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Crenças Fundamentais - a casa do espiritismo

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ESTA PUBLICAÇÃO NÃO É PARA SER VENDIDA.<br />

É um serviço educacional de interesse público, publica<strong>do</strong><br />

pela Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional.


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

da Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional<br />

Índice<br />

Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo ............................... 2<br />

A Palavra de Deus ............................................................. 5<br />

Satanás o Diabo ................................................................ 7<br />

A Humanidade ................................................................. 9<br />

O Peca<strong>do</strong> e a Lei de Deus ................................................... 12<br />

O Sacrifício de Jesus Cristo ................................................. 15<br />

Três Dias e Três Noites ...................................................... 17<br />

O Arrependimento ............................................................. 20<br />

O Batismo de Água ............................................................. 23<br />

O Dia <strong>do</strong> Sába<strong>do</strong> .............................................................. 24<br />

A Páscoa .......................................................................... 26<br />

Os Festivais de Deus ........................................................... 29<br />

As Leis Alimentares de Deus .............................................. 32<br />

O Serviço Militar e a Guerra ..................................... ........... 36<br />

Promessas a Abrão ............................................................. 37<br />

O Propósito de Deus para a Humanidade ............................... 40<br />

A Igreja ........................................................................... 42<br />

O Dízimo ......................................................................... 45<br />

As Ressurreições .............................................................. 48<br />

O Regresso de Jesus Cristo ................................................. 51<br />

©1998, 2003 Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional<br />

To<strong>do</strong>s os direitos reserva<strong>do</strong>s. Imprimi<strong>do</strong> nos E.U.A.<br />

Nota: Este livro apresenta em primeiro lugar um sumário de cada crença<br />

fundamental da Constituição da Igreja de Deus Unida, uma Associação<br />

Internacional, e depois desenvolve cada uma dessas crenças. Livretos<br />

adicionais sobre estes tópicos podem ser obti<strong>do</strong>s gratuitamente em<br />

língua Inglesa ou Espanhola se contactar a Igreja de Deus Unida no site<br />

www.gnmagazine.org, ou no site www.ucg.org, ou se contactar as moradas<br />

ou os números de telefone que se encontram no fi m deste livro.


2<br />

Deus Pai,<br />

Jesus Cristo e<br />

o Espírito Santo<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

Acreditamos num único Deus, o Pai, que é um Espírito e<br />

tem existência eterna, é um Ser pessoal que possui suprema<br />

inteligência, sabe<strong>do</strong>ria, amor, justiça, poder e autoridade. Ele,<br />

através de Jesus Cristo, é o Cria<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s céus e da terra e de<br />

tu<strong>do</strong> o que neles existe. Deus é a Origem de toda a vida e<br />

Aquele para quem a vida humana existe. Acreditamos num<br />

Senhor, Jesus Cristo de Nazaré, que é o Verbo e que tem<br />

existi<strong>do</strong> eternamente. Acreditamos que Ele é o Messias, o<br />

Cristo, o Filho divino <strong>do</strong> Deus vivente, concebi<strong>do</strong> pelo Espírito<br />

Santo e nasci<strong>do</strong> em carne humana pela virgem Maria. Acreditamos<br />

que foi por meio d’Ele que Deus criou todas as coisas,<br />

e que sem Ele nada <strong>do</strong> que se fez seria feito. Acreditamos no<br />

Espírito Santo como sen<strong>do</strong> o Espírito de Deus e de Cristo. O<br />

Espírito Santo é o poder de Deus e o Espírito da vida eterna<br />

(2 Timóteo 1:7; Efésios 4:6; 1 Coríntios 8:6; João 1:1-4;<br />

Colossenses 1:16).<br />

_____________________<br />

Acreditamos que Deus é o Soberano <strong>do</strong> Universo, com uma<br />

existência suprema acima de tu<strong>do</strong> o mais. Deus é espírito (João 4:24)<br />

e existe num <strong>do</strong>mínio diferente <strong>do</strong> <strong>do</strong>s humanos, que são carne. O<br />

nosso entendimento e percepção de Deus estão todavia, basea<strong>do</strong>s nas<br />

revelações que Deus nos dá através da Sua Palavra escrita, a Bíblia.<br />

A Bíblia revela Deus como o “Pai” e Jesus Cristo como o Seu<br />

“Filho”. A distinção entre os <strong>do</strong>is está implícita desde o começo da<br />

revelação de Deus (Génesis 1:1), onde em Hebreu a palavra Elohim


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 3<br />

é mencionada (Elohim é o plural da palavra Hebraica Eloah - que é<br />

usada quan<strong>do</strong> se refere a Deus). Tem havi<strong>do</strong> comunicação entre os <strong>do</strong>is<br />

desde o início, como está escrito em Génesis 1:26 onde por exemplo,<br />

os pronomes “(nós) Façamos” e “nossa” referem-se a Elohim.<br />

O Velho Testamento concentra-se no Deus de Israel que se<br />

descreve a Si mesmo como “EU SOU” e “O SENHOR, o Deus de<br />

Abraão, ...de Isaque, e ... de Jacob” (Êxo<strong>do</strong> 3:14-15), (aqui SENHOR<br />

é a palavra derivada <strong>do</strong> Hebreu YHWH). YHWH Em João 8:58, Cristo referiu-<br />

se a Si próprio como “Eu Sou”. Este é o mesmo Deus que libertou<br />

os Israelitas <strong>do</strong> Egipto e os acompanhou no deserto e que mais tarde<br />

fi cou conheci<strong>do</strong> no Novo Testamento como Jesus Cristo (1 Coríntios<br />

10:4). Tanto o Velho quanto o Novo Testamento contêm referências<br />

que mostram que há mais <strong>do</strong> que uma personagem na Divindade<br />

(Salmos 110:1 por exemplo, que também é referi<strong>do</strong> em Actos 2:29-<br />

36). O Novo Testamento identifi ca-Os como sen<strong>do</strong> Deus Pai e Jesus<br />

Cristo seu Filho (1 Coríntios 8:6). O Filho é também chama<strong>do</strong> Deus<br />

(Hebreus 1:8-9).<br />

Jesus Cristo também é conheci<strong>do</strong> como o “Verbo,” que “estava<br />

com Deus” no começo e é igualmente identifi ca<strong>do</strong> como “Deus” (João<br />

1:1-2). Ele criou todas as coisas (versículos 3, 10), e depois fez-se<br />

carne e habitou entre nós (João 1:14). Jesus Cristo também é chama<strong>do</strong><br />

o “primogénito entre muitos irmãos” (Romanos 8:29). Os seres<br />

humanos têm o grande potencial e a oportunidade de entrar na família<br />

de Deus (Romanos 8:14,19; João 1:12; 1 João 3:1-2).<br />

A afi nidade entre o Verbo e o Pai está defi nida duma forma mais<br />

clara no Novo Testamento, quan<strong>do</strong> “o Verbo se fez carne” (João 1:14;<br />

Filipenses 2:5-11), revelou o Pai aos Seus discípulos (Mateus 11:25-<br />

27), foi sacrifi ca<strong>do</strong> para a remissão <strong>do</strong>s nossos peca<strong>do</strong>s e de novo<br />

glorifi ca<strong>do</strong> pelo Pai (João 17:5).<br />

O Novo Testamento mostra a unidade entre o “Pai” e o<br />

“Filho”, mas por outro la<strong>do</strong> manifesta uma distinção clara entre os<br />

<strong>do</strong>is em muitas escrituras (por exemplo, João 20:17; Romanos 15:6).<br />

Lemos em Efésios que Deus “tu<strong>do</strong> criou por meio de Jesus Cristo”<br />

(Efésios 3:9 [Bíblia Portuguesa de Almeida, 1994]; Hebreus 1:1-3).<br />

A afi nidade entre o Pai e o Filho mostra o perfeito e eterno caminho<br />

de vida de Deus. O Pai tem ama<strong>do</strong> sempre o seu Filho, e o Filho tem<br />

ama<strong>do</strong> sempre o seu Pai (João 17:4, 20-26). A harmonia que existe<br />

entre o Pai e o Filho é uma singularidade mental e de propósito, ten<strong>do</strong>


4<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

Jesus Cristo pedi<strong>do</strong> ao Pai que criasse essa harmonia entre os Seus<br />

discípulos, Ele próprio e o Pai (versículos 20-23).<br />

“Deus”, como é descrito na Bíblia, pode referir-se tanto ao Pai (por<br />

exemplo, Actos 13:33; Gálatas 4:6), como a Jesus Cristo, o Filho (por<br />

exemplo, Isaías 9:6; João 1:1,14) ou a ambos (por exemplo, Romanos<br />

8:9), dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> contexto nas escrituras. O poder e a mente que<br />

procedem de Deus são chama<strong>do</strong>s, o Espírito de Deus ou o Espírito<br />

Santo (Isaías 11:2; Lucas 1:35; Actos 1:8;10:38; 2 Coríntios 1:22; 2<br />

Timóteo 1:7). O Espírito Santo de Deus não é identifi ca<strong>do</strong> como uma<br />

terceira pessoa numa trindade, mas é consistentemente descrito como<br />

sen<strong>do</strong> o poder de Deus. O Espírito Santo é da<strong>do</strong> ao ser humano depois<br />

<strong>do</strong> arrependimento e <strong>do</strong> Batismo (Actos 2:38) como se fosse uma<br />

garantia de herança da vida eterna (2 Coríntios 1:22; Efésios 1:14).<br />

Deus quer que O conheçamos para que possamos confi ar nʼEle e<br />

amá-lO. Ele tem-nos mostra<strong>do</strong> muito mais sobre Si mesmo, através<br />

<strong>do</strong>s Seus nomes que revelou àqueles com quem tem trabalha<strong>do</strong> através<br />

<strong>do</strong>s tempos. Estes nomes revelam que Deus tem uma inteligência,<br />

poder, glória e sabe<strong>do</strong>ria supremas; que personifi ca toda a justiça,<br />

perfeição e verdade; que possui o céu e a terra; que é imortal e digno<br />

de todas os elogios. Deus é o nosso prove<strong>do</strong>r, cura<strong>do</strong>r, escu<strong>do</strong>, defesa,<br />

conselheiro, professor, legisla<strong>do</strong>r, juiz e a nossa força e salvação. Ele é<br />

fi el, misericordioso, generoso, paciente, bon<strong>do</strong>so, justo e magnânimo.<br />

Deus ouve as nossas orações, faz uma aliança connosco, é um<br />

refúgio nas horas difíceis, dá-nos conhecimentos e deseja dar-nos a<br />

imortalidade para que possamos compartilhar a vida eterna com Ele.<br />

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:<br />

• Who is God?<br />

• Jesus Christ: The Real Story<br />

• Life’s Ultimate Question: Does God Exist? )


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 5<br />

A Palavra de Deus<br />

Acreditamos que as Escrituras, tanto o Velho quanto o Novo<br />

Testamento, são a revelação de Deus e a Sua completa e<br />

expressa vontade para a humanidade. Toda a Escritura é<br />

inspirada em pensamento e palavra, infalível nos seus textos<br />

originais; é a autoridade suprema e fi nal na fé e na vida; e é o<br />

fundamento de toda a verdade (2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 1:20-<br />

21; João 10:35; 17:17).<br />

_____________________<br />

O Velho e o Novo Testamento são uni<strong>do</strong>s na revelação <strong>do</strong> plano<br />

de salvação de Deus e no desenvolvimento desse plano na história<br />

da humanidade. Toda a Bíblia revela os actos da intervenção<br />

misericordiosa de Deus para salvar a humanidade oferecen<strong>do</strong>-lhe a vida<br />

eterna dentro da Sua família. Ao escrever os vários livros da Bíblia,<br />

as personalidades, os estilos e os vocabulários <strong>do</strong>s autores refl ectiramse<br />

nos seus escritos. Quan<strong>do</strong> escreveram, fi zeram-no conforme foram<br />

movi<strong>do</strong>s pelo Espírito Santo (2 Pedro 1:21). Assim, Deus infl uenciou<br />

e orientou as mentes <strong>do</strong>s Seus servos, deixan<strong>do</strong> ao mesmo tempo<br />

que se expressassem livremente, à medida que escreviam os livros<br />

conheci<strong>do</strong>s como a Palavra de Deus (a Bíblia).<br />

As Sagradas Escrituras (os livros da Bíblia) são as únicas fontes<br />

<strong>do</strong> conhecimento e da verdade que Jesus e seus apóstolos usaram<br />

como o texto básico para ensinar o caminho de Deus para a salvação.<br />

Acima de tu<strong>do</strong>, Jesus Cristo deu-nos o exemplo de seguir as Escrituras<br />

como único texto de autoridade suprema na vida cristã. Combaten<strong>do</strong><br />

com sucesso as tentações de Satanás, Cristo declarou, “Nem só de<br />

pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”<br />

(Mateus 4:4, Lucas 4:4; Deuteronómio 8:3). Cristo citou outras escrituras<br />

durante a Sua batalha contra o seu inimigo supremo, o diabo (Mateus<br />

4:7, 10).<br />

Cristo começou o Seu ministério na terra len<strong>do</strong> as Escrituras e<br />

declaran<strong>do</strong>, “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvi<strong>do</strong>s.”


6<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

(Lucas 4:16-21). Em João 10:35, Cristo exclamou que a “Escritura<br />

não pode ser anulada”. Ele referiu-se às Escrituras como uma fonte<br />

activa e de autoridade na Sua vida (João 7:38,42). Cristo não deixou<br />

que nada o distraísse de se focalizar nas Escrituras – nem mesmo a<br />

traição ou Sua crucifi cação (João13:18; 17:12; 19:28; Mateus 27:46;<br />

Salmos 22:1; Lucas 23:46; Salmos 31:5).<br />

Os apóstolos seguiram o exemplo de Cristo. O núcleo da fé<br />

cristã, <strong>do</strong>utrina e comportamento, são continuamente defi ni<strong>do</strong>s<br />

através das Escrituras. Após a Sua ressurreição, Jesus Cristo<br />

resumiu as Suas instruções pessoais aos Seus discípulos, pois Ele<br />

“abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras”<br />

(Lucas 24:32, 44-45). Foi através das Escrituras que surgiram<br />

discípulos em todas as nações, como o exemplo <strong>do</strong> etíope<br />

eunuco (Actos 8:26-35).<br />

Paulo, o apóstolo envia<strong>do</strong> às nações, apelou para a autoridade<br />

das Escrituras questionan<strong>do</strong>: “Pois, que diz a Escritura?” (Romanos<br />

4:3, 11:2; Gálatas 4:30). Noutras ocasiões, Paulo confi rmou a sua<br />

posição declaran<strong>do</strong>, “Porque a Escritura diz...” ou noutras declarações<br />

semelhantes (Romanos 10:11; Gálatas 3:8, 22; 1 Timóteo 5:18). O<br />

Velho e o Novo Testamento foram claramente escritos para cristãos,<br />

ambos Judeus e gentios.<br />

Existe uma continuidade entre o Velho e o Novo Testamento<br />

(Mateus 4:4; 2 Timóteo 3:15-16). O Novo Testamento acrescenta e<br />

amplia o Velho Testamento (Mateus 5-7). A história mostra que as<br />

únicas Escrituras que existiam durante o ministério de Cristo e as<br />

primeiras décadas <strong>do</strong>s apóstolos eram as <strong>do</strong> Velho Testamento.<br />

São características chave <strong>do</strong> povo de Deus ler, ouvir e agir conforme a<br />

Sua Palavra (Lucas 8:21; 11:28). A Palavra de Deus produz fé na vida de<br />

uma pessoa (Romanos 10:17; Colossenses 3:16). Deus espera que o Seu<br />

povo, diligentemente e regularmente, estude a Sua Palavra para obter<br />

compreensão, para edifi cação pessoal e também para guardá-lo de uma<br />

sociedade ateia (Actos 17:11; Efésios 6:17; 1 João 2:14; Salmos 119:9).<br />

Uma pessoa aprende a defender a sua fé ao assimilar o entendimento da<br />

Palavra de Deus, (1 Pedro 3:15). As Sagradas Escrituras são capazes de<br />

nos tornar “sábios para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2<br />

Timóteo 3:15).<br />

A Bíblia está repleta de aplicações práticas para a nossa vida<br />

quotidiana (Hebreus 4:12). Paulo, enquanto estava na prisão, lembrou


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 7<br />

a Timóteo que apesar <strong>do</strong> homem poder ser restringi<strong>do</strong>, o mesmo não<br />

ocorre com a Palavra de Deus (2 Timóteo 2:8-9).<br />

A Igreja de Deus obedece à ordem bíblica de confi ar na Palavra de<br />

Deus na sua busca da verdade. Como está escrito em 2 Timóteo 3:16,<br />

a Palavra inspirada de Deus estabelece <strong>do</strong>utrinas, refuta erros, corrige<br />

e instrui. A verdade da Bíblia não somente ensina e guia o Seu povo<br />

como também santifi ca ou separa a Sua Igreja (João 17:17). A Bíblia<br />

é uma ferramenta essencial no relacionamento de Deus com a Sua<br />

Igreja, “para a santifi car, purifi can<strong>do</strong>-a com a lavagem da água, pela<br />

palavra” (Efésios 5:26).<br />

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:<br />

• Is the Bible True?<br />

• How to understand the Bible. )<br />

Satanás o Diabo<br />

Acreditamos que Satanás é um ser espiritual, que é adversário<br />

de Deus e <strong>do</strong>s fi lhos de Deus; A Satanás foi da<strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio sobre<br />

o mun<strong>do</strong> por um tempo determina<strong>do</strong>; Satanás tem engana<strong>do</strong> a<br />

humanidade fazen<strong>do</strong> com que Deus e a Sua lei sejam rejeita<strong>do</strong>s;<br />

Satanás tem governa<strong>do</strong> basean<strong>do</strong>-se no engano, com a ajuda<br />

de uma multidão de demónios que são anjos rebeldes, seres<br />

espirituais que seguiram Satanás na sua rebelião (Mateus 4:1-<br />

11; Lucas 8:12; 2 Timóteo 2:26; João 12:31; 16:11; Apocalipse<br />

12:4, 9; 20:1-3, 7, 10; Levítico 16:21-22; 2 Coríntios 4:4, 11:14;<br />

Efésios 2:2).<br />

_____________________<br />

Satanás é o adversário de Deus, como evidencia<strong>do</strong> no signifi ca<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> seu nome, tanto no hebraico como no grego. Ele opõe-se a Deus<br />

continuamente e sempre que tem oportunidade. Ele despreza o plano<br />

de Deus, particularmente porque Deus está trabalhan<strong>do</strong> com os seres


8<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

humanos para trazê-los à Sua família. Consequentemente, ele também<br />

detesta os seres humanos. Ele é o engana<strong>do</strong>r e o acusa<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s irmãos<br />

