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<strong>Cidade</strong> <strong>pré</strong>-<strong>colombiana</strong><br />
Na MESOAMÉRICA, as civilizações <strong>pré</strong><strong>colombiana</strong>s<br />
criaram grandes centros<br />
urbanos, cuja arquitetura monumental em<br />
pedra era estritamente ligada ao culto<br />
religioso e determinada por cálculos<br />
matemáticos e astronômicos.<br />
Os conjuntos de monumentos (templos e<br />
pirâmides escalonadas) eram erguidos em<br />
locais elevados e dispostos de modo rígido e<br />
ortogonal, cujo enfileiramento simbolizava<br />
os níveis do universo (Jordan, 1979).
As principais civilizações na América Central, em<br />
ordem cronológica – e suas respectivas cidades –<br />
foram: a olmeca (La Venta), a zapoteca (Monte<br />
Albán), a misteca (Mitla), a maia (Teotihuacan), a<br />
tolteca (Tula) e, finalmente, a asteca (Tenochtitlan).
Parque arqueológico de<br />
La Venta (Tabasco, México)<br />
A primeira civilização<br />
<strong>pré</strong>-<strong>colombiana</strong> que se<br />
desenvolveu foi a<br />
OLMECA que, de 1000 a<br />
400 a.C. ocupou a Costa<br />
do Golfo do México e<br />
fundou cidades como<br />
San Lorenzo e La Venta,<br />
importantes centros<br />
políticos e religiosos, que<br />
declinaram com a<br />
ascensão da civilização<br />
ZAPOTECA e acabaram<br />
sendo parcialmente<br />
destruídos.<br />
Cabeça olmeca<br />
(1000 aC)
Parque arqueológico de<br />
Monte Albán (Oaxaca, México)<br />
A maior cidade zapoteca<br />
foi MONTE ALBÁN,<br />
criada no topo de uma<br />
montanha de 400 m no<br />
Vale de Oaxaca, México,<br />
por volta de 500 a.C.<br />
De traçado uniforme e<br />
regular, e monumentos<br />
escalonados, Monte<br />
Albán controlava a vida<br />
cultural, religiosa e<br />
econômica da região,<br />
acabando por entrar em<br />
declínio com o poderio<br />
dos maias.
Com a perda de<br />
influência de Monte<br />
Albán – ocupada pelos<br />
mistecas em 800 d.C.<br />
–, a cidade-estado de<br />
MITLA e outros<br />
vilarejos passaram<br />
a disputar o poder,<br />
porém foi a cultura<br />
maia que acabou se<br />
transformando na<br />
civilização mais<br />
influente, cujo poderio<br />
estendeu-se de cerca<br />
de 200 a.C. a 900 d.C.<br />
Parque arqueológico<br />
de Mitla<br />
(Oaxaca, México)
Teotihuacán<br />
(200 aC-<br />
500 dC,<br />
México)<br />
No IMPÉRIO MAIA, não havia propriamente cidades,<br />
mas centros de culto compostos por grandes<br />
templos, palácios, observatórios, praças e campos<br />
de jogos. Em suas proximidades, os camponeses<br />
viviam em choças de palha que não sobreviveram.
A maior metrópole maia,<br />
fundada em cerca de 200 a.C.,<br />
foi TEOTIHUACÁN, cujo<br />
apogeu ocorreu entre 400 e<br />
500 d.C., atingindo 125.000<br />
habitantes e influenciando<br />
uma vasta região até a atual<br />
Guatemala.<br />
Composta por templos,<br />
palácios e pirâmides, foi<br />
abandonada em 650 d.C.,<br />
caracterizando-se por seu<br />
aspecto monumental e<br />
retilíneo.<br />
Esquema planimétrico<br />
de Teotihuacan (Séc. V dC)
O colapso maia foi<br />
seguido por uma longa<br />
fase de fragmentação e<br />
militarização, em que<br />
cidades-estado da<br />
cultura tolteca<br />
prosperaram, como<br />
Cacaxtla e Xochicalco,<br />
além de TULA, seu<br />
maior centro, com<br />
cerca de 40.000<br />
habitantes e que foi<br />
incendiado em 1100.<br />
<strong>Cidade</strong> tolteca de Tula<br />
(Séc. XI dC, Vale do México)<br />
Atlantes de<br />
Tula
<strong>Cidade</strong> tolteca<br />
de Xochicalco<br />
Planta
O poderio de Tula foi sucedido por CHICHÉN ITZÁ,<br />
mais tarde superada pelas vizinhas de Mayapán,<br />
Izamel, Tikal, Tulum e outras cidades-estados<br />
também situadas na Península de Yucatán.<br />
Planta<br />
Chichén Itzá
<strong>Cidade</strong> de Tikal<br />
<strong>Cidade</strong> de Tulum<br />
Península de Yucatán
Tenochtitlán<br />
(Reconstituição:<br />
Séc. XIV dC, México)<br />
A CIVILIZAÇÃO<br />
ASTECA foi responsável<br />
pelo último império da<br />
Mesoamérica,<br />
prosperando até a<br />
chegada dos espanhóis,<br />
no século XV.<br />
Em 1325, os astecas<br />
fundaram<br />
TENOCHTITLÁN em<br />
uma ilha do lago<br />
Texcoco, da qual se<br />
desenvolveu a <strong>Cidade</strong><br />
do México.
