Qual é a temperatura onde as minhocas gostam

Qual é a temperatura onde as minhocas gostam Qual é a temperatura onde as minhocas gostam

oficina.cienciaviva.pt
from oficina.cienciaviva.pt More from this publisher
16.04.2013 Views

PROJECTO ID: 1093 – AMBIENTE E VIDA – - ROCHAS, SOLO, CLIMA E SERES VIVOS - Dolores Alveirinho; Helena Margarida Tomás - ◘ QUAL É A TEMPERATURA ONDE AS MINHOCAS GOSTAM MAIS DE VIVER? Compreender a relação clima/animais. Compreender de que forma a temperatura influencia o comportamento dos animais. O ateliê foi implementado por um grupo de alunas do 2º ano da Escola Superior de Educação de Castelo Branco (ESECB), numa turma de 21 alunos do 1º ano de escolaridade da escola do 1º Ciclo do Valongo, em Castelo Branco. O ateliê teve a duração de cerca de 1h:30min e decorreu no dia 9 de Maio de 2008, no âmbito da disciplina de Ciências da Natureza e Experimentais leccionada pelas docentes Dolores Alveirinho e Helena Margarida Tomás. ◘ DESCRIÇÃO DO ATELIÊ No esquema que se segue encontra-se esquematizada a sequência das actividades desenvolvidas no ateliê. 1

PROJECTO ID: 1093 – AMBIENTE E VIDA –<br />

- ROCHAS, SOLO, CLIMA E SERES VIVOS<br />

- Dolores Alveirinho; Helena Margarida Tomás -<br />

◘ QUAL É A TEMPERATURA ONDE AS MINHOCAS GOSTAM MAIS DE<br />

VIVER?<br />

Compreender a relação clima/animais.<br />

Compreender de que forma a <strong>temperatura</strong> influencia o<br />

comportamento dos animais.<br />

O ateliê foi implementado por um grupo de alun<strong>as</strong> do 2º ano da<br />

Escola Superior de Educação de C<strong>as</strong>telo Branco (ESECB), numa turma<br />

de 21 alunos do 1º ano de escolaridade da escola do 1º Ciclo do<br />

Valongo, em C<strong>as</strong>telo Branco.<br />

O ateliê teve a duração de cerca de 1h:30min e decorreu no dia 9 de<br />

Maio de 2008, no âmbito da disciplina de Ciênci<strong>as</strong> da Natureza e<br />

Experimentais leccionada pel<strong>as</strong> docentes Dolores Alveirinho e Helena<br />

Margarida Tomás.<br />

◘ DESCRIÇÃO DO ATELIÊ<br />

No esquema que se segue encontra-se esquematizada a sequência<br />

d<strong>as</strong> actividades desenvolvid<strong>as</strong> no ateliê.<br />

1


Organograma do desenvolvimento do ateliê<br />

Organização de cinco grupos de quatro crianç<strong>as</strong><br />

Leitura conjunta de du<strong>as</strong> quadr<strong>as</strong><br />

Formulação d<strong>as</strong> questões-problema<br />

<strong>Qual</strong> <strong>é</strong> o trabalho da minhoca no solo? <strong>Qual</strong> <strong>é</strong> a <strong>temperatura</strong> <strong>onde</strong> <strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong><br />

<strong>gostam</strong> mais de estar?<br />

Ficha de Trabalho /Tabela<br />

Desenho demonstrativo Registo d<strong>as</strong> opiniões/previsões<br />

d<strong>as</strong> expectativ<strong>as</strong> quanto à relativamente aos resultados<br />

experiência experimentais<br />

Desenho Análise dos desenhos<br />

História alusiva às minhoc<strong>as</strong><br />

Execução da experiência<br />

2


As actividades foram iniciad<strong>as</strong> com a leitura e a exploração de du<strong>as</strong><br />

quadr<strong>as</strong>, que se encontravam escrit<strong>as</strong> no quadro, no sentido de se<br />

perceber o que <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> sabiam sobre <strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong> e a sua função<br />

nos solos.<br />

Há furos pequenos<br />

Por todo o terreno<br />

São c<strong>as</strong><strong>as</strong>, são toc<strong>as</strong><br />

D<strong>as</strong> fin<strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong>.<br />

