16.04.2013 Views

Lição inaugural 2010 CM - Universidade de Évora

Lição inaugural 2010 CM - Universidade de Évora

Lição inaugural 2010 CM - Universidade de Évora

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Tal como para a <strong>de</strong>cisão individual, os recursos a incluir<br />

nestes métodos não são necessária e unicamente o capital<br />

financeiro. Por exemplo, o capital científico po<strong>de</strong> ser visto<br />

como uma das barreiras à inovação & <strong>de</strong>senvolvimento. As<br />

infra-estruturas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminam uma capacida<strong>de</strong><br />

instalada que não po<strong>de</strong> ser excedida. Todas as limitações<br />

ou estrangulamentos que consi<strong>de</strong>rarmos relevantes à<br />

realização do bem-estar potencial po<strong>de</strong>m ser mo<strong>de</strong>ladas<br />

com o objectivo <strong>de</strong> analisarmos e apurarmos as que mais<br />

condicionam o nosso bem-estar. Por exemplo, nível cultural<br />

e educacional, recursos naturais físicos, administração<br />

pública e organização social e governance.<br />

A questão crucial a que temos que respon<strong>de</strong>r é, por<br />

conseguinte, como socieda<strong>de</strong> que atributos queremos<br />

incluídos e valorizados na nossa função <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong><br />

agregada ou social, ou seja, o que consi<strong>de</strong>ramos “bemestar”?<br />

Por outras palavras, quais são os nossos <strong>de</strong>sígnios<br />

e o que preten<strong>de</strong>mos para nós próprios e para os nossos<br />

semelhantes, como povo e como parte da humanida<strong>de</strong>? O<br />

que nos move como parte <strong>de</strong> uma civilização? Como<br />

valorizamos na nossa função <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> o direito<br />

internacional, em particular os direitos humanos<br />

(nomeadamente, a violência, a fome ou a pobreza), o<br />

ambiente (naturalmente a poluição, a biodiversida<strong>de</strong>), a<br />

saú<strong>de</strong> (por exemplo a mortalida<strong>de</strong> infantil e o apoio aos<br />

idosos), a educação e o conhecimento científico (a história,<br />

o património, a ciência), a cultura e as artes (a música, a<br />

pintura, o cinema e o teatro), o <strong>de</strong>sporto (em particular o<br />

futebol), e por aí adiante. É claro que as respostas a estas<br />

questões radicam na essência dos princípios e dos valores<br />

que comungamos, ou dito <strong>de</strong> outra forma, o que queremos<br />

que a socieda<strong>de</strong> valorize. Respostas a estas questões<br />

explicitam os atributos da nossa função <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> mas<br />

nem a Gestão Científica nem qualquer outra ciência<br />

humana e social os <strong>de</strong>termina. No máximo, po<strong>de</strong>mos dizer<br />

30

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!