(Apo-calipse 12:9-10). Ele é assassino, mentiroso e pai da mentira<br />

(João 8:44). Ele é descrito como um leão que ruge, à procura de alguém<br />

para devorar (1 Pedro 5:8, Bíblia na Linguagem de Hoje).<br />

Satanás não é um inimigo comum. Ele é um adversário extremamente<br />

inteligente e astuto, cujo principal objectivo é a de negar a salvação<br />

aos seres humanos, enganan<strong>do</strong>-os, levan<strong>do</strong>-os por um caminho falso,<br />

incentivan<strong>do</strong>-os a pecar e voltan<strong>do</strong>-os contra Deus (Efésios 6:11-18; 2<br />

Coríntios 2:11; Lucas 8:12).<br />

Satanás só pode agir dentro <strong>do</strong>s limites permiti<strong>do</strong>s por Deus (Jó<br />

1:12; 2:6). O relato de Jó também mostra que Satanás tem uma atitude<br />

acusa<strong>do</strong>ra e descreve-o claramente como um ser real e com uma<br />

personalidade própria. Ele veio a Jesus Cristo como um ser real num<br />

esforço para tentá-Lo (Mateus 4:1-11). O seu reino como deus deste<br />

mun<strong>do</strong> terminará na sétima e última trombeta quan<strong>do</strong> Cristo retornar (1<br />

Coríntios 15:52; 1 Tessalonissenses 4:16; Apocalipse 11:15), embora<br />

ele ainda seja liberta<strong>do</strong> mais uma vez, por um curto prazo no fi m <strong>do</strong><br />

Milénio (Apocalipse 20:3).<br />

Da mesma maneira que as acções de Satanás são limitadas pela<br />

vontade de Deus, o seu tempo também é limita<strong>do</strong>. Presentemente ele é<br />

o “deus deste século” (2 Coríntios 4:4, João 12:31). Ele será removi<strong>do</strong><br />

e preso durante o reina<strong>do</strong> milenar <strong>do</strong> Messias e depois será solto por um<br />

curto perío<strong>do</strong> de tempo, ao fi m <strong>do</strong>s 1.000 anos (Apocalipse 20:1-3, 7-<br />

8). Satanás não deixará de existir, mas terá to<strong>do</strong> o seu poder “reduzi<strong>do</strong><br />

a nada” por Cristo (Hebreus 2:14). A palavra “aniquilasse” [na Bíblia<br />

da versão Edição Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original por<br />

João Ferreira de Almeida] é traduzida noutros versículos e por outras<br />

traduções como “reduzir a nada”, “tirar”, “desaparecer”, “cancelar”,<br />

“desfeito”, ou “sem valor.”<br />

Satanás foi cria<strong>do</strong> como um anjo de alta posição e autoridade<br />

(Ezequiel 28:14, 16). Em Isaías 14:12 ele é chama<strong>do</strong> “estrela da<br />

manhã,” (João Ferreira de Almeida, edição revista e corrigida, SBB<br />

1998), “brilhante estrela da manhã” (Bíblia na Linguagem de Hoje,<br />

SBB 1998), ou “Lúcifer” (em certas traduções bíblicas para o Inglês).<br />

Ele foi chama<strong>do</strong> “querubim ungi<strong>do</strong> para proteger” (Ezequiel 28:14)<br />

e é representa<strong>do</strong> com a evidência de uma posição pelo menos igual à<br />

de Miguel, um arcanjo (Judas 9). Ele foi cria<strong>do</strong> perfeito e inculpa<strong>do</strong>,


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 9<br />

ten<strong>do</strong> porém escolhi<strong>do</strong> o caminho <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> e da rebelião (Ezequiel<br />

28:12, 15, 17). Um terço <strong>do</strong>s anjos seguiram-no na sua rebelião, como<br />

foi testemunha<strong>do</strong> por Jesus Cristo (Apocalipse 12:4; Lucas 10:18).<br />

Ele e os seus anjos, que se rebelaram com ele (demónios) tentaram<br />

derrubar Deus e foram derrota<strong>do</strong>s e lança<strong>do</strong>s para baixo (Isaías 14:12-<br />

15; 2 Pedro 2:4). O reino de Satanás é agora caracteriza<strong>do</strong> como trevas,<br />

e não luz (Lucas 22:53; Efésios 6:12; Colossenses 1:13).<br />

Em algumas circunstâncias, o diabo e os seus demónios são capazes<br />

de possuir e controlar seres humanos e até animais (Mateus 8:28-33;<br />

9:32-34). O próprio Satanás entrou e possuiu o trai<strong>do</strong>r Judas (Lucas<br />

22:3). Cristo, cuja autoridade é maior <strong>do</strong> que a de Satanás, expulsou<br />

demónios durante o Seu ministério na terra e deu poder a outros para<br />

fazerem o mesmo (Marcos 16:17).<br />

Satanás é referi<strong>do</strong> por nomes e descrições diferentes, que indicam<br />

algumas das suas funções, características e acções malvadas. Alguns<br />

destes são o diabo, Apoliom (Apocalipse 9:11), Aba<strong>do</strong>m (Apocalipse<br />

9:11), Belial ( 2 Coríntios 6:15), Belzebu (Lucas 11:19), o grande dragão<br />

(Apocalipse 12:9), e príncipe das potestades <strong>do</strong> ar (Efésios 2:2).<br />

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:<br />

• Is there really a Devil? )<br />

A Humanidade<br />

Acreditamos que a humanidade foi criada à imagem de Deus<br />

com o potencial de virmos a ser fi lhos de Deus, compartilhan<strong>do</strong><br />

da Sua natureza divina. Deus criou a humanidade de carne, que<br />

é uma substância material. Os seres humanos vivem pelo fôlego<br />

da vida, são mortais, sujeitos à corrupção e à decadência, sem<br />

a vida eterna, com excepção daqueles que com o <strong>do</strong>m de Deus<br />

se sujeitam aos termos e às condições expressas na Bíblia.<br />

Acreditamos que Deus colocou perante Adão e Eva a escolha<br />

da vida eterna pela obediência a Deus ou da morte pelo peca<strong>do</strong>.


10<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

Adão e Eva entregaram-se às tentações e desobedeceram a<br />

Deus. Como resulta<strong>do</strong>, o peca<strong>do</strong> entrou no mun<strong>do</strong> e através<br />

<strong>do</strong> peca<strong>do</strong>, a morte. A morte reina actualmente sobre toda a<br />

humanidade porque to<strong>do</strong>s têm peca<strong>do</strong> (Génesis 1:26; 2 Pedro<br />

1:4; Hebreus 9:27; 1 Coríntios 15:22; Romanos 5:12; 6:23).<br />

_____________________<br />

O primeiro capítulo da Bíblia Sagrada revela que Deus criou o<br />

homem e a mulher à Sua imagem (Génesis 1:26-27). A humanidade<br />

foi criada com um potencial realmente maravilhoso. O futuro da<br />

humanidade é a de virem a ser fi lhos na família de Deus (1 João 3:1-2;<br />

2 Pedro 1:4; 2 Coríntios 6:18).<br />

O carácter <strong>do</strong> Deus To<strong>do</strong>-poderoso é perfeito. Ele é bom<br />

por inerência e não pode pecar. Até mesmo Deus, que é<br />

To<strong>do</strong>-poderoso<br />

T , não criou um carácter perfeito nos seres humanos<br />

apenas por querer esse resulta<strong>do</strong>. O desenvolvimento <strong>do</strong> carácter<br />

requer uma decisão consciente por um agente independente de<br />

moralidade, que tome a responsabilidade de conduzir a sua vida<br />

baseada nos conhecimentos <strong>do</strong> que é moralmente certo e <strong>do</strong> que é<br />

moralmente erra<strong>do</strong>. Requer também uma decisão de escolher o que<br />

é certo e de rejeitar o que é erra<strong>do</strong>.<br />

Quan<strong>do</strong> inicialmente, foram cria<strong>do</strong>s os nossos primeiros pais, Adão<br />

e Eva, eles receberam uma vida de duração limitada, uma existência<br />

física. “E formou o Senhor Deus o homem <strong>do</strong> pó da terra, e soprou<br />

em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”<br />

(Génesis 2:7). A palavra Hebraica nephesh, traduzida “alma” em<br />

Génesis 2:7, é usada no primeiro capítulo de Génesis quatro vezes em<br />

conexão com animais (Génesis 1:20, 21, 24, 30) e é traduzida como<br />

“corpo” na frase “corpo de um morto” em Números 6:6. Mais tarde,<br />

foi dito ao primeiro homem, “No suor <strong>do</strong> teu rosto comerás o teu pão,<br />

até que te tornes à terra; porque dela foste toma<strong>do</strong>; porquanto és pó e<br />

em pó te tornarás” (Génesis 3:19).<br />

O livro bíblico de sabe<strong>do</strong>ria conheci<strong>do</strong> como Eclesiastes contém<br />

a seguinte exortação: “Tu<strong>do</strong> quanto te vier à mão para fazer, faze-o<br />

conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não<br />

há obra nem projecto, nem conhecimento, nem sabe<strong>do</strong>ria alguma”<br />

(Eclesiastes 9:10). Os seres humanos são mortais, sujeitos à corrupção<br />

e à decadência. Os seres humanos não possuem imortalidade na forma


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 11<br />

duma “alma.” Eles são sem vida eterna. Uma oração bíblica declara:<br />

“Que proveito há no meu sangue, quan<strong>do</strong> desço à cova? Porventura te<br />

louvará o pó? Anunciará ele a tua verdade?” (Salmos 30:9).<br />

Deus deseja dar a to<strong>do</strong> o ser humano o presente da vida eterna,<br />

como membro da Sua família. A vida eterna não é algo que as pessoas<br />

possam ganhar. Contu<strong>do</strong>, Deus não vai dar este precioso presente a<br />

alguém que não se renda a Ele e à Sua lei (1 Coríntios 6:9-10). Na<br />

Bíblia, a vida eterna na família de Deus é chamada de salvação. Deus<br />

revela-nos, através das suas Escrituras divinamente inspiradas, que a<br />

salvação não é dada de forma automática a to<strong>do</strong>s os seres humanos.<br />

Ele dará esta bênção somente àqueles que tenham comprova<strong>do</strong> a sua<br />

boa vontade em obedecer-Lhe (Apocalipse 21:7-8).<br />

Deus não é obriga<strong>do</strong> a preservar-nos para sempre como Seus fi lhos,<br />

desfrutan<strong>do</strong> a vida no <strong>do</strong>mínio espiritual, mas sabemos que Deus<br />

é amor (1 João 4:8). Por essa razão, Deus demonstra por nós a Sua<br />

preocupação e o Seu carinho de uma forma totalmente desinteressada.<br />

Assim, Ele desenhou um plano pelo qual a salvação pode ser dada aos<br />

seres humanos, que é a maior bênção que o nosso amoroso Cria<strong>do</strong>r<br />

nos pode dar (Lucas 12:32).<br />

Quan<strong>do</strong> Deus criou os primeiros seres humanos, Adão e Eva, Ele<br />

deu-lhes o acesso à árvore da vida, que simbolizava a vida eterna<br />

(Génesis 2:9; 3:22). Disse-lhes que não comessem da fruta da árvore<br />

<strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong> bem e <strong>do</strong> mal, que era simbólica da escolha<br />

humana, separada de Deus, para determinar o que é certo e o que é<br />

erra<strong>do</strong>. Ele os instruiu a não desprezar as Suas instruções esclarecidas,<br />

porque se o fi zessem, pecariam (Génesis 2:9, 16-17). O peca<strong>do</strong> leva à<br />

morte (versículo 17; Ezequiel 18:4, 20; Romanos 6:23). Cada peca<strong>do</strong><br />

danifi ca o carácter daquele que comete o peca<strong>do</strong>. Cometer o peca<strong>do</strong><br />

causa dano, tanto à pessoa peca<strong>do</strong>ra como à sociedade em geral.<br />

Adão e Eva foram agentes independentes de moralidade que, sob a<br />

infl uência de Satanás, violaram o explícito coman<strong>do</strong> de Deus (Génesis<br />

3:1-6). Os primeiros humanos começaram então a viver numa maneira<br />

contrária à vontade <strong>do</strong> seu amoroso Cria<strong>do</strong>r, colocan<strong>do</strong>-se a si próprios<br />

debaixo da pena da morte, acerca da qual Deus os tinha preveni<strong>do</strong><br />

antecipadamente. Nenhum ser humano com excepção de Jesus Cristo,<br />

o Filho de Deus, tem vivi<strong>do</strong> uma vida sem peca<strong>do</strong> (Eclesiastes 7:20;<br />

Hebreus 4:15). Apesar da propensão humana para o peca<strong>do</strong>, o plano<br />

fi nal de Deus para a humanidade não foi contraria<strong>do</strong>. Na Sua sabe<strong>do</strong>ria


12<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

omnisciente [infi nita], Deus providenciou uma forma pela qual os<br />

seres humanos podem ser reconcilia<strong>do</strong>s com Ele (João 3:16-17). Os<br />

seres humanos ainda podem desenvolver o carácter divino que é um<br />

requisito indispensável para que recebam o presente mais precioso de<br />

Deus que é a vida eterna como Seus fi lhos (1 Coríntios 15:22; Gálatas<br />

2:20). Independentemente desta libertação providenciada por Deus,<br />

a morte reina sobre toda a humanidade porque to<strong>do</strong>s têm peca<strong>do</strong><br />

(Romanos 3:23).<br />

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:<br />

• What is Your Destiny? )<br />

O Peca<strong>do</strong> e a<br />

Lei de Deus<br />

Acreditamos que o peca<strong>do</strong> é a transgressão da lei. A lei é<br />

espiritual, perfeita, santa, justa, e boa. A lei defi ne o amor de<br />

Deus e está baseada nos <strong>do</strong>is grandes princípios de amor<br />

para com Deus e de amor ao próximo. Ela é imutável e<br />

obrigatória. Os dez mandamentos são os 10 pontos da lei<br />

de amor de Deus. Acreditamos que a quebra de qualquer<br />

ponto da lei traz sobre uma pessoa a penalidade <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>.<br />

Acreditamos que esta lei espiritual fundamental revela o único<br />

caminho para a vida verdadeira e a única maneira possível de<br />

felicidade, paz e regozijo. Toda a infelicidade, miséria, angústia,<br />

e afl ição vieram pela transgressão à lei de Deus (1 João 3:4; 5:3;<br />

Mateus 5:17-19; 19:17-19; 22:37-40; Tiago 2:10-11; Romanos<br />

2:5-9; 7:12-14; 13:8-10).<br />

_____________________<br />

Acreditamos que Deus criou a raça humana para que fi nalmente<br />

venhamos a ser membros da Sua família, destina<strong>do</strong>s a herdar a


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 13<br />

imortalidade e a viver num relacionamento harmonioso com Ele<br />

e uns com os outros por toda a eternidade (Hebreus 2:6-13). Para<br />

compartilhar a eternidade com Deus, também devemos ter em comum<br />

os Seus pensamentos, concordar com a Sua maneira de ser, abraçar<br />

o Seu caminho de vida e apreciar e apoiar os Seus valores que estão<br />

expressos na Sua lei (Filipenses 2:5-13). A revelação escrita de Deus<br />

para o ser humano, as Escrituras Sagradas, revela este conhecimento<br />

essencial através das Suas leis e ensinamentos (2 Timóteo 3:15-17).<br />

Isto forma o fundamento e a base para o relacionamento perpétuo que<br />

Deus deseja ter com to<strong>do</strong>s nós. Portanto, é imperativo que to<strong>do</strong> aquele<br />

que procura este relacionamento supremo com Deus preste atenção às<br />

direcções da lei de Deus como são reveladas na Sua Palavra.<br />

O peca<strong>do</strong>, que é a transgressão da lei, foi apresenta<strong>do</strong> à humanidade<br />

no Jardim <strong>do</strong> Éden. Satanás mentiu ao Adão e à Eva a respeito da<br />

árvore <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong> bem e <strong>do</strong> mal (Génesis 3:4; João 8:44).<br />

Contrário à predição engana<strong>do</strong>ra de Satanás, o Adão e a Eva de facto<br />

morreram. Como seus des-cendentes, to<strong>do</strong>s nós compartilhamos esta<br />

condição comum de mortalidade (Hebreus 9:27). Não é coincidência<br />

que a presença universal <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s os humanos (Romanos<br />

3:23) está conectada com a morte e com a retenção da dádiva de Deus,<br />

a vida eterna (Romanos 6:23).<br />

A natureza penetrante <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> e da morte é demonstrada pela<br />

tendência humana de desprezar e desobedecer à lei de Deus (Romanos<br />

8:7). A auto-decepção frequentemente acompanha este aban<strong>do</strong>no das<br />

directivas perfeitas de Deus (Jeremias 17:9; 10:23). A infl uência de<br />

Satanás é inconfundível neste modelo, tanto directamente (Efésios 2:1-<br />

3) como indirectamente através daqueles que ele engana (2 Coríntios<br />

11:13-15).<br />

Ten<strong>do</strong>-se torna<strong>do</strong> o adversário de Deus pela sua própria rebelião,<br />

Satanás tem secretamente recruta<strong>do</strong> a raça humana nesta batalha, já<br />

que to<strong>do</strong> o peca<strong>do</strong>, além <strong>do</strong> seu efeito sobre os homens, é por defi nição<br />

contra Deus (Génesis 39:9; Salmos 51:4).<br />

Violar qualquer uma das instruções de Deus é peca<strong>do</strong> (1 João<br />

5:17), como também é pecaminoso deixar de fazer o que deve ser feito<br />

(Tiago 4:17) ou violar a nossa própria consciência (Romanos 14:23).<br />

Além disso, o peca<strong>do</strong> é um poder de escravidão <strong>do</strong> qual necessitamos<br />

redenção e libertação (Romanos 7:23-25). Não temos o poder de<br />

efectuar esta redenção por iniciativa própria (1 Pedro 1:18-19). Já que


14<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

o peca<strong>do</strong>, em qualquer forma, traz alienação de Deus (Isaías 59:1-<br />

3; Efésios 4:17-19) e eventualmente a morte, nenhuma quantia de<br />

obediência, depois que o peca<strong>do</strong> foi cometi<strong>do</strong>, pode reverter o seu<br />

efeito, embora, mesmo assim, a obediência seja esperada. Somente o<br />

sacrifício perfeito de Jesus Cristo nos pode dar a libertação (Hebreus<br />

2:4-15) e reconciliar-nos com Deus.<br />

Através <strong>do</strong> perdão <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>, disponível pela graça de Deus<br />

(Romanos 3:24), o Cristão acha a liberdade na obediência à<br />

lei de Deus (Tiago 1:21-15). Em vez de sermos escraviza<strong>do</strong>s<br />

no peca<strong>do</strong> pela desobediência, servimos Deus pela obediência<br />

e andamos no Seu caminho, para sermos guia<strong>do</strong>s à vida<br />

eterna no Seu reino pela Sua generosa e não merecida dádiva<br />

(Romanos 6:16-23).<br />

Retornar à nossa vida antiga de peca<strong>do</strong> é uma questão séria aos<br />

olhos de Deus (2 Pedro 2:20-22). Todavia, o único peca<strong>do</strong> que não<br />

pode ser per<strong>do</strong>a<strong>do</strong> é a rejeição intencional <strong>do</strong> sacrifício de Jesus Cristo,<br />

pelo qual a remissão de peca<strong>do</strong> se torna possível (Hebreus 6:4-6).<br />