Com tantos furinhos<br />

A terra <strong>é</strong> tão boa.<br />

Minhoc<strong>as</strong> não furam<br />

A terra à toa!<br />

Maria da Graça Almeida<br />

À questão <strong>Qual</strong> <strong>é</strong> o trabalho d<strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong>? muit<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> já<br />

sabiam definir o que era uma minhoca e qual a sua principal função<br />

nos solos, dando <strong>as</strong> mais variad<strong>as</strong> respost<strong>as</strong>:<br />

- ”As minhoc<strong>as</strong> fazem galeri<strong>as</strong> no solo para a água poder p<strong>as</strong>sar<br />

melhor para baixo da terra”.<br />

3


- “Têm como trabalho fazer buracos na terra para que a água<br />

circule”.<br />

- ”As minhoc<strong>as</strong> fazem galeri<strong>as</strong> no solo para o ar poder p<strong>as</strong>sar melhor<br />

para baixo da terra”.<br />

- “As minhoc<strong>as</strong> vivem debaixo da terra, <strong>onde</strong> existe humidade e <strong>onde</strong><br />

estão protegid<strong>as</strong> do frio e do calor”.<br />

- “As minhoc<strong>as</strong> alimentam-se de folh<strong>as</strong> velh<strong>as</strong>”.<br />

- “As minhoc<strong>as</strong> tornam o solo bom”.<br />

-“No Verão estava uma minhoca morta na pedra do quintal da minha<br />

avó”.<br />

Depois de uma breve exploração d<strong>as</strong> idei<strong>as</strong> d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> sobre a<br />

importância d<strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong> nos solos, <strong>as</strong> alun<strong>as</strong> da ESECB formularam<br />

com <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> uma nova questão-problema <strong>Qual</strong> <strong>é</strong> a <strong>temperatura</strong><br />

<strong>onde</strong> <strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong> <strong>gostam</strong> mais de viver?<br />

Reforçaram a discussão explorando com <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> “O que acham<br />

que acontece às minhoc<strong>as</strong> se estivessem num lugar muito frio<br />

ou muito quente?”.<br />

As crianç<strong>as</strong> fizeram <strong>as</strong> su<strong>as</strong> previsões preenchendo uma tabela. Na<br />

primeira parte, desenharam <strong>as</strong> su<strong>as</strong> expectativ<strong>as</strong> em relação ao que<br />

achavam que iria acontecer e explicaram “Porquê?”.<br />

4


Uma vez que eram crianç<strong>as</strong> do 1.º ano de escolaridade, <strong>as</strong> alun<strong>as</strong><br />

ajudaram-n<strong>as</strong> a escrever.<br />

Assim, <strong>as</strong> alun<strong>as</strong> da ESECB levaram <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> a dizer O que vai<br />

acontecer? Porquê?<br />

O que pens<strong>as</strong> que vai acontecer?<br />

Porquê?<br />

No que respeita ao valor de 0ºC, <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> desenharam a minhoca<br />

“congelada”, explicando que, neste valor de <strong>temperatura</strong>, <strong>as</strong><br />

“minhoc<strong>as</strong> teriam muito frio e não conseguiriam sobreviver”. No valor<br />

de <strong>temperatura</strong> de 19ºC, desenharam a “minhoca esticada”,<br />

explicando que “esta estaria satisfeita porque seria a <strong>temperatura</strong><br />

que ela necessitaria para sobreviver”. Por fim, no valor de 40ºC<br />

5


desenharam minhoc<strong>as</strong> mort<strong>as</strong> e sec<strong>as</strong> porque, diziam, que “a est<strong>as</strong><br />

