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brasil - AviSite

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20<br />

Sumário<br />

Coordenador Editorial<br />

José Carlos Godoy<br />

jcgodoy@avisite.com.br<br />

MTB - 9782<br />

Comercial<br />

Paulo Godoy<br />

Christiane Galusni<br />

publicidade@avisite.com.br<br />

Redação<br />

Érica Barros<br />

Thaís Façanha Maruoka<br />

imprensa@avisite.com.br<br />

Diagramação e arte<br />

Mundo Agro e<br />

Bravos Comunicação<br />

bravos@bravos.com.br<br />

Internet<br />

Darcy Júnior<br />

webmaster@avisite.com.br<br />

Circulação e Assinatura<br />

(19) 3241-9292<br />

assinatura@avisite.com.br<br />

Fale com a redação!<br />

imprensa@avisite.com.br<br />

Tel: (19) 3241 9292<br />

Manejo<br />

O aviário<br />

Dark House<br />

e suas<br />

características<br />

Exportação<br />

A importância do<br />

abate halal para a<br />

indústria de frango<br />

Ponto Final<br />

A avicultura <strong>brasil</strong>eira<br />

é o reflexo do<br />

mercado<br />

30<br />

50<br />

Sustentabilidade<br />

Biodigestores reduzem gastos com energia elétrica<br />

expediente editORiAL<br />

Produção Animal - Avicultura<br />

ISSN 1983-0017<br />

Mundo Agro Editora Ltda.<br />

Rua Erasmo Braga, 1153<br />

13070-147 - Campinas, SP<br />

28<br />

Moderação continua sendo<br />

palavra de ordem<br />

A página de abertura (36) da seção Es-<br />

tatísticas e Preços desta edição da Revista<br />

do <strong>AviSite</strong> traz uma mostra da difícil relação<br />

entre o nível de produção e os preços<br />

obtidos pelos produtores.<br />

No caso do setor de postura, por<br />

exemplo, os avicultores acabam por concentrar<br />

suas esperanças de ganhos melhores<br />

nos períodos da Quaresma e do Dia<br />

das Mães. Desta forma, passam a reter<br />

poedeiras, gerando maior oferta do produto.<br />

Resultado: Os preços ansiados não<br />

são alcançados. E daí vem a lição: para ganhar<br />

mais é preciso produzir menos.<br />

Outro destaque é a retomada dos embarques<br />

de frango, que foram quase um<br />

terço superiores ao que se previa. Aqui há<br />

Empresas<br />

Brasil Foods:<br />

A gigante da<br />

indústria<br />

alimentícia<br />

06<br />

Eventos ................................................................ 04<br />

Notícias Curtas .................................................... 10<br />

AviGuia ............................................................... 16<br />

Postura em Foco ................................................. 24<br />

Ciência Avícola ................................................... 26<br />

Associações ......................................................... 34<br />

Portfólio Aviguia ................................................ 48<br />

Classificados ....................................................... 49<br />

ESTATÍSTICAS E PREÇOS<br />

Produção e mercado em resumo .......................................... 36<br />

Alojamento de matrizes de corte ..........................................37<br />

Produção de pintos de corte ................................................ 38<br />

Produção de carne de frango ............................................... 39<br />

Exportação de carne de frango............................................ 40<br />

Disponibilidade interna de carne de frango ........................41<br />

Alojamento de matrizes de postura .................................... 42<br />

Alojamento de pintainhas comerciais de postura .............. 43<br />

Desempenho do frango vivo no mês de abril ..................... 44<br />

Desempenho do ovo no mês de abril .................................. 45<br />

Matérias-primas ..................................................................... 46<br />

de se lembrar que uma dose de cautela<br />

continua sendo bem-vinda, já que a crise<br />

econômica ainda está aí.<br />

Também sobre as exportações, a edição<br />

de junho traz um material sobre a importância<br />

do abate halal para os exportadores<br />

de carne de frango <strong>brasil</strong>eiros. A<br />

representatividade dos países muçulmanos<br />

é alta para o país, de 30,75% do total<br />

exportado em 2008.<br />

Em um mesmo “balaio”, podem ser citadas<br />

as matérias que destacam a possibilidade<br />

do uso de biodigestores na avicultura<br />

e os aviários Dark House. Duas<br />

tecnologias importantes que visam melhorar<br />

a sustentabilidade e a rentabilidade<br />

do setor.<br />

Produção Animal | Avicultura 3


Eventos<br />

2009<br />

Junho<br />

18 a 19 de junho<br />

II Simpósio da Avicultura Capixaba<br />

Local: Vitória, Espírito Santo<br />

Realização: Associação dos Avicultores do Espírito Santo<br />

(AVES)<br />

Contato: (27) 3288-1182<br />

Informações: www.associacoes.org.br<br />

E-mail: aves@associacoes.org.br<br />

Julho<br />

1 a 2 de julho<br />

Avicultor 2009<br />

Local: Sede da Avimig, Rua Pitangui , 1904, Belo Horizonte,<br />

MG<br />

Realização: Avimig<br />

Contato: (31) 3482-6403<br />

Informações: www.avimig.com.br<br />

E-mail: avimig@avimig.com.br<br />

17 a 19 de julho<br />

50ª Festa do Ovo de Bastos<br />

Realização: Sindicato Rural de Bastos<br />

Local: Recinto de Exposições Kisuke Watanabe, Bastos, SP<br />

Contato: (14) 3478-9800<br />

20 a 23 de julho<br />

Encontro Anual da Poultry Science Association (PSA)<br />

Local: Raleigh, Carolina do Norte, EUA<br />

Realização: Poultry Science Association<br />

Informações: www.poultryscience.org/psa09/<br />

Agosto<br />

19 a 21 de agosto<br />

Ave Expo 2009 & III Fórum Internacional de Avicultura<br />

Local: Mabu Thermas e Resort, Foz do Iguaçu, PR<br />

Realização: Editora Animalworld<br />

Contato: (19) 3709-1100<br />

Informações: www.aveexpo.com.br<br />

Setembro<br />

3 a 4 de setembro<br />

Simpósio Goiano de Avicultura<br />

Local: Castro’s Park Hotel, Goiânia<br />

Realização: Associação Goiana de Avicultura (AGA) Universidade<br />

Federal de Goiás<br />

Contato: (62) 3202 3665<br />

Informações: www.agagoias.com.br<br />

E-mail: simposiogoiano@terra.com.br<br />

4 Produção Animal | Avicultura<br />

Outubro<br />

6 a 9 de outubro<br />

XXI Congresso Latino-Americano de Avicultura e Avimundo<br />

2009<br />

Local: Centro de Exposições PABEXPO, Havana, Cuba<br />

Realização: ALA e Associação Cubana de Produtores Avícolas<br />

(SOCPA)<br />

Informações: www.avicultura2009.com<br />

E-mail: info@avicultura2009.com<br />

10 a 14 de outubro<br />

Anuga 2009<br />

Local: Koelnmesse, Colônia, Alemanha<br />

Informações: www.anuga.com/<br />

E-mail: anuga@visitor.koelnmesse.de<br />

21 a 23 de outubro<br />

8º Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e<br />

Nutrição<br />

Local: Balneário Camboriú, SC<br />

Realização: ACAV (Associação Catarinense de Avicultura)<br />

E-mail: acav-chapeco@hotmail.com<br />

27 a 28 de outubro<br />

Fórum Nacional da Avicultura<br />

Local: Brasília<br />

Realização: UBA e ABEF<br />

E-mail: imprensa@uba.org.br<br />

Novembro/Dezembro<br />

11 de novembro a 13 de dezembro<br />

I Congresso Internacional sobre Nutrição de Aves e<br />

Suínos<br />

Local: Auditório do Instituto Agronômico de Campinas -<br />

Av. Barão de Itapura, 1481<br />

Realização: CBNA<br />

Informações: www.cbna.com.br<br />

E-mail: cbna@cbna.com.br


Um complexo natural que melhora a lucratividade através<br />

do maior aproveitamento dos nutrientes da dieta.<br />

Allzyme ® SSF é produzido através do método de fermentação em estado sólido (SSF:<br />

Solid State Fermentation). Os componentes deste novo complexo natural funcionam em<br />

sinergia melhorando a digestibilidade dos compostos vegetais da dieta.<br />

Este ano, o Brasil abateu mais de 180 milhões de frangos de corte alimentados com dietas<br />

contendo Allzyme ® SSF. Além disso, são produzidos diariamente 15 milhões de ovos de<br />

poedeiras suplementadas com este complexo.<br />

Vantagens da utilização de Allzyme ® SSF<br />

• Maior disponibilidade de proteína bruta (PB) (+0,2%);<br />

• Melhor utilização de aminoácidos;<br />

• Menor custo por tonelada de alimento produzido;<br />

• 75 Kcal/Kg de energia metabolizável liberada;<br />

• Maior disponibilidade de P (+ 0,1%);<br />

• Maior disponibilidade de Ca (+ 0,1%).<br />

Pesquisas comprovam a eficiência de Allzyme ® SSF<br />

Devegowda, G, K.R. Ramesh e Venkatesh, 2008. Corn-with-cob-based diets fed with and without<br />

Allzyme ® SSF: performance response of laying hens. Pôster apresentado no 24° Simpósio<br />

Internacional da Alltech, Lexington, KY, USA.<br />

Arrieta, J.M.A., K.V. Valenzuela, 2008. Performance response in laying hens fed a<br />

corn-soy diet reformulated with the Allzyme ® SSF nutrient matrix. Pôster apresentado no 24° Simpósio<br />

Internacional da Alltech, Lexington, KY, USA.<br />

Perazzo, F.G., C.F.S. Oliveira, C.C. Goulart, J.H.V da Silva, M.R.<br />

Lima, D.F. Figueiredo, 2008. Effect of Allzyme ® SSF and Allzyme ®<br />

Vegpro on egg production of second-production-cycle laying hens.<br />

Pôster apresentado no 24° Simpósio Internacional da Alltech,<br />

Lexington, KY, USA.<br />

Pescatore, A.J., A. Singh, R.S. Gates, A.H. Cantor, J.L. Pierce, K.A.<br />

Dawson, T. Ao, M.J. Ford, 2008. Ammonia release and nutrient<br />

content of laying hen manure as affected by distillers dried grains with<br />

solubles and Allzyme ® SSF addition. Pôster apresentado no 24°<br />

Simpósio Internacional da Alltech, Lexington, KY, USA.<br />

Para mais informações entre<br />

em contato com um representante<br />

local da Alltech.


Notícias<br />

Fusão<br />

Brasil Foods: A gigante<br />

Nildemar Secches e Luiz Fernando Furlan: co-Presidentes do conselho de administração da BRF na coletiva de imprensa em que anunciaram a fusão<br />

união da Perdigão e da Sadia que<br />

A deu origem à Brasil Foods S.A<br />

(BRF) na noite de 18 de maio cria uma<br />

gigante do setor alimentício: a maior<br />

exportadora mundial de carnes processadas,<br />

a 10ª maior empresa de alimentos<br />

das Américas, a terceira maior<br />

exportadora <strong>brasil</strong>eira e a maior indústria<br />

de alimentos industrializados do<br />

Brasil.<br />

Com mais de 116 mil funcionários e<br />

capacidade para abater 1,7 bilhões de<br />

aves por ano, a companhia nasce com<br />

um faturamento anual líquido de aproximadamente<br />

R$ 22 bilhões e exportações<br />

próximas a R$ 11 bilhões. Juntas,<br />

as duas empresas possuem unidades de<br />

6 Produção Animal | Avicultura<br />

processamento de carnes, lácteos e<br />

margarinas em dez estados <strong>brasil</strong>eiros.<br />

A BRF nasce também com uma dívida<br />

líquida de R$ 10,4 bilhões, segundo<br />

dados do Portal Exame. Para equacioná-la,<br />

uma oferta pública de ações está<br />

prevista para captar cerca de R$ 4 bilhões<br />

em dinheiro novo. Não está definido<br />

ainda se o Banco Nacional de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social<br />

(BNDES) participará desse aporte. Segundo<br />

informações do Valor Online, o<br />

objetivo é levar a oferta ao mercado o<br />

quanto antes, entre junho e julho.<br />

A associação com a Perdigão foi a<br />

alternativa encontrada para salvar a Sadia<br />

após o rombo de R$ 2,5 bilhões cau-<br />

sado por uma operação com derivativos<br />

cambiais, além dos problemas decorrentes<br />

da crise global que derrubou as<br />

exportações (neste caso, de ambas as<br />

empresas). Antes de fechar a fusão, a<br />

Sadia ouviu também outras propostas e<br />

pediu ajuda ao BNDES.<br />

Apesar dos motivos serem diferentes,<br />

as duas empresas encerraram o primeiro<br />

trimestre de 2009 no vermelho: A<br />

Perdigão com prejuízo de R$ 226 milhões<br />

e a Sadia, de R$ 239 milhões. Em<br />

termos de receita bruta, a Sadia somou<br />

R$ 2,8 bilhões e, a Perdigão, R$ 3,03<br />

bilhões. Ainda em 2008, a Perdigão superou<br />

a Sadia em faturamento, com R$<br />

11,3 bilhões e lucro de R$ 54 milhões.


