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História - Editora IBEP

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• Desenvolver competências de compreensão de texto,<br />

de expressão escrita e oral.<br />

• Desenvolver competências de refl etir, analisar, sintetizar,<br />

tirar conclusões e posicionar-se em relação a<br />

ideias e acontecimentos sociais.<br />

• Desenvolver a capacidade de observação, comparação<br />

e compreensão de semelhanças e diferenças.<br />

Abertura da Unidade<br />

Nesta unidade, por meio do estudo das três capitais brasileiras,<br />

Salvador, Rio de Janeiro e Brasília, aprofundam-se<br />

Depois da breve visão da cidade de Salvador no presente,<br />

feita na abertura do capítulo, retomamos o passado,<br />

para estudar o contexto da fundação da primeira capital da<br />

colônia. Os alunos têm a oportunidade de ler e analisar um<br />

trecho do Regimento de Tomé de Sousa, de 1549. Faça a<br />

leitura com a turma, e certifi que-se do entendimento correto<br />

das palavras. Desenvolva a atividade, salientando que<br />

eles estão em contato direto com uma fonte histórica, um<br />

documento que muito ajudou os historiadores a reconstruir<br />

e interpretar os acontecimentos daquela época.<br />

Outro aspecto importante é que os alunos entendam o<br />

conceito de colônia e sua relação com a metrópole. Ressalte<br />

o fato de que os europeus que para cá vieram nessa<br />

época ainda não eram “brasileiros”. Para eles, a pátria<br />

estava do outro lado do Oceano Atlântico, e deviam obedecer<br />

ao rei de Portugal. Se preferir, explique o que era<br />

monarquia, o governo cujo poder estava nas mãos de um<br />

rei, vitalício, que o transmitia para o fi lho mais velho ou<br />

fi lha ou outro parente, no caso de não ter fi lhos. Desse<br />

modo, os alunos compreenderão melhor esse conteúdo,<br />

quando abordá-lo no capítulo sobre o Rio de Janeiro.<br />

Sobre a relação colônia-metrópole, é sufi ciente que os<br />

alunos entendam os rigores com que era tratado o Brasil, a<br />

proibição de que fi zesse comércio diretamente com outros<br />

países, exceto com Portugal. O porto de Salvador, portanto,<br />

até o século XIX, recebia principalmente navios mercantes<br />

vindos de Lisboa. Outros navios podiam vir, desde<br />

que tivessem a autorização de Portugal. É um aspecto importante<br />

para que eles compreendam como se deu a profunda<br />

infl uência portuguesa na colonização do Brasil.<br />

Não deixe de chamar a atenção deles, também, para<br />

o fato de a região onde se ergueu Salvador ter sido habitada<br />

por povos indígenas. É preciso deixar claro que o<br />

projeto de colonização portuguesa foi implantado à custa<br />

Capítulo 6<br />

Salvador, a primeira capital<br />

HISTÓRIA<br />

conteúdos específi cos de <strong>História</strong> do Brasil. Além de fatos<br />

políticos fundamentais, abordam-se aspectos como a pluralidade<br />

cultural brasileira contemporânea como resultado de<br />

infl uências determinantes de culturas de povos africanos, de<br />

portugueses e de diversos povos indígenas. Pela comparação<br />

entre o presente e aspectos do passado, os alunos são<br />

levados a refl etir sobre permanências (historicamente explicadas)<br />

e transformações nessas cidades e no Brasil.<br />

A atividade inicial, de observação e comparação de<br />

fotos, faz o levantamento prévio dos conhecimentos da<br />

turma e retoma alguns tópicos dos capítulos anteriores.<br />

de milhares de vidas indígenas e que se erigiu em território<br />

de onde populações inteiras foram expulsas. É por<br />

esse motivo que chamamos a atenção, no capítulo, para o<br />

fato de a cidade de Salvador ter sido murada já no nascedouro:<br />

ela foi construída como um forte, em meio a uma<br />

guerra, na qual o principal “inimigo” eram os indígenas<br />

que lutavam contra o desmantelamento de suas tribos.<br />

Tratamos em seguida da presença africana em Salvador,<br />

considerada a mais signifi cativa de todas as cidades<br />

brasileiras. A presença africana é visível em todos os pontos<br />

da cidade, na etnia de seus habitantes, nos trajes das<br />

baianas que vendem comidas de origem africana em muitos<br />

locais, na religião dos orixás, o candomblé, na música,<br />

na dança, no carnaval de rua que é um dos mais populares<br />

do Brasil. Salvador é vibrante com a presença da cultura<br />

de muitos povos que vieram da África na condição de escravos,<br />

que aqui construíram com seu trabalho as riquezas<br />

de seus senhores, e que, apesar de duramente reprimidos<br />

para esquecer suas origens, souberam preservar suas tradições,<br />

ensiná-las, compartilhá-las e marcaram a feição não<br />

apenas da Bahia, mas de todo o Brasil.<br />

Conduza a atividade de análise das fotos de modo que os<br />

alunos identifi quem essas infl uências e possam, eles próprios,<br />

lembrar-se de outras. Pergunte que comidas baianas eles conhecem<br />

ou que músicos da Bahia eles já ouviram; se já viram<br />

outras imagens de Salvador além dessas mostradas no livro.<br />

PARA SABER MAIS<br />

Resistência dos africanos à escravidão<br />

É fundamental que a ideia de que não houve resistência<br />

à escravidão seja abandonada para sempre na<br />

nossa historiografi a. Os povos africanos jamais aceitaram<br />

passivamente o fato de ter sido capturados em<br />

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