<strong>temperatura</strong>s não resistiam a tanto calor”.<br />

Como <strong>as</strong> alun<strong>as</strong> pretendiam explorar, experimentalmente, o<br />

comportamento d<strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong> em valores diferentes de "<strong>temperatura</strong><br />

ambiente” – 0ºC, 19ºC, 40ºC – e, dado que eram crianç<strong>as</strong> do 1.º ano<br />

de escolaridade, para que pudessem dar significado a estes valores,<br />

contaram a história da sua autoria, “Era uma vez três minhoc<strong>as</strong><br />

que viviam na … Minhocolândia”, recorrendo a um conjunto de<br />

10 cartões ilustrativos, que elaboraram para o efeito.<br />

Confrontaram previsões.<br />

6


Era uma vez três minhoc<strong>as</strong> que viviam na …<br />

… Minhocolândia<br />

Chegaram <strong>as</strong> f<strong>é</strong>ri<strong>as</strong> e, como andavam cansad<strong>as</strong> de tanto trabalharem,<br />

decidiram ir p<strong>as</strong>sear, cada uma para um local diferente.<br />

A minhoca azul pensou ir para a praia, <strong>onde</strong> o clima <strong>é</strong> ameno e há b<strong>as</strong>tante<br />

humidade. A minhoca amarela, que queria experimentar um gorro e um cachecol novos<br />

que a mãe lhe tinha dado, decidiu ir para a Serra da Estrela <strong>onde</strong>, nesta altura do<br />

ano, há muita neve.<br />

A minhoca verde pensava como seria estar num local <strong>onde</strong> a água estivesse<br />

muito quente. M<strong>as</strong>, como não tinha dinheiro para ir de f<strong>é</strong>ri<strong>as</strong>, decidiu ficar por c<strong>as</strong>a.<br />

Quando <strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong> foram embora, decidimos ir atrás del<strong>as</strong> para saber como<br />

se estavam a sentir no seu primeiro dia de f<strong>é</strong>ri<strong>as</strong>.<br />

A minhoca azul estava sorridente, feliz e contente, deitada na<br />

sua toalha de praia.<br />

Fomos espreitar a minhoca amarela que tinha ido para a serra. Estava radiante<br />

a fazer o seu primeiro boneco de neve.<br />

Já a minhoca verde, em c<strong>as</strong>a, decidiu aquecer água numa panela e meter-se lá<br />

dentro.<br />

Daí a algum tempo, fomos espreitar novamente <strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong>. A azul continuava<br />

sorridente e muito feliz, na praia.<br />

A espreitadela na minhoca amarela já foi diferente, estava a tremer de frio e<br />

com um ar muito triste.<br />

A minhoca verde, coitada, estava muito infeliz! Saiu muito apressada da<br />

panela, pois o calor era muito e estava a transpirar muito.<br />

7


(10)<br />

A Minhocolândia<br />

(1) (2) (3)<br />

(4) (5) (6)<br />

(7) (8) (9)<br />

Cartões usados para contar a<br />

história<br />

8


… decidiram ir de f<strong>é</strong>ri<strong>as</strong> …”<br />

“Era uma vez três minhoc<strong>as</strong> que<br />

viviam na Minhocolândia e …<br />

Querem ver, na realidade, como se comportam <strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong><br />