Zócalo (<strong>Cidade</strong> do México)<br />
Tenochtitlán<br />
(Reconstituição)
No Peru, a CIVILIZAÇÃO<br />
INCA encontrou seu<br />
apogeu somente no<br />
século XV d.C., período<br />
em que foi feita sua maior<br />
cidade, Machu Picchu, a<br />
2.400 m de altitude.<br />
Erguendo-se sobre uma<br />
complexa série de<br />
terraços, estão as ruínas<br />
de casas, palácios,<br />
armazéns, templos e<br />
cemitérios, formando um<br />
conjunto urbano<br />
inteiramente feito em<br />
pedra (cantaria).<br />
Machu Picchu<br />
(1500 dC, Peru)
MACHU PICCHU
Fortaleza de Sacsahuaman<br />
<strong>Cidade</strong><br />
Original<br />
de Cuzco<br />
A capital do Império Inca era a cidade de CUZCO,<br />
a qual foi totalmente descaracterizada pela<br />
colonização espanhola, a partir do século XVI.<br />
Atualmente, restaram apenas ruínas daquele que se<br />
considera o maior império das Américas, que cobria<br />
das terras do Equador ao sul do Chile.
Ollantaytambo<br />
Puca Pucara<br />
Pisac<br />
Cuzco<br />
<strong>Cidade</strong>s Incas
Conclusão<br />
As cidades antigas do Oriente Médio<br />
derivaram dos assentamentos primitivos da<br />
Mesopotâmia (Crescente fértil) e do antigo<br />
Egito, sendo unificadas a partir da expansão<br />
do IMPÉRIO PERSA até o século IV a.C.<br />
Embora possuíssem traçado espontâneo e<br />
uniforme, reuniam complexos monumentais<br />
de palácios projetados segundo regras<br />
geométricas e destinados a atos cerimoniais,<br />
guiados por grandes eixos e simetria.
Templo da Costa<br />
(Séc. VIII dC, Mahabalipuram<br />
Índia)<br />
No EXTREMO ORIENTE,<br />
predominaram as<br />
premissas religiosas na<br />
concepção e desenho<br />
das antigas cidades<br />
hindus, chinesas,<br />
japonesas e tailandesas,<br />
as quais derivaram de<br />
condicionantes<br />
climáticas, geográficas,<br />
históricas e culturais.<br />
<strong>Cidade</strong> Proibida<br />
(1406-1420 dC, Beijing<br />
China)
Tenochtitlán<br />
(Reconstituição:<br />
Séc. XIV, México)<br />
Na AMÉRICA PRÉ-<br />
COLOMBIANA, diversas<br />
e avançadas culturas –<br />
como as dos maias,<br />
astecas e incas –<br />
elaboraram regras de<br />
composição para o<br />
traçado de cidades<br />
monumentais e<br />
retilíneas, as quais não<br />
sobreviveram ao<br />
período da colonização<br />
européia do século XV<br />
em diante.<br />
<strong>Cidade</strong><br />
de Tikal<br />
(Reconstituição:<br />
Séc. XIII, México)
Akropole de Atenas<br />
(Séc. V aC, Grécia)<br />
No MUNDO<br />
MEDITERRÂNICO,<br />
principalmente a partir<br />
do século V a.C., com<br />
a difusão dos ideais<br />
clássicos dos gregos<br />
(helenismo), depois<br />
incorporados pelos<br />
romanos, nasceu a<br />
CIDADE CLÁSSICA,<br />
núcleo fundamental da<br />
civilização urbana do<br />
Ocidente.<br />
Roma<br />
(Reconstituição: Séc. I dC)
Bibliografia<br />
BENÉVOLO, l. História da cidade. São Paulo:<br />
Perspectiva, 2001.<br />
FERRARI, C. Curso de planejamento municipal<br />
integrado. 7a. ed. São Paulo: Pioneira, 1991.<br />
GOITIA, F. C. Breve história do urbanismo. 5a. ed.<br />
Lisboa: Presença, 2003.<br />
JELLICOE, G.; JELLICOE, S. El paisaje del hombre:<br />
la conformación del entorno desde la prehistoria<br />
hasta nuestros días. Barcelona: Gustavo Gilli, 1995.<br />
JORDAN, R. F. História da arquitectura no ocidente.<br />
São Paulo: Verbo, 1979.<br />
MUMFORD, L. A cidade na história: suas origens,<br />
transformações e perspectivas. 5a. ed. São Paulo:<br />
Martins Fontes, 2001.