da indústria alimentícia<br />

Já a segunda, faturou R$ 10,7 bilhões e<br />

registrou o primeiro prejuízo de sua história,<br />

R$ 2,5 bilhões.<br />

O negócio não envolve pagamento<br />

em dinheiro, apenas troca de ações. Nildemar<br />

Secches, Presidente do Conselho<br />

de Administração da Perdigão e Luiz Fernando<br />

Furlan, Presidente do Conselho<br />

de Administração da Sadia, serão os co-<br />

Presidentes do Conselho de Administração<br />

da BRF, que terá capital difuso, ou,<br />

sem um bloco majoritário.<br />

A nova empresa deve ter como maior<br />

acionista individual a Previ (Caixa de Previdência<br />

dos Funcionários do Banco do<br />

Brasil) com cerca de 10% da participação.<br />

A Previ já detém 8,58% de participação<br />

na Sadia e 14,15% na Perdigão.<br />

Na prática, a Sadia ficou com 32%<br />

de participação na nova empresa e a<br />

Perdigão, com 68%.<br />

A união das empresas ainda aguarda<br />

a aprovação do Conselho Administrativo<br />

de Defesa Econômica (Cade). A análise<br />

do órgão pode demorar cerca de um ano<br />

e deve avaliar os possíveis danos que a<br />

união de duas grandes empresas pode<br />

trazer para a concorrência. A expectativa<br />

é de que dificilmente a união seja aprovada<br />

sem ressalvas. Até lá, as marcas das<br />

empresas e parte das estruturas de produção<br />

e de distribuição de produtos devem<br />

continuar separadas.<br />

Além da menor concorrência que<br />

pode prejudicar os consumidores e os 19<br />

mil integrados que passam a fazer parte<br />

da BRF, os produtores de soja e milho<br />

também estão em alerta. De acordo com<br />

o Valor Online, a estimativa é que a nova<br />

companhia compre cerca de 20% do farelo<br />

de soja produzido no país - 11 milhões<br />

de toneladas. Sozinha, a Perdigão<br />

comprou 3,117 milhões de toneladas de<br />

milho em 2008 e 1,226 milhão toneladas<br />

de farelo de soja. A Sadia adquiriu 4,8<br />

milhões de toneladas de milho e 1,3 milhão<br />

de farelo. Somado, o consumo de<br />

milho das duas significará quase 14% da<br />

produção nacional.<br />

Possível influência da BRF sobre o mercado interno de frango<br />

Todos os números relativos à Brasil Foods<br />

e aqui apresentados têm uma magnitude<br />

poucas vezes vista por aqui. Mas, perguntase:<br />

quais são as implicações da nova empresa<br />

sobre o mercado interno de carne de<br />

frango?<br />

Pequenas, se contrapostos os números<br />

apresentados nos balanços de 2008 das<br />

duas empresas aos números de produção e<br />

exportação <strong>brasil</strong>eira de carne de frango.<br />

Assim, o volume de carnes avícolas in natura<br />

(frango e peru) comercializado internamen-<br />

te pela Perdigão no ano que passou correspondeu<br />

a 1,7% do total ofertado internamente<br />

pela avicultura, enquanto o<br />

percentual da Sadia foi marginalmente<br />

maior – 1,8%. Portanto, a participação da<br />

BRF no mercado interno é de apenas 3,5%.<br />

Esses índices mudam de figura nas ex-<br />

portações, pois a Sadia respondeu por<br />

24,2% volume exportado pelo Brasil em<br />

2008, enquanto a fatia da Perdigão ficou<br />

em 19,5%.<br />

E, tudo somado, a participação da nova<br />

empresa chega a quase 44%.<br />

Mas, com certeza é bem mais, pois estes<br />

números se referem apenas ao produto<br />

in natura. Da mesma forma que é maior a<br />

participação das duas empresas no mercado<br />

interno. Para comprovar, é suficiente observar<br />

que enquanto as vendas de ambas<br />

Além de ser uma das maiores produtoras<br />

de carne de frango do mundo, a nova<br />

companhia torna-se, de longe, a maior<br />

exportadora mundial do produto<br />

somaram (mercado interno + externo) 1,977<br />

milhão de toneladas, a produção efetiva de<br />

carnes avícolas in natura alcançou 2,665 milhões<br />

de toneladas. E uma boa parte do diferencial<br />

aí existente (688 mil toneladas)<br />

deve estar representada pelo frango<br />

industrializado.<br />

BRF<br />

Participação no mercado <strong>brasil</strong>eiro<br />

interno e externo de carne de frango<br />

Base: balanços 2008 de Sadia e Perdigão<br />

MIL TONELADAS<br />

MERCADO INTERNO MERCADO EXTERNO<br />

Perdigão 125,9 1,7% 767,0 19,5%<br />

Sadia 131,6 1,8% 952,9 24,2%<br />

BRF 257,5 3,5% 1.719,9 43,8%<br />

BRASIL 7.298,0 100,0% 3.931,0 100,0%<br />

Fonte dos dados básicos: balanço das empresas e<br />

APINCO Elaboração e análises: AVISITE<br />

Produção Animal | Avicultura 7


Notícias<br />

8 Produção Animal | Avicultura<br />

O CENÁRIO QUE LEVOU À CRIAÇÃO DA BRASIL FOODS<br />

inda em 2008, a Perdigão superou a<br />

A Sadia em faturamento, com R$ 11,3<br />

bilhões e lucro de R$ 54 milhões. Já a segunda,<br />

faturou R$ 10,7 bilhões e regis-<br />

Faturamento da Sadia e da Perdigão<br />

em 2008 (em R$ bilhões)<br />

FOCO NAS EXPORTAÇÕES<br />

Principal porto de saída da carne de<br />

frango exportada pelo Brasil, Itajaí, em<br />

Santa Catarina, passa a ser a sede da Brasil<br />

Foods.<br />

Por sinal, a opção das direções de Sadia<br />

e Perdigão pelo novo município-sede<br />

assinalam as reais intenções da Brasil Foods<br />

– o mercado externo.<br />

trou o primeiro prejuízo de sua história,<br />

R$ 2,5 bilhões. As duas empresas encerraram<br />

o primeiro trimestre de 2009 no<br />

vermelho: A Perdigão com prejuízo de R$<br />

Outra indicação neste sentido é a suspensão<br />

dos planos de vender a fábrica da<br />

Sadia em Kaliningrado, na Rússia - decidida<br />

por causa do agravamento da crise<br />

provocada por operação com derivativos<br />

-, e a retomada do projeto de construção<br />

de uma nova unidade nos Emirados Árabes.<br />

A BRF já possui unidades industriais<br />

BRF exportará cerca de 42% de sua produção<br />

Exportações por região (2008) Sadia<br />

Oriente Médio<br />

Europa<br />

Ásia<br />

Eurásia<br />

Américas<br />

27%<br />

22%<br />

19%<br />

16%<br />

16%<br />

Oriente Médio<br />

Europa<br />

Ásia<br />

Eurásia<br />

Américas<br />

226 milhões e a Sadia, de R$ 239 milhões.<br />

Em termos de receita bruta, a Sadia<br />

somou R$ 2,8 bilhões e, a Perdigão,<br />

R$ 3,03 bilhões<br />

Resultados no primeiro trimestre de<br />

2009 (em R$ bilhões)<br />

na Holanda, no Reino Unido, na Romênia<br />

e na Rússia, além de escritórios comerciais<br />

em 17 países, entre eles China, Emirados<br />

Árabes, Japão, entre outros incluindo<br />

alguns países da América do Sul.<br />

A Brasil Foods também já tem uma<br />

página na internet:<br />

www.brf.com.br.<br />

Exportações por região (2008) Perdigão<br />

26%<br />

22%<br />

22%<br />

15%<br />

15%<br />

Fonte: Brasil Foods


Produção Animal | Avicultura 9


Notícias<br />

As mais lidas no <strong>AviSite</strong><br />

em maio<br />

10 Produção Animal | Avicultura<br />

Lideranças alertam: só a exportação<br />

aumentou!<br />

A notícia mais lida no mês de maio no <strong>AviSite</strong> comenta o resultado da boa recuperação<br />

obtida pelo Brasil em abril com a exportação de carne de frango, que, ao contrário do esperado,<br />

trouxe mais preocupação para as lideranças do setor. Teme-se que, estimulados pelo desempenho<br />

do mercado externo, os produtores aumentem produção e oferta internas.<br />

Normativa oficial agrava perda<br />

de competitividade da avicultura<br />

O texto se refere ao alerta feito pelos analistas externos: o “custo Brasil” vem corroendo a<br />

competitividade da avicultura <strong>brasil</strong>eira no mercado internacional. Este fator é um processo que<br />

se deteriora ainda mais com o surgimento, a cada dia, de novas exigências de ordem trabalhista,<br />

ambiental, bem-estar animal, entre outras.<br />

Preço externo da carne de frango dá sinais de reversão<br />

A terceira notícia mais visitada no <strong>AviSite</strong> diz respeito ao mercado de<br />

frango, que, segundo o texto, apresentou sinais de reversão não apenas<br />

no volume das exportações <strong>brasil</strong>eiras. O processo alcança também o<br />

preço médio pago pelo produto que, em abril passado, voltou a apresentar<br />

ligeira elevação em relação ao mês anterior, o que também pode<br />

significar o fim do ciclo de seis meses de contínua desvalorização do<br />

produto.<br />

Nas carnes, Brasil tem consumo de Primeiro Mundo<br />

A matéria comenta o tema discutido no I Interfeed Leadership<br />

Meeting pela Dra. Daniela Battaglia, especialista em alimentação<br />

animal e diretora da Organização das Nações Unidas para Agricultura<br />

e Alimentação (FAO). A palestrante observou que nos últimos<br />

24 anos a produção de carne triplicou nos países em desenvolvimento,<br />

mas que mesmo assim o consumo continua concentrado<br />

nos países ricos.<br />

Volume de frango exportado pela Região Sul<br />

aumentou 3,8% no 1º quadrimestre<br />

Dados da SECEX/MDIC indicam que enquanto a receita cambial obtida pela Região Sul com a exportação<br />

de carne de frango sofreu uma redução de 16% no primeiro quadrimestre de 2009, o volume embarcado<br />

apresentou expansão de 3,8%. O volume exportado por essa região correspondeu a 75% do total<br />

exportado pelo Brasil no período.


Cobrança<br />

Governo<br />

vai cobrar<br />

Funrural de<br />

produtor<br />

pessoa física<br />

Emenda foi incluída na<br />

Medida Provisória 447, já<br />

aprovada pelo Congresso<br />

Nacional<br />

Acatando posicionamento dos Ministérios<br />

da Fazenda e da Previdência<br />

Social, o Presidente da República vetou a<br />

emenda, apresentada pelo Deputado<br />

Federal Alfredo Kaefer (PSDBA/PR), que<br />

restabeleceria a isenção da cobrança do<br />

Funrural dos produtores rurais pessoas<br />

físicas. A emenda havia sido incluída na<br />

Medida Provisória 447, já aprovada pelo<br />

Congresso Nacional.<br />

Explicando o veto, o governo alegou<br />

que o restabelecimento da isenção da<br />

cobrança “compromete a preservação<br />

do equilíbrio financeiro e atuarial da<br />

previdência”, o que não é verdade, pois a<br />

isenção vigora há quase duas décadas<br />

(desde 1992) e, portanto, não seria agora<br />

que desequilibraria as finanças. Também<br />

foi alegado que “não há previsão da<br />

correspondente fonte de custeio para<br />

compensar a redução da base-de-cálculo”.<br />

E até isto é apenas meia verdade,<br />

pois há produtores rurais pessoas físicas<br />

que já efetuam os recolhimentos previstos<br />

pela Previdência Social através da<br />

folha salarial.<br />

Produção Animal | Avicultura 11<br />

Exportação<br />

Fechado primeiro contrato de<br />

exportação para China<br />

Negociação entre <strong>brasil</strong>eiros e o país é antiga<br />

diretoria executiva da ABEF divulgou a<br />

A existência de dois primeiros pedidos de<br />

licença de importação de carne de frango<br />

<strong>brasil</strong>eira pela China e também o fechamento<br />

do primeiro contrato de exportação para<br />

aquele país.<br />

A Doux-Frangosul, de acordo com a<br />

entidade, deve embarcar com esse contrato<br />

12 contêineres – supostamente, algo em<br />

torno das 300 toneladas que devem sair da<br />

planta de abate da empresa localizada em<br />

Montenegro, no RS.<br />

Na lista publicada nos Serviços de Quarentena,<br />

Inspeção e Supervisão da Qualida-<br />

de (AQSIQ), da República Popular da China,<br />

estão 24 plantas habilitadas a exportar carne<br />

de frango para o país. São elas: Big Frango<br />

(PR), Agrovêneto (SC), Coopavel, Cooperativa<br />

Lar (PR), Cooperativa Aurora (SC), Copacol<br />

(PR), C.Vale (PR), Da Granja, Diplomata<br />

(PR), Doux Frangosul (RS), Minuano (RS),<br />

Penasul (RS), Perdigão (MS e RS), Sadia (SC e<br />

MG), Seara (SC e MS) e Tyson Brasil (SC).<br />

Segundo o secretário de Relações Internacionais<br />

do Agronegócio, Célio Porto, a<br />

abertura é uma grande oportunidade para<br />

as exportações <strong>brasil</strong>eiras, pois significa um<br />

mercado de US$ 1 bilhão.


Notícias<br />

Embarques<br />

Acordo com UE cria cota adicional de 2.500 toneladas<br />

Compensação ocorre devido ao alargamento do bloco com a entrada de<br />

Romênia e Bulgária<br />

Brasil pode ter um ganho adicional<br />

O de € 200 milhões em exportações de<br />

açúcar e carnes para a União Européia. A<br />

informação foi divulgada pelo jornal Valor<br />

Econômico após um acordo bilateral fechado<br />

em Bruxelas após demoradas e<br />

arrastadas negociações. Pelo entendimento,<br />

a UE dará compensações ao Brasil<br />

pelas perdas que os exportadores <strong>brasil</strong>eiros<br />

tiveram depois da entrada de Bulgária<br />

e Romênia no bloco, em 2007.<br />

O Valor segue afirmando que, na área<br />

de carnes, a UE concede ao Brasil mais 5<br />

Observando que “cresce a olhos<br />

vistos o apetite dos russos pela<br />

carne de frango” (claro que por seu<br />

preço mais acessível em relação às demais<br />

carnes), analistas internacionais<br />

acrescentam que, para responder a esse<br />

desafio, o governo russo vem investindo<br />

bilhões de dólares na avicultura de corte<br />

local, em um esforço que tem como<br />

meta, também, reduzir a dependência do<br />

país ao fornecimento externo.<br />

Na opinião de um desses analistas,<br />

12 Produção Animal | Avicultura<br />

mil toneladas da cota Hilton de carne<br />

bovina, dobrando o volume do produto de<br />

alta qualidade que o país poderá exportar<br />

com tarifa de 20%. Na venda fora da cota,<br />

a taxa é de 12,5% mais € 3.042 por tonelada.<br />

Significa que com tarifa menor, o<br />

exportador pode obter prêmio de € 3 mil<br />

por tonelada.<br />

No caso da exportação de frango, a<br />

cota adicional para o Brasil é de 2.500<br />

toneladas, livre de alíquota. Uma nova<br />

cota foi criada para a exportação de 2.500<br />

toneladas de peru, também livre de taxa.<br />

Auto-suficiência<br />

Rússia investe pesado na produção de frangos<br />

Volume habitualmente importado de norte-americanos poderá ser reduzido à metade<br />