“ness<strong>as</strong> três diferentes <strong>temperatura</strong>s”?<br />

Então, vamos experimentar?<br />

9


Como fazer…<br />

O nosso material<br />

Três minhoc<strong>as</strong> idêntic<strong>as</strong><br />

Uma pinça de dissecação<br />

Três tin<strong>as</strong> (A, B e C)<br />

Três termómetros digitais<br />

Três caix<strong>as</strong> de Petri<br />

10 cubos de gelo<br />

1/2 L de água a 19ºC<br />

1/2 L de água a 40ºC<br />

As<br />

crianç<br />

<strong>as</strong><br />

desenh<br />

aram<br />

o que<br />

observ<br />

aram<br />

e<br />

confro<br />

ntara<br />

m com<br />

o que<br />

tinham<br />

desenh<br />

ado<br />

anteri<br />

ormen<br />

te.<br />

Desta vez foram <strong>as</strong> alun<strong>as</strong> da ESECB que<br />

manusearam o material!...<br />

10


2.<br />

Colocou-se a água a 19ºC na tina B.<br />

Registou-se a <strong>temperatura</strong> com o termómetro<br />

digital (19ºC).<br />

Colocou-se uma caixa de Petri sobre a água da<br />

tina.<br />

Com a ajuda da pinça, introduziu-se uma minhoca<br />

na referida caixa de Petri.<br />

3.<br />

Colocou-se a água a 40ºC na tina C.<br />

Registou-se a <strong>temperatura</strong> com o termómetro<br />

digital (40ºC).<br />

Colocou-se uma caixa de Petri sobre a água da<br />

tina.<br />

Com a ajuda da pinça, introduziu-se uma minhoca<br />

na referida caixa de Petri.<br />

4.<br />

Como procedemos…<br />

1.<br />

Colocaram-se 10 cubos de gelo na tina A.<br />

Registou-se a <strong>temperatura</strong> com o termómetro<br />

digital (0ºC).<br />

Colocou-se uma caixa de Petri sobre os cubos de<br />

gelo.<br />

Com a ajuda da pinça, introduziu-se uma minhoca<br />

na referida caixa de Petri.<br />

Observou-se o comportamento d<strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong> e<br />

registaram-se os resultados.<br />

11


Os nossos resultados…<br />

Observa como se comportam <strong>as</strong> três minhoc<strong>as</strong>.<br />

12


Cada criança desenhou o que observou e confrontou<br />

o desenho com o que tinha desenhado anteriormente<br />

(previsão).<br />

Registo dos<br />

resultados.<br />

Depois, <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> confrontaram <strong>as</strong> su<strong>as</strong> previsões e a dos seus coleg<strong>as</strong><br />

com os resultados...<br />

13


As crianç<strong>as</strong> verificaram facilmente que <strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong> apresentaram<br />

comportamentos nitidamente diferentes em cada um dos três valores<br />

de <strong>temperatura</strong>.<br />

A minhoca da caixa de Petri que foi colocada sobre os cubos de gelo,<br />

enrolava-se e deslocava-se para <strong>as</strong> paredes da caixa, no sentido de<br />

se af<strong>as</strong>tar do fundo, pois este encontrava-se a uma <strong>temperatura</strong><br />

dem<strong>as</strong>iado baixa.<br />

A minhoca da caixa de Petri a 19ºC deslocava-se lentamente ou<br />

mantinha-se no fundo da caixa.<br />

A minhoca da caixa de Petri colocada sobre a água a 40 ºC enrolava-<br />

se muito, retorcendo-se e dando “saltos”, na tentativa de não tocar<br />

no fundo, pois este encontrava-se a uma <strong>temperatura</strong> dem<strong>as</strong>iado<br />

elevada.<br />

Com <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>, discutiram-se os resultados obtidos na actividade<br />

experimental, percebendo <strong>as</strong>sim que a minhoca da caixa A, à<br />

<strong>temperatura</strong> de 0 ºC, “não gosta desta <strong>temperatura</strong>”, pois “estava<br />

com muito frio, por isso enrolou-se e fugia do fundo”. No entanto,<br />

ficaram admirad<strong>as</strong>, pois a minhoca “não congelou” como el<strong>as</strong><br />

pensavam que iria acontecer.<br />

Relativamente à minhoca da caixa B, constataram que à <strong>temperatura</strong><br />

de 19ºC “ela sentia-se bem”, <strong>é</strong> “uma <strong>temperatura</strong> boa para <strong>as</strong><br />

minhoc<strong>as</strong> viverem”, “está satisfeita nesta <strong>temperatura</strong>” por isso “está<br />

esticada, só um bocadinho enrolada”.<br />

Quanto à minhoca da caixa C, à <strong>temperatura</strong> de 40ºC, tal como já<br />

tinham previsto, “estava b<strong>as</strong>tante incomodada”, “enrolou-se muito”,<br />

14


“deu muitos saltos para sair da caixa”, “a minhoca tamb<strong>é</strong>m não<br />

gosta desta <strong>temperatura</strong> por ser muito alta”.<br />

Relembrou-se a questão-problema “<strong>Qual</strong> <strong>é</strong> a <strong>temperatura</strong> <strong>onde</strong> <strong>as</strong><br />

minhoc<strong>as</strong> <strong>gostam</strong> mais de viver?” e, após uma breve troca de<br />

idei<strong>as</strong> com <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>, est<strong>as</strong>, espontaneamente, resp<strong>onde</strong>ram<br />

dizendo que <strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong> “não <strong>gostam</strong> de <strong>temperatura</strong>s nem muito<br />

baix<strong>as</strong>, nem muito alt<strong>as</strong>”, e que “<strong>é</strong> à <strong>temperatura</strong> de 19ºC que <strong>as</strong><br />

minhoc<strong>as</strong> <strong>gostam</strong> de estar”, concluindo <strong>as</strong>sim que a <strong>temperatura</strong><br />

influencia o comportamento d<strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong>.<br />

AVALIAÇÃO<br />

Para avaliarem <strong>as</strong> aprendizagens d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>, <strong>as</strong> alun<strong>as</strong> da ESE<br />

colocaram à discussão a fr<strong>as</strong>e “No Verão estava uma minhoca morta<br />

na pedra do quintal da minha avó”, que uma d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> – o João -<br />

tinha dito no início do ateliê.<br />

No global, <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> <strong>as</strong>sociaram correctamente este acontecimento<br />

com <strong>as</strong> condições de <strong>temperatura</strong> que se encontravam na caixa C.<br />

Referiram, ainda, que a minhoca da experiência que estava nesta<br />

caixa não morreu porque esteve lá durante pouco tempo, ao<br />

contrário do que deveria ter acontecido à que o João encontrou em<br />

cima da pedra do quintal da avó.<br />

15


REFLEXÃO DAS FUTURAS DUCADORAS (1)<br />

“O trabalho decorreu com normalidade e com entusi<strong>as</strong>mo em relação<br />

ao trabalho que o mesmo proporcionou ao grupo.<br />

Em relação ao ateliê em si e à ida à escola, a motivação esteve<br />

sempre no seu auge e na expectativa d<strong>as</strong> possíveis reacções d<strong>as</strong><br />

crianç<strong>as</strong>.<br />

Fazendo uma reflexão da implementação do ateliê, achamos que<br />

correu para al<strong>é</strong>m d<strong>as</strong> noss<strong>as</strong> expectativ<strong>as</strong>, at<strong>é</strong> porque <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> já<br />

tinham conhecimentos sobre a importância d<strong>as</strong> minhoc<strong>as</strong> e, al<strong>é</strong>m<br />

disso, surpreenderam-nos porque já sabiam ler muito bem, apesar<br />

de estarem no 1.º ano do CEB. Devido aos factores referidos<br />

anteriormente, alterámos, logo no início, a sequência prevista para o<br />

desenrolar do ateliê, o que at<strong>é</strong> acabou por facilitar tarefa.<br />

As crianç<strong>as</strong> superaram <strong>as</strong> noss<strong>as</strong> expectativ<strong>as</strong> e nós achamos que<br />

nos superámos a nós própri<strong>as</strong>.<br />

Do nosso ponto de vista, tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> têm a ganhar com <strong>as</strong><br />

actividades alargad<strong>as</strong> e completamente diferentes.<br />

De qualquer modo, o que se pretende <strong>é</strong> que a escola seja viva,<br />

atenta às realidades actuais, que não se cinja aos program<strong>as</strong><br />

escolares.<br />

Cabe-nos a responsabilidade de adaptar o programa da melhor forma<br />

à nossa realidade escolar e ao perfil dos alunos que frequentam o<br />

nosso estabelecimento de ensino”.<br />

(1) As alun<strong>as</strong>:<br />

Ana Catarina Diogo<br />

Ana Sofia Miranda<br />

Ângela Vaz<br />

Patrícia Caldeira<br />

Paula Mateus<br />

16

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!