Este peca<strong>do</strong> é descrito por Cristo como a “blasfémia contra o Espírito”<br />

(Mateus 12:31), uma rejeição consciente <strong>do</strong> poder e autoridade de<br />

Deus. Depois de cada ser humano ter ti<strong>do</strong> uma oportunidade completa<br />

para a salvação, aqueles que não se arrependerem serão destruí<strong>do</strong>s<br />

(Apocalipse 20:14-15), assim completan<strong>do</strong> a penalidade fi nal <strong>do</strong><br />

peca<strong>do</strong>, a segunda morte.<br />

Apesar de cada pessoa ser responsável pelo seu próprio peca<strong>do</strong><br />

(Ezequiel 18:4, 20), Satanás o diabo é identifi ca<strong>do</strong> com o engana<strong>do</strong>r<br />

<strong>do</strong> género humano e aquele que é fi nalmente responsável por guiar a<br />

humanidade ao peca<strong>do</strong> (Apocalipse 12:9; 20:1-3).<br />

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:<br />

• The Ten Commandments. )


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 15<br />

O Sacrifício de<br />

Jesus Cristo<br />

Acreditamos que Deus amou tanto o mun<strong>do</strong> de peca<strong>do</strong>res<br />

impotentes que Ele deu o Seu unigénito Filho, o qual, mesmo<br />

sen<strong>do</strong> tenta<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s os pontos da mesma maneira que<br />

somos, viveu sem peca<strong>do</strong> na carne humana. Aquele Filho,<br />

Jesus Cristo, morreu como um sacrifício pelos peca<strong>do</strong>s da<br />

humanidade. A Sua vida, porque Ele é o cria<strong>do</strong>r de toda a<br />

humanidade, tem muito mais valor <strong>do</strong> que a soma total de<br />

todas as vidas humanas. A Sua morte é, portanto, sufi ciente<br />

para pagar a penalidade <strong>do</strong>s peca<strong>do</strong>s de to<strong>do</strong>s os seres<br />

humanos. Pagan<strong>do</strong> esta penalidade Ele tornou possível,<br />

de acor<strong>do</strong> com o plano de Deus para cada pessoa e para<br />

a humanidade como um to<strong>do</strong>, terem os peca<strong>do</strong>s per<strong>do</strong>a<strong>do</strong>s<br />

e serem liberta<strong>do</strong>s da pena de morte (Hebreus 4:15; 9:15;<br />

10:12; João 1:18; 3:16; Colossenses 1:16-17, 22; 1 João 2:2;<br />

4:10; Efésios 1:11; Apocalipse 13:8).<br />

_____________________<br />

Jesus Cristo é o ponto focal <strong>do</strong> Cristianismo. O perdão <strong>do</strong>s<br />

peca<strong>do</strong>s e a graça da vida eterna são acessíveis somente através <strong>do</strong><br />

Seu sacrifício. Somos reconcilia<strong>do</strong>s pela Sua morte, mas salvos pela<br />

Sua vida (Romanos 5:10). As Escrituras descrevem Jesus Cristo<br />

usan<strong>do</strong> vários títulos, incluin<strong>do</strong>: o Verbo (João 1:1, “a Palavra” na<br />

tradução da Linguagem de Hoje), nosso Salva<strong>do</strong>r (1 João 4:14),<br />

nosso Sumo Sacer<strong>do</strong>te (Hebreus 9:11), nosso Senhor (Apocalipse<br />

22:21), o Filho de Deus (Apocalipse 2:18; 1 João 5:5), nossa Páscoa<br />

(1 Coríntios 5:7), o Filho <strong>do</strong> Homem (Apocalipse 14:14), e Rei <strong>do</strong>s<br />

Reis e Senhor <strong>do</strong>s Senhores (Apocalipse 19:16).<br />

Cristo é o nosso Salva<strong>do</strong>r e o sacrifício fi nal para o peca<strong>do</strong>. Apesar


16<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

de Ele ser divino, Jesus tornou-se num ser humano para morrer pelos<br />

peca<strong>do</strong>s da humanidade (Filipenses 2:5-7). Ele foi feito um pouco<br />

menor <strong>do</strong> que os anjos para sofrer a paixão da morte (Hebreus 2:9).<br />

Como o Filho <strong>do</strong> Homem, Ele foi capaz de conhecer todas as afl ições<br />

da vida humana (Hebreus 4:15) para melhor nos compreender como<br />

nosso misericordioso Sumo Sacer<strong>do</strong>te (Hebreus 2:17). Cristo como<br />

o nosso Salva<strong>do</strong>r deu a Sua vida para que nós possamos viver. Ele<br />

morreu uma morte horrível, como recordamos na nossa Páscoa, para<br />

que tenhamos entendimento da magnitude <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> e <strong>do</strong> signifi ca<strong>do</strong><br />

monumental <strong>do</strong> Seu sacrifício, que foi feito para cada ser humano.<br />

Jesus viveu uma vida perfeita e por consequência não mereceu ter<br />

a pena da morte. No entanto, Ele foi predestina<strong>do</strong> desde a fundação <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong> a morrer (Apocalipse 13:8). Embora Cristo, como o perfeito<br />

sacrifício para o peca<strong>do</strong>, tenha si<strong>do</strong> acusa<strong>do</strong> de violar a lei de Deus em<br />

mais <strong>do</strong> que numa ocasião, Ele nunca quebrou a lei de Deus. Aceitamos<br />

o Seu sacrifício como essencial para nossa salvação. Conforme modelamos<br />

as nossas vidas à moda de Jesus Cristo, nós “levamos a nossa<br />

cruz” e seguimo-Lo (Lucas 14:27), incluin<strong>do</strong>-se nisto a disposição de<br />

virmos a sofrer e de sermos persegui<strong>do</strong>s como Ele nos mostrou pelo<br />

Seu exemplo (1 Pedro 2:19-23). Agradecemos ao Deus Pai por ter da<strong>do</strong><br />

o Seu Filho Jesus Cristo para ser aquele sacrifício perfeito para toda a<br />

humanidade (João 3:16).<br />

To<strong>do</strong> o peca<strong>do</strong> é per<strong>do</strong>a<strong>do</strong> após o arrependimento e a aceitação <strong>do</strong><br />

sacrifício de Cristo. O perdão <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> requer o sacrifício supremo da<br />

morte de Jesus Cristo. A Sua crucifi cação, há mais de 1.900 anos, foi<br />

essencial para o plano de Deus da redenção e salvação.<br />

Pelo entendimento desta crença fundamental podemos estar<br />

assegura<strong>do</strong>s de que os nossos peca<strong>do</strong>s estão apaga<strong>do</strong>s. Poderemos<br />

avançar nas nossas vidas Cristãs com confi ança, saben<strong>do</strong> que através <strong>do</strong><br />

sacrifício de Jesus Cristo podemos ser reconcilia<strong>do</strong>s com o Pai. Como<br />

um resulta<strong>do</strong> desta reconciliação, podemos desenvolver um parentesco<br />

com o Pai que nos fornece esperança e confi ança para o nosso futuro.<br />

Podemos aguardar a vida eterna no Reino de Deus como um presente<br />

da graça de Deus por causa <strong>do</strong> sacrifício que Cristo voluntariamente<br />

fez por cada um de nós.<br />

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:<br />

• Who is God?<br />

• God’s Holy Day Plan: The Promise of Hope for All Mankind.)


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 17<br />

Três Dias e Três Noites<br />

Acreditamos que o Pai levantou Jesus Cristo dentre os mortos<br />

depois que o Seu corpo fi cou deita<strong>do</strong> três dias e três noites na<br />

sepultura, tornan<strong>do</strong> assim possível a imortalidade ao homem<br />

mortal. Ele, depois de tu<strong>do</strong> isso, ascendeu ao céu, onde agora se<br />

senta ao la<strong>do</strong> direito de Deus Pai como nosso Sumo Sacer<strong>do</strong>te<br />

e Advoga<strong>do</strong> (1 Pedro 1:17-21; 3:22; Mateus 12:40; 1 Coríntios<br />

15:53; 2 Timóteo 1:10; João 20:17; Hebreus 8:1; 12:2).<br />

_____________________<br />

Um <strong>do</strong>s mais dramáticos, encoraja<strong>do</strong>res e graciosos eventos<br />

de to<strong>do</strong>s os tempos foi a ressurreição de Jesus Cristo. Deus Pai<br />

ressuscitou o Seu Filho unigénito, Jesus o Cristo, que tinha si<strong>do</strong> morto<br />

e coloca<strong>do</strong> numa sepultura escassamente fora de Jerusalém. A Sua<br />

morte, consentida pelo Pai e voluntariamente aceite por Jesus (João<br />

10:17-18), pagou a penalidade para to<strong>do</strong>s os peca<strong>do</strong>s de to<strong>do</strong>s os seres<br />

humanos que jamais terão vivi<strong>do</strong>, desde que realmente se arrependam<br />

<strong>do</strong>s seus peca<strong>do</strong>s. A Sua morte foi preestabelecida pelo Pai e pelo<br />

Verbo desde a fundação <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> como uma parte necessária da<br />

salvação da humanidade (1 Pedro 1:20).<br />

Deus, na Sua justiça soberana, misericórdia e amor, assim o fez<br />

possível para que to<strong>do</strong>s os homens tenham os seus peca<strong>do</strong>s per<strong>do</strong>a<strong>do</strong>s<br />

(após arrependimento e fé) e sejam reconcilia<strong>do</strong>s com Ele pelo sangue<br />

de Cristo como o Cordeiro de Deus (Mateus 26:28; Apocalipse<br />

12:11). Mas a morte de Jesus Cristo não foi o fi m de tu<strong>do</strong> isso. Somos<br />

reconcilia<strong>do</strong>s com Deus pela morte de Jesus, mas somos salvos pela Sua<br />

vida (Romanos 5:10).<br />

Somente através da ressurreição de Cristo para a imortalidade<br />

poderíamos ter um Salva<strong>do</strong>r vivente que, como Sumo Sacer<strong>do</strong>te,<br />

intercede por nós diante <strong>do</strong> Pai (1 Timóteo 2:5; Hebreus 4:15-16;<br />

Romanos 8:26-27). Somente porque Jesus Cristo foi ressuscita<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />

mortos, podem os seres humanos ter qualquer razão para acreditar no<br />

evangelho <strong>do</strong> Reino de Deus ou acreditar que poderão ser salvos da


18<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

morte eterna (1 Coríntios 15:14-19). A Sua ressurreição fornece aos<br />

humanos uma base de esperança viva, de que eles também poderão<br />

herdar a vida eterna (1 Pedro 1:3).<br />

Jesus ofereceu tanto os factos quanto os detalhes de Sua ressurreição<br />

como o único sinal divino para a Sua geração que Ele era “mais <strong>do</strong> que<br />

Jonas” e “maior <strong>do</strong> que Salomão” e que a Sua mensagem deveria levar<br />

os seus ouvintes ao arrependimento (Mateus 12:39-42). Ele disse que<br />

fi caria três dias e três noites, um perío<strong>do</strong> de 72 horas (João 11:9-10;<br />

Génesis 1:5) no coração da terra (na sepultura), <strong>do</strong> mesmo jeito que<br />

Jonas fi cou três dias e três noites nas entranhas <strong>do</strong> peixe (Jonas 1:17).<br />

Num outro lugar disse que “seria morto, mas que depois de três dias<br />

ressuscitaria” (Marcos 8:31).<br />

O problema com a crença normalmente aceite a respeito da<br />

crucifi cação e da ressurreição, é que não há três dias e três noites entre<br />

a Sexta-feira de tarde e o Domingo de manhã. Acreditamos que o<br />

peso das evidências escriturais e históricas levam a concluir que Jesus<br />

morreu na Quarta-feira de tarde, e foi rapidamente coloca<strong>do</strong> no túmulo<br />

de José de Arimateia um pouco antes <strong>do</strong> pôr <strong>do</strong> sol da mesma tarde (a<br />

noite dava início ao Sába<strong>do</strong> anual, o primeiro dia <strong>do</strong>s Pães Ázimos;<br />

João 19:30-31, 42; Marcos 15:42-46) e foi ressuscita<strong>do</strong> pelo Pai um<br />

pouco antes <strong>do</strong> pôr <strong>do</strong> sol no Sába<strong>do</strong>, três dias e três noites depois de<br />

ter si<strong>do</strong> coloca<strong>do</strong> na sepultura, exactamente como Ele tinha dito.<br />

Esta explicação está consistente com os detalhes descritos nas<br />

Escrituras. Ela não requer nenhum ajustamento força<strong>do</strong> de três dias e de<br />

três noites entre a Sexta-feira à noite e o Domingo, crian<strong>do</strong> especulações<br />

sobre as partes <strong>do</strong>s dias e das noites. Ela reconcilia os relatos das<br />

mulheres sobre os bálsamos, descritos em Marcos 16:1 e Lucas 23:56.<br />

No primeiro relato, as mulheres crentes obedientemente descansaram<br />

durante o tempo santo e depois compraram as especiarias. No segun<strong>do</strong><br />

relato, as mulheres prepararam os bálsamos e depois descansaram<br />

durante o tempo santo.<br />

Estes relatos reconciliam-se pelo entendimento de que houve <strong>do</strong>is<br />

perío<strong>do</strong>s de tempo santo durante esta semana em questão. Jesus foi<br />

crucifi ca<strong>do</strong> na Páscoa (Mateus 26:18-20; 1 Coríntios 5:7), o qual era<br />

o dia de preparação (Marcos 15:42) para o primeiro Dia Santo anual<br />

no calendário Judaico, o primeiro dia <strong>do</strong>s pães Ázimos. As mulheres<br />

esperaram até que o dia terminasse, depois compraram e prepararam<br />

os bálsamos, depois descansaram de novo no dia semanal <strong>do</strong> Sába<strong>do</strong>


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 19<br />

de Deus, e depois, no início da manhã de Domingo, foram ao túmulo<br />

para aplicar os bálsamos no corpo de Jesus.<br />

Elas visitaram a sepultura depois <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is dias de Sába<strong>do</strong>s (plural)<br />

santos naquela semana (assim como o Grego original de Mateus 28:1<br />

deveria ser traduzi<strong>do</strong>). O Sába<strong>do</strong> anual (Dias Santos anuais também<br />

são chama<strong>do</strong>s “Sába<strong>do</strong>s” [Levítico 16:31; 23:24]) foi Quinta-feira,<br />

e o Sába<strong>do</strong> semanal que ocorreu no sába<strong>do</strong>, como sempre, naquela<br />

semana. Quan<strong>do</strong> elas chegaram ao túmulo, Domingo de manhã ce<strong>do</strong>,<br />

acharam-no vazio e ouviram o anúncio <strong>do</strong> anjo dizen<strong>do</strong> que Jesus<br />

estava vivo e que não estava lá (Marcos 16:6).<br />

Um volume signifi cativo de evidências históricas e escriturais<br />

apontam para 31 d.C. como o ano da Crucifi cação e da ressurreição<br />

de Cristo. Entre essas indicações de uma crucifi cação em 31 d.C.<br />

estão o cumprimento das profecias de Daniel sobre a vinda <strong>do</strong><br />

Messias (Daniel 9:24-26; Esdras 7 [decreto de Artaxerxes]), e uma<br />

consideração cautelosa de três importantes acontecimentos: a data<br />

provável <strong>do</strong> nascimento de Jesus, a Sua idade quan<strong>do</strong> Ele começou o<br />

Seu ministério e a duração de Seu ministério.<br />

O calendário calcula<strong>do</strong> pelos Judeus coloca a Páscoa em 31 d.C.<br />

na Quarta-feira, e a morte de Jesus Cristo naquele dia preencheu o Seu<br />

papel como o Cordeiro verdadeiro de Deus (1 Coríntios 5:7). O dia<br />

seguinte, Quinta-feira, era o Sába<strong>do</strong> (anual) santo. Naquela Quinta-feira,<br />

os chefes sacer<strong>do</strong>tes e Fariseus foram a Pilatos para terem permissão<br />

para selar e guardar a sepulcro de Jesus (Mateus 27:62-66). Mais tarde,<br />

no Domingo, o ressuscita<strong>do</strong> Jesus andava pelo caminho de Emaús e<br />

conversou com <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s Seus discípulos, que falavam sobre todas as<br />

coisas que tinham aconteci<strong>do</strong>, incluin<strong>do</strong> a visita na Quinta-feira pelos<br />

líderes a Pilatos (Lucas 24:13-14, 20). Eles mencionavam que naquele<br />

dia, Domingo, era o terceiro dia depois que todas as coisas tinham<br />

aconteci<strong>do</strong> (versículo 21).<br />

Em conclusão, acreditamos que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus,<br />

morreu pelos nossos peca<strong>do</strong>s na Páscoa, que foi sepulta<strong>do</strong> por três<br />

dias e três noites (perío<strong>do</strong> de 72 horas) e que foi então ressuscita<strong>do</strong>.<br />

Após a sua ressurreição e depois um perío<strong>do</strong> de mais contactos com os<br />

seus discípulos, ascendeu ao céu para se sentar ao la<strong>do</strong> direito <strong>do</strong> Pai,<br />

muito acima de to<strong>do</strong>s em poder, glória e honra (Efésios 1:19-23).<br />

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:<br />

• Holidays or Holy Days? • Does It Matter Which Days We Keep?)