Informações<br />

Organização das Nações Unidas<br />

A para Agricultura e Alimentação<br />

(FAO) lançou na internet, no final de<br />

maio, um novo portal dedicado exclusivamente<br />

ao bem-estar animal. Projetado<br />

de forma a propiciar informações<br />

confiáveis em torno da legislação existente<br />

e dos resultados de pesquisas<br />

envolvendo a questão, o portal foi<br />

essa expansão pode reduzir à metade o<br />

volume de carne de frango habitualmente<br />

importado pelos russos de fornecedores<br />

norte-americanos, ocorrência que irá<br />

impactar negativamente “um setor que<br />

movimenta, por ano, US$55 bilhões” (a<br />

avicultura dos EUA). Tudo porque um<br />

quarto das exportações norte-americanas<br />

de carne de frango tem como destino o<br />

mercado russo. “Nosso objetivo no médio<br />

prazo é importar 10%, no máximo<br />

15% das nossas necessidades de carne<br />

batizado de “Gateway to Farm Animal<br />

Welfare” – literalmente, porta de entrada<br />

para o bem-estar dos animais de<br />

produção intensiva.<br />

Conforme a própria FAO, o portal foi<br />

desenvolvido “com a colaboração de<br />

parceiros-chave internacionais envolvidos<br />

com o bem-estar animal”, entre eles a<br />

Comissão Européia (CE), Organização<br />

de frango”, declara Vladimir Fisinin, presidente<br />

da União Russa de Avicultura,<br />

mencionando que no ano passado o<br />

volume importado correspondeu a 36%<br />

do consumo total.<br />

Já Viktor Zubkov, um dos suplentes<br />

de Vladimir Putin, agora Primeiro Ministro,<br />

demonstra maior ambição: durante<br />

visita a uma granja de perus, no mês<br />

passado, previu que a Rússia será autosuficiente<br />

em frangos e suínos em não<br />

mais que três anos, ou seja, até 2012.<br />

FAO lança site sobre bem-estar animal<br />

Objetivo é propiciar informações confiáveis em torno da legislação<br />

existente<br />

Mundial de Saúde Animal (OIE), Associação<br />

Mundial de Veterinária (WVA) e,<br />

ainda, a Associação Latino-Americana de<br />

Avicultura (ALA), entidade presidida pelo<br />

<strong>brasil</strong>eiro Ariel Antonio Mendes, também<br />

presidente da UBA.<br />

Para conhecer o site, acesse: http://<br />

www.fao.org/ag/againfo/programmes/<br />

animal-welfare/en/


Empresas<br />

Crescimento<br />

Balanço da Marfrig mostra aumento na oferta<br />

interna de carne de frango<br />

Comércio de aves e industrializados foi 14,8% maior que o quarto<br />

trimestre de 2008<br />

Outros balanços precisam ser avaliados<br />

para confirmar a tese. Mas a<br />

simples análise do balanço do Grupo<br />

Marfrig – hoje colocado entre os 10 mais<br />

da avicultura <strong>brasil</strong>eira após a aquisição,<br />

em 2008, da Pena Branca, Penasul e<br />

Dagranja – mostra como o mercado<br />

interno de carne de frango ficou superofertado<br />

e concorrido no primeiro trimestre<br />

do ano.<br />

Grupo comercializou<br />

119.124 toneladas<br />

de aves e<br />

industrializados.<br />

Desse total, 47.333<br />

foram destinadas ao<br />

mercado externo<br />

Conforme os dados divulgados, o<br />

Grupo comercializou no trimestre 119.124<br />

toneladas de aves e industrializados, o<br />

que representou aumento de 14,8%<br />

sobre o trimestre anterior, o quarto de<br />

2008. Desse total, quase 40% - 47.333<br />

toneladas – foram destinadas ao mercado<br />

externo que, assim, apresentou incremento<br />

de 2,2% de um trimestre para outro.<br />

O saldo – 71.791 toneladas, 60% do<br />

total comercializado – permaneceu no<br />

mercado interno que, da parte do Grupo<br />

Marfrig, recebeu um volume 25% maior<br />

que nos três últimos meses do ano, sabidamente<br />

o melhor trimestre de cada<br />

exercício.<br />

Detalhe: as 47.333 toneladas exportadas<br />

pelo Grupo Marfrig no primeiro<br />

trimestre de 2009 corresponderam a<br />

5,6% das exportações <strong>brasil</strong>eiras de<br />

carne de frango do mesmo período. Em<br />

2007 (último dado disponível), as três<br />

empresas adquiridas em 2008 exportaram<br />

o equivalente a 3,8% das exportações<br />

<strong>brasil</strong>eiras.<br />

Marfrig quer o lugar da<br />

Perdigão<br />

Foi uma mudança simbólica, mas<br />

marca o início de uma nova fase para o<br />

Marfrig. Na última assembléia de acionistas,<br />

no final de abril, a companhia<br />

alterou sua razão social: o nome Marfrig<br />

Frigorífico e Comércio de Alimentos foi<br />

substituído por Marfrig Alimentos.<br />

“Queremos ser a segunda maior empresa<br />

de alimentos do Brasil”, afirma o<br />

empresário Marcos Molina dos Santos,<br />

de 39 anos. A primeira, claro, é a Brasil<br />

Foods, união entre Sadia e Perdigão,<br />

que nasce com faturamento de R$ 22<br />

bilhões.<br />

Considerando Sadia e Perdigão<br />

separadamente, hoje o Marfrig já é a<br />

terceira empresa em capacidade, mas<br />

tem uma presença mais tímida em produtos<br />

industrializados e congelados. Nos<br />

segmentos em que atua, ocupa a quinta<br />

posição.<br />

A empresa faturou R$ 6,3 bilhões no<br />

ano passado, mas a velocidade do cres-<br />

cimento nos últimos anos transforma o<br />

Marfrig em um competidor que a Brasil<br />

Foods não poderá desprezar.<br />

Com 57 plantas industriais na América<br />

do Sul, Europa e Estados Unidos, a<br />

empresa exporta para 120 países. Sua<br />

capacidade diária de abate é de 21,1 mil<br />

cabeças de bovinos, 4,2 mil de suínos,<br />

9,4 mil de ovinos e 1,7 milhão de frangos.<br />

Só a capacidade deste último representa<br />

cerca de 30% da capacidade de<br />

Sadia e Perdigão juntas, que abatem<br />

cerca de 6 milhões de cabeças de aves<br />

por dia.<br />

Produção Animal | Avicultura 13


Empresas<br />

Alimentação animal<br />

Produtores e produtos têm novas normas<br />

Nova IN dá prazo de dezoito meses para adequação<br />

Foi publicada na edição de 28 maio a<br />

Instrução Normativa (IN) nº 15, datada<br />

de 26 de maio de 2009, pela qual o<br />

Ministério da Agricultura regulamenta o<br />

registro dos estabelecimentos e dos<br />

produtos destinados à alimentação animal<br />

na forma estabelecida em anexo à<br />

IN.<br />

Já em vigor, a nova IN dá um prazo<br />

de dezoito meses para a adequação dos<br />

estabelecimentos preexistentes. Também<br />

revoga várias Portarias anteriores a 2000<br />

e, mais especificamente, dá nova redação<br />

a itens da IN nº 12/2004 (relacionada<br />

à alimentação de bovinos), da IN nº<br />

13/2004 (que aprovou o Regulamento<br />

Técnico sobre aditivos para produtos<br />

destinados à alimentação animal) e da IN<br />

nº 4/2007 (que aprovou o Regulamento<br />

Técnico sobre condições higiênico-sani-<br />

Exportação II<br />

Vendas externas de ovos férteis mais do<br />

que dobraram em abril<br />

14,5 milhões de unidades foram embarcadas em um único mês<br />

Mais uma demonstração de<br />

que o pior da crise mundial<br />

já passou e começa a ocorrer<br />

uma revitalização generalizada<br />

da produção animal, com benefícios<br />

maiores para o Brasil:<br />

Depois de fecharem 2008<br />

com um volume 42% menor que<br />

o alcançado no primeiro mês do<br />

ano, as exportações <strong>brasil</strong>eiras<br />

de ovos férteis para produção de<br />

pintos de corte deram seu primeiro<br />

grande salto de 2009 em<br />

março passado e, em abril, obtiveram<br />

um recorde histórico –<br />

14,5 milhões de unidades embarcadas<br />

em um único mês, 108% a<br />

mais que o registrado em abril<br />

de 2008.<br />

14 Produção Animal | Avicultura<br />

tárias e de boas práticas de fabricação<br />

dos estabelecimentos produtores de<br />

alimentos destinados a animais).<br />

Para mais informações acesse a pági-<br />

Instrução Normativa<br />

nº 15 regulamenta<br />

o registro dos<br />

estabelecimentos<br />

e dos produtos<br />

destinados à<br />

alimentação animal<br />

na da Imprensa Oficial (www.in.gov.br)<br />

e, a partir dela, o Diário Oficial da União<br />

de 28 de maio de 2009. A Instrução<br />

Normativa nº 15 está na página 27.


Nota “A”<br />

Grupo Doux recebe grau máximo<br />

em certificação internacional<br />

Resultado certificou qualidade e segurança dos<br />

alimentos fabricados, igualando-se aos padrões<br />

europeus<br />

No mês de maio, as unidades do Grupo<br />

Doux de Montenegro (Abatedouro<br />

e Empanados); Caxias do Sul e Passo<br />

Fundo foram auditadas para a Certificação<br />

BRC - British Retail Consortium e<br />

receberam grau “A”. Esta certificação é<br />

um processo baseado em auditorias direcionadas<br />

aos fornecedores de alimentos<br />

dos grandes supermercados europeus.<br />

Cada uma das plantas, documentações<br />

e processos produtivos foram inspecionados<br />

‘in loco’. Também foram audita-<br />

BFC<br />

Apesar dos problemas resultantes da<br />

crise financeira, a Big Frango Coagru<br />

(BFC), novo abatedouro de aves em<br />

Ubiratã (PR), não parou as obras. A<br />

unidade está sendo construída em joint<br />

venture com a Cooperativa Agroindustrial<br />

União (Coagru) e espera-se que até<br />

final de 2010 já esteja em operação.<br />

Segundo o site da empresa, estão<br />

sendo investidos cerca de R$ 50 milhões<br />

para que a nova indústria seja capaz de<br />

abater 160 mil aves por dia nos primeiros<br />

dois anos e 500 mil em 2012, permitindo<br />

assim 3 mil empregos diretos e<br />

dos os processos internos de recursos<br />

humanos, comunicação, manutenção,<br />

desenvolvimento, segurança do trabalho<br />

e meio ambiente.<br />

O resultado certificou a qualidade e<br />

segurança dos alimentos fabricados pelo<br />

Grupo Doux, igualando-se aos padrões<br />

europeus, um dos continentes mais exigentes<br />

do mundo, levando a empresa ao<br />

patamar máximo em termos de segurança<br />

alimentar, qualidade de processos e<br />

produtos.<br />

Nova indústria da Big Frango deve<br />

iniciar operação no final de 2010<br />

Investimento é de R$ 50 milhões<br />

indiretos na fase inicial de abate.<br />

Nessa parceria, cada um dos investidores<br />

terá 50% de participação e a nova<br />

unidade contará com os cooperados da<br />

Coagru entre seus integrados. Uma das<br />

vantagens da parceria é a atuação da<br />

cooperativa no beneficiamento de milho<br />

e soja, matérias-primas para a ração das<br />

aves.<br />

A nova fábrica de ração, localizada<br />

na mesma unidade, e a integração de<br />

frango vivo com produtores de Ubiratã e<br />

região já está operando, porém os abates<br />

ainda estão sendo realizados em<br />

Rolândia, sede da empresa.<br />

Produção Animal | Avicultura 15


AviGuia: produtos, serviços e empresas<br />

Crescimento<br />

Kemin expande instalações na Europa<br />

Novo Centro de inovação permitirá criação de laboratórios de especialidades<br />

Kemin Industries Inc. realizou a<br />

A cerimônia de lançamento da<br />

pedra fundamental de seu novo<br />

centro de inovação e tecnologia a ser<br />

construído em Herentals, na Bélgica.<br />

O local permitirá a expansão das<br />

atividades de pesquisa e desenvolvimento<br />

da Kemin Europa, assim como<br />

a criação de uma série de laboratórios<br />

de especialidades e instalações<br />

experimentais para ensaios-piloto.<br />

Foi descerrado um grande cartaz<br />

demonstrando ao público presente<br />

o projeto do novo centro a ser<br />

inaugurado em março de 2010.<br />

Após a conclusão<br />

das obras, a equipe<br />

da Kemin Europa<br />

terá 1.700 metros<br />

quadrados adicionais de<br />

laboratórios à disposição<br />

Após a conclusão das obras, a equipe<br />

da Kemin Europa terá 1.700<br />

metros quadrados adicionais de<br />

Investimento<br />

Fort Dodge Saúde Animal inau-<br />

A gurou na quarta semana de abril<br />

o novo Centro de Distribuição em<br />

Jaguariúna, na região de Campinas<br />

(SP), onde a empresa mantém a planta<br />

produtiva. O novo empreendimento<br />

é fruto de investimentos da ordem<br />

de R$ 10 milhões.<br />

A Fort Dodge informa que o novo<br />

Centro de Distribuição foi construído<br />

em uma área total de 10 mil m 2 , com<br />

uma área útil de 8,5 mil m 2 e grande<br />

capacidade de armazenamento: 8 mil<br />

posições pallets e 600 posições pallets<br />

em câmara fria, além de 55 mil<br />

16 Produção Animal | Avicultura<br />

laboratórios à disposição.<br />

Kemin China<br />

Já os planos para expansão na<br />

China foram iniciados em abril de<br />

2008, quando a capacidade existente<br />

de produção e de armazenagem<br />

deixou de ser capaz de atender as<br />

demandas dos clientes deste país.<br />

As obras da primeira fase já foram<br />

iniciadas. Quando esta etapa for<br />

concluída em setembro deste ano, as<br />

instalações terão praticamente dobra-<br />

racks de vacinas congeladas.<br />

“Este Centro de Distribuição<br />

foi desenhado<br />

para facilitar o escoamento<br />

de materiais, com grande<br />

área de separação de<br />

materiais e muitas docas.<br />

São fatores que possibilitam<br />

atendimento personalizado<br />

e de alta qualidade<br />

a todos os nossos clientes”,<br />

ressalta o executivo<br />

Agnaldo Souza Junior, da<br />

área de logística da<br />

empresa.<br />

Innovation and Technology Centre<br />

do, com 1.924 metros quadrados<br />

adicionais de chão de fábrica e armazenagem.<br />

Com a expansão da fábrica, a<br />

Kemin China poderá instalar o novo<br />

maquinário para que a empresa<br />

possa aumentar a capacidade de<br />

produção, expandir a linha de produtos<br />

e entregar pedidos de clientes<br />

mais prontamente. Além disso, a<br />

expansão permitirá a abertura de<br />

vagas para novas contratações para a<br />

comunidade local.<br />

Novo Centro de Distribuição da Fort Dodge<br />

Meta é agilizar o atendimento às demandas do mercado das três unidades


AviGuia: produtos, serviços e empresas<br />

Lançamento I<br />

Enzimas: Duas novas soluções da Adisseo<br />

Produtos resultam em ganhos de produtividade e melhoria na conversão alimentar<br />

