas. Des<strong>de</strong> o<br />

terremoto, muitas coisas diferentes aconteceram<br />

comigo, mas tive uma preciosa experiência em morar<br />

num abrigo, receben<strong>do</strong> um novo emprego e me<br />

relacionan<strong>do</strong> com muitas pessoas maravilhosas. Mais<br />

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recentemente, tive a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r muito<br />

através <strong>da</strong> minha função no grupo <strong>de</strong> jovens e através<br />

<strong>do</strong>s <strong>de</strong>veres noturnos no centro <strong>do</strong> Dharma. Quan<strong>do</strong><br />

penso como eu era antes <strong>do</strong> <strong>de</strong>sastre, vejo com<br />

surpresa que consigo me juntar às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s com<br />

muito entusiasmo.<br />

Durante o tempo que estive como <strong>de</strong>sabriga<strong>do</strong> no<br />

centro, o Mestre Presi<strong>de</strong>nte Niwano e a Rev. Kosho<br />

Niwano vieram a Kamaishi para passarem umas horas<br />

conosco, <strong>da</strong>n<strong>do</strong>-nos coragem e esperança. Estas visitas<br />

tornaram-se nosso gran<strong>de</strong> encorajamento, e estou<br />

profun<strong>da</strong>mente grato a eles.<br />

Muitas pessoas per<strong>de</strong>ram suas preciosas vi<strong>da</strong>s no<br />

<strong>de</strong>sastre, apesar <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s eles terem <strong>de</strong>seja<strong>do</strong><br />

sobreviver. Eu também encarei a morte. Sentin<strong>do</strong> uma<br />

profun<strong>da</strong> gratidão por estar vivo, gostaria <strong>de</strong> me<br />

<strong>de</strong>votar a fazer tu<strong>do</strong> que pu<strong>de</strong>r junto com to<strong>do</strong>s vocês,<br />

para que preciosas vi<strong>da</strong>s que foram perdi<strong>da</strong>s não<br />

tenham i<strong>do</strong> em vão. Po<strong>de</strong>mos assim trilhar o caminho<br />

juntos em direção à reconstrução <strong>de</strong> nossas<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

A to<strong>do</strong>s, meus sinceros agra<strong>de</strong>cimentos.<br />

Mr. Kawasaki gives religious testimony at the Great Sacred Hall<br />

in Tokyo

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