20<br />

O Arrependimento<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

Acreditamos que to<strong>do</strong>s os que verdadeiramente se arrependem<br />

<strong>do</strong>s seus peca<strong>do</strong>s em completa rendição e obediência<br />

espontânea a Deus, e que por fé aceitam a Jesus Cristo como<br />

o seu Salva<strong>do</strong>r pessoal, têm os seus peca<strong>do</strong>s per<strong>do</strong>a<strong>do</strong>s pelo<br />

acto de graça divina. Tais indivíduos são justifi ca<strong>do</strong>s, per<strong>do</strong>a<strong>do</strong>s<br />

da penalidade <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> e recebem o Espírito Santo, o qual<br />

literalmente reside dentro deles e os supre de amor divino, com<br />

o qual apenas se pode cumprir a lei e produzir a justiça. Eles<br />

são batiza<strong>do</strong>s pelo Espírito colocan<strong>do</strong>-os no Corpo de Cristo,<br />

que é na verdade a Igreja de Deus. Acreditamos numa mudança<br />

permanente na vida e na atitude. Somente aqueles que tiverem<br />

a presença interna <strong>do</strong> Espírito Santo, e estejam sen<strong>do</strong> guia<strong>do</strong>s<br />

por esse mesmo Espírito são de Cristo (Actos 2:38; 3:19; 5:29-<br />

32; 2 Coríntios 7:10; João 3:16; Efésios 1:7; 2:7-9; Romanos<br />

3:21-26; 5:5; 6:6; 8:4, 9-10, 14; 13:1; Jeremias 33:8; João 14:<br />

16-17; 1 Coríntios 12:12-13; Filipenses 2:3-5).<br />

_____________________<br />

O arrependimento das obras mortas está descrito em Hebreus 6:1<br />

como parte da fundação que no fi nal das contas conduz à perfeição e à<br />

vida eterna. Jesus assinalou a importância <strong>do</strong> arrependimento quan<strong>do</strong><br />

declarou duas vezes que “se não vos arrependerdes, to<strong>do</strong>s de igual<br />

mo<strong>do</strong> perecereis” (Lucas 13:3,5). Deus requer que to<strong>do</strong>s se arrependam<br />

(Actos 17:30; 2 Pedro 3:9).<br />

No primeiro sermão da Igreja regista<strong>do</strong> no Novo Testamento,<br />

Pedro falou às pessoas, “arrependei-vos” (Actos 2:38). O<br />

arrependimento vai para além de um sentimento de tristeza ou de<br />

remorso, por acções que foram praticadas no passa<strong>do</strong> (2 Coríntios<br />

7:8-11). O arrependimento genuíno envolve o reconhecimento de<br />

nossa natureza e a sua oposição a Deus (Romanos 8:7). Ele requer<br />

uma mudança, uma volta completa e total na vida de uma pessoa,<br />

uma mudança de seguir o caminho <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> para seguir o caminho


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 21<br />

de Deus (Isaías 55:7-8; Actos 26:20). É a rendição completa e a<br />

obediência voluntária, baseada no conhecimento de como Deus quer<br />

que vivamos.<br />

O arrependimento começa com as nossas súplicas, imploran<strong>do</strong> e<br />

pedin<strong>do</strong> perdão a Deus pelos nossos peca<strong>do</strong>s e aceitan<strong>do</strong> Jesus Cristo<br />

como o nosso Salva<strong>do</strong>r pessoal. Não é somente uma decisão baseada<br />

na emoção, todavia e certamente, a emoção tenha uma parte importante<br />

(Actos 2:37), mas é uma decisão de obedecer sinceramente a Deus<br />

através da fé em Jesus Cristo. A justiça de Cristo torna-se nossa através<br />

da fé nʼEle (Filipenses 3:8-9; Romanos 8:1-4). O arrependimento não<br />

é simplesmente submeter-se a um sistema de religião ou um grupo<br />

de regulamentos. A confi ança em Deus e nos Seus caminhos guiará<br />

a pessoa a agir de acor<strong>do</strong> com os Seus desejos e a manifestar obras<br />

de justiça (Tiago 2:17-26). O verdadeiro arrependimento divino não<br />

é algo que uma pessoa possa conseguir por si mesma. É um presente<br />

de Deus (2 Timóteo 2:25). É uma coisa entre muitas coisas boas que<br />

nosso Pai celestial nos dá (Tiago 1:17). Ele leva-nos ao arrependimento<br />

(Romanos 2:4).<br />

O arrependimento é uma das partes mais importantes no processo<br />

de conversão. Continuan<strong>do</strong> com Pedro naquele primeiro sermão:<br />

“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batiza<strong>do</strong> em nome de Jesus<br />

Cristo, para perdão <strong>do</strong>s peca<strong>do</strong>s; e recebereis o <strong>do</strong>m <strong>do</strong> Espírito Santo”<br />

(Actos 2:38). Nós temos que nos arrepender <strong>do</strong>s peca<strong>do</strong>s, os quais são<br />

transgressões da lei de Deus (1 João 3:4). O arrependimento precede<br />

o batismo.<br />

Depois <strong>do</strong> arrependimento e <strong>do</strong> batismo, o Espírito de Deus é da<strong>do</strong><br />

à pessoa através da imposição das mãos (2 Timóteo 1:6). O Espírito<br />

Santo guia-nos para vivermos no caminho de Deus (Romanos 8:14).<br />

Agora temos o amor de Deus motivan<strong>do</strong>-nos a guardar as Suas leis (1<br />

João 5:3). Os Cristãos verdadeiros têm o Espírito Santo (Romanos 8:9)<br />

e esforçam-se por viver como Cristo viveu (1 João 2:6).<br />

O arrependimento envolve tanto a alegria quanto a tristeza. O<br />

arrependimento conduz-nos a um relacionamento alegre e eterno<br />

com o nosso Deus carinhoso, o nosso Cria<strong>do</strong>r e <strong>do</strong>a<strong>do</strong>r de vida. O<br />

arrependimento focaliza a nossa visão no amor e na misericórdia de<br />

Deus e o perdão <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> feito possível pelo sacrifício de nosso<br />

Senhor e Salva<strong>do</strong>r, Jesus Cristo. O arrependimento é necessário para<br />

despojarmo-nos <strong>do</strong> “velho homem” e para virmos a ser parte da família


22<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

de Deus (Efésios 4:20-24). Jesus disse, “Arrependei-vos, e crede no<br />

evangelho” (Marcos 1:15). A expectativa de virmos a ser parte <strong>do</strong><br />

Reino de Deus é certamente uma razão para nos alegrarmos!<br />

Pouco depois <strong>do</strong> arrependimento divino, a pessoa deverá ser<br />

batizada e receber a dádiva <strong>do</strong> Espírito Santo (Actos 2:37-38),<br />

apagan<strong>do</strong> assim to<strong>do</strong>s os nossos peca<strong>do</strong>s passa<strong>do</strong>s (Romanos 3:25).<br />

Depois disso vem a vida guiada pelo Espírito Santo, crescen<strong>do</strong> em<br />

graça e conhecimento, produzin<strong>do</strong> frutos e sen<strong>do</strong> aperfeiçoada em<br />

santidade e justiça (2 Pedro 3:18; Mateus 13:23; 2 Coríntios 7:1).<br />

Não obstante, o arrependimento dever ser contínuo. Não é uma<br />

acção única na vida de um crente. A pessoa convertida deve continuar<br />

batalhan<strong>do</strong> contra o seu peca<strong>do</strong> (1 João 1:8-10; 2:1). A sua natureza<br />

humana continua durante o resto de sua vida, e mantém a batalha<br />

contra a sua mente, seduzin<strong>do</strong> a pessoa ao peca<strong>do</strong> (Romanos 7:17,<br />

20-21). A pessoa deseja agradar e obedecer a Deus. O amor de Deus<br />

naquela pessoa (Romanos 5:5) reconhece o caminho perfeito de Deus e<br />

quer seguir aquele caminho, mas também se apercebe que há fraqueza<br />

na carne (Romanos 7:12-25).<br />

Deus não condena o crente (Romanos 8;1) enquanto ele<br />

permaneça nesta atitude de arrependimento e de conquista <strong>do</strong><br />

peca<strong>do</strong> (Apocalipse 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21). A pessoa convertida<br />

continua através <strong>do</strong> arrependimento e da fé a confi ar no sacrifício de<br />

Jesus Cristo para cobrir seus peca<strong>do</strong>s neste processo de conquista<br />

que dura a vida inteira.<br />

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<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 23<br />

O Batismo de Água<br />

Acreditamos na ordenação <strong>do</strong> batismo de água, pela imersão,<br />

depois <strong>do</strong> arrependimento. Através da imposição das mãos,<br />

com oração, o crente receberá o Espírito Santo e tornar-seá<br />

parte <strong>do</strong> Corpo espiritual de Jesus Cristo (Mateus 3:13, 16;<br />

João 3:23; Actos 2:38; 8:14-17; 19:5-6; 1 Coríntios 12:13).<br />

_____________________<br />

João Batista iniciou o batismo <strong>do</strong> arrependimento, liga<strong>do</strong> ao conceito<br />

de remissão <strong>do</strong>s peca<strong>do</strong>s (Mateus 3:1-6; Marcos 1:4-5). Jesus mesmo<br />

foi batiza<strong>do</strong> por João (Mateus 3:13-17), não porque Ele precisasse de<br />

se arrepender ou ser per<strong>do</strong>a<strong>do</strong>, mas como um exemplo para os Seus<br />

discípulos de todas as épocas.<br />

A palavra batismo é simplesmente uma versão da palavra Grega<br />

baptizo que signifi ca “imergir” ou “mergulhar.” Por defi nição, então,<br />

a única forma de batismo bíblico é a completa imersão na água.<br />

João Batista escolheu um lugar particular no Rio Jordão para os seus<br />

batismos porque lá havia água sufi ciente e disponível (João 3:23).<br />

Para o Cristão, a necessidade <strong>do</strong> batismo é muito importante.<br />

Numa só acção, a morte, o enterro e a ressurreição de Cristo são<br />

lembra<strong>do</strong>s ao crente e liga<strong>do</strong>s à simbólica “morte” e “ressurreição”<br />

da “sepultura de água” para andar em novidade de vida (Romanos<br />

6:3-6; Colossenses 2:12-13). Também inerente ao simbolismo está a<br />

promessa da ressurreição futura <strong>do</strong> crente para o Reino de Deus. O<br />

peca<strong>do</strong>r per<strong>do</strong>a<strong>do</strong> levanta-se da água <strong>do</strong> batismo para viver uma nova<br />

vida em Cristo, liberta<strong>do</strong> da pena de morte originada pelo peca<strong>do</strong>. As<br />

águas <strong>do</strong> batismo têm simbolicamente lava<strong>do</strong> aqueles peca<strong>do</strong>s. Neste<br />

senti<strong>do</strong>, o batismo é um reconhecimento externo das intenções internas<br />

<strong>do</strong> crente de entregar e submeter a sua vida a Deus e ao Seu caminho<br />

(Efésios 4:20-24).<br />

O batismo, que é manda<strong>do</strong> por Deus, deve ser precedi<strong>do</strong> pela fé e pelo<br />

arrependimento (Actos 2:37-38; Marcos 16:16). Este mesmo simbolismo<br />

de batismo mostra o desejo de “enterrar” “enter a vida velha e peca<strong>do</strong>ra<br />

(Romanos 6:11). O nosso reconhecimento de culpa e a necessidade de que


24<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

Jesus Cristo nos salve das nossas consequências <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> é de suprema<br />

importância. O arrependimento está caracteriza<strong>do</strong> pela mudança <strong>do</strong><br />

coração e acção e é baseada na fé pessoal, num compromisso total com<br />

Jesus Cristo e Deus Pai (Lucas 14:25-33; Colossenses 2:12). O batismo<br />

deve ser toma<strong>do</strong> somente por alguém que é sufi cientemente maduro para<br />

compreender e apreciar completamente o compromisso requisita<strong>do</strong> que<br />

dura a vida inteira. A Bíblia não dá indicações de que o batismo seja<br />

apropria<strong>do</strong> para crianças.<br />

O batismo é segui<strong>do</strong> por oração e imposição das mãos. Esta<br />

é a parte <strong>do</strong> processo pelo qual recebemos o <strong>do</strong>m <strong>do</strong> Espírito de<br />

Deus (Actos 8:14-18). É através deste Espírito Santo que Cristo<br />

vive num Cristão (João 14:16-17, 23; Gálatas 2:20). Através<br />

deste processo, o crente é coloca<strong>do</strong> dentro <strong>do</strong> Corpo espiritual<br />

de Cristo (1 Coríntios 12:12-13), produzin<strong>do</strong> júbilo no céu<br />

(Lucas 15:7).<br />

A comissão que Jesus Cristo deu aos Seus discípulos inclui a<br />

autoridade de baptizar os crentes (Mateus 28:18-20). Então aqueles<br />

que se tenham arrependi<strong>do</strong> através <strong>do</strong> chamamento de Deus (João<br />

6:44) procuram o batismo para a remissão <strong>do</strong>s peca<strong>do</strong>s, seguin<strong>do</strong> o<br />

exemplo e instrução de Jesus Cristo.<br />

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O Dia de Sába<strong>do</strong><br />

Acreditamos que o sétimo dia da semana é o Sába<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Senhor nosso Deus. Neste dia somos manda<strong>do</strong>s descansar<br />

das nossas obras e a<strong>do</strong>rar a Deus, seguin<strong>do</strong> os ensinamentos<br />

e exemplo de Jesus, <strong>do</strong>s apóstolos e da Igreja no Novo<br />

Testamento (Génesis 2:2-3; Êxo<strong>do</strong> 20:8-11; 31:13-17; Levítico<br />

23:3; Isaías 58:13; Hebreus 4:4-10; Marcos 1:21; 2:27-28; 6:2;<br />

Actos 13:42-44; 17:2; 18:4; Lucas 4:31).


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 25<br />

O dia de Sába<strong>do</strong> foi cria<strong>do</strong> e separa<strong>do</strong> para o homem desde o<br />

tempo da criação. Deus abençoou e santifi cou o sétimo dia e nele,<br />

Deus descansou de todas as Suas obras. O Sába<strong>do</strong> foi o dia depois<br />

da criação <strong>do</strong> primeiro ser humano, um tempo determina<strong>do</strong> para o<br />

homem meditar e ter um relacionamento íntimo com seu Cria<strong>do</strong>r<br />

(Génesis 2:2-3).<br />

O Sába<strong>do</strong> foi cria<strong>do</strong> e separa<strong>do</strong> para o homem desde a criação<br />

e benefi cia-nos directamente. Jesus Cristo é o Senhor <strong>do</strong> Sába<strong>do</strong>,<br />

ligan<strong>do</strong> desse mo<strong>do</strong> e para sempre o próprio Cria<strong>do</strong>r com este tempo<br />

santo (Marcos 2:27-28). É um tempo muito especial para aprofundar<br />

e expandir a devoção <strong>do</strong> homem a Deus e a um relacionamento com<br />

Ele. Quan<strong>do</strong> deixamos de procurar o nosso próprio caminho, achamos<br />

prazeres naquilo que agrada a Deus (Isaías 58:13-14).<br />

Deus deu-nos instruções a respeito de observar o Sába<strong>do</strong>, em<br />

Êxo<strong>do</strong> 20:8-10. O homem tem de se lembrar “<strong>do</strong> dia <strong>do</strong> sába<strong>do</strong>, para<br />

o santifi car.” O homem lembra e consagra o Sába<strong>do</strong> descansan<strong>do</strong> e<br />

a<strong>do</strong>ran<strong>do</strong> no sétimo dia. À medida que os Cristãos seguem este modelo,<br />

eles estão seguin<strong>do</strong> o exemplo <strong>do</strong> seu Cria<strong>do</strong>r e estão recordan<strong>do</strong><br />

Aquele que os trouxe à existência como seres viventes.<br />

Em Deuteronómio 5:12-15 Deus realça a necessidade de observar<br />

o Sába<strong>do</strong>. Ele explica que o Sába<strong>do</strong> é para ser uma lembrança não<br />

somente <strong>do</strong> Cria<strong>do</strong>r, mas que Ele é Aquele que nos livra da escravidão<br />

(veja também Lucas 4:18-19). O antigo Israel recor<strong>do</strong>u ser liberto da<br />

escravidão física no Egipto. Os cristãos lembram-se de ser liberta<strong>do</strong>s<br />

da escravidão espiritual e liberta<strong>do</strong>s através de Jesus Cristo (Romanos<br />

6:16-18).<br />

Êxo<strong>do</strong> 31:13-17 mostra que o Sába<strong>do</strong> é um sinal entre Deus e o Seu<br />

povo e constitui uma aliança perpétua. Isto é, em adição à instrução<br />

dada na criação e nos Dez Mandamentos. Ele tem que ser manti<strong>do</strong><br />

santo como uma lembrança àqueles que foram chama<strong>do</strong>s por Deus que<br />

Ele é Aquele que os separa e que eles são os fi lhos de Deus. Quan<strong>do</strong><br />

Jesus regressar à terra e estabelecer o Reino de Deus, o Sába<strong>do</strong> será<br />

observa<strong>do</strong> regularmente como uma maneira de a<strong>do</strong>rá-Lo e serví-Lo<br />

(Isaías 66:23).<br />

A verdade de que um Sába<strong>do</strong> de descanso está em vigor para o ser<br />

humano (Hebreus 4:9) está confi rmada através <strong>do</strong> exemplo vivifi cante<br />

de Jesus Cristo (Lucas 4:31) e Seus segui<strong>do</strong>res depois de Sua morte<br />

e ressurreição. Paulo ensinou os gentios no Sába<strong>do</strong> (Actos 13:42-44),


26<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

seguin<strong>do</strong> tanto a lei de Deus quanto o exemplo de Cristo. Onde quer que<br />

Paulo foi, ele ensinou no Sába<strong>do</strong>, como era seu costume e estabeleceu<br />

igrejas que observaram os Sába<strong>do</strong>s (Actos 17:2; 18:4). Nenhum<br />

exemplo pode ser encontra<strong>do</strong> nos escritos <strong>do</strong>s apóstolos ou pratica<strong>do</strong>s<br />

pela Igreja no Novo Testamento que mostre qualquer indicação de<br />

mudança nos exemplos e ensinamentos que eles receberam de Cristo.<br />

Em conclusão, o Sába<strong>do</strong> aponta para a criação e lembra ao homem<br />

o seu Cria<strong>do</strong>r. No presente, ele é uma recordação àqueles que observam<br />

o sétimo dia santo que Deus é Aquele que os resgatou <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>.<br />

Finalmente, o Sába<strong>do</strong> visualiza o futuro regresso de Jesus Cristo e<br />

o estabelecimento <strong>do</strong> Reino de Deus, quan<strong>do</strong> haverá um repouso<br />

completo para toda a humanidade (Hebreus 4:4-10).<br />

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A Páscoa<br />

Acreditamos que devemos observar a Páscoa <strong>do</strong> Novo<br />

Testamento na noite de 14 de Abibe, o aniversário da morte de<br />

nosso Salva<strong>do</strong>r (Levítico 23:5; Lucas 22:13-14).<br />

________________________<br />

Jesus instituiu os novos símbolos Pascoais <strong>do</strong> pão e <strong>do</strong> vinho. Ele<br />

disse <strong>do</strong> vinho “Isto é o meu sangue, o sangue <strong>do</strong> novo testamento”<br />

(Mateus 26:28; Marcos 14:24), esse facto demonstra claramente que a<br />

cerimónia da Páscoa que devemos ce-lebrar é uma celebração da Nova<br />

Aliança (Novo Testamento). Jesus também identifi ca pessoalmente<br />

esta cerimónia memorial (Lucas 22:19) como “esta Páscoa” (versículo<br />

15) e observou-a na data que foi estipulada em Levítico 23 que é<br />

uma celebração anual, no dia 14 <strong>do</strong> mês de Abibe, de acor<strong>do</strong> com o<br />

calendário Hebraico.<br />

Jesus marcou pessoalmente a data da cerimónia da Páscoa <strong>do</strong><br />

Novo Testamento na noite antes da Sua morte. Paulo confi rmou que


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 27<br />

devemos guardá-la “na noite em que foi traí<strong>do</strong>” (1 Coríntios 11:23-26;<br />