Rovabio Max e o<br />

O Rovabio T-Flex<br />

foram apresentados<br />

oficialmente na última<br />

semana de abril durante<br />

a AveSui 2009. O desenvolvimento<br />

científico<br />

desses produtos foi feito<br />

nos laboratórios da Adisseo<br />

na França, em<br />

Commentry.<br />

Os produtos são<br />

componentes fundamentais<br />

para a nutrição animal<br />

que resultam principalmente<br />

em ganhos de<br />

produtividade. Este aspecto<br />

é resultado de<br />

substâncias naturais extraídas<br />

de fungos que<br />

Lançamento II<br />

Casp, fabricante de equipamentos para avicultu-<br />

A ra, suinocultura e armazenagem de grãos, divulga<br />

o lançamento de seus produtos de incubação, a<br />

Linha HT.<br />

Desenvolvida para atender o mercado de monitoramento<br />

e controle dos aspectos críticos dos processos<br />

de incubação, as incubadoras e nascedouros Casp<br />

HT inovam as modernas tecnologias ao otimizar as<br />

condições ambientais de incubação, gerando melhores<br />

resultados.<br />

Nas incubadoras de estágio único, o controle de<br />

temperatura do embrião, o sistema de pesagem<br />

integrado IWS, o desumidificador e o controle de<br />

Dióxido de Carbono (CO2) garantem níveis excepcionais<br />

de eclodibilidade e qualidade dos pintinhos.<br />

A Casp lança também o Comedouro Tuboflex<br />

com sistema de regulagem coletiva dos pratos de<br />

alimentação dos frangos. Um exclusivo sistema de<br />

acionamento que garante com precisão a uniformidade<br />

na regulagem dos pratos em aviários de até<br />

150 metros.<br />

Adisseo na AveSui 2009<br />

Rovabio Max e o Rovabio T-Flex são<br />

resultado de substâncias naturais<br />

extraídas de fungos que proporcionam<br />

ganhos sem efeitos colaterais<br />

proporcionam melhorias<br />

significativas na conversão<br />

alimentar em animais de<br />

criação sem os inconvenientes<br />

efeitos colaterais<br />

de outros produtos.<br />

Também na questão<br />

ambiental, como redução<br />

da produção de amônia,<br />

por exemplo, as enzimas<br />

mostram-se vantajosas e<br />

mais adequadas numa<br />

época em que a humanidade<br />

preocupa-se prioritariamente<br />

com a preservação<br />

do planeta. No<br />

laboratório francês, todos<br />

os produtos da Adisseo<br />

são testados em bovinos,<br />

suínos e aves.<br />

Casp divulga nova Linha HT<br />

Incubadoras e nascedouros otimizam condições ambientais de incubação<br />

Comedouro Tuboflex com sistema de regulagem coletiva<br />

dos pratos de alimentação<br />

Produção Animal | Avicultura 17


AviGuia: produtos, serviços e empresas<br />

Lançamento III<br />

Poli-Nutri comemora 20 anos e apresenta o<br />

Nutri-Vida no Avesui<br />

Conceito apresentado é exclusivo da empresa e foca responsabilidade social<br />

Poli-Nutri participou da Ave-<br />

A Sui, entre os dias 27 e 29 de<br />

abril, apresentando aos visitantes<br />

da feira o Nutri-Vida. O programa<br />

é um conceito de nutrição animal<br />

exclusivo da empresa que foca a<br />

responsabilidade social por meio<br />

de ações específicas, como uma<br />

rigorosa seleção de ingredientes e<br />

criterioso processo de fabricação,<br />

valorizando itens imprescindíveis<br />

em todo o processo, como excelência<br />

em qualidade e<br />

sustentabilidade.<br />

A participação no evento tam-<br />

Acordo<br />

Pfizer e<br />

Chr. Hansen<br />

firmam<br />

cooperação<br />

Objetivo é distribuição<br />

no Brasil do produto<br />

probiótico GalliPro<br />

o começo de maio, a Pfizer e a<br />

N Chr. Hansen assinaram um<br />

acordo de distribuição no Brasil do<br />

GalliPro, um produto para aves. A<br />

primeira fase da cooperação tem<br />

foco nos grandes produtores que<br />

exportam para países europeus. Já a<br />

segunda fase se estenderá para os<br />

demais produtores.<br />

O GalliPro, produzido pela Chr.<br />

Hansen, é um probiótico (Bacillus<br />

subitilis) aprovado com registro permanente<br />

na comunidade européia,<br />

sendo encontrado em uso na Europa<br />

desde 2007. O produto aumenta o<br />

ganho de peso da ave e melhora a<br />

conversão alimentar.<br />

18 Produção Animal | Avicultura<br />

bém faz parte das comemorações<br />

dos 20 anos de atuação da Poli-<br />

Nutri no mercado.<br />

Negociação<br />

Pas Reform e Genaves<br />

Empresas fecham negócio para adequação do<br />

sistema de climatização<br />

Pas Reform do Brasil fechou<br />

A um contrato para adequação<br />

do sistema de climatização do Incubatório<br />

Genaves, localizado em<br />

Campina Grande, na Paraíba. O<br />

negócio prevê o controle de pressão<br />

estática das salas de incubação<br />

e nascimento. O sistema instalado<br />

deve estar pronto para entrar em<br />

Representantes das duas empresas<br />

operação no mês de junho.<br />

A Pas Reform desenvolve e<br />

fabrica, no Brasil e no mundo, incubadoras,<br />

nascedouros e sistemas de<br />

climatização HVAC. Hoje, mais de<br />

100 países têm a tecnologia Pas<br />

Reform em funcionamento, dispondo<br />

ainda de uma ampla rede de<br />

suporte técnico e de distribuidores.


Produção Animal | Avicultura 19


exportação<br />

Abate halal<br />

Doze países<br />

muçulmanos estão<br />

entre os 30 principais<br />

compradores do frango<br />

<strong>brasil</strong>eiro<br />

Entre os 30 maiores compradores<br />

da carne de frango <strong>brasil</strong>eira em<br />

2008 estão 12 países muçulmanos<br />

que exigem o abate halal: Arábia Saudita,<br />

Emirados Árabes Unidos,<br />

Kuwait, Catar, Jordânia, Iraque, Iêmen,<br />

Omã, Egito, Barein, Turquia,<br />

Tadjiquistão. Os embarques para estes<br />

países totalizaram aproximadamente<br />

1,121 milhões de toneladas,<br />

ou 30,75% do total nacional (3,645<br />

milhões de toneladas).<br />

A expectativa é de que esse número<br />

aumente em breve, já que, recentemente,<br />

a Argélia comunicou a abertura<br />

de seu mercado consumidor para o<br />

frango <strong>brasil</strong>eiro. E ainda: pelas previsões<br />

da Associação Brasileira dos Produtores<br />

e Exportadores de Frango<br />

(ABEF), a Malásia e a Indonésia po-<br />

POS. (1) PAÍS<br />

20 Produção Animal | Avicultura<br />

dem, em breve, estar entre os principais<br />

países compradores da carne de<br />

frango <strong>brasil</strong>eira. Só a Indonésia (país<br />

mais populoso entre os muçulmanos)<br />

consome 1 milhão de toneladas de<br />

frango por ano.<br />

De acordo com a ABEF, este mercado<br />

se mantém bem e a expectativa<br />

é a de que, como para todos os países<br />

em desenvolvimento (e grande parte<br />

desses islâmicos), haja um aumento<br />

de consumo.<br />

É oportuno lembrar também que<br />

os países muçulmanos possuem restrição<br />

ao consumo da carne suína,<br />

considerada impura. Outro item a favor<br />

do Brasil: o país possui a maior<br />

colônia de povos árabes do ocidente,<br />

o que é uma vantagem no contato<br />

com povos muçulmanos.<br />

BRASIL<br />

Os maiores importadores muçulmanos de carne de frango em 2008 - MIL TONELADAS<br />

VOLU-<br />

ME<br />

POS. PAÍS<br />

VOLU-<br />

ME<br />

POS. PAÍS<br />

3º Arábia Saudita 400,4 13º Jordânia 58,5 24º Egito 20,9<br />

6º<br />

Emirados Árabes<br />

VOLU-<br />

ME<br />

208,4 14º Iraque 56,0 25º Barein 19,4<br />

7º Kuwait 163,6 16º Iêmen 51,4 26º Turquia 15,9<br />

12º Catar 64,8 17º Omã 50,4 30º Tadjiquistão 11,0<br />

REPRESENTIVIDADE DOS PAÍSES MUÇULMANOS<br />

No volume = 1,121 milhões/t = 30,75% do total<br />

Fonte: ABEF – Elaboração e análises: AVISITE / (1) Posição que ocupam entre os 30 maiores importadores;


Frango halal processado pela empresa Frangos Canção. O<br />

transporte deve ser exclusivo para este tipo de produto<br />

Para que a carne de frango a ser<br />

exportada receba a certificação halal<br />

é necessário que uma certificadora<br />

analise as etapas de produção e adapte<br />

o que for preciso. Essa certificação<br />

garante que o produto foi produzido<br />

dentro de rígidas normas de higiene,<br />

limpeza e qualidade, assim como as<br />

regras impostas pela religião.<br />

Algumas certificadoras fornecem<br />

toda a mão-de-obra necessária para o<br />

abate halal, além de inspecionar e<br />

supervisionar os serviços prestados,<br />

desde o abate, feito por degoladores<br />

muçulmanos até o transporte.<br />

A Cibal, Central Islâmica Brasileira<br />

de Alimentos, e o SIIL, Serviço de<br />

Inspeção Islâmica, atuam nesta área.<br />

A CIBAL conta com cerca de 320<br />

funcionários, responsáveis por grande<br />

parte do abate halal feito no Brasil.<br />

O SIIL é especializada na certificação<br />

de produtos industrializados.<br />

NORMAS A SEREM SEGUIDAS PARA O ABATE HALAL<br />

Aves devem estar saudáveis e vivas na degola;<br />

O abate deve ser efetuado por um sangrador muçulmano, seguindo<br />

os princípios islâmicos e as práticas que a religião impõe;<br />

O abate deve ser feito com um objeto afiado, cortando-se as<br />

jugulares e traquéia, ou seja, degolando o animal e causando sua<br />

morte de forma rápida e menos dolorosa, livrando-o do sofrimento<br />

desnecessário;<br />

O sangrador islâmico que realizar o abate deve pronunciar o nome<br />

de Deus durante o ato de abate, declarando permissão divina e<br />

purificando o processo;<br />

Deve-se esperar a morte completa do animal antes de começar<br />

qualquer outro processo (tempo ideal mínimo de três a quatro minutos)<br />

referente à sua preparação para limpeza, evisceração, etc.;<br />

O processo Halal deve ser totalmente separado de outros procedimento,<br />

desde o abate até o carregamento;<br />

O Supervisor Islâmico do processo de abate deve ser muçulmano<br />

praticante, agindo com comportamento de acordo com os princípios<br />

islâmicos;<br />

As instalações e equipamentos devem estar higienizados;<br />

Todos os produtos Halal devem ser identificados tanto nas embalagens<br />

secundárias como primárias, com o logotipo HALAL;<br />

O certificado Halal (resumo de todo o procedimento) é expedido,<br />

habilitando o consumo do produto para os muçulmanos.<br />

Fonte: CIBAL HALAL<br />

Produção Animal | Avicultura 21


exportação<br />

A certificação é o processo pelo qual uma parte credenciada visita um frigorífico ou planta industrial, acompanha,<br />

treina e avalia seu sistema de produção e emite um certificado para demonstrar que a mesma atende aos requisitos<br />

da norma halal.<br />

Após o recebimento do certificado, a empresa certificadora passa a visitar a organização regularmente para avaliar se<br />

o frigorífico continua a atender os requisitos da norma.<br />

O rótulo de um alimento halal<br />

deve conter o nome do produto, o<br />

número do SIF, o nome e endereço<br />

do fabricante, do importador e do<br />

distribuidor, a marca de fábrica, os<br />

ingredientes, o código numérico<br />

identificador de data, o carimbo ou a<br />

etiqueta para identificação halal e o<br />

país de origem. O preparo, processamento,<br />

acondicionamento, armazenamento<br />

e transporte devem ser<br />

exclusivos para este tipo de<br />

produtos.<br />

De acordo com informações divulgadas<br />

na imprensa, a Perdigão foi<br />

uma das pioneiras na exportação de<br />

O Brasil tem preferência entre os<br />

mercados muçulmanos? Por quê?<br />

O Brasil é um tradicional fornecedor dos<br />

mercados de religião muçulmana. Aliás,<br />

o primeiro embarque depois que as<br />

empresas se organizaram na ABEF, em<br />

1976, foi destinado ao Iraque. Ao longo<br />

deste tempo, os exportadores <strong>brasil</strong>eiros<br />

foram aprimorando cada vez mais as<br />

técnicas de abate halal, pré-condição<br />

para acessar esses mercados. O Oriente<br />

Médio importa 30% da carne de frango<br />

<strong>brasil</strong>eira exportada. Outros mercados<br />

muçulmanos como Malásia, Indonésia,<br />

Sudão e Argélia tendem a ser acessados<br />

nos próximos anos e aumentar a participação<br />

do mercado islâmico embarques.<br />

Como são as negociações com os<br />

países muçulmanos para a abertura<br />

de mercado? É um mercado<br />

exigente?<br />

22 Produção Animal | Avicultura<br />

O que é Certificação Halal?<br />

frango para o Oriente Médio. A primeira<br />

venda foi realizada para o<br />

Iraque em 1975. Atualmente, as marcas<br />

da Empresa - Halal, Borella, Unef<br />

e Alnoor - têm forte participação na<br />

região. As operações para esse mercado<br />

são realizadas através de um escritório<br />

em Dubai, nos Emirados<br />

Árabes Unidos, inaugurado em abril<br />

de 2002. A empresa realiza o abate<br />

halal nas unidades de Rio Verde, GO,<br />

Capinzal, SC, Carambeí, PR, Serafina<br />

Corrêa, RS, e Videira, SC. Nessas<br />

cinco plantas, o abate é acompanhado<br />

por um inspetor muçulmano<br />

praticante, que garante que o proces-<br />

As exigências de ordem sanitária são<br />

grandes e todas elas atreladas ao abate<br />

halal. Os requerimentos variam de país<br />

para país e são de grande complexidade<br />

e sofisticação. Exigem que as empresas<br />

so seja realizado de acordo com o<br />

que estabelece o Alcorão (a bíblia<br />

dos mulçumanos).<br />

A cooperativa Lar, de Medianeira,<br />

na região Oeste do Paraná tem nos<br />

Emirados Árabes Unidos um importante<br />

cliente. Já a Diplomata, de<br />

Cascavel, exporta para países árabes<br />

como Kuwait, Arábia Saudita, Iraque<br />

e, com destaque, para a Jordânia.<br />

Mais informações:<br />

CIBAL HALAL - Central Islâmica<br />

Brasileira de Alimentos Halal -<br />

www.cibalhalal.com.br/<br />

SILL – Serviço de Inspeção Islâmica<br />

www.islamichalal.com.br/<br />

Entrevista<br />

Para ABEF, outros mercados muçulmanos devem ser acessados<br />

Filão do mercado<br />

muçulmano é o<br />

frango inteiro.<br />

A preferência é pelo<br />

tipo griller. Entre os<br />

cortes, interesse<br />

é pelo peito<br />

façam uma série de investimentos<br />

específicos.<br />

A ABeF está em negociação com<br />

outros países muçulmanos?<br />

Sim. Dois grandes mercados em perspectiva<br />

são, por exemplo, Malásia e<br />

Indonésia. E estamos otimistas quanto à<br />

inclusão desses dois países entre os<br />

destinos da carne de frango <strong>brasil</strong>eira.<br />

Qual é o corte mais consumido pelos<br />

países muçulmanos? Os industrializados<br />

também têm papel de<br />

destaque?<br />

O filão deste mercado é o frango inteiro.<br />

A preferência é pelo tipo griller, que é<br />

mais leve, abatido mais precocemente<br />

que as aves destinadas ao mercado<br />

interno, com peso médio de 1kg, embora<br />

existam mais pesados um pouco. Há<br />

cortes de interesse também, como o<br />

peito.


