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História - Editora IBEP

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6<br />

MANUAL DO PROFESSOR<br />

O professor de <strong>História</strong> pode ensinar o aluno a adquirir as<br />

ferramentas de trabalho necessárias; o saber-fazer, o saber-<br />

-fazer-bem, lançar os germes do histórico. Ele é responsável<br />

por ensinar o aluno a captar e valorizar a diversidade de<br />

pontos de vista. Ao professor cabe ensinar o aluno a levantar<br />

problemas, procurando transformar, em cada aula de <strong>História</strong>,<br />

temas em problemáticas. [In Bittencourt, Circe (Org.). O saber<br />

histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1998.]<br />

No mesmo texto, a professora utiliza a expressão educação<br />

histórica para caracterizar a prática que envolve a<br />

problematização, a análise das causas, o contexto temporal<br />

e a exploração de documentos históricos. Embora<br />

ela esteja se referindo a alunos do Ensino Fundamental 2<br />

e do Ensino Médio, essa educação pode e deve ser adotada<br />

nos primeiros anos escolares, respeitando a faixa<br />

etária e escolar. Essa educação histórica pode começar<br />

com crianças pequenas, estimulando-as com questões<br />

pertinentes a seu universo e incentivando-as a fazer suas<br />

próprias perguntas.<br />

Um dos maiores desafi os e objetivos do educador na<br />

área de <strong>História</strong> é tirar os alunos da posição de conformismo<br />

que acompanha a ideia equivocada de que “as<br />

coisas sempre foram assim, serão assim para sempre e<br />

2. Conteúdos e organização da coleção<br />

Conteúdos<br />

Os conteúdos da coleção foram selecionados e divididos<br />

em dois blocos. Os dois primeiros volumes – 2º e 3º<br />

ano – estão voltados para a realidade imediata e concreta<br />

com a qual a criança se relaciona.<br />

Nessa faixa etária, a criança ainda opera basicamente<br />

com o pensamento concreto. Além disso, não estão<br />

completamente desenvolvidos o domínio da escrita e a<br />

competência leitora. Em consequência, priorizamos atividades<br />

orais e em grupo, nas quais as crianças de 7 e 8<br />

anos podem apresentar excelente desempenho. De fato,<br />

nessa fase normalmente as crianças querem se mostrar<br />

mais independentes e gostam de realizar tarefas que denotem<br />

responsabilidade.<br />

Os volumes do 4º e do 5º ano introduzem temas da<br />

<strong>História</strong> do Brasil; mas não se perde de vista a realidade<br />

concreta que os alunos já conhecem. Fizemos a opção de<br />

manter a exposição cronológica dos assuntos da <strong>História</strong><br />

não vão mudar”. Trata-se de uma visão naturalizada, reforçada<br />

pela própria estrutura social, bastante imobilista,<br />

e por um cenário político totalmente desmoralizado.<br />

O professor deve ter como pressuposto que a realidade,<br />

as relações sociais e as sociedades têm como característica<br />

a historicidade: têm origens e se transformam ao<br />

longo do tempo. E essas transformações se dão, sobretudo,<br />

pela ação de agentes concretos – os seres humanos.<br />

Há um exercício fundamental que é preciso fazer com<br />

os alunos de qualquer faixa etária: perguntar o porquê<br />

das coisas.<br />

O trabalho com diferentes documentos históricos –<br />

iconográfi cos, materiais e escritos – também faz parte<br />

da educação histórica. Os alunos podem aprender muito<br />

sobre uma sociedade na medida em que são ensinados a<br />

observar, ler e analisar documentos de diferentes naturezas.<br />

Esse trabalho é contínuo e se aprofunda ao longo da<br />

vida escolar.<br />

Assim, ensinar os alunos a observar a sua volta, fazer<br />

perguntas e procurar respostas é o papel fundamental do<br />

professor.<br />

Nos próximos itens deste Manual, veremos como<br />

esses pressupostos se concretizam no desenvolvimento<br />

didático-pedagógico dos quatro volumes da coleção.<br />

do Brasil, porém privilegiou-se a abordagem relacional<br />

com a situação de hoje do país, com a cultura e sua diversidade,<br />

com as características da sociedade em que se<br />

inserem nossos alunos. Assim, por exemplo, ao estudar<br />

as relações de trabalho no período colonial brasileiro,<br />

partimos da refl exão sobre a condenação do trabalho escravo<br />

na sociedade brasileira atual, em consonância com<br />

o estudo sobre os direitos fundamentais do ser humano,<br />

que perpassa os quatro volumes da coleção. E ao estudar<br />

a formação do povo e da cultura, partiu-se da diversidade<br />

que caracteriza hoje o “ser brasileiro”, sua infl uência indígena,<br />

africana, europeia, asiática, destacando aspectos<br />

manifestos na arte, na culinária, na música, na língua,<br />

nas tradições folclóricas, na religião. É dessa realidade<br />

contemporânea e conhecida do aluno que retornamos ao<br />

passado em busca das origens e das razões para a atual<br />

confi guração do Brasil.<br />

Desse modo, serão estudados os seguintes temas:

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