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‘Dialogando com a História’ - Daniela Sbravati, Jéferson Dantas e Michel Silva<br />
CONECTANDO-ME COM O MUNDO<br />
P á g i n a | 8<br />
A sociedade brasileira durante o período colonial e imperial pode ser caracterizada<br />
como escravocrata, pois a base de sua economia era o trabalho escravo. Mas a sociedade<br />
brasileira não foi a única a escravizar. Os romanos, por exemplo, transformavam em<br />
escravos os povos dominados nas guerras de conquista. Os escravos em Roma vinham de<br />
vários locais e pertenciam a etnias diferentes. A resistência escrava era presente nas<br />
sociedades da antiguidade e a maior delas foi representada por uma revolta liderada pelo<br />
escravo Trácio Spartacus, por volta de 72 a.C. Após algumas batalhas e derrotas romanas, o<br />
exército de escravos foi vencido, com um saldo de 6mil mortos, crucificados na cidade de<br />
Roma.<br />
SITUANDO-ME<br />
Neste capítulo discutimos sobre as estratégias utilizadas pelos escravos a fim de<br />
conquistarem sua liberdade, considerando que sua luta e resistência foram as principais causas da<br />
abolição da escravatura. O processo que culminou na lei Áurea foi lento e gradual e os próprios<br />
escravizados foram sujeitos desse processo.<br />
FINALIZANDO SEM FINALIZAR<br />
Nosso país foi construído num sistema de desigualdade legalizada. Subjugar o outro e<br />
torná-lo uma mera propriedade era permitido por lei. Portanto a idéia da superioridade de<br />
alguns em relação aos outros tinha respaldo legal.<br />
Atualmente nossa sociedade clama por justiça social, igualdade de possibilidades e<br />
respeito a diversidade, entretanto está entranhado na nossa história e na nossa cultura um<br />
passado doloroso de exclusão e não temos como fugir dele. As populações indígenas e<br />
afrodescendentes carregam o peso deste passado no seu cotidiano, o que não é justo.