Produção Animal | Avicultura 23


Postura em Foco<br />

Crescimento<br />

Segundo IBGE, produção <strong>brasil</strong>eira de<br />

ovos cresceu 5,3% em 2008<br />

Volume foi de 27,368 bilhões de unidades<br />

consolidação pelo IBGE dos<br />

A dados finais relativos a 2008<br />

indica que no ano passado a produção<br />

<strong>brasil</strong>eira de ovos aumentou<br />

5,3%, o que significou volume de<br />

2,281 bilhões de dúzias – 27,368<br />

bilhões de unidades.<br />

O número divulgado – alerta o<br />

IBGE – não corresponde à produção<br />

total do País, pois as informações<br />

levantadas provêm de estabelecimentos<br />

com plantel de, no mínimo, 10 mil<br />

galinhas poedeiras. Assim, a produção<br />

efetiva <strong>brasil</strong>eira é maior que a<br />

apontada.<br />

Essa constatação, naturalmente,<br />

aumenta ainda mais a diferença em<br />

24 Produção Animal | Avicultura<br />

relação aos números divulgados pelo<br />

próprio setor avícola (UBA), que aponta<br />

para 2008 uma produção da ordem<br />

de 22,453 bilhões de unidades.<br />

Note-se, entretanto, que os números<br />

da UBA referem-se a ovos de<br />

consumo, enquanto os do IBGE<br />

abrangem todos os ovos de galinhas<br />

poedeiras, o que inclui também os<br />

ovos férteis para a produção de matrizes<br />

e comerciais, de corte e de postura<br />

– que não são poucos. Assim, por<br />

exemplo, só a produção de pintos de<br />

corte (quase 5,5 bilhões de cabeças<br />

em 2008), implicou na produção de<br />

pelo menos 6,6 bilhões de ovos<br />

férteis.<br />

Distribuição da produção <strong>brasil</strong>eira de ovos<br />

Os mesmo dados do IBGE confirmam<br />

(como já é do conhecimento<br />

do próprio setor avícola) que mais<br />

da metade da produção <strong>brasil</strong>eira<br />

de ovos está concentrada na região<br />

sudeste do país, mais especificamente<br />

em São Paulo e Minas Gerais,<br />

estados que detêm, respectivamente,<br />

31,7% e 13,2% da produção<br />

nacional.<br />

Em segundo lugar aparece, em<br />

termos regionais, o Sul do país, com<br />

23% da produção <strong>brasil</strong>eira de<br />

ovos. É certo, no entanto, que significativa<br />

parte da produção sulina<br />

está representada por ovos férteis<br />

destinados à produção de pintos de<br />

corte, os quais representaram 55%<br />

do total produzido nacionalmente<br />

no ano passado.<br />

Em 2008, o Nordeste foi a terceira<br />

principal região produtora de<br />

ovos do país. Mas em níveis que<br />

continuam muito aquém da amplitude<br />

de sua população. Assim, embora<br />

detenha pouco mais de 28%<br />

da população <strong>brasil</strong>eira, o volume<br />

de ovos registrado no Nordeste<br />

correspondeu a apenas 13% da<br />

produção nacional.<br />

OVOS DE GALINHA *<br />

Distribuição estadual e<br />

regional da produção <strong>brasil</strong>eira<br />

2007 e 2008<br />

MILHÕES DE DÚZIAS<br />

UF 2007 2008 VAR.<br />

DISTRIBUIÇÃO POR UF<br />

PART.<br />

2008<br />

SP 706,517 723,893 2,5% 31,7%<br />

MG 283,908 302,026 6,4% 13,2%<br />

PR 205,776 213,405 3,7% 9,4%<br />

RS 162,984 178,940 9,8% 7,8%<br />

ES 122,582 135,299 10,4% 5,9%<br />

SC 127,225 132,833 4,4% 5,8%<br />

GO 99,650 115,540 15,9% 5,1%<br />

CE 88,506 97,039 9,6% 4,3%<br />

PE 91,660 96,361 5,1% 4,2%<br />

AM 48,754 51,524 5,7% 2,3%<br />

MT 39,499 42,667 8,0% 1,9%<br />

BA 29,016 31,322 7,9% 1,4%<br />

MS 27,391 28,072 2,5% 1,2%<br />

DF 30,358 26,434 -12,9% 1,2%<br />

AL 26,016 25,778 -0,9% 1,1%<br />

PB 18,618 18,536 -0,4% 0,8%<br />

SE 13,056 14,471 10,8% 0,6%<br />

RN 17,279 13,852 -19,8% 0,6%<br />

PA 10,555 12,596 19,3% 0,6%<br />

PI 5,909 6,861 16,1% 0,3%<br />

RJ 5,257 5,618 6,9% 0,2%<br />

RO 1,461 3,839 162,8% 0,2%<br />

RR 3,058 3,148 2,9% 0,1%<br />

AC 0,870 0,624 -28,3% 0,0%<br />

DISTRIBUIÇÃO POR REGIÃO<br />

SE 1.118,264 1.166,836 4,34% 51,2%<br />

S 495,985 525,178 5,89% 23,0%<br />

NE 290,060 304,220 4,88% 13,3%<br />

CO 196,898 212,713 8,03% 9,3%<br />

N 64,698 71,731 10,87% 3,1%<br />

TOTAL NACIONAL<br />

2.165,905 2.280,678 5,3% 100,0%<br />

Fonte: IBGE – Elaboração e análises: AVISITE * Inclui<br />

ovos de incubação Produção levantada junto a<br />

estabelecimentos com plantel de, no mínimo, 10 mil<br />

poedeiras.


Redução<br />

Número de estabelecimentos<br />

produtores de ovos apresenta queda<br />

Se comparada a 95/96, avicultura de postura caiu cerca de 25%<br />

Os resultados do último levantamento<br />

censitário de Unidades<br />

de Produção Agrícola (UPAs) realizado<br />

pela Secretaria da Agricultura do<br />

Estado de São Paulo apontam, em<br />

relação ao censo anterior, um crescimento<br />

de quase 7% no número de<br />

estabelecimentos dedicados à avicultura<br />

de corte. Já na avicultura de<br />

postura houve uma redução de quase<br />

25% em comparação ao censo de<br />

95/96.<br />

A despeito dessa redução, o<br />

plantel de poedeiras aumentou quase<br />

16%. Porém, na avicultura de corte a<br />

expansão foi mais expressiva, de 41%.<br />

Evento<br />

Sindicato Rural de Bastos<br />

O promove entre os dias 17 e 19<br />

de julho a 50ª edição da Festa do<br />

Ovo, que acontece no Recinto de<br />

Exposições Kisuke Watanabe. Não<br />

é à toa que o evento ocorre nessa<br />

cidade. Bastos é responsável pela<br />

produção de 11.906.869 ovos por<br />

dia ou de 33.074 caixas de 30<br />

dúzias.<br />

Nesta edição, a Jornada Técnica<br />

deve discutir o mercado de grãos,<br />

as boas práticas de produção, tal<br />

como a difusão de informações<br />

para viabilizar a exportação de ovos<br />

e o aumento do consumo do produto.<br />

Segundo o coordenador da<br />

Jornada Técnica, José Roberto Bottura,<br />

dois palestrantes que participam<br />

do Seminário do Agronegócio<br />

para Exportação (AgroEx), promovido<br />

pelo Ministério da Agricultura,<br />

SÃO PAULO<br />

Levantamento censitário<br />

Evolução do número de estabelecimentos<br />

avícolas e do plantel de corte e postura<br />

1995/1996 2007/2008 VAR. %<br />

Nº DE UPAs<br />

(milhares)<br />

CORTE 13,281 14,202 6,93%<br />

POSTURA 19,439 14,613 -24,83%<br />

PLANTEL<br />

(milhões de cabeças)<br />

CORTE* 410,6 580,5 41,38%<br />

POSTURA 40,1 46,5 15,96%<br />

* Número de cabeças anuais<br />

Festa do Ovo de Bastos completa 50 anos<br />

Jornada técnica terá apresentação voltada à exportação<br />

Pecuária e Abastecimento (Mapa),<br />

já confirmaram presença entre os<br />

palestrantes do encontro. “Não<br />

vamos trazer todos os palestrantes<br />

do AgroEx, pois não temos espaço<br />

para todo o evento e a estrutura é<br />

muito cara. Mas, de toda forma,<br />

vamos levar os dois palestrantes e<br />

se o retorno por parte dos participantes<br />

for positivo, me atrevo a<br />

solicitar ao MAPA a realização de<br />

um AgroEx em Bastos”, afirma o<br />

Coordenador.<br />

Recentemente, durante o 21º<br />

Congresso Brasileiro de Avicultura e<br />

27ª Conferência FACTA (dias 25 a<br />

28 de maio, Porto Alegre, RS), foi<br />

realizado um AgroEx Ovos.<br />

Para mais informações, acesse o<br />

site www.bastos.sp.gov.br/festa_<br />

do_ovo.php ou ligue para (14)<br />

3478-9800.<br />

Produção Animal | Avicultura 25


Ciência Avícola<br />

Prevenção<br />

Pesquisas evidenciam vantagens da carne<br />

de frango para a saúde<br />

Estudos foram conduzidos por Royal Victorian Eye and Ear Hospital (RVEEH), Centre<br />

for Eye Research Austrália (CERA) e Universidade de Hiroshima<br />

literatura científica tem sido pródi-<br />

A ga em demonstrar que elementos<br />

presentes no ovo contribuem para a<br />

prevenção da chamada “degeneração<br />

macular relacionada à idade” (DMRI),<br />

uma das principais causas de cegueira<br />

em indivíduos com mais de 50 anos de<br />

idade. O que não se sabia é que também<br />

a carne de frango desempenha<br />

idêntico papel.<br />

Foi detectada forte<br />

associação entre<br />

consumo de carne<br />

vermelha e aumento do<br />

risco de ocorrência<br />

precoce<br />

da DMRI<br />

De acordo com matéria divulgada<br />

pela Federação Australiana de Produtores<br />

de Frango (ACMF), um artigo publicado<br />

no American Journal of Epidemiology<br />

(http://aje.oxfordjournals.org/) por<br />

pesquisadores do Royal Victorian Eye<br />

and Ear Hospital (RVEEH) e do Centre for<br />

Eye Research Austrália (CERA) relata a<br />

redução do risco de ocorrência da DMRI<br />

em pessoas que consomem carne de<br />

frango mais de 3,5 vezes por semana.<br />

De acordo com a ACMF, o estudo também<br />

detectou forte associação entre o<br />

consumo de carne vermelha e o aumento<br />

do risco de ocorrência precoce da<br />

DMRI.<br />

Em nota divulgada à imprensa, o<br />

RVEEH afirma que “esta é a primeira<br />

pesquisa realizada no mundo que levanta<br />

a possível relação entre o consumo de<br />

carnes e a ocorrência da degeneração<br />

macular relacionada à idade”. O estudo<br />

acompanhou a dieta de 6.734 pessoas<br />

de Melbourne (Austrália) com idade<br />

entre 58 e 69 anos. A nota também<br />

26 Produção Animal | Avicultura<br />

aponta que a DMRI é a principal causa<br />

de cegueira no país, estimando-se que<br />

uma a cada sete pessoas com mais de<br />

50 anos de idade é afetada pelo<br />

problema.<br />

Falando sobre os resultados obtidos<br />

com a pesquisa, o Dr. Andréas Dubs,<br />

Diretor Executivo da ACMF, observa que<br />

eles ajudam a demonstrar ainda mais os<br />

benefícios nutricionais proporcionados<br />

pelo consumo da carne de frango.<br />

Lembrando, a propósito, que o alimento<br />

é reconhecido, principalmente,<br />

pelo baixo teor de gordura. Dubs observa<br />

que ele também se destaca pela<br />

relação (“extremamente favorável”)<br />

entre as gorduras saturadas e insaturadas.<br />

“Cem gramas de peito de frango<br />

contém não mais que 0,3 gramas de<br />

gorduras saturadas”, ressalta, completando<br />

que, além disso, a carne de frango<br />

contém uma ampla gama de vitaminas<br />

e minerais, bem como “todos os<br />

nove aminoácidos essenciais ao organismo”<br />

(histidina, isoleucina, leucina, lisina,<br />

metionina, fenilalanina, treonina, triptofano<br />

e valina). Daí sua conclusão de que<br />

ela “contém um pacote nutricional completo,<br />

a preços extremamente<br />

acessíveis”.<br />

Alimento também pode reduzir<br />

pressão sanguínea<br />

Em outubro de 2008, o Journal of<br />

Agriculture and Food Chemistry publicou<br />

os resultados de uma pesquisa que<br />

afirmava que a carne de frango contribui<br />

para a redução da pressão arterial.<br />

No estudo, pesquisadores da Universidade<br />

de Hiroshima, no Japão, revelaram<br />

que o colágeno extraído da perna das<br />

aves contém o mesmo princípio ativo<br />

encontrado no ovo. Por inibir a angiotensina<br />

I, esse componente reduz a<br />

pressão sanguínea.<br />

Falando sobre sua descoberta, os<br />

pesquisadores observaram que o colá-<br />

Para Andréas Dubs, pesquisa demonstra<br />

ainda mais os benefícios nutricionais da<br />

carne de frango<br />

geno hidrolisado do frango utilizado no<br />

estudo não só está facilmente disponível,<br />

como também pode ser facilmente<br />

incorporado a uma dieta diária. “É importante<br />

prevenir a hipertensão, mal<br />

Colágeno hidrolisado do<br />

frango não<br />

só está<br />

facilmente<br />

disponível, como<br />

também pode ser<br />

incorporado a uma<br />

dieta diária<br />

relacionada ao atual estilo de viver,<br />

cuidado que deve ser mantido durante<br />

toda a vida do indivíduo. Incorporandose<br />

esse colágeno às refeições diárias, é<br />

possível obter a normalização da pressão<br />

sanguínea sem comprometer a<br />

qualidade de vida do indivíduo”, afirmam<br />

os pesquisadores.<br />

Mais informações: http://pubs.acs.<br />

org/journal/jafcau?cookieSet=1


Micoplasmas<br />

Pesquisadores desenvolvem teste<br />

Universidade da Geórgia anuncia teste de diagnóstico específico<br />

Em projeto que mereceu apoio financeiro<br />

da USPoultry – como é<br />

hoje identificada a U.S. Poultry & Egg<br />

Association, mais conhecida entre nós<br />

pela realização anual da Feira de Atlanta<br />

– pesquisadores da Universidade da<br />

Geórgia (EUA) desenvolveram um teste<br />

de diagnóstico específico para os quatro<br />

principais micoplasmas aviários<br />

considerados patogênicos e com grandes<br />

implicações na produção ou, mesmo,<br />

no comércio internacional - Myco-<br />

plasma gallisepticum (MG),<br />

Mycoplasma synoviae (MS), Mycoplasma<br />

meleagridis (MM) e Mycoplasma<br />

iowae (MI).<br />

Mais informações: www.poultryegg.org/mediacenter/pr_view.cfm?id=61<br />

Influenza Aviária<br />

Vírus pode sobreviver 600 dias<br />

Surtos ocorridos há pelo menos 18 meses podem não ter sido controlados<br />

Pesquisas desenvolvidas no campus<br />

de Lincoln da Universidade de Nebraska<br />

(EUA) revelam que o vírus da<br />

Influenza Aviária pode permanecer vivo<br />

e ativo por pelo menos 600 dias. A<br />

descoberta põe por terra o entendimento<br />

corrente de que, detectado um surto<br />

de Influenza Aviária, seria suficiente –<br />

em relação às aves infectadas – matá-las<br />

Influenza Aviária II<br />

Nariz humano é “uma fria”<br />

Pesquisa avaliou grau de transmissibilidade das diversas cepas para o homem<br />

Multiplicação do<br />

vírus nas aves ocorre no<br />

intestino, cuja<br />

temperatura é<br />

superior a 40ºC<br />

Pesquisa realizada não<br />

envolveu o temido H5N1,<br />

mas o subtipo H6N2, que<br />

em 2002 afetou diversos<br />

estados norte-americanos<br />

São mínimas as chances de replicação,<br />

no homem, do vírus da Influenza<br />

Aviária, porque é muito baixa a temperatura<br />

interna do nariz humano. O<br />

que significa dizer, também, que a possibilidade<br />

de ocorrer uma pandemia a<br />

partir do vírus da Influenza Aviária não é<br />

tão simples como até aqui se alardeou.<br />

As conclusões são de pesquisadores<br />

britânicos e norte-americanos (do Colégio<br />

Imperial de Londres e da Universidade<br />

da Carolina do Norte), que desenvolveram<br />

trabalho conjunto objetivando<br />

avaliar o grau de transmissibilidade dos<br />

diversos vírus da Influenza Aviária para o<br />

homem. Sabe-se, a propósito, que entre<br />

os 16 subtipos aviários existentes, alguns<br />

deles podem, eventualmente, sofrer<br />

mutações capazes de infectar o homem<br />

e enterrá-las. É preciso bem mais, aponta<br />

a pesquisa. O que também significa<br />

dizer que vírus decorrentes de surtos<br />

ocorridos há pelo menos 18 ou mais<br />

meses podem não ter sido inteiramente<br />

controlados, como se pensa: continuam<br />

a disseminar a doença, mantendo latente<br />

o risco de surgimento de uma<br />

pandemia.<br />

e causar problemas como leves<br />

conjuntivites.<br />

A pesquisa realizada demonstrou<br />

que os vírus comuns da Influenza Aviária<br />

não se disseminam (para outros seres<br />

humanos) a partir de células com 32ºC,<br />

a temperatura interna do nariz humano.<br />

A possível explicação é a de que a multiplicação<br />

do vírus nas aves ocorre no<br />

intestino, cuja temperatura é superior a<br />

40ºC. Como o primeiro lugar de infecção<br />

humana é, normalmente, o nariz,<br />

um vírus aviário que infecte o homem<br />

terá poucas probabilidades de se desenvolver<br />

e se multiplicar.<br />

Mais informações:<br />

www.plospathogens.org/article/<br />

info%3Adoi%2F10.1371%2 Fjournal.<br />

ppat.1000424<br />

Produção Animal | Avicultura 27


Ciência Avícola<br />

Energia renovável reduz g<br />

Sistema é composto por biodigestor que utiliza cama de fr<br />

O biodigestor utiliza<br />

a cama de frango como fonte geradora e<br />

é capaz de amortizar pelo menos 40% dos<br />

gastos com energia elétrica nos aviários<br />

avicultura <strong>brasil</strong>eira já pode con-<br />

A tar com mais um auxílio para a<br />

redução de gastos. Um biodigestor desenvolvido<br />

pela empresa Recolast, de<br />

São Paulo, utiliza a cama de frango<br />

como fonte geradora e é capaz de<br />

amortizar pelo menos 40% dos gastos<br />

com energia elétrica nos aviários.<br />

O sistema também apresenta vantagens<br />

para o meio ambiente, já que<br />

reduz a emissão do gás causador do<br />

efeito estufa, o metano. “No manejo<br />

ambiental dos resíduos animais não<br />

há milagres, mas sim possibilidades. O<br />

biodigestor é uma delas”, diz Julio Cesar<br />

P. Palhares, pesquisador da Embrapa<br />

Suínos e Aves.<br />

Segundo Palhares, além de ser uma<br />

tecnologia que produz energia, o biodigestor<br />

tem como sub-produto o biofertilizante,<br />

insumo de validada capacidade<br />

nutritiva para as culturas<br />

vegetais e ainda reduz a emissão de<br />

28 Produção Animal | Avicultura<br />

odores e proliferação de moscas, devido<br />

ao manejo com a cama.<br />

Por enquanto, apenas um produtor<br />

aderiu ao sistema da Recolast no Brasil:<br />

Raimundo Alves Ferreira, avicultor<br />

há oito anos em Palmeiras do Tocantins,<br />

TO. Ele também utiliza o biofertilizante<br />

como adubo para suas áreas de<br />

grãos e pastagens, o que reduziu seu<br />

custo com a compra de adubo químico.<br />

“Essa é uma experiência de sucesso<br />

no uso de biodigestores para o tratamento<br />

da cama, resultado de mais de<br />

um ano de trabalho árduo para a adaptação<br />

da tecnologia às condições do<br />

avicultor e assistência constante da<br />

equipe do SEBRAE da região”, explica<br />

Palhares.<br />

O sistema utilizado no Tocantins<br />

foi desenvolvido com o apoio da Empresa<br />

Brasileira de Pesquisa Agropecuária<br />

(Embrapa) e das missões técnicas<br />

do SEBRAE.<br />

Segundo Rafael Padeiro Catarino,<br />

biólogo e Coordenador de Projetos da<br />

Recolast, o estudo desse sistema durou<br />

cerca de um ano e meio, quando foi<br />

possível obter a produção de metano<br />

em concentrações satisfatórias. “Nosso<br />

primeiro projeto com cama de frango<br />

foi implantado em 2007. Essa técnica,<br />

nessa nova escala e com esses<br />

resultados obtidos é nova na avicultura”,<br />

afirma.<br />

Em uma granja com 20.000 aves, o<br />

investimento integral do sistema é de<br />

cerca de R$40.000 e para obter o “pay<br />

back”, o produtor precisa em média de<br />

15 meses. Para facilitar o processo de<br />

instalação, o biodigestor é pré-fabricado<br />

em uma única peça. “Com este modelo<br />

conseguimos reduzir em até um<br />

terço o tempo e o custo de instalação”,<br />

diz Rafael Catarino.<br />

Mais informações:<br />

http://www.recolast.com.br/


astos na produção de aves<br />

ango como fonte de energia<br />

FUNCIONAMENTO DO<br />

BIODIGESTOR<br />

O biodigestor é uma câmara de fermentação que funciona<br />

em condições de anaerobiose ou ausência de<br />

oxigênio. A cama deve ser diluída para ser colocada<br />

no biodigestor. Esta diluição pode ser feita com água<br />

ou com um efluente de outra atividade. Estudos do<br />

Departamento de Engenharia Rural da UNESP de<br />

Jaboticabal, a instituição que detém o maior conhecimento<br />

na biodigestão de cama de aviário no país,<br />

recomendam que esta diluição deve ser de 8% de<br />

matéria seca. A biodigestão insere várias fases, sendo<br />

que a produção de biogás é produto da última fase<br />

do processo denominada matenogênese. O biogás é<br />

constituído em sua maior parte de metano e gás carbônico.<br />

Júlio César Palhares:<br />

Possibilidade de<br />

geração de energia,<br />

seja na forma térmica<br />

no aquecimento dos<br />

animais, ou elétrica a<br />

partir do uso de um<br />

transformador<br />

Fonte: Júlio César P. Palhares<br />

Para pesquisador, uso de biodigestores pode ser tendência na avicultura<br />

Vantagens para a<br />

avicultura<br />

A maior vantagem<br />

para avicultura é a possibilidade<br />

de geração<br />

de energia, seja na forma<br />

térmica no aquecimento<br />

dos animais, ou<br />

elétrica a partir do uso<br />

de um transformador.<br />

Desta forma, as opções<br />

de uso energético<br />

aumentam.<br />

Sempre é bom ressaltar<br />

que o biodigestor<br />

é uma tecnologia e<br />

por isso deve ser realizado<br />

um estudo do<br />

perfil econômico, ambiental,<br />

social e produtivo<br />

do produtor e da<br />

propriedade a fim de<br />

avaliar se esta é a melhor<br />

tecnologia para a<br />

sua condição.<br />

Sistema desenvolvido pela Recolast<br />

Funcionamento dos<br />

biodigestores<br />

O funcionamento de um biodigestor<br />

é algo complexo que envolve as<br />

disciplinas de química, física, microbiologia,<br />

economia, engenharia elétrica,<br />

entre outras. Portanto, não é uma<br />

tecnologia que pode ser manejada por<br />

uma pessoa sem capacitação. Se o produtor<br />

não for capacitado e assistido no<br />

manejo da tecnologia, o risco de o biodigestor<br />

não atender as expectativas<br />

será muito elevado.<br />

Custo X benefício para implantação<br />

da tecnologia<br />

Custos sempre serão dependentes<br />

de condições produtivas e regionais.<br />

De maneira geral, podemos dizer que<br />

o investimento inicial é considerável,<br />

mas vários estudos mostram que este<br />

pode ser recuperado no médio prazo<br />

desde que o biogás seja aproveitado<br />

como fonte de energia e o biofertilizante<br />

substitua a compra de fertilizan-<br />

tes químicos. Este custo também pode<br />

ser abatido pela venda de créditos de<br />

carbono, mas neste caso os investimentos<br />

iniciais são bem maiores.<br />

Tendências<br />

A avicultura ainda não sofre uma<br />

pressão ambiental como a suinocultura.<br />

Mas, certamente, esta pressão vai<br />

aumentar nos próximos anos, por<br />

questões governamentais e exigência<br />

dos mercados internos e externos. A<br />

tendência é que a avicultura se adéqüe<br />

as leis e preceitos ambientais e para<br />

isso vai ter que dispor de sistemas de<br />

tratamento para resíduos. O biodigestor<br />

é uma das opções.<br />

Por enquanto, só conheço um biodigestor<br />

no país funcionando em escala<br />

comercial. Vale dizer que essa situação<br />

não é resultado de uma carência<br />

de pesquisas na área. A tecnologia está<br />

validada para o uso com cama de aviário,<br />

necessitando somente dos ajustes<br />

inerentes a cada condição produtiva.<br />

Produção Animal | Avicultura 29


Manejo<br />

30 Produção Animal | Avicultura<br />

A Tecnologia Dark House<br />

e suas características<br />

Sistema foi tema de palestra apresentada<br />

durante o X Simpósio Brasil Sul de Avicultura


Buscando obter melhores desempenhos<br />

zootécnicos, a avicultura<br />

norte-americana começou a empregar<br />

cortinado preto em aviários na<br />

década de 80. O objetivo era diminuir<br />

a atividade das aves como forma<br />

de obter ganho de peso. A idéia deu<br />

certo e atualmente, nos Estados Unidos,<br />

mais de 75% dos aviários já utilizam<br />

esta tecnologia, conhecida<br />

como Dark House.<br />

Tecnologia consiste<br />

em utilizar<br />

luminosidade<br />

e temperaturas<br />

controladas.<br />

Principal vantagem<br />

é melhor conversão<br />

alimentar<br />

No Brasil, este sistema de pressão negativa<br />

ainda não é tão difundido,<br />

com exceção de algumas regiões no<br />

Sul do país. A Globoaves adotou a<br />

tecnologia em 2004, e desde então,<br />

mais de 144 milhões de aves foram<br />

criadas em aviários Dark House e<br />

abatidas.<br />

Bernardo Bocchese Gallo, Gerente<br />

Corporativo de fomento da Globoaves,<br />

participou do X Simpósio Brasil<br />

Sul de Avicultura (Chapecó, Santa<br />

Catarina, 31 de março a 02 de abril)<br />

e apresentou os resultados alcançados<br />

pela empresa. “Temos uma melhora<br />

de conversão alimentar de<br />

aproximadamente 50 gramas por<br />

frango em relação a aviários climatizados<br />

de pressão negativa sem<br />

escurecimento”.<br />

A tecnologia consiste em utilizar luminosidade<br />

e temperaturas controladas.<br />

Com isso, a secreção de melatonina<br />

cresce, a atividade motora e o<br />

gasto de energia diminuem e o sistema<br />

imunológico é estimulado. Com<br />

frangos mais calmos, é possível alo-<br />

jar mais aves por m 2 de galpão. Outra<br />

vantagem é um carregamento com<br />

mais eficiência e menores danos, já<br />

que é possível que as aves sejam apanhadas<br />

praticamente no escuro, não<br />

causando amontoamento, arranhões<br />

e mortalidade.<br />

Os sistemas de pressão negativa para<br />

aviários já são conhecidos na avicultura<br />

<strong>brasil</strong>eira, porém são poucos<br />

usados. O principal conceito é isolar<br />

as condições ambientais externas<br />

desfavoráveis e proporcionar um melhor<br />

controle do ambiente interno<br />

por meio de uma exaustão controlada<br />

do ar, através dos equipamentos<br />

posicionados em uma das extremidades<br />

do aviário. A entrada do ar<br />

pela outra extremidade do galpão<br />

passa por um sistema simples de refrigeração<br />

por proces so evaporativo.<br />

Na pressão negativa é possível alterar<br />

a velocidade do ar de acordo com a<br />

PROGRAMA DE LUZ DA GLOBOAVES<br />

MACHO<br />

necessidade de cada idade de vida<br />

das aves.<br />

Ao trazer a tecnologia para o Brasil, a<br />

Globoaves fez algumas adaptações,<br />

uma vez que o país tem diferentes<br />

condições climáticas e de mão-deobra.<br />

A principal modificação aconteceu<br />

no que se refere ao sistema de<br />

resfriamento. Bocchese Gallo explica:<br />

“Para resolver esta questão, instalamos<br />

nebulizadores internos. Os<br />

norte-americanos utilizam placas<br />

evaporativas, sem nebulização interna.<br />

Dessa forma, tínhamos alta mortalidade<br />

das aves no final do galpão<br />

pelo excessivo calor. O uso de ‘light<br />

traps’ também não funcionou, pois<br />

causava restrição na saída de ar. Instalamos<br />

os exaustores lateralmente e<br />

temos uma área muito pequena de<br />

entrada de luminosidade”.<br />

O gerente acredita que, apesar dos<br />

bons resultados, a tecnologia Dark<br />

House ainda não é tão utilizada devido<br />

ao alto custo de instalação no<br />

passado, que não ocorre mais.<br />

“Atualmente, muitas tecnologias utilizadas<br />

no sistema Dark House já são<br />

produzidas no Brasil e as que devem<br />

ser importadas, são viáveis. Muitos<br />

conceitos da tecnologia para escurecimento<br />

do aviário já têm sistema alternativo,<br />

com menor custo e mesma<br />

eficiência. Os cálculos de viabilidade<br />

da implementação do sistema e seu<br />

‘pay-back’, que é extremamente rápido,<br />

também são desconhecidos por<br />

muitos”, afirma.<br />

Idade Período de luz Intensidade<br />

0 - 05 dias 23h 25 lux<br />

06 - 21 dias 12h 3 lux<br />

22 - 35 dias 18h 3 lux<br />

36 - Abate 20h 3 lux<br />

FÊMEA<br />

Idade Período de luz Intensidade<br />

0 - 07 dias 23h 25 lux<br />

08 - 21 dias 16h 3 lux<br />

22 - 35 dias 18h 3 lux<br />

36 - 42 dias 20h 3 lux<br />

Produção Animal | Avicultura 31


Manejo<br />

Custos de instalação do aviário Dark House<br />

32 Produção Animal | Avicultura<br />

AVIÁRIO DE 2.100 M²<br />

Aves alojadas 31.500 (15 aves/ m²)<br />

Aves abatidas 29.925<br />

Custo Dark House<br />

Cortina preta prata: R$ 2,50/m²<br />

Dimmer: R$ 600,00<br />

Cooling de tijolos: R$ 50,00/m²<br />

R$ 288.000,00<br />

Custo Climatizado R$ 278.000,00<br />

Diferença de remuneração do Dark House R$ 0,05 a mais por ave<br />

Pay back 9 lotes<br />

Ganho adicional após o pay back R$ 1.496,25 / lote<br />

Aviário Dark House: Maior ganho de peso e aves mais calmas<br />

Fonte: Bernardo Bocchese Gallo


CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DARK HOUSE<br />

Devem ser usadas lâmpadas incandescentes de 60 watts, pois permitem a regulagem da intensidade<br />

de luz. Devem ser colocadas em linha reta na proporção de uma para cada cinco metros de largura<br />

e seis de comprimento do aviário ou uma a cada 30m 2 ;<br />

É importante que existam chaves individuais a cada três lâmpadas para que o sistema se torne<br />

mais econômico até que toda área do galpão esteja disponível para as aves;<br />

Um dimmer com potenciômetro que permita a regulagem da intensidade luminosa deve ser instalado<br />

juntamente com o equipamento rampa de retardo, que permite regular o tempo para que seja<br />

atingida a intensidade desejada. Desta forma, evita-se um choque de luminosidade sobre as aves;<br />

Fornecer bloco único de escuro, para evitar que as aves se arranhem quando as luzes são acesas.<br />

Simular o clarear do dia natural no mesmo horário diariamente;<br />

Aviários que não possuem armadilhas de luz nas saídas de ar, nunca se deve trocar o dia pela noite.<br />

Caso contrário, como não existe barreira à entrada de luz nas saídas de ar, haverá período contínuo<br />

de iluminação. O uso das armadilhas de luz deve ser bem estudado, pois se não forem mensurados<br />

adequadamente ao número de exaustores, estas causarão restrição à velocidade de ar e o controle<br />

da ambiência será prejudicado. A melhor alternativa é que sejam instalados exaustores lateralmente<br />

no galpão, restringindo assim, a área que a luminosidade consegue atingir;<br />

É importante fazer uso de pelo menos três divisórias no galpão. Pois evitam a migração das aves<br />

em função da luminosidade e da procura por melhor ambiência, causando má distribuição dos animais<br />

e perda de desempenho;<br />

A utilização de gerador, corretamente dimensionado nos galpões Dark House é fundamental;<br />

É importante que a intensidade de luz seja bem baixa e trabalhada corretamente;<br />

Muitas tecnologias<br />

utilizadas no<br />

sistema Dark House<br />

já são produzidas<br />

no Brasil e as<br />

que devem ser<br />

importadas, são<br />

viáveis<br />

Uma boa alternativa para medir a luminosidade do galpão é através do feixe de luz produzido<br />

pela lâmpada, que deve ser bem fraco. Quando entramos em galpão com iluminação de três lux, por<br />

exemplo, não conseguiremos enxergar por pelo menos um minuto. Após este tempo é possível perceber<br />

a presença de luz e a movimentação das aves nos comedouros e bebedouros.<br />

Produção Animal | Avicultura 33


Associações<br />

Oeste do Paraná<br />

Aaviopar alerta para dificuldades<br />

enfrentadas por avicultores da região<br />

Luiz Ari Bernartt, Presidente da<br />

Associação dos Avicultores do<br />

Oeste do Paraná (Aaviopar) faz um<br />

alerta: os avicultores da região, que<br />

já encontravam problemas para<br />

permanecer na atividade, enfrentam<br />

agora um agravante. Os intervalos<br />

entre lotes que variavam de 10 a 12<br />

dias, agora são de 25 a 35 dias.<br />

“Em abril, a avicultura <strong>brasil</strong>eira<br />

teve um aumento na receita de<br />

12%, e chegou a 308.227 mil toneladas<br />

exportadas. Isso é bom para<br />

as agroindústrias. Entretanto, se<br />

esquecem do principal setor da<br />

cadeia produtiva: o avicultor. Aquele<br />

que recebe o pintainho, faz a<br />

criação por 45 dias e o entrega para<br />

a indústria pronto para o abate”,<br />

diz.<br />

Segundo o Presidente, os avicultores<br />

paranaenses não só estão<br />

sofrendo para sobreviver na atividade,<br />

como muitos preferem fechar<br />

suas granjas a continuar produzindo<br />

Associação dos Avicultores de<br />

A Minas Gerais (Avimig) apresenta<br />

nos dias 01 e 02 de julho o Avicultor<br />

2009 com o objetivo de desenvolver<br />

o segmento através de<br />

palestras técnicas e negócio.<br />

O evento oferece aos participantes<br />

a Feira Avícola de Minas Gerais, a<br />

Convenção Mineira de Avicultura,<br />

coquetéis de confraternização, além<br />

da apresentação e premiação de<br />

trabalhos científicos inéditos, possibilitando<br />

assim, o contato direto<br />

entre técnicos, fornecedores e<br />

avicultores.<br />

O encontro é voltado aos estudantes,<br />

associados, avicultores,<br />

políticos, profissionais do agronegó-<br />

34 Produção Animal | Avicultura<br />

no prejuízo. Ele completa:<br />

“Existem casos de atraso<br />

de pagamentos por parte<br />

da agroindústria de até 40<br />

dias. Isso acarreta um<br />

grave problema ao avicultor,<br />

que necessita desse<br />

pagamento para honrar<br />

custos como energia elétrica,<br />

calefação, mão-deobra<br />

e outros. Muitos<br />

produtores já têm seus<br />

nomes inscritos no Serasa<br />

e SPC”.<br />

Para complicar ainda<br />

mais, as instituições financeiras<br />

não estão prorrogando<br />

ou alongando as<br />

dívidas do avicultor. “É<br />

certo que a maioria não<br />

conseguirá sanar sua<br />

dívida, principalmente<br />

aquele que tem como<br />

atividade principal a produção<br />

de frango”.<br />

cio avícola e aos demais interessados<br />

na área.<br />

O Avicultor 2009 é gratuito e<br />

acontece na sede da associação: Rua<br />

Pitangui, 1904, Belo Horizonte, MG.<br />

Para mais informações ligue (31)<br />

3482-6403 ou acesse o site www.<br />

avimig.com.br.<br />

Luiz Ari Bernartt, Presidente da Aaviopar<br />

Minas Gerais<br />

Avimig promove o Avicultor 2009<br />

Avicultor<br />

2009


Goiás<br />

AGA pretende colocar avicultura goiana<br />

no cenário internacional<br />

Diretoria da AGA se reúne para discutir o Projeto GRITTA<br />

Na primeira semana de dezembro<br />

do ano passado, a diretoria da<br />

Associação Goiana de Avicultura<br />

(AGA) se reuniu para dar início ao<br />

Grupo de Inovação Tecnológica e<br />

Treinamento da AGA (GRITTA), oficializado<br />

no mesmo dia, no Jantar do<br />

Galo Goiano.<br />

O projeto tem como objetivo<br />

formar uma base de sustentação<br />

técnica para formação de recursos<br />

humanos, colocando assim a avicultura<br />

goiana no cenário internacional.<br />

Para isto, o curso será dividido em<br />

cinco módulos: frigorífico, poedeiras,<br />

frango de corte, fábrica de ração e<br />

matrizes. “A AGA entende que a<br />

formação de recursos humanos<br />

qualificados é uma missão nobre e<br />

deve ser encarada de maneira responsável<br />

por todo o segmento avícola”,<br />

afirma o coordenador do projeto<br />

e membro da diretoria da associação,<br />

Antonio Geraldo da Silva.<br />

Segundo ele, o projeto piloto<br />

deve capacitar a mão-de-obra de<br />

universitários que pretendem ingressar<br />

na avicultura e, posteriormente,<br />

de veterinários, agrônomos, zootecnistas,<br />

entre outros profissionais da<br />

área. “Com o convênio que fizemos<br />

com as universidades, podemos<br />

começar a selecionar alguns alunos<br />

para participar do curso de aperfeiçoamento”.<br />

O coordenador do projeto<br />

completa que o GRITTA começará<br />

focando apenas Goiânia, já que<br />

possui dificuldades de deslocamento<br />

durante essa fase do projeto piloto,<br />

mas afirma que mais tarde o curso<br />

irá se estender para todo o estado.<br />

O GRITTA é formado por voluntários<br />

da AGA e empresas participantes,<br />

como Granja Loyola, Perdigão,<br />

Pif Paf, Sadia e Super Frango, coordenadas<br />

pela associação. O projeto<br />

conta ainda com a participação da<br />

Universidade Federal de Goiás (UFG)<br />

e da Universidade Católica de Goiás<br />

(UCG).<br />

7ª edição da Omeleteria aconteceu durante a 64ª Exposição<br />

Agropecuária do Estado de Goiás<br />

A primeira etapa dos trabalhos<br />

iniciou com a reunião na sede da<br />

associação em janeiro de 2009 e<br />

segue durante o ano com calendário<br />

pré-determinado e encontro bimestral.<br />

“Um plano piloto está sendo<br />

elaborado para iniciar no segundo<br />

semestre de 2009”, diz Antonio<br />

Geraldo da Silva.<br />

Com Omeleteria, AGA<br />

divulga benefícios do<br />

frango e do ovo<br />

A Associação Goiana de Avicultura<br />

(AGA) promoveu mais uma vez<br />

a Omeleteria com Frango da AGA.<br />

Esta foi a 7ª edição do evento, que<br />

aconteceu durante a 64ª Exposição<br />

Agropecuária do Estado de Goiás, de<br />

15 a 31 de maio de 2009.<br />

O objetivo da Omeleteria é a<br />

divulgação dos produtos avícolas<br />

como alimentos saudáveis, nutritivos<br />

e baratos.<br />

A exposição agropecuária de<br />

Goiânia é a maior festa popular do<br />

Estado e significa uma oportunidade<br />

ímpar para a AGA se posicionar e<br />

promover os produtos junto à população.<br />

A programação da 64ª Exposição<br />

foi voltada às famílias e à realização<br />

de negócios, contando com<br />

shows de cantores de repercussão<br />

nacional.<br />

Produção Animal | Avicultura 35


Estatísticas e Preços<br />

Produção e mercado em resumo<br />

Controle da produção – do frango, mas também do ovo – deve<br />

ser mantido<br />

A<br />

palavra de ordem dada na<br />

edição anterior, nesta mesma<br />

seção, está mantida: a contenção<br />

(de produção) precisa continuar.<br />

E não apenas na avicultura de corte,<br />

mas também no setor de postura.<br />

Consideradas as condições presentes<br />

(no fechamento desta edição,<br />

os preços de frangos e ovos apresentavam<br />

forte reação), um chamado<br />

desse tipo soa um tanto quanto impróprio,<br />

pois são claras as indicações<br />

de retomada das condições de mercado<br />

observadas no período pré-crise<br />

econômica, há menos de um ano.<br />

Mas não é bem assim.<br />

Veja-se, primeiro, o caso do ovo:<br />

embora o alojamento de poedeiras<br />

esteja controlado há mais de dois<br />

anos e a produção atual seja menor<br />

que a do ano passado, obteve resultados<br />

apenas regulares no período de<br />

Quaresma. Além disso, em maio apresentou<br />

os piores resultados do mês<br />

justamente naquele que é considera-<br />

36 Produção Animal | Avicultura<br />

do o segundo melhor período de vendas<br />

do ano – o Dia das Mães. Por<br />

quê?<br />

Simplesmente porque os produtores,<br />

ao centrarem suas esperanças de<br />

ganhos melhores exatamente nesses<br />

dois períodos, Quaresma e Dia das<br />

Mães, passaram a reter poedeiras,<br />

gerando com isso maior oferta do<br />

produto. Que embora não tenham resultado<br />

em forte depressão de preços,<br />

impediram que se alcançassem<br />

os níveis ansiados. Lição que fica: para<br />

ganhar mais é preciso produzir menos.<br />

Senão, manter a produção sob<br />

estrito controle.<br />

O que aconteceu com o frango<br />

aponta nessa mesma direção, sem tirar<br />

nem por. Pois somente depois que<br />

se esgotaram os estoques acumulados<br />

e as exportações se elevaram (em<br />

abril registrou-se um dos melhores resultados<br />

de todos os tempos, o que<br />

gerou baixa disponibilidade interna<br />

do produto) é que os preços começa-<br />

ram a apresentar reação.<br />

A reação observada nessas situações,<br />

todos sabem, é quase natural:<br />

produzir mais porque os preços estão<br />

melhores. E aí é que está o grande<br />

equívoco (que, a bem da verdade, não<br />

se restringe à avicultura, é de todos<br />

os setores da economia), pois os preços<br />

só melhoram quando se produz<br />

menos.<br />

Porém, a recomendação de que<br />

se continue produzido menos (ou de<br />

que se mantenha a produção sob o<br />

mesmo controle anterior) não leva em<br />

consideração apenas a obtenção de<br />

melhores preços, mas, principalmente,<br />

a constatação de que o cenário de<br />

recuperação ora registrado ainda não<br />

é fato consolidado.<br />

Para conseguir sobreviver até aqui<br />

(o que não vem sendo nada fácil), o<br />

produtor avícola desenvolveu esforços<br />

que não podem ser colocados em<br />

risco por ações precipitadas. O ideal,<br />

por ora, é caminhar com moderação.


Em abril último, conforme a UBA, foram<br />

alojadas no Brasil 3,488 milhões<br />

de matrizes de corte, volume 11,77% inferior<br />

ao registrado em abril do ano passado,<br />

quando foram alojadas 3,953 milhões<br />

de matrizes de corte. O mais<br />

interessante, porém, é que o último alojamento<br />

apenas repetiu aquele observado<br />

nos dois meses anteriores, fevereiro e<br />

março de 2009. A diferença a mais em<br />

relação a março foi de 5.825 cabeças ou<br />

+0,2%. Já em relação a fevereiro registrou-se<br />

redução de 8.810 cabeças ou<br />

-0,3%.<br />

Como resultado desse último número,<br />

o volume de matrizes de corte acumuladas<br />

no quadrimestre inicial de 2009<br />

(ou seja, no primeiro dos três terços do<br />

ano) soma 14,026 milhões de cabeças,<br />

encontrando-se 12,41% abaixo do total<br />

alojado no mesmo quadrimestre de<br />

2008. Vale notar, também, que esse<br />

alojamento é apenas 6,13% maior que<br />

o alcançado no primeiro quadrimestre<br />

de 2007. Corresponde, portanto, a uma<br />

expansão anual de pouco mais de 3% e<br />

confirma o fato de que expansões exageradas<br />

em um exercício acabam naturalmente<br />

compensadas no exercício seguinte,<br />

geralmente com reduções (no<br />

mesmo quadrimestre de 2008 o alojamento<br />

aumentou 21%, quando o ideal<br />

é um incremento em torno de 5%-8%).<br />

Mantido nos outros dois quadrimestres<br />

do ano, o alojamento total de 2009<br />

ficará próximo dos 42,1 milhões de matrizes<br />

de corte, recuando não só em relação<br />

a 2008, mas também em relação<br />

a 2007, ano em que o alojamento se<br />

aproximou dos 42,5 milhões de cabeças.<br />

Apesar, porém, das condições financeiras<br />

do setor continuarem impossibilitando<br />

alojamentos maiores que os<br />

atuais, é certo que no segundo semestre<br />

do ano eles apresentarão incremento,<br />

sem, entretanto, alcançar os números<br />

do mesmo semestre do ano passado -<br />

24,5 milhões de cabeças, volume<br />

11,15% superior ao do segundo semestre<br />

de 2007.<br />

alojamento de matrizes de corte<br />

Números de abril repetem os dos dois meses anteriores e ficam abaixo dos<br />

3,5 milhões de cabeças<br />

matrizes de Corte<br />

Alojamento mensal em 24 meses<br />

MILHÕES DE CABEÇAS<br />

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %<br />

Maio 3,863 4,012 3,84%<br />

Junho 3,358 4,037 20,22%<br />

Julho 3,601 4,409 22,46%<br />

Agosto 3,527 4,348 23,28%<br />

Setembro 3,347 3,866 15,52%<br />

Outubro 3,945 3,915 -0,77%<br />

Novembro 3,858 3,965 2,76%<br />

Dezembro 3,766 3,999 6,18%<br />

Janeiro 4,265 3,560 -16,53%<br />

Fevereiro 3,852 3,496 -9,23%<br />

Março 3,944 3,482 -11,71%<br />

Abril 3,953 3,488 -11,77%<br />

EM 4 MESES 16,013 14,026 -12,41%<br />

EM 12 MESES 45,279 46,577 2,87%<br />

Fonte: UBA – Elaboração e análises: AVISITE<br />

Produção Animal | Avicultura 37


Estatísticas e Preços<br />

Produção de pintos de corte<br />

Cai nível de ociosidade e setor volta a registrar variação positiva<br />

A pós cinco meses de resultados<br />

iguais ou inferiores aos do mesmo<br />

mês do ano anterior, a produção<br />

<strong>brasil</strong>eira de pintos de corte voltou a<br />

registrar variação positiva. Em abril<br />

passado, conforme a APINCO, foram<br />

produzidos no País 455,7 milhões de<br />

pintos de corte, volume 6,21% superior<br />

ao registrado no mesmo mês do<br />

ano passado.<br />

Há uma justificativa-chave para<br />

essa reversão: na mesma época, há<br />

um ano, a indústria do frango enfrentou<br />

séria crise (vinda do início do exercício),<br />

o que fez com que a produção<br />

de pintos de corte de abril/08 apresentasse<br />

o menor volume do ano. Daí o<br />

nível de incremento aparentemente<br />

elevado.<br />

Independente, porém, dessa explicação,<br />

a realidade é que o volume alcançado<br />

em abril apresentou significativa<br />

evolução em relação aos meses<br />

anteriores. Tanto que o nível de utilização<br />

das reprodutoras alojadas, da ordem<br />

de 78% em março/09, subiu para<br />

85% no mês passado.<br />

Essa redução de ociosidade é considerada<br />

prematura e denunciadora da<br />

retomada do mesmo ritmo produtivo<br />

registrado antes dos problemas econômicos<br />

atuais. Considera-se, inclusive,<br />

que já há exageros. Tanto que, em<br />

valores reais, a produção de abril foi<br />

10,64% superior à do mês anterior,<br />

março de 2009.<br />

De toda forma, permanece negativo<br />

o volume produzido no primeiro<br />

quadrimestre do ano. Foram, entre<br />

abril e janeiro, 1,7 bilhão de pintos de<br />

corte, 3% a menos que o registrado<br />

em idêntico período de 2008. Esse número,<br />

por sua vez, projeta para a totalidade<br />

do ano produção da ordem de<br />

5,1 bilhões de pintos de corte, um volume<br />

quase 7% menor que o produzido<br />

em 2008.<br />

A produção acumulada nos últimos<br />

12 meses ainda permanece positiva:<br />

soma 5,416 bilhões.<br />

38 Produção Animal | Avicultura<br />

PiNtos de Corte<br />

Produção <strong>brasil</strong>eira em 24 meses<br />

MILHÕES DE CABEÇAS<br />

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %<br />

Maio 433,547 455,492 5,06%<br />

Junho 418,857 437,041 4,34%<br />

Julho 434,635 476,081 9,54%<br />

Agosto 444,830 484,328 8,88%<br />

Setembro 424,434 485,261 14,33%<br />

Outubro 463,378 496,165 7,08%<br />

Novembro 431,508 431,662 0,04%<br />

Dezembro 451,775 443,854 -1,75%<br />

Janeiro 460,687 417,755 -9,32%<br />

Fevereiro 427,892 406,918 -4,90%<br />

Março 441,119 425,628 -3,51%<br />

Abril 429,048 455,711 6,21%<br />

EM 4 MESES 1.758,746 1.706,011 -3,00%<br />

EM 12 MESES 5.261,710 5.415,896 2,93%<br />

Fonte: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE


Produção de carne de frango<br />

Volume de abril, 830 mil toneladas, foi o menor em mais de dois anos<br />

C om base na produção anterior de<br />

pintos de corte e nas exportações<br />

de carne de frango, a APINCO concluiu<br />

que em abril passado a produção <strong>brasil</strong>eira<br />

de carne de frango totalizou<br />

830.420 toneladas, volume que representou<br />

quedas de 5,63% e 3,67% sobre,<br />

respectivamente, abril de 2008 e<br />

março de 2009.<br />

Considerada, porém, a produção<br />

real, os números de abril ficaram apenas<br />

0,45% abaixo dos de março/09. Em<br />

contrapartida, foram inferiores, também,<br />

aos registrados em fevereiro. Dessa<br />

forma, a produção efetiva de abril<br />

acabou se tornando a menor de 2009.<br />

Em valores reais, as 830 mil toneladas<br />

de abril corresponderam ao menor volume<br />

dos últimos 25 meses.<br />

Considerada a produção mais recente<br />

de pintos de corte, também a<br />

produção de carne de frango tende,<br />

doravante, a aumentar. Mas o primeiro<br />

terço do ano foi encerrado com uma redução<br />

de 6,25% sobre o mesmo período<br />

de 2008, enquanto em relação ao<br />

primeiro quadrimestre de 2007 houve<br />

um incremento de apenas 3,2%, o que<br />

significa que nos dois últimos anos<br />

(considerado apenas o período janeiroabril),<br />

a expansão anual da produção<br />

<strong>brasil</strong>eira de carne de frango foi similar<br />

ao crescimento vegetativo da população,<br />

da ordem de 1,6% ao ano.<br />

Mantido, nos dois quadrimestres<br />

subsequentes, o mesmo ritmo produtivo<br />

do primeiro quadrimestre, a produção<br />

de 2009 ficaria em pouco mais de<br />

10 milhões e recuaria cerca de 9% em<br />

comparação ao que foi produzido em<br />

2008. No entanto, dificilmente a produção<br />

retrocederá em índices tão<br />

elevados.<br />

Considerado o atual cenário, a variação<br />

observada nos últimos 12 meses<br />

- +1,64% em relação ao mesmo período<br />

anterior – tende a se manter no restante<br />

do ano. E isso significa volume<br />

em torno de 11,2 milhões de toneladas.<br />

Que podem ser novamente excessivas.<br />

CarNe de FraNGo<br />

Produção <strong>brasil</strong>eira em 24 meses<br />

MIL TONELADAS<br />

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %<br />

Maio 859,688 872,144 1,45%<br />

Junho 851,567 861,759 1,20%<br />

Julho 872,616 897,014 2,80%<br />

Agosto 871,782 923,774 5,96%<br />

Setembro 866,903 926,548 6,88%<br />

Outubro 891,434 990,463 11,11%<br />

Novembro 887,928 998,586 12,46%<br />

Dezembro 945,515 975,672 3,19%<br />

Janeiro 914,036 889,681 -2,66%<br />

Fevereiro 866,302 780,499 -9,90%<br />

Março 926,478 862,047 -6,95%<br />

Abril 879,984 830,420 -5,63%<br />

EM 4 MESES 3.586,800 3.362,647 -6,25%<br />

EM 12 MESES 10.634,233 10.808,607 1,64%<br />

Fonte: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE<br />

Produção Animal | Avicultura 39


Estatísticas e Preços<br />

exportação de carne de frango<br />

Vendas externas de abril ficam aquém das 330 mil/t<br />

A perspectiva de exportações, em<br />

abril passado, de volume superior<br />

a 330 mil toneladas de carne de frango<br />

não se confirmou. Mas faltou pouco,<br />

muito pouco. Ou, mais exatamente,<br />

77,7 toneladas, conforme números do<br />

sistema Alice/MDIC confirmados pela<br />

ABEF.<br />

Os embarques de carne de frango<br />

no quarto mês de 2009 ficaram em<br />

pouco mais de 329.922 toneladas, aumentando<br />

7,63% em relação ao mês<br />

anterior, março de 2009. Essa variação<br />

se torna mais significativa quando comparada<br />

às 270.022 toneladas de abril<br />

do ano passado: + 22,18%. Esse índice<br />

de aumento, porém, precisa ser encarado<br />

com cautela, pois as exportações de<br />

abril/08 foram subcontabilizadas, deixando<br />

“restos” para o mês seguinte.<br />

Completado um terço do ano, as<br />

exportações <strong>brasil</strong>eiras de carne de<br />

frango somam 1,174 milhão de toneladas,<br />

volume que reverte os resultados<br />

negativos registrados nos últimos meses,<br />

já que o quadrimestre foi encerrado<br />

com um aumento de 2,07% sobre o<br />

mesmo período de 2008. É verdade<br />

que - considerado o fato de, no ano<br />

passado, os embarques de abril terem<br />

sido subcontabilizados -esse aumento<br />

pode não ter ocorrido. De toda forma é<br />

alvissareiro constatar que nos últimos<br />

dois meses os embarques permaneceram<br />

acima das 300 mil toneladas mensais,<br />

situação que ocorre antes do<br />

esperado.<br />

A realidade é que, mantido nos dois<br />

quadrimestres subseqüentes do ano o<br />

mesmo resultado do primeiro quadrimestre,<br />

os embarques de 2009 ficarão<br />

em cerca de 3,522 milhões de toneladas,<br />

apenas 3,3% a menos que em<br />

2008. Porém, se alcançada a