Rezar com o Irmão João-Batista
Rezar com o Irmão João-Batista
Rezar com o Irmão João-Batista
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
FMS Premier freres PORT:Layout 1 27-11-2009 9:46 Pagina 101<br />
[ Companheiros maravilhosos de Marcelino ]<br />
1842, bem no ano da união. Tinha treze anos e meio. Todo<br />
o pessoal, aliás muito reduzido, estava misturado. Éramos<br />
seis noviços, jovens <strong>Irmão</strong>s e postulantes confiados a um<br />
professor encarregado de nos fazer recitar a lição de catecismo,<br />
o Evangelho da semana, ensinar-nos ortografia e cálculo,<br />
enquanto o <strong>Irmão</strong> <strong>João</strong> Maria, encarregado de<br />
transformar em Maristas todos os filhos do Pe. Mazelier, virava-se<br />
<strong>com</strong>o podia, para arranjar todas as coisas. De tempos<br />
em tempos, nos via em particular, a<strong>com</strong>panhando e<br />
instruindo sua <strong>com</strong>unidade religiosa.<br />
Quatro meses após a minha vestição, isto é, onze meses de<br />
preparação, fui colocado numa <strong>com</strong>unidade e encarregado da<br />
cozinha. Depois, recebi uma aula <strong>com</strong> os pequenos; em seguida,<br />
uma primeira, cuja preparação me tornava apto a obter<br />
meu diploma elementar. Tudo isso foi a causa de minha nomeação<br />
às terríveis responsabilidades de Diretor, aos 18 anos<br />
e meus onze meses de preparação!...<br />
Foi assim que caí entre as mãos do <strong>Irmão</strong> <strong>João</strong> <strong>Batista</strong>. E<br />
<strong>com</strong>eçou a série da minha correspondência <strong>com</strong> ele, que durou<br />
até o fim de sua vida... Nas condições em que, no Sul, nós<br />
então nos encontrávamos, quanta paciência, atenção e prudência<br />
foi necessária ao <strong>Irmão</strong> <strong>João</strong> <strong>Batista</strong>, em suas correspondências,<br />
para moldar, instruir, animar, pessoas até lá tão<br />
pouco formadas! Como, no entanto foi admirável nesta rude e<br />
difícil tarefa! Que sabedoria, que tato, para poupar seus súbditos,<br />
ao mesmo tempo que cortava na carne viva, sem ferir:<br />
sabendo, quando necessário, dissimular, para animar a mecha<br />
que ainda fumegava.!...Tinha conquistado <strong>com</strong>pletamente os<br />
corações, tendo sobre nós um ascendente do qual nos gloriávamos”<br />
(Id. p. 81-83).<br />
[ 101 ]