Lucas 22:14-20; João 13:1-17) - no começo <strong>do</strong> dia 14 de Abibe. Jesus<br />

aplicou especifi camente o nome “Páscoa” a esta cerimónia especial<br />

e comemorativa (Mateus 26:18; Lucas 22:8, 15). Ele deu instruções<br />

aos seus discípulos a respeito de como, quan<strong>do</strong> e onde eles deveriam<br />

fazer a preparação para esta nova maneira de representar a morte <strong>do</strong><br />

Messias (Lucas 22:7-13).<br />

A Páscoa <strong>do</strong> Novo Testamento não é somente a respeito da morte<br />

<strong>do</strong> “Cordeiro de Deus”. É a respeito também <strong>do</strong> Seu sofrimento (Lucas<br />

22:15). Devemos relembrar o sacrifício total que Ele o fez - tanto o Seu<br />

sofrimento como a Sua morte. O Seu sofrimento, morte e sepultura<br />

ocorreram no dia 14 de Abibe. Os símbolos <strong>do</strong> pão e <strong>do</strong> vinho tomaram<br />

o lugar <strong>do</strong> sacrifício <strong>do</strong>s cordeiros no Velho Testamento (Êxo<strong>do</strong> 12),<br />

os quais eram um tipo de Jesus Cristo.<br />

Jesus, como o Cordeiro de Deus, é a “nossa Páscoa” (1 Coríntios<br />

5:7). O pão e o vinho representam o Seu sacrifício total – o Seu<br />

sofrimento e a Sua morte. A morte de Jesus ocorreu na tarde <strong>do</strong> dia<br />

14 de Abibe, mas o Seu sofrimento começou na noite anterior à Sua<br />

morte enquanto Ele ainda estava com os Seus discípulos. “E, levan<strong>do</strong><br />

consigo Pedro e os <strong>do</strong>is fi lhos de Zebedeu, começou a entristecer-se<br />

e a angustiar-se muito. Então lhes disse: A minha alma está cheia de<br />

tristeza até a morte” (Mateus 26:37-38).<br />

A nossa prática para relembrar a morte de Cristo como a nossa<br />

Páscoa é no começo <strong>do</strong> dia 14, a noite na qual Jesus foi traí<strong>do</strong> e<br />

observar o Festival <strong>do</strong>s Pães Ázimos, no começo <strong>do</strong> dia 15 até ao fi nal<br />

<strong>do</strong> dia 21, cumprin<strong>do</strong> assim as instruções dadas pelas Escrituras. O<br />

registro bíblico é claro neste senti<strong>do</strong> e não temos nenhuma difi culdade<br />

em discernir as sequências correctas <strong>do</strong>s eventos - após a Páscoa vêm<br />

os dias <strong>do</strong>s Pães sem fermento.<br />

Como Cristo é a nossa Páscoa, o pão e o vinho são lembranças <strong>do</strong><br />

Seu sofrimento e morte. Sen<strong>do</strong> Judeus, Jesus Cristo e os apóstolos<br />

tinham observa<strong>do</strong> a Páscoa durante toda a vida. Mas agora, há novos<br />

símbolos. Cristo mostrou aos Seus discípulos o signifi ca<strong>do</strong> profun<strong>do</strong> da<br />

Páscoa através <strong>do</strong>s novos símbolos e através de Seu sofrimento supremo<br />

e morte no dia 14 <strong>do</strong> primeiro mês.<br />

Depois de ter dito aos Seus discípulos para beberem o vinho,<br />

Jesus disse, “Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança,<br />

derrama<strong>do</strong> em favor de muitos, para remissão de peca<strong>do</strong>s” (Mateus


28<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

26:28, Revista e Actualizada de Almeida). Cristo instituin<strong>do</strong> os<br />

símbolos da Páscoa é consistente com a Sua responsabilidade de<br />

“Media<strong>do</strong>r da nova aliança” (Hebreus 12:24).<br />

Em Seu sacrifício, Ele tomou sobre Si mesmo as penalidades<br />

<strong>do</strong>s peca<strong>do</strong>s de toda a humanidade (1 Pedro 3:18). Quan<strong>do</strong><br />

compartilhamos o pão e o vinho, reconhecemos que o Seu corpo e<br />

o seu sangue foram da<strong>do</strong>s para cobrir os nossos peca<strong>do</strong>s. Através<br />

da fé no sacrifício de Jesus Cristo somos reconcilia<strong>do</strong>s com o Pai. A<br />

reconciliação dá-nos acesso ao Pai, fazen<strong>do</strong> possível que cheguemos<br />

com coragem perante o Seu trono de graça para acharmos ajuda em<br />

horas de necessidade (Hebreus 4:16). É por causa <strong>do</strong> Seu sacrifício<br />

que podemos ser cura<strong>do</strong>s espiritualmente, fi sicamente, mentalmente,<br />

e emocionalmente (Isaías 53:4-5; Tiago 5:14).<br />

Quan<strong>do</strong> comemos o pão, simbolizamos Cristo viven<strong>do</strong> em nós<br />

(João 6:53-54). Mostramos também a nossa união com Cristo e com<br />

cada membro <strong>do</strong> corpo de Cristo – a Igreja (1 Coríntios 10:16), como<br />

também a nossa disposição em viver pela palavra de Deus.<br />

Jesus man<strong>do</strong>u-nos observar a cerimónia da Páscoa em Sua<br />

lembrança (Lucas 22:19-20). Paulo deixa bem claro em 1 Coríntios<br />

11:20-26 que “reunis” na Igreja para “comerdes este pão e beberdes<br />

este cálice.” O propósito desta cerimónia é para “anunciarmos a morte<br />

<strong>do</strong> Senhor, até que venha” – demostran<strong>do</strong> o único caminho pelo qual o<br />

ser humano poderá ser reconcilia<strong>do</strong> com Deus Pai. Paulo também fala<br />

que só somos reconcilia<strong>do</strong>s com Deus Pai pela morte de Jesus – mas<br />

que somos salvos pela Sua vida (Romanos 5:10).<br />

A parte <strong>do</strong> lavar <strong>do</strong>s pés, durante a cerimónia da Páscoa foi<br />

estabelecida por Jesus. Depois de nos dar primeiramente um exemplo<br />

pessoal de como ser servos por ter lava<strong>do</strong> os pés <strong>do</strong>s Seus discípulos,<br />

Ele então disse-nos: “Se sabeis estas coisas, bem-aventura<strong>do</strong>s sois se<br />

as fi zerdes” (João 13:17).<br />

To<strong>do</strong>s estes três elementos – o lavar <strong>do</strong>s pés, o pão e o vinho – são<br />

parte da cerimónia anual observada pela Igreja de Deus Unida, uma<br />

Associação Internacional. A cerimónia é observada somente uma vez<br />

por ano, um pouco depois <strong>do</strong> pôr-<strong>do</strong>-sol na noite <strong>do</strong> começo <strong>do</strong> dia 14<br />

<strong>do</strong> primeiro mês <strong>do</strong> calendário Hebraico, tal como está estabeleci<strong>do</strong><br />

pela Palavra de Deus.<br />

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<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 29<br />

Os Festivais de Deus<br />

Acreditamos na observação <strong>do</strong>s sete Dias Santos anuais que<br />

foram da<strong>do</strong>s ao antigo Israel por Deus; foram guarda<strong>do</strong>s por<br />

Jesus Cristo, os apóstolos e a Igreja no Novo Testamento; e<br />

serão guarda<strong>do</strong>s por toda humanidade durante o reino milenar<br />

de Cristo. Estes Dias Santos revelam o plano de salvação de<br />

Deus (Colossenses 2:16-17; 1 Pedro 1:19-20; 1 Coríntios 5:8;<br />

15:22-26; 16:8; Tiago 1:18; Êxo<strong>do</strong> 23:14-17; Levítico 23; Lucas<br />

2:41-42; 22:14-15; João 7:2, 8, 10, 14; Actos 2:1; 18:21; 20:16;<br />

Zacarias 14:16-21).<br />

________________________<br />

Quan<strong>do</strong> Deus libertou a nação de Israel da escravidão no Egipto,<br />

Ele ordenou-lhes que participassem em a<strong>do</strong>rações especiais durante as<br />

estações da colheita <strong>do</strong> ano (Êxo<strong>do</strong>23:14-16; Deuteronómio 16:1-17).<br />

Deus defi ne estas celebrações como os Seus festivais, ou “as solenidades<br />

<strong>do</strong> SENHOR” (Levítico 23:2-4). A mensagem <strong>do</strong> evangelho e o plano<br />

de Salvação de Deus estão enriqueci<strong>do</strong>s pelo entendimento de que<br />

colheitas físicas de safras são exemplos de colheitas espirituais de<br />

humanos através da salvação que Deus nos oferece por meio de Jesus<br />

Cristo (Mateus 9:37-38; João 4:35; 15:1-8; Colossenses 2:16-17).<br />

Os sete Dias Santos anuais são Sába<strong>do</strong>s anuais. Eles são<br />

convocações santas, ou assembleias dirigidas ao povo de Deus. Estes<br />

dias são santos porque eles são santifi ca<strong>do</strong>s (separa<strong>do</strong>s) por Deus.<br />

Ele comanda o Seu povo a reunir-se para a<strong>do</strong>rá-Lo e conhecê-Lo e<br />

conhecer o Seu plano. O Seu coman<strong>do</strong> vai mais além de que a<strong>do</strong>rá-Lo<br />

somente; inclui a comunhão e o regozijo em conjunto (Levítico 23:1-<br />

4; Deuteronómio 14:23-26; Neemias 8:1-12).<br />

O registo <strong>do</strong> Novo Testamento mostra a continuidade da observância<br />

destes dias por Jesus Cristo e pela Igreja. Jesus observou estes festivais,<br />

e nós como Seus segui<strong>do</strong>res somos instruí<strong>do</strong>s a andar como Ele an<strong>do</strong>u<br />

(João 7:8-14; 1 João 2:6). A Igreja no Novo Testamento começou num<br />

festival anual – o Dia de Pentecostes (Actos 2:1-4). Os apóstolos e os


30<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

discípulos da recém criada Igreja continuaram a observar os festivais<br />

muito além, após a morte e ressurreição de Jesus (Actos 18:21; 20:16;<br />

27:9; 1 Coríntios 5:8). Paulo mantém a observância das cerimónias<br />

e apresenta-as como “sombras” contínuas ou esboços <strong>do</strong>s grandes<br />

eventos no plano de salvação de Deus que estão ainda para acontecer<br />

(Colossenses 2;16-17). Ele também instruiu a congregação em<br />

Coríntios dizen<strong>do</strong>, “Por isso façamos a festa” (1 Coríntios 5:8).<br />

Através da observação destas festas, o povo de Deus medita e<br />

lembra-se durante o ano da obra de Jesus o Messias. É através da<br />

pregação <strong>do</strong> evangelho <strong>do</strong> Reino de Deus e a chamada divina para um<br />

novo caminho de vida (João 6:44) que vemos o desenvolvimento da<br />

Igreja como a família de Deus. Através de Cristo como nosso ponto<br />

focal, começamos a entender o signifi ca<strong>do</strong> especial das festas anuais.<br />

Durante o curso <strong>do</strong>s sete festivais anuais há sete Dias Santos, os<br />

quais são Sába<strong>do</strong>s anuais. Estes Dias Santos são o primeiro e último<br />

dia <strong>do</strong>s Pães Ázimos, a Festa de Pentecostes, a Festa de Trombetas, o<br />

Dia de Expiação, o primeiro dia da Festa de Tabernáculos e o Último<br />

Grande Dia. Apesar da Páscoa ser um festival, não é um Sába<strong>do</strong><br />

anual.<br />

O plano de salvação revela<strong>do</strong> nas Sagradas Escrituras está descrito<br />

no signifi ca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s sete festivais anuais.<br />

• A Páscoa ensina-nos que Jesus Cristo não pecou e, como o<br />

verdadeiro Cordeiro de Deus, deu-nos a Sua vida para que os peca<strong>do</strong>s<br />

da humanidade possam ser per<strong>do</strong>a<strong>do</strong>s e a penalidade da morte removida<br />

(1 Coríntios 5:7; 1 Pedro 1:18-20; Romanos 3:25). A Páscoa, apesar de<br />

não ser observada como um Dia Santo, é o primeiro festival <strong>do</strong> ano.<br />

• A Festa <strong>do</strong>s Pães Ázimos (Festa <strong>do</strong>s Pães Sem Fermento)<br />

ensina-nos que fomos chama<strong>do</strong>s para rejeitarmos a iniquidade e para<br />

nos arrependermos <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>. Temos que viver por cada palavra de<br />

Deus e de acor<strong>do</strong> com os ensinamentos de Jesus Cristo (1 Coríntios<br />

5:8; Mateus 4:4). Durante este festival, o fermento simboliza o peca<strong>do</strong><br />

e, como tal, é removi<strong>do</strong> das nossas <strong>casa</strong>s durante os sete dias da festa<br />

(1 Coríntios 5:7-8; Êxo<strong>do</strong> 12:19). Comen<strong>do</strong> pães sem fermento,<br />

mostramos viver uma vida com sinceridade e verdade, livres <strong>do</strong><br />

peca<strong>do</strong>.<br />

• A Festa de Pentecostes, ou primeiros frutos, ensina-nos que Jesus<br />

Cristo veio para construir a Sua Igreja. Este festival simboliza a vinda<br />

<strong>do</strong> Espírito Santo e o estabelecimento da Igreja. Os primeiros frutos


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 31<br />

são aqueles que receberão a salvação no regresso de Cristo. Eles têm<br />

recebi<strong>do</strong> o poder <strong>do</strong> Espírito Santo, que cria um novo coração em cada<br />

um e a natureza de viver conforme os mandamentos de Deus (Êxo<strong>do</strong><br />

23:16; Actos 2:1-4, 37-39; 5:32; Tiago 1:18).<br />

• A Festa das Trombetas ensina-nos que Jesus Cristo retornará<br />

visivelmente à terra no fi nal desta era. Nessa altura Ele ressuscitará<br />

os santos que já não vivem e instantaneamente transformará aqueles<br />

santos que ainda estão viven<strong>do</strong>, em seres espirituais imortais (Mateus<br />

24:31; 1 Coríntios 15:52-53; 1 Tessalonissenses 4:13-17). Este festival<br />

comemora o toque das trombetas que precederá Seu regresso. Sete<br />

anjos com sete trombetas estão descritos em Apocalipse 8-10. Cristo<br />

regressará com o toque da sétima trombeta (Apocalipse 11:15).<br />

• O Dia de Expiação ensina-nos que Jesus Cristo deu a Sua vida para<br />

expiar os peca<strong>do</strong>s de toda humanidade. Também aponta para o tempo<br />

quan<strong>do</strong> Satanás será preso por 1.000 anos (Levítico 16:29-30, 20-22;<br />

Apocalipse 20:1-3). Este Dia Santo descreve o nosso Sumo Sacer<strong>do</strong>te,<br />

Jesus Cristo, fazen<strong>do</strong> a expiação pelos nossos peca<strong>do</strong>s, deixan<strong>do</strong>-nos<br />

ser reconcilia<strong>do</strong>s com Deus e entrar no “santo <strong>do</strong>s santos” (Hebreus<br />

9:8-14; 10-19-20). Ao jejuarmos neste dia, aproximamo-nos mais de<br />

Deus e mostramos a reconciliação da humanidade com Deus. Cristo é<br />

essencial neste processo como nosso Sumo Sacer<strong>do</strong>te (Hebreus 4:14-<br />

15; 5:4-5, 10) e nosso eterno sacrifício para o peca<strong>do</strong> (Hebreus 9:26-<br />

28).<br />

• A Festa de Tabernáculos ensina-nos que quan<strong>do</strong> Jesus Cristo<br />

regressar, uma nova sociedade será estabelecida com Cristo como<br />

Rei <strong>do</strong>s Reis e Senhor <strong>do</strong>s Senhores. Cristo, ajuda<strong>do</strong> pelos santos<br />

ressuscita<strong>do</strong>s, estabelecerá o Seu governo na terra por 1.000 anos<br />

(Apocalipse 19:11-16; 20:4; Levítico 23:39-43; Mateus 17:1-4;<br />

Hebreus 11:8-9). O governo de acor<strong>do</strong> com as Suas leis espalharse-á<br />

de Jerusalém para to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> introduzin<strong>do</strong> um perío<strong>do</strong> sem<br />

precedentes de paz e de prosperidade (Isaías 2:2-4; Daniel 2:35, 44;<br />

7:13-14).<br />

• O Último Grande Dia, ou oitavo dia, ensina-nos que Jesus Cristo<br />

completará a Sua colheita de humanos levantan<strong>do</strong>-os <strong>do</strong>s mortos e<br />

estenden<strong>do</strong> a salvação a to<strong>do</strong> o ser humano que tenha morri<strong>do</strong> no<br />

passa<strong>do</strong> e que não tenha ti<strong>do</strong> a total oportunidade para a obtenção<br />

dessa salvação (Ezequiel 37:1-14; Romanos 11:25-27; Lucas 11:31-<br />

32; Apocalipse 20:11-13).


32<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

O ciclo anual da celebração <strong>do</strong>s festivais e Dias Santos relembra<br />

aos discípulos de Cristo que Ele está a trabalhar no Seu plano para<br />

estender a salvação <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> e da morte e a oferecer o presente da<br />

vida eterna na família de Deus para toda humanidade, que viveu no<br />

passa<strong>do</strong>, que vive no presente e que viverá no futuro.<br />

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:<br />

• God’s Holy Day Plan: The Promise of Hope for All Mankind)<br />

As Leis Alimentares<br />

de Deus<br />

Acreditamos que certos animais que estão classifi ca<strong>do</strong>s por<br />

Deus como “imun<strong>do</strong>s” em Levítico 11 e Deuteronómio 14 não<br />

devem ser comi<strong>do</strong>s.<br />

_____________________<br />

A Escritura revela que Deus criou o vasto número de animais<br />

que vivem neste planeta e além disso diz que alguns animais foram<br />

cria<strong>do</strong>s para o propósito específi co de suprir alimento para o ser<br />

humano (1 Timóteo 4:3). Apesar de um Cristão não estar obriga<strong>do</strong> a<br />

comer qualquer carne, o vegetarianismo nas suas várias formas, se for<br />

pratica<strong>do</strong> como um requisito religioso, é considera<strong>do</strong> uma fraqueza<br />

espiritual (Romanos 14:2).<br />

Não há nenhuma declaração de quan<strong>do</strong> Deus primeiro revelou a<br />

diferença entre os animais que estão designa<strong>do</strong>s como “imun<strong>do</strong>s” e<br />

aqueles que não o são. A ausência de um mandamento claro nesta<br />

matéria não deve ser interpretada como prova que nenhuma instrução<br />

foi dada. Há poucos mandamentos claros nas primeiras páginas da<br />

Bíblia, mas os exemplos que estão regista<strong>do</strong>s revelam que os padrões<br />

<strong>do</strong> certo e <strong>do</strong> erra<strong>do</strong> eram claramente entendi<strong>do</strong>s. Por exemplo, não há<br />

um mandamento claro contra assassinato antes <strong>do</strong> assassinato de Abel


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 33<br />

pelo seu irmão Caim, mas ninguém pode concluir que o homicídio<br />

era no entanto aceitável antes deste ponto. O livro de Génesis pode<br />

ser descrito como o livro <strong>do</strong>s inícios. Este livro foi escrito por Moisés<br />

para dar um registo histórico <strong>do</strong> que aconteceu, não como um livro de<br />

leis. Os seus leitores não devem assumir que a lei não existia desde<br />

<strong>do</strong> início.<br />

As primeiras declarações a respeito de animais “limpos” e<br />

“imun<strong>do</strong>s” são achadas em Génesis 7:2, quan<strong>do</strong> Noé foi instruí<strong>do</strong> para<br />

recolher sete pares de animais limpos e somente um par de animais<br />

imun<strong>do</strong>s. Quan<strong>do</strong> Deus falou a Noé para construir uma arca gigantesca,<br />

Ele deu instruções explicitas no tamanho, composição e desenho, no<br />

entanto Deus não precisou de instruir Noé sobre quais os animais que<br />

seriam limpos e quais animais que seriam imun<strong>do</strong>s. A instrução de<br />

Deus e a reposta de Noé indicam claramente que Noé entendia e sabia<br />

quais as criaturas que eram limpas e as que não eram.<br />

No fi m <strong>do</strong> grande dilúvio, Deus falou a Noé: “Tu<strong>do</strong> quanto se<br />

move, que é vivente, será para vosso mantimento; tu<strong>do</strong> vos tenho da<strong>do</strong><br />

como a erva verde” (Génesis 9:3). O assunto fala<strong>do</strong> neste versículo<br />

é que conquanto poucos homens tivessem sobrevivi<strong>do</strong>, e grandes e<br />

perigosos animais fossem preserva<strong>do</strong>s, Noé e sua família não precisava<br />

de temer tais animais. O versículo 3 mostra que os animais eram para<br />

benefício <strong>do</strong> homem. Eles foram da<strong>do</strong>s para o controle <strong>do</strong> homem da<br />

mesma maneira que foram as plantas verdes. Algumas plantas verdes<br />

são aceitáveis para alimento, algumas são aceitáveis para construir<br />

materiais, algumas para beleza e alegria, e algumas são venenosas e<br />

podem causar <strong>do</strong>ença ou morte quan<strong>do</strong> comidas. Da mesma maneira,<br />

alguns animais são aceitáveis como alimento, enquanto outros<br />

providenciam fi bras para roupa, outros ajudam no trabalho da terra ou<br />

na protecção de perigos.<br />

Sempre que os animais são menciona<strong>do</strong>s nas Escrituras como uma<br />

origem de alimento ou em conexão com sacrifícios antes <strong>do</strong> Monte<br />

Sinai, eles são invariavelmente referentes a animais limpos (Génesis<br />

15:9 - bezerra, cabra, carneiro, rola; Génesis 22:13 - carneiro; Êxo<strong>do</strong><br />

12:5 - cordeiro ou cabrito). A lei <strong>do</strong>s animais limpos e imun<strong>do</strong>s é<br />

claramente anterior à data da Antiga Aliança, indiferentemente <strong>do</strong> tipo<br />

de papel que eles tiveram dentro daquela aliança.<br />

Quan<strong>do</strong> o sistema Levítico foi estabeleci<strong>do</strong>, foi necessário codifi car<br />

um número de assuntos que já estavam em vigor há algum tempo.


34<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

Duas passagens das Escrituras, Levítico 11:1-47 e Deuteronómio 14:3-<br />

21, mostram claramente quais são as criaturas que foram separadas e<br />

identifi cadas por Deus como sen<strong>do</strong> aceitáveis para alimento e as que<br />

não o foram, no entanto estas passagens compilam simplesmente uma<br />

prática que já existia há muito tempo, antes <strong>do</strong> sistema Levítico. O<br />

termo ʻlimpoʼ é usa<strong>do</strong> para designar aqueles animais que têm carnes<br />

aceitáveis como alimento, enquanto que o termo ʻimun<strong>do</strong>ʼ é usa<strong>do</strong><br />

para os outros animais que não são aceitáveis como alimento.<br />

As escrituras não revelam exactamente porque Deus designou<br />

certas carnes de animais como alimento aceitável enquanto que outras<br />

carnes não são aceitáveis. Seja qual for a razão, Deus sabe o porquê<br />

já que Ele criou cada animal, e Ele designou certas substancias como<br />

boas para alimento enquanto que outras não.<br />

Várias passagens no Novo Testamento indicam que as leis <strong>do</strong>s<br />

animais limpos e imun<strong>do</strong>s eram ainda observadas por Jesus Cristo<br />

e Seus segui<strong>do</strong>res. Apesar <strong>do</strong> desejo ardente <strong>do</strong>s líderes religiosos,<br />

em quererem acusar Jesus de violar as suas interpretações das leis<br />

religiosas, não há nenhum registo de que eles jamais o tivessem<br />

confronta<strong>do</strong> sobre ensinamentos ou praticas sobre este assunto. Se Ele<br />

tivesse defendi<strong>do</strong> a ideia de que poderíamos comer animais imun<strong>do</strong>s,<br />

isso seria um argumento ideal para destruir a Sua reputação perante a<br />

multidão, pois eles fi cariam horroriza<strong>do</strong>s com essa ideia. As palavras<br />

de Jesus na passagem de Marcos 7, que é frequentemente citada<br />

erroneamente, teriam insulta<strong>do</strong> os líderes religiosos, se eles tivessem<br />

interpreta<strong>do</strong> a Sua declaração da mesma maneira que muitas pessoas<br />

a explicam hoje em dia. O uso de Marcos 7:19, como base para a<br />

dedução de que se pode comer animais imun<strong>do</strong>s, surgiu dum uso<br />

gramatical diferente acha<strong>do</strong> em poucos manuscritos Gregos.<br />

Actos 10, ilustra poderosamente o entendimento que havia no<br />

começo da Igreja no Novo Testamento sobre as carnes limpas e<br />

sobre as carnes imundas, apesar desse não ser o propósito principal<br />

da visão. Pedro recebeu uma visão de Deus que o instruiu a levar<br />

a mensagem <strong>do</strong> evangelho a todas as nações e povos fora da<br />

comunidade Judaica. Durante esta visão, Pedro três vezes recusou<br />

compartilhar <strong>do</strong>s animais imun<strong>do</strong>s que lhe foram mostra<strong>do</strong>s e fi cou<br />

pensativo sobre o signifi ca<strong>do</strong> da visão até que Deus revelou que era<br />

a respeito de pessoas e não a respeito de animais limpos ou imun<strong>do</strong>s.<br />

Foi revela<strong>do</strong> a Pedro que nenhum homem pode ser considera<strong>do</strong>


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 35<br />

“comum ou imun<strong>do</strong>” (versículos 28-29).<br />

Este capítulo termina com o Espírito Santo a ser da<strong>do</strong> aos da <strong>casa</strong> de<br />

Cornélio como prova de que o evangelho daquele momento em diante<br />

seria para todas as nações (ver. 44-48). Esta secção das Escrituras<br />

tem si<strong>do</strong> usada como permissão para comer animais imun<strong>do</strong>s, no<br />

entanto e apesar disso, foi claramente indica<strong>do</strong> o contrário. Embora<br />

este evento tenha aconteci<strong>do</strong> muitos anos após o início da história<br />

da Igreja no Novo Testamento, Pedro ainda rejeitou a ideia de comer<br />

animais imun<strong>do</strong>s, até mesmo protestan<strong>do</strong> dizen<strong>do</strong> que “nunca comi<br />

coisa alguma comum e imunda” (ver. 14).<br />

Paulo escreveu das criaturas “que Deus criou para os fi éis, e<br />

para os que conhecem a verdade a fi m de usarem deles com acções<br />

de graças” e descreveu que toda a criatura “pela palavra de Deus e<br />

pela oração, é santifi cada” (1 Timóteo 4:3,5). A palavra usada para<br />

descrever estas criaturas, santifi cada, comporta uma dupla conotação<br />

como sen<strong>do</strong> separar de alguma coisa como também separar por alguma<br />

coisa. Os animais limpos são aqueles que claramente foram separa<strong>do</strong>s<br />

pela Palavra de Deus de to<strong>do</strong>s os animais e podem ser usa<strong>do</strong>s para a<br />

nutrição <strong>do</strong> homem. A carne de todas criaturas que estão ordenadas<br />

como aceitáveis para alimento é para ser recebida com agradecimento<br />

pelos crentes que crêem e conhecem a verdade.<br />

Desta maneira, a Igreja de Deus Unida ensina a abstinência de<br />

animais imun<strong>do</strong>s com base nas instruções e exemplos descritos<br />

acima.<br />

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:<br />

• What Does the Bible Teach About Clean and Unclean Meats? )


36<br />

O Serviço Militar<br />

e a Guerra<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

Acreditamos que os Cristãos estão proibi<strong>do</strong>s pelos<br />

mandamentos de Deus de tirar uma vida humana directa ou<br />

indirectamente e que carregar armas é contrário a esta crença<br />

fundamental. Por isso, acreditamos que os Cristãos não devam<br />

voluntariamente servir em nenhum tipo de serviço militar.<br />

Se eles tiverem que involuntariamente fazer serviço militar,<br />

acreditamos que devem de recusar conscienciosamente em<br />

carregar armas e se possível, recusar estar sob qualquer tipo<br />

de autoridade militar (Êxo<strong>do</strong> 20:13; Mateus 5:21-22; 1 Coríntios<br />

7:21-23; Actos 5:29).<br />

_____________________<br />

O caminho de Deus é o caminho <strong>do</strong> amor, <strong>do</strong> sacrifício e de<br />

compartilha (Romanos 12:1, 10). O ensinamento de Deus para um<br />

indivíduo a respeito de tirar uma vida humana está resumi<strong>do</strong> no Sexto<br />

Mandamento, no qual diz, “Não matarás” (Êxo<strong>do</strong> 20:13). Cristo<br />

repetiu um grande princípio quan<strong>do</strong> Ele disse, “Amarás o teu próximo<br />

como a ti mesmo” (Mateus 22:39). Paulo disse, “O amor não faz mal<br />

ao próximo” (Romanos 13:10).<br />

Jesus declarou, “O meu reino não é deste mun<strong>do</strong>; se o meu reino<br />

fosse deste mun<strong>do</strong>, lutariam os meus servos...” (João 18:36). O Israel<br />

espiritual de Deus não é mais composto pelas 12 tribos físicas. Povos<br />

de todas as nações estão enxerta<strong>do</strong>s neste Israel espiritual (Romanos<br />

9:1-8) e fazem parte <strong>do</strong> Corpo espiritual de Cristo (Romanos 2:25-29).<br />

Como Cristãos, nós devemos sair da escuridão, <strong>do</strong> poder de Satanás<br />

para o poder <strong>do</strong> Reino de Deus (Actos 26:28, Colossenses 1:11-13).<br />

Agora temos a cidadania no céu (Filipenses 3:20). Temos que<br />

imitar as acções de Jesus (1 Pedro 4:1, 13-16). Cristo não respondeu<br />

com insultos quan<strong>do</strong> foi insulta<strong>do</strong>, e Ele não ameaçou quan<strong>do</strong> sofria.


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 37<br />

Ele sofreu por fazer o bem e aguentou o sofrimento pacientemente<br />

porque desejava agradar a Deus (1 Pedro 2:19-24). Ele ensinou que<br />

ter raiva <strong>do</strong> seu irmão pode resultar em peca<strong>do</strong> (Mateus 5:21-22).<br />

Devemos amar os nossos inimigos e fazer o bem àqueles que nos<br />

odeiam (ver. 43-44). Não devemos vingar-nos; a vingança pertence a<br />

Deus (Romanos 12;19).<br />

A nossa guerra como Cristãos está na arena espiritual (Efésios 6:10-<br />

20). Não guerreamos contra a carne (2 Coríntios 10:3), mas ”contra as<br />

hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:12).<br />

Devemos ser bons solda<strong>do</strong>s espirituais de Jesus Cristo (2 Timóteo 2:3-<br />

4). Nesta vida, esta é a nossa chamada. Como tal, um Cristão tem às<br />

vezes que encarar um confl ito entre as leis <strong>do</strong> homem e as leis de Deus<br />

To<strong>do</strong> Poderoso. Quan<strong>do</strong> isso acontece, o cristão tem que obedecer às<br />

leis de Deus (Actos 5:29; 1 Pedro 2:13-14).<br />

Na maior parte <strong>do</strong>s países, os militares têm as suas próprias leis e<br />

regulamentos. Uma pessoa militar não está em liberdade de decidir<br />

o que ele ou ela poderá fazer. A decisão mais sábia a tomar é a de<br />

não nos colocarmos nessa posição, já que as pessoas militares estão<br />

sujeitas à sua própria autoridade e poderão ser chamadas para tirar<br />

vidas humanas. O apóstolo Paulo disse que não devemos de vir a ser<br />

escravos <strong>do</strong> homem (1 Coríntios 7:23).<br />

Por essa razão, a Igreja de Deus Unida, uma Associação<br />

Internacional apoia a objecção consciente <strong>do</strong>s seus membros em não<br />

participar <strong>do</strong>s serviços militares e da guerra.<br />

Promessas a Abraão<br />

Acreditamos na justiça dura<strong>do</strong>ura de Deus. Esta justiça é<br />

demonstrada pela lealdade de Deus em preencher todas as<br />

promessas que Ele fez ao pai da fé, Abraão. Como prometi<strong>do</strong>,<br />

Deus multiplicou os descendentes da linha genealógica de<br />

Abraão e assim, Abraão tornou-se literalmente o “pai” de<br />

muitas nações. Acreditamos que Deus, como prometeu, fez


38<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

prosperar materialmente os descendentes da linhagem de<br />

Abraão, nomeadamente de Isaque e de Jacob (cujo nome Ele<br />

mu<strong>do</strong>u mais tarde para Israel). Acreditamos que Deus, através<br />

<strong>do</strong> Descendente (da Posteridade) de Abraão, Jesus Cristo, está<br />

oferecen<strong>do</strong> a salvação a toda a humanidade não dependen<strong>do</strong><br />

assim da linhagem física. A salvação não é portanto, um<br />

privilégio <strong>do</strong> nascimento. Ela está livremente aberta a to<strong>do</strong>s os<br />

que Deus chama, e aqueles que são vistos como descendentes<br />

de Abraão são aqueles da fé, herdeiros de acor<strong>do</strong> com as<br />

promessas. Acreditamos que o conhecimento, de que Deus<br />

tem cumpri<strong>do</strong> e continua a cumprir as promessas físicas a<br />

Abraão e a seus fi lhos, e que Ele está cumprin<strong>do</strong> as promessas<br />

espirituais através de Jesus Cristo, é importantíssimo para<br />

compreendermos a mensagem <strong>do</strong>s profetas e a sua aplicação<br />

ao mun<strong>do</strong> (Salmos 111:1-10; Romanos 4:16; 9:7-8; Gálatas<br />

3:16; Génesis 32:28).<br />

_____________________<br />

Deus fez promessas físicas e espirituais a Abraão. As promessas<br />

físicas envolvem grandezas físicas para os seus descendentes: “E farte-ei<br />

uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome”<br />

(Génesis 12:1-2). Estas promessas físicas incluíam garantias de terra<br />

ou território e outras bênçãos (Génesis 12:7; 13:14-17; 15:18).<br />

Elas foram formalmente passadas para os descendentes de Abraão.<br />

Primeiro passaram para Isaac (Génesis 26:1-4). Depois para Jacob<br />

(Génesis 28:3-4, 13-14). E então foram passadas a José e fi nalmente<br />

para os <strong>do</strong>is fi lhos de José, Efraim e Manassés (Génesis 48:15-<br />

19). Mas, por causa da escravidão de Israel, o cumprimento destas<br />

promessas físicas foi retarda<strong>do</strong>.<br />

Antes que alguém da descendência de Abraão herdasse a promessa<br />

da terra, eles tornaram-se escravos no Egipto (Êxo<strong>do</strong> 1:7-11). A nação<br />

de Israel gemeu por causa <strong>do</strong> seu esta<strong>do</strong> de escravidão e Deus ouviuos.<br />

Em sua lealdade, Deus determinou soltar Israel da sua escravidão<br />

cumprin<strong>do</strong> as promessas, que fez a Abraão, a Isaac e a Jacob, de que<br />

os seus descendentes, os descendentes de Abraão seriam fi sicamente<br />

abençoa<strong>do</strong>s e que se tornariam num grande povo na terra (Êxo<strong>do</strong> 2:23-<br />

25; 6:7-8; 13:5; Deuteronómio 9:4-6).<br />

A seguir vemos as promessas da bênção física sen<strong>do</strong> oferecidas a


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 39<br />

Israel. Somente se os Israelitas obedecessem a Deus e se observassem a<br />

aliança, eles poderiam receber tais promessas. Se eles não obedecessem<br />

aos termos da aliança, as bênçãos seriam adiadas e pragas viriam em<br />

seu lugar (Êxo<strong>do</strong> 19:5-6; Levítico 26:3-39; Deuteronómio 28:1-68).<br />

Por causa <strong>do</strong>s peca<strong>do</strong>s de Israel e de Judá, as bênçãos foram adiadas.<br />

Houve apenas poucos momentos de grandeza quan<strong>do</strong> alguns reis justos<br />

reinaram. Mas, por causa da lealdade de Deus, Ele eventualmente<br />

abençoaria os descendentes de Abraão com grandeza. Os descendentes<br />

de Efraim e Manassés (Grã-Bretanha e Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s) receberam<br />

a benção da ascendência à grandeza nacional. Efraim tornou-se uma<br />

associação de nações, e Manassés tornou-se uma grande nação. É<br />

através destas duas nações que as profecias Bíblicas a respeito de<br />

Israel estão sen<strong>do</strong> cumpridas (Génesis 48:16; 49:22-26).<br />

Contida nas promessas de Abraão estava a promessa de salvação a<br />

to<strong>do</strong>s os homens de se tornarem <strong>do</strong> “Descendente” (da posteridade, da<br />

descendência) de Abraão. Através de Abraão a todas as famílias da terra<br />

foi da<strong>do</strong> acesso ás bênçãos de Deus (Génesis 12:3). Deus confi rmou<br />

esta promessa de Abraão porque ele obedeceu os mandamentos de<br />

Deus (Génesis 22:18).<br />

Estas promessas de Abraão não foram limitadas a benções físicas,<br />

mas incluíam as bênçãos espirituais estendidas a toda humanidade.<br />

Paulo entendeu que a salvação não foi somente para Judeus ou Israelitas,<br />

mas para toda humanidade. A ele foi mostra<strong>do</strong> que o “Descendente” se<br />

referia a Jesus Cristo (Gálatas 3:8, 14-16).<br />

Zacarias, no nascimento de João Batista, profetizou que Deus se<br />

lembraria <strong>do</strong> Seu juramento, que Ele jurou a Abraão (Lucas 1:69-73).<br />

Paulo registou que Jesus Cristo veio para confi rmar as promessas<br />

feitas aos pais (Romanos 15:8). A promessa da salvação veio de<br />

Deus através <strong>do</strong> Espírito Santo como uma parte da Nova Aliança<br />

sen<strong>do</strong> disponível para nós através da morte e da ressurreição de Jesus<br />

Cristo. O Espírito Santo é a chave para “melhores promessas” que<br />

veio na “nova” e “melhor” aliança e que foi estabelecida em melhores<br />

promessas (Hebreus 8:6).<br />

Foi dito aos apóstolos para esperarem em Jerusalém por esta<br />

promessa melhor (Actos 1:4, 8). Eles esperaram para serem sela<strong>do</strong>s<br />

pelo Espírito Santo “da promessa,” o qual era a garantia da herança<br />

deles (Efésios 1:13-14). É pelo Espírito Santo de Deus que sabemos<br />

que somos fi lhos de Deus (Romanos 8:9, 14-17) e assim somos


40<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

descendentes de Abraão (espiritualmente) e herdeiros da salvação de<br />

acor<strong>do</strong> com a promessa (Gálatas 3:28). Esta promessa não é baseada<br />

em raça, mas na chamada de Deus e no arrependimento individual,<br />

não dependen<strong>do</strong> de raça ou origem nacional.<br />

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:<br />

• The United States and Britain in Bible Prophecy. )<br />

O Propósito de Deus<br />

para a Humanidade<br />

Acreditamos que o propósito de Deus para a humanidade<br />

é preparar aqueles que Ele chama – e aqueles que decidam<br />

responder a essa chamada através de uma vida da conquista<br />

ao peca<strong>do</strong>, desenvolvimento de carácter justo e crescimento<br />

em graça e conhecimento - para possuírem o Reino de Deus<br />

e tornarem-se reis e sacer<strong>do</strong>tes reinan<strong>do</strong> com Cristo no Seu<br />

regresso. Acreditamos que a razão da existência humana é<br />

para nascermos literalmente como seres espirituais na família<br />

de Deus (Romanos 6:15-16; 8:14-17, 30; Actos 2:39; 2 Pedro<br />

3:18; Apocalipse 3:5; 5:10).<br />

_____________________<br />

É o desejo de Deus que to<strong>do</strong>s os homens se tornem membros da Sua<br />

família, no Reino de Deus (2 Pedro 3:9). Como parte deste processo,<br />

Deus está agora chaman<strong>do</strong> alguns indivíduos para herdar a vida eterna<br />

no regresso de Jesus Cristo à terra (1 Coríntios 1:26-28; Mateus 20:16;<br />

João 6:44, 65), com outros a serem chama<strong>do</strong>s mais tarde. Aqueles<br />

que estão sen<strong>do</strong> escolhi<strong>do</strong>s agora aceitarão Cristo como seu Salva<strong>do</strong>r,<br />

entregan<strong>do</strong> os seus desejos aos desejos de Deus e esforçan<strong>do</strong>-se para<br />

eliminar o peca<strong>do</strong> nas suas vidas (Apocalipse 3:21).<br />

Jesus Cristo é referi<strong>do</strong> como “o primogénito entre muitos irmãos”


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 41<br />

(Romanos 8:14-17, 29; Apocalipse 1:5-6; Colossenses 1:15-18).<br />

Na ressurreição durante o regresso de Cristo, “sabemos que quan<strong>do</strong><br />

ele se manifestar, seremos semelhantes a ele...” (1 João 3:2). Nesse<br />

tempo, aqueles que morreram em fé serão ressuscita<strong>do</strong>s, e aqueles que<br />

vivem na fé serão muda<strong>do</strong>s. Ambos tornar-se-ão seres espirituais e<br />

membros da família de Deus (2 Coríntios 6:18; 1 Coríntios 15:42-53).<br />

Eles depois disto servirão com Cristo na terra como reis e sacer<strong>do</strong>tes<br />

durante o Seu reina<strong>do</strong> no Milénio (Apocalipse 5:10; 20:4)<br />

Rei e sacer<strong>do</strong>te são ambos cargos de Cristo. Ele é Rei <strong>do</strong>s Reis e<br />

Senhor <strong>do</strong>s Senhores (Apocalipse 19:15-16). Ele é também o nosso<br />

Sumo Sacer<strong>do</strong>te (Hebreus 3:1; 4:14-16; 5:5-6; 6:20; 7:24-28; 8:1-<br />

6; 9:11; 10:12). Outros compartilharão as Suas responsabilidades,<br />

também como reis e sacer<strong>do</strong>tes, servin<strong>do</strong> debaixo Dele para levar a<br />

cabo o desejo <strong>do</strong> Pai (Apocalipse 5:10).<br />

Aqueles que forem sacer<strong>do</strong>tes no milénio serão responsáveis pelo<br />

ensinamento das pessoas para discernir entre “o imun<strong>do</strong> e o limpo,”<br />

uma frase na qual inclui o conceito de ajudá-los a discernir o bem<br />

<strong>do</strong> mal (Ezequiel 22:26; 44:23-24). Como mensageiros de Deus, eles<br />

ensinarão a lei de Deus e farão saber qual o seu signifi ca<strong>do</strong> e aplicação<br />

(Malaquias 2:7-9).<br />

Uma das responsabilidades de um Rei no Velho Testamento era<br />

escrever as palavras das leis de Deus num livro e “nele lerá to<strong>do</strong>s os<br />

dias da sua vida” para que ele pudesse cuida<strong>do</strong>samente observa-las e<br />

não deixar de segui-las (Deuteronómio 17:18-20). Os que vierem a<br />

ser reis e sacer<strong>do</strong>tes no reino de Deus serão aqueles que permitiram<br />

Deus escrever as Suas leis nos seus corações e mentes enquanto seres<br />

humanos (Hebreus 8:10-11; Jeremias 31:33).<br />

Como reis durante o Milénio, eles ensinarão o caminho de vida<br />

de Deus aos humanos que ainda viverem (Isaías 30:20-21). Eles<br />

administrarão o governo de Deus nas áreas que Jesus Cristo lhes der<br />

responsabilidades (Mateus 19:27-28; Lucas 19:11-19). Eles estarão<br />

completamente sujeitos à vontade de Cristo, da mesma maneira que<br />

Ele está à <strong>do</strong> Pai (João 5:30). Como co-herdeiros com Cristo, eles<br />

ajudá-Lo-ão no ensino e no governo <strong>do</strong>s mortais na terra (Apocalipse<br />

5:10).<br />

O grande plano de Deus inclui toda a humanidade. O Julgamento<br />

<strong>do</strong> Grande Trono Branco, descrito em Apocalipse 20:11-13, revela<br />

que to<strong>do</strong>s os seres humanos que morreram sem jamais ter entendi<strong>do</strong>


42<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

este grande plano serão ressuscita<strong>do</strong>s e o verdadeiro destino deles lhes<br />

será revela<strong>do</strong>. O plano de Deus abrange to<strong>do</strong>s. Toda a humanidade<br />

terá a oportunidade de aprender a verdade de Deus e de se arrepender<br />

(1 Timóteo 2:4; 2 Pedro 3:9). Este será o tempo depois <strong>do</strong> milénio<br />

quan<strong>do</strong> a grande maioria da humanidade for ressuscitada dentre os<br />

mortos para que possa receber a sua oportunidade de salvação. Aqueles<br />

que se arrependerem e aceitarem Cristo como seu Salva<strong>do</strong>r receberão<br />

o presente da vida eterna na família de Deus, fi nalmente atingin<strong>do</strong> o<br />

destino que lhes é ofereci<strong>do</strong> por Deus.<br />

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:<br />

• What Is Your Destiny? )<br />

A Igreja<br />

Acreditamos que a Igreja é aquele corpo de crentes que<br />

tem recebi<strong>do</strong> e estão sen<strong>do</strong> guia<strong>do</strong>s, pelo Espírito Santo. A<br />

verdadeira Igreja de Deus é um organismo espiritual. O seu<br />

nome bíblico é “a Igreja de Deus.” Acreditamos que a missão da<br />

Igreja é a de pregar o evangelho (as boas novas) da chegada<br />

<strong>do</strong> Reino de Deus a todas as nações como uma testemunha<br />

e ajudar a reconciliar com Deus as pessoas que estão agora<br />

sen<strong>do</strong> chamadas. Acreditamos também que é missão da<br />

Igreja de Deus, fortalecer, edifi car e nutrir os fi lhos de Deus em<br />

amor e exortação a nosso Senhor Jesus Cristo (Actos 2:38-<br />

39, 47; 20:28; Romanos 8:14; 14:19; Efésios 1:22-23; 3:14;<br />

4:11-16; 1 Coríntios 1:2; 10:32; 11:16, 22; 12:27; 14:26; 15:9;<br />

2 Coríntios 1:1-2; 5:18-20; Gálatas 1:13; 1 Tessalonissenses<br />

2:14; 2 Tessalonissenses 1:4; 1 Timóteo 3:5, 15; Marcos 16:15;<br />

Mateus 24:14; 28:18-20; João 6:44, 65; 17:11, 16).<br />

_____________________<br />

A palavra igreja é traduzida da palavra grega ekklesia, que tem


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 43<br />

origem no verbo kaleo (que signifi ca “chamar”) e com o prefi xo ek<br />

(uma preposição que signifi ca “para fora de”). Isto quer dizer um corpo<br />

de pessoas que foram “chamadas para fora de,” tal como a nação de<br />

Israel foi chamada para fora <strong>do</strong> Egipto para se reunir perante Deus<br />

(Actos 7:38). Na primeira ocorrência de ekklesia no Novo Testamento,<br />

Jesus prometeu “construir [Sua] igreja.” É a presença <strong>do</strong> Espírito<br />

Santo nas mentes <strong>do</strong>s membros (1 Coríntios 2:12-13; Efésios 4:3-6)<br />

que identifi ca a Igreja de Deus como uma única reunião de pessoas.<br />

A Igreja de Deus começou no Dia de Pentecostes depois da<br />

ascensão de Jesus Cristo. Deus derramou o Seu Espírito nos discípulos<br />

que estavam reuni<strong>do</strong>s naquele dia obedecen<strong>do</strong> à ordem de Cristo para<br />

fi carem em Jerusalém (Lucas 24:49; Actos 2:1-4, Actos 5:32). Durante<br />

os dias seguintes, “to<strong>do</strong>s os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles<br />

que se haviam de salvar” (Actos 2:47).<br />

Jesus disse, “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não<br />

trouxer” (João 6:44) e a não ser se pelo Pai “lhe for concedi<strong>do</strong>” (ver.<br />

65). Por isso, ninguém pode “associar-se” à Igreja. Mais propriamente,<br />

Deus inicia o processo levan<strong>do</strong> uma pessoa a arrepender-se e a ser<br />

batiza<strong>do</strong> para a remissão <strong>do</strong>s peca<strong>do</strong>s dan<strong>do</strong>-lhe o presente <strong>do</strong> Espírito<br />

Santo (Actos 2:38), através <strong>do</strong> qual uma pessoa é colocada na Igreja.<br />

Visto que é através da presença <strong>do</strong> Espírito Santo numa pessoa que<br />

identifi ca e une o povo de Deus (1 Coríntios 12:12-13), a Igreja é então<br />

um organismo espiritual. Efésios 2:19-22 descreve a Igreja como um<br />

“templo santo.” Cada membro individual é também um “templo <strong>do</strong><br />

Espírito Santo” (1 Coríntios 6:19).<br />

Jesus Cristo é a Cabeça vivente da Igreja, a qual é frequentemente<br />

descrita como “o corpo de Cristo” (1Coríntios 12:27; Efésios 1:22-<br />

23; 4:12; Colossenses 1:18). A Bíblia refere-se ao completo Corpo de<br />

Cristo ou a uma congregação individual como “a igreja de Deus,” ou as<br />

“igrejas de Deus” quan<strong>do</strong> se refere a mais <strong>do</strong> que uma congregação.<br />

Jesus tem encarrega<strong>do</strong> os Seus discípulos a pregar o evangelho<br />

para o mun<strong>do</strong> (Marcos 16:15) e fazer discípulos em todas as nações<br />

(Mateus 28:19). Cristo chamou-nos para sairmos <strong>do</strong>s males deste<br />

mun<strong>do</strong> (João 17:15-16) e separou-nos pela verdade da Palavra de<br />

Deus (ver. 17). Ele também nos manda ao mun<strong>do</strong> (ver. 18) para pregar<br />

o Reino de Deus como uma testemunha (Mateus 24:14).<br />

O trabalho da pregação da Igreja, associa<strong>do</strong> com o testemunho<br />

agrupa<strong>do</strong> das vidas individuais <strong>do</strong>s membros da Igreja, estabelece uma


44<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

mensagem poderosa de esperança e iluminação a um mun<strong>do</strong> escureci<strong>do</strong><br />

(Filipenses 2:15; Mateus 5:14-16). Os membros da Igreja de Deus são<br />

o Seu “povo especial” (Tito 2:14; 1 Pedro 2:9), transforma<strong>do</strong> pela<br />

renovação das suas mentes através <strong>do</strong> poder <strong>do</strong> Espírito Santo de Deus<br />

(Romanos 12:2).<br />

A Igreja também proporciona um ambiente para solidariedade<br />

(Actos 2:42; 1 João 1:7), encorajamento (Hebreus 3:13; 10:24) e<br />

alimentação espiritual (Efésios 5:29; Colossenses 2:19). Deus tem<br />

da<strong>do</strong> graças espirituais a to<strong>do</strong>s os membros para a edifi cação <strong>do</strong><br />

corpo (Romanos 12:3-8; 1 Coríntios 12:4-28; Efésios 4:7-8, 11-16).<br />

Estas graças devem de ser exercitadas com amor (1 Coríntios 12:1-3).<br />

Amar uns aos outros estabelece a credibilidade <strong>do</strong>s membros como<br />

discípulos de Jesus Cristo (João 13:34-35).<br />

O nome bíblico para a Igreja é mostra<strong>do</strong> como sen<strong>do</strong> “Igreja de<br />

Deus.” Em 12 ocasiões no Novo Testamento o termo Igreja de Deus é<br />

usa<strong>do</strong> para identifi car o organismo espiritual identifi ca<strong>do</strong> como povo<br />

de Deus, Israel espiritual. O precedente para usar frases descritivas<br />

junto com o nome “Igreja de Deus” está claramente estabeleci<strong>do</strong><br />

na Escritura. Lemos “À igreja de Deus que está em Coríntios” (1<br />

Coríntios 1:2; 2 Coríntios 1:1), “às igrejas de Galácia” (Gálatas 1:2), e<br />

“...na igreja que está em Cencreia” (Romanos 16:1).<br />

Jesus prometeu que a Sua Igreja nunca morreria (Mateus 16:18)<br />

e que Ele nunca nos deixaria e nem nos largaria (Hebreus 13:5). Ele<br />

prometeu estar com o Seu povo “até à consumação <strong>do</strong>s séculos”<br />

(Mateus 28:19-20), dan<strong>do</strong>-nos poder para fazer a Sua obra. Quan<strong>do</strong><br />

Cristo regressar à terra para estabelecer o Reino de Deus, a Sua Igreja<br />

governará com Ele (Apocalipse 2:26; 3:21; 5:10; Daniel 7:22, 26-27),<br />

ten<strong>do</strong>-se torna<strong>do</strong> mestres e juizes ( 1 Coríntios 6:1-3).<br />

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:<br />

• The Church Jesus Built • This Is the United Church of God )


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 45<br />

O Dízimo<br />

Acreditamos no dízimo como uma forma de honrar a Deus<br />

com os nossos meios materiais e como um meio de servi-Lo na<br />

pregação <strong>do</strong> evangelho, nos cuida<strong>do</strong>s da Igreja, na observação<br />

<strong>do</strong>s festivais e na ajuda aos necessita<strong>do</strong>s (Provérbios 3:9-<br />

10; Génesis 14:17-20; 1 Coríntios 9:7-14; Números 18:21;<br />

Deuteronómio 14:22-29).<br />

_____________________<br />

O “dízimo” (signifi can<strong>do</strong> em ambos Hebreu e Grego “dar ou pegar<br />

um décimo”) signifi ca dar um décimo de “to<strong>do</strong> o fruto” (Deuteronómio<br />

14:22) deriva<strong>do</strong> <strong>do</strong> que se produz, ou da nossa propriedade, ou salário,<br />

para o apoio de propósitos religiosos. A motivação para dar o dízimo<br />

é um reconhecimento de a<strong>do</strong>ração a Deus como o Cria<strong>do</strong>r e Dono da<br />

terra e tu<strong>do</strong> que nela está, inclusive nós mesmos.<br />

Embora o dízimo viesse a ser uma lei codifi cada, ou escrita na<br />

aliança que Deus fez com Israel, ele já era historicamente pratica<strong>do</strong><br />

entre os que eram fi éis a Deus antes dessa aliança. Abraão, depois<br />

de ter venci<strong>do</strong> os quatro reis, dizimou <strong>do</strong>s despojos da guerra a<br />

Melquisedeque, sacer<strong>do</strong>te <strong>do</strong> Deus Altíssimo (Génesis 14:18-22).<br />

Abraão obviamente entendeu que dar um décimo era a maneira<br />

própria de honrar a Deus com as posses materiais de uma pessoa. Vale<br />

a pena notar também que Abraão deu um décimo a Melquisedeque,<br />

um representante <strong>do</strong> Deus Cria<strong>do</strong>r.<br />

Abraão reconheceu a premissa essencial de dar um dízimo a Deus:<br />

Ele é o actual “Possui<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s céus e da terra” e Ele tornou todas as<br />

vitórias e todas bênçãos possíveis a Abraão. Deus lembra-nos através da<br />

Bíblia, e o povo de Deus respeitosamente reconhece, que tu<strong>do</strong> pertence<br />

a Deus (Êxo<strong>do</strong> 19:5; Jó 41:11; Salmos 24:1; 50:12; Ageu 2:8). Disse<br />

Moisés a Israel: “Antes te lembrarás <strong>do</strong> Senhor teu Deus, que ele é o<br />

que te dá força para adquirires poder...” (Deuteronómio 8:18). O dízimo<br />

é então, primeiro e acima de tu<strong>do</strong>, um acto de a<strong>do</strong>ração reconhecen<strong>do</strong>


46<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

Deus como a nossa fonte de existência, benção e providência.<br />

Jacob também seguiu o exemplo <strong>do</strong> seu avô Abraão. Quan<strong>do</strong> Deus<br />

lhe confi rmou as promessas que fez a Abraão, Jacob prometeu a Deus,<br />

“e de tu<strong>do</strong> quanto me deres, certamente te darei o dízimo” (Génesis<br />

28:20-22).<br />

A prática <strong>do</strong> dízimo foi mais tarde incorporada dentro da aliança<br />

com Israel como uma lei escrita. A tribo de Levi, à qual não foi dada<br />

nenhuma herança da terra de onde os Levitas pudessem ter fruto<br />

(Números 18:23), passou a receber o dízimo <strong>do</strong>s produtos de agricultura<br />

pelos seus serviços eclesiásticos à nação. Os Levitas, basea<strong>do</strong>s no que<br />

tinham recebi<strong>do</strong> em dízimos <strong>do</strong> povo, por sua vez davam um dízimo à<br />

família sacer<strong>do</strong>tal de Aarão (Números 18:26-28).<br />

Com o passar <strong>do</strong> tempo, o dízimo foi negligencia<strong>do</strong> descuidadamente<br />

por Judá após o exílio, pelo que Deus repreendeu severamente a nação<br />

(Malaquias 3:8-10). Não dar o dízimo, segun<strong>do</strong> Deus, era o equivalente<br />

a roubá-Lo e o povo foi consequentemente amaldiçoa<strong>do</strong>. No entanto<br />

Ele também prometeu que a obediência de dar o dízimo resultaria em<br />

bênçãos tão abundantes que “não haja (haveria) lugar sufi ciente para<br />

as recolherdes.”<br />

Alguns séculos mais tarde, Jesus, de forma clara, manteve esta<br />

prática <strong>do</strong> dízimo. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que<br />

dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante<br />

da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas,<br />

e não omitir aquelas” (Mateus 23:23).<br />

Em vez de aproveitar esta oportunidade esplêndida para anular a<br />

prática <strong>do</strong> dízimo, Cristo, pelo contrário, confi rmou plenamente o Seu<br />

desejo de que dar o dízimo deveria realmente ser pratica<strong>do</strong>, juntamente<br />

com a sincera adesão de fazer outras coisas “mais importantes” [coisas<br />

espirituais] que eles estavam claramente negligencian<strong>do</strong>.<br />

Como os dízimos e as ofertas em Israel foram da<strong>do</strong>s à tribo de Levi<br />

para o seu sustento e os seus serviços a Deus, assim também a Igreja<br />

no Novo Testamento forneceu apoio fi nanceiro aos ministros para<br />

executar os seus trabalhos. Exemplos e princípios acerca desta prática<br />

encontram-se em Lucas 10:1, 7-8; 1 Coríntios 9:7-14; 2 Coríntios<br />

11:7-9; Filipenses 4:14-18 e Hebreus 7.<br />

De Deuteronómio 14, podemos identifi car outras duas razões <strong>do</strong><br />

dízimo: para ir às festas de Deus (Levítico 23; Deuteronómio 14:22-27)<br />

e para atender as necessidades <strong>do</strong>s pobres e necessita<strong>do</strong>s (ver. 38-39).


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 47<br />

Como acreditamos em observar os festivais de Deus e acreditamos em<br />

cuidar das necessidades <strong>do</strong>s pobres e <strong>do</strong>s necessita<strong>do</strong>s, reconhecemos<br />

a continuidade desta prática.<br />

Hoje em dia a Igreja de Deus Unida continua a ensinar que o dízimo<br />

é uma lei universal e que a obediência da boa vontade duma pessoa<br />

a esta lei refl ecte a natureza altruísta e generosa <strong>do</strong> nosso Cria<strong>do</strong>r e<br />

Prove<strong>do</strong>r.<br />

A respeito da administração desta lei, é o dever da Igreja ensinar<br />

as pessoas o princípio de dar o dízimo, mas é a responsabilidade <strong>do</strong><br />

indivíduo em obedecer. O dízimo é uma coisa pessoal de fé entre o<br />

indivíduo e seu Cria<strong>do</strong>r. Ensinamos que qualquer pessoa zelosa em<br />

seguir a Deus deve obedecê-Lo neste caminho fundamental, mas não<br />

é responsabilidade da Igreja nem forçar nem regular o pagamento <strong>do</strong><br />

dízimo. Por causa das complexidades económicas das sociedades de<br />

hoje, a Igreja regularmente recebe muitas perguntas técnicas a respeito<br />

<strong>do</strong> dízimo, e procuramos dar direcção administrativa informada de<br />

acor<strong>do</strong> com o desejo e direcção de Deus.<br />

Dan<strong>do</strong> dízimo com sentimentos de alegria e de boa vontade<br />

(2 Coríntios 9:6-8), nós tanto honramos a Deus como apoiamos as<br />

necessidades físicas para fazer a Sua obra: pregan<strong>do</strong> o evangelho<br />

ao mun<strong>do</strong> e fazen<strong>do</strong> discípulos de todas as nações (Mateus 24:14;<br />

28:19-20). Ele tem-nos supri<strong>do</strong> um sistema fi nanceiro perfeito que<br />

providencia as necessidades da Sua obra, a necessidade pessoal de<br />

observar os Seus festivais e a necessidade de cuidar <strong>do</strong>s pobres.<br />

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:<br />

• What Does the Bible Teach About Tithing? )


48<br />

As Ressurreições<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

Acreditamos que a única esperança da vida eterna para os<br />

mortais humanos está na ressurreição através da presença <strong>do</strong><br />

Espírito Santo dentro de nós. Acreditamos que no regresso de<br />

Jesus Cristo uma ressurreição para a vida espiritual acontecerá<br />

a to<strong>do</strong>s que tenham si<strong>do</strong> leais servos de Deus. Acreditamos<br />

que, depois de Jesus Cristo reinar na terra por 1.000 anos,<br />

haverá uma ressurreição para a vida física da maior parte das<br />

pessoas que jamais viveram. Acreditamos que, depois destas<br />

pessoas terem ti<strong>do</strong> uma oportunidade de viver uma vida física,<br />

se elas se converterem, também, receberão a vida eterna.<br />

Acreditamos, também, que aqueles que rejeitarem a oferta<br />

de Deus para a salvação colherão a morte eterna (1 Coríntios<br />

15:19, 42-52; Actos 23:6; João 5:21-29; Romanos 6:23; 8:10-<br />

11; 1 Tessalonissenses 4;16; Ezequiel 37:1-14; Apocalipse<br />

20:4-5, 11-15; João 3:16; Mateus 25:46).<br />

_____________________<br />

A ressurreição <strong>do</strong>s mortos é uma das <strong>do</strong>utrinas fundamentais que<br />

leva à perfeição e à vida eterna (Hebreus 6:1-2). Sem a ressurreição<br />

<strong>do</strong>s mortos, Cristo não teria ressuscita<strong>do</strong> e a nossa fé seria em vão<br />

(1 Coríntios 15:12-19). Os seres humanos são mortais, pois não têm<br />

neles a imortalidade. Mais, o homem é incapaz de dar a vida eterna a<br />

si mesmo; por causa disso precisamos da ressurreição.<br />

Vemos em 1 Coríntios 15 que a ressurreição é a esperança de toda<br />

a humanidade. A Ressurreição signifi ca levantar ou levantamento.<br />

Biblicamente, refere-se ao levantamento <strong>do</strong>s mortos novamente para<br />

a vida. As escrituras ensinam a ressurreição de “to<strong>do</strong>s os que estão<br />

nos sepulcros” (João 5:28), mas há uma ordem na qual os mortos<br />

serão ressuscita<strong>do</strong>s (1 Coríntios 15:23). A Bíblia revela que uns serão<br />

ressuscita<strong>do</strong>s para a vida eterna e outros serão sentencia<strong>do</strong>s à morte<br />

eterna (Daniel 12:2-3; Apocalipse 20:13-15).<br />

As ressurreições são possíveis porque Deus tem o poder de dar


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 49<br />

vida. Deus, através <strong>do</strong> Verbo, que se tornou Jesus Cristo, deu vida<br />

ao primeiro homem, Adão. Ele tem o mesmo poder de dar vida a um<br />

ser humano pela segunda vez. Ambos, o Pai e o Filho têm vida neles<br />

mesmos (João 5:26). Este poder inerente de Deus pode produzir ambas<br />

a vida física e espiritual. Deus tem poder para ressuscitar alguém da<br />

sepultura na forma física ou espiritual (1 Coríntios 15:35-38). Deus<br />

tem prova<strong>do</strong> que tem o poder para ressuscitar para a vida física (João<br />

11:43-44; Mateus 27:52-53) e para vida espiritual (Mateus 28:6-7).<br />

As ressurreições são também possíveis porque Cristo ressuscitou (1<br />

Coríntios 15:20-22). A Sua ressurreição, como um Salva<strong>do</strong>r que vive,<br />

tornou possível a salvação de to<strong>do</strong>s os povos; daí, a ressurreição de<br />

to<strong>do</strong>s. O ser humano morreria e acabaria para sempre se não fosse pela<br />

ressurreição de Cristo (Romanos 5:10; 1 Coríntios 15:26, 55).<br />

O plano de Deus para a salvação <strong>do</strong>s seres humanos requer a<br />

ressurreição de to<strong>do</strong>s os que morreram (João 5:28). O apóstolo João<br />

descreveu três ressurreições – uma para a vida eterna (Apocalipse<br />

20:4-6); outra para a vida física (ver. 11-12); e a outra para a morte<br />

no lago de fogo (ver. 13-15 [embora estes versículos não mencionem<br />

a ressurreição especifi camente, o pecaminoso incorrigível, que tenha<br />

rejeita<strong>do</strong> a oferta de salvação de Deus, necessitará ser ressuscita<strong>do</strong><br />

para ser lança<strong>do</strong> no lago de fogo]). João 5:29 é um outro versículo<br />

importante para entender o plano de Deus. Há duas ressurreições<br />

mencionadas neste versículo, mas a Bíblia realmente refere-se a três<br />

ressurreições.<br />

A primeira ressurreição é chamada pelo mesmo nome: “... E<br />

viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos... Bem-aventura<strong>do</strong><br />

e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes<br />

não tem poder a segunda morte; mas serão sacer<strong>do</strong>tes de Deus e<br />

de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Apocalipse 20:4-6). Esta<br />

ressurreição irá acontecer na segunda vinda de Cristo quan<strong>do</strong> o justo<br />

(já morto) será ressuscita<strong>do</strong> para a imortalidade (1 Coríntios 15:50-<br />

52); 1 Tessalonissenses 4:14-17). Isto é chama<strong>do</strong> como a “melhor<br />

ressurreição” (Hebreus 11:35) porque é para a imortalidade e governo<br />

com Cristo durante o milénio.<br />

A segunda ressurreição acontecerá no fi nal <strong>do</strong> reina<strong>do</strong> de 1.000<br />

anos de Cristo e <strong>do</strong>s santos. “Mas os outros mortos não reviveram, até<br />

que os mil anos se acabaram.” (Apocalipse 20:5). Esta ressurreição<br />

está mais adiante descrita no versículo 12: “E vi os mortos, grandes e


50<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriuse<br />

outro livro, que é o [Livro] da Vida. E os mortos foram julga<strong>do</strong>s<br />

pelas coisas que estavam escritas nos livros, segun<strong>do</strong> as suas obras.”<br />

Esta é uma ressurreição de volta à vida física (Ezequiel 37:1-14). Ela<br />

incluirá a grande maioria de todas as pessoas que já viveram – pessoas<br />

que nunca conheceram Deus e Seu grande propósito para elas. Vai ser<br />

um tempo excitante em que virtualmente to<strong>do</strong>s da história humana<br />

voltarão a viver (Mateus 11:20-24; 12:41-42). Estas pessoas terão uma<br />

segunda oportunidade de viverem fi sicamente, mas realmente será a<br />

primeira oportunidade delas de salvação e da imortalidade gloriosa<br />

na família de Deus. Elas terão tempo sufi ciente para aprenderem e<br />

crescerem no caminho de vida de Deus. Verdadeiramente, o plano<br />

de Deus inclui to<strong>do</strong>s. Ele não está queren<strong>do</strong> que alguém pereça mas<br />

que to<strong>do</strong>s venham a arrepender-se e que sejam salvos (2 Pedro 3:9; 1<br />

Timóteo 2:4).<br />

A terceira ressurreição acontecerá na conclusão <strong>do</strong> plano de Deus<br />

para com a humanidade. Esta será uma ressurreição para a vida física<br />

de to<strong>do</strong>s que tenham rejeita<strong>do</strong> a oferta de Deus para a vida eterna em<br />

épocas passadas – uma ressurreição para a morte no lago de fogo. “E<br />

aquele que não foi acha<strong>do</strong> escrito no Livro da Vida foi lança<strong>do</strong> no<br />

lago de fogo” (Apocalipse 20:14-15; Hebreus 10:26-29; 2 Pedro 3:10-<br />

12). Nosso ama<strong>do</strong> Deus dá a to<strong>do</strong>s uma oportunidade para terem vida<br />

eterna e deseja que ninguém pereça. Mas se eles recusarem, a punição<br />

será a segunda morte, que terminará rapidamente e para sempre a vida<br />

deles (Malaquias 4:1, 3; Mateus 25:46).<br />

As três ressurreições revelam a ordem <strong>do</strong> plano e propósito<br />

maravilhoso de Deus para toda a humanidade. É ordena<strong>do</strong> ao homem<br />

que morra uma vez (Hebreus 9:27), mas depois disso haverá uma<br />

ressurreição para to<strong>do</strong>s os que tenham vivi<strong>do</strong>.<br />

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• What Happens After Death?<br />

• Heaven and Hell: What Does the Bible Really Teach?<br />

• God’s Holy Day Plan: The Promise of Hope for All Mankind. )


<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong> 51<br />

O Regresso de Jesus<br />

Cristo<br />

Acreditamos no regresso pessoal, visível, pré-milenial, <strong>do</strong><br />

Senhor Jesus Cristo para governar todas as nações na terra<br />

como Rei <strong>do</strong>s Reis e para continuar o Seu cargo de sacer<strong>do</strong>te<br />

como Senhor <strong>do</strong>s Senhores. Nessa altura, Ele sentar-se-á no<br />

trono de David. Durante o Seu reina<strong>do</strong> de 1.000 anos na terra,<br />

Ele restaurará todas as coisas e estabelecerá o Reino de Deus<br />

para sempre (Mateus 24:30, 44; Apocalipse 1:7; 11:15; 19:16;<br />

20:4-6; 1 Tessalonissenses 4:13-16; João 14:3; Isaías 9:7;<br />

40:10-12; Hebreus 7:24; Jeremias 23:5; Lucas 1:32-33; Actos<br />

1:11; 3:21; 15:16; Daniel 7:14, 18, 27).<br />

_____________________<br />

“Vou preparar-vos lugar. E quan<strong>do</strong> eu for, e vos preparar lugar,<br />

virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu<br />

estiver estejais vós também” (João 14:2-3).<br />

O regresso de Jesus Cristo como Rei <strong>do</strong>s Reis e Senhor <strong>do</strong>s<br />

Senhores é uma verdade frequentemente confi rmada na Bíblia. É uma<br />

realidade para o crente das Escrituras Sagradas, tal como está escrito no<br />

Velho Testamento e no Novo Testamento (Mateus 24:30; Actos 1:11;<br />

Apocalipse 1:7; 19:16; Isaías 40:10; Daniel 2:44; Miqueias 1:3).<br />

Por causa disso, acreditamos completamente no regresso pessoal e<br />

visível <strong>do</strong> Senhor Jesus Cristo pré-milenial (antes <strong>do</strong>s 1.000 anos de<br />

reina<strong>do</strong> de Cristo). A Sua vinda não acontecerá em segre<strong>do</strong> (Mateus<br />

24:30; Apocalipse 1:7). “Porque o mesmo Senhor descerá <strong>do</strong> céu<br />

com alari<strong>do</strong>, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus” (1<br />

Tessalonissenses 4:16). Ele fará guerra com os reis da terra, e vencêlos-á<br />

(Apocalipse 17:14) para trazer a paz.<br />

“Tocai a trombeta em Sião, e clamai em alta voz no meu santo


52<br />

<strong>Crenças</strong> <strong>Fundamentais</strong><br />

monte; tremam to<strong>do</strong>s os mora<strong>do</strong>res da terra, porque o dia <strong>do</strong> Senhor<br />

vem, já está perto” (Joel 2:1). “E estava vesti<strong>do</strong> de uma veste salpicada<br />

de sangue; e o nome pelo qual se chama Palavra de Deus. E seguiamno<br />

os exércitos no céu em cavalos brancos, e vesti<strong>do</strong>s de linho fi no,<br />

branco e puro” (Apocalipse 19:13-14). E Ele disse, “Convertei-vos a<br />

mim de to<strong>do</strong> o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com<br />

pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes” (Joel 2:12-<br />

13); “Vinde a mim, to<strong>do</strong>s os que estais cansa<strong>do</strong>s e oprimi<strong>do</strong>s, e eu vos<br />

aliviarei... Porque o meu jugo é suave e o meu far<strong>do</strong> é leve (Mateus<br />

11:28-30).<br />

Ele sentar-se-á no trono de Seu pai (ancestral) David (Lucas 1:32;<br />

Isaías 9:7; Jeremias 23:5) e estabelecerá o Reino de Deus na terra<br />

para sempre (Apocalipse 11:15). Durante os primeiros 1.000 anos<br />

deste reina<strong>do</strong>, Cristo inaugurará um tempo de refrigério, um tempo<br />

de restauração de todas as coisas (Actos 3:19-21). Ele será ajuda<strong>do</strong><br />

por santos ressuscita<strong>do</strong>s aquan<strong>do</strong> <strong>do</strong> Seu regresso. Eles tornar-se-ão<br />

fi lhos imortais de Deus (1 Coríntios 15:50-53), ressuscitarão para se<br />

encontrar com Ele nas nuvens (1 Tessalonissenses 4:17) e juntar-se-ão<br />

a Ele como o conquista<strong>do</strong>r das nações rebeldes da terra a estabelecer<br />

o Reino de Deus (Apocalipse 5:10; 20:6), o maravilhoso mun<strong>do</strong> de<br />

amanhã (Amós 9:13-14; Isaías 2:2-4; Miquéias 4:1-5).<br />

Jesus Cristo veio primeiro para carregar os peca<strong>do</strong>s de muitos e<br />

como prometeu, voltará uma segunda vez (Hebreus 9:28; Actos 15:16-<br />

17; 1 Coríntios 15:23). Os reinos deste mun<strong>do</strong> tornar-se-ão os reinos<br />

“de nosso Senhor e <strong>do</strong> seu Cristo, e ele reinará para to<strong>do</strong> o sempre”<br />

(Apocalipse 11:15), e “os santos <strong>do</strong> Altíssimo receberão o reino e o<br />

possuirão para to<strong>do</strong> o sempre e de eternidade em eternidade” (Daniel<br />

7:18), com Ele.<br />

“E, eis que ce<strong>do</strong> venho, e o meu galardão está comigo, para dar a<br />

cada um segun<strong>do</strong> a sua obra” (Apocalipse 22:12). Sim, Jesus Cristo<br />

regressará. O Rei virá!<br />

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• The Gospel of the King<strong>do</strong>m. )<br />

Mais informação nos tópicos deste livro podem ser encontradas<br />

se usar o motor de busca no site www.gnmagazine.org.


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