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Lição inaugural 2010 CM - Universidade de Évora

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Permitam-me que, antes <strong>de</strong> o fazer, refira apenas que o<br />

nível <strong>de</strong> análise a utilizar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do <strong>de</strong>cisor e do projecto<br />

em causa. Po<strong>de</strong> ser, predominantemente, o microeconómico,<br />

referindo-nos ao agente individual,<br />

fundamentalmente ao empresário ou ao agricultor no caso<br />

da agricultura. Nesse nível a análise po<strong>de</strong> ser alargada aos<br />

agentes a montante e a jusante da empresa agrícola, ou<br />

seja, fornecedores e clientes das ca<strong>de</strong>ias e do sector agroalimentar.<br />

Mas, também po<strong>de</strong>mos analisar as questões <strong>de</strong><br />

gestão económica <strong>de</strong> forma mais agregada ao nível meso e<br />

macro-económico, para uma região ou para o país, em que<br />

o projecto é do interesse público e colectivo e a <strong>de</strong>cisão é<br />

política. Por outras palavras, o objecto e as <strong>de</strong>terminantes<br />

da gestão po<strong>de</strong>m ser analisados ao nível individual dos<br />

agentes económicos, das empresas pelos empresários, ou<br />

ao nível colectivo da socieda<strong>de</strong>, das organizações e<br />

instituições do Estado pelos governantes e dirigentes<br />

públicos.<br />

Há um outro aspecto que quero referir e que é fundamental<br />

quando a análise tem objectivos a nível colectivo. É a<br />

caracterização objectiva da realida<strong>de</strong> socio-económica em<br />

observação. O serviço <strong>de</strong> estatísticas oficiais <strong>de</strong>ve<br />

respon<strong>de</strong>r, genericamente, a esse <strong>de</strong>sígnio. Por outro lado,<br />

o utilizador tem a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar a informação<br />

disponível <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada aos objectivos em vista.<br />

Vem este terceiro aparte, a que a partir <strong>de</strong>ste ponto<br />

comecei a <strong>de</strong>dicar-me, a propósito do tema que escolhi<br />

relacionado com o <strong>de</strong>senvolvimento rural. Designei-o <strong>de</strong><br />

“como não fazer e utilizar estatísticas”.<br />

Há alguns meses, colaborarei com uma colega num artigo<br />

sobre “ o papel futuro da agricultura no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

rural multifuncional” em Portugal. Tratava-se da<br />

contribuição portuguesa para um estudo comparativo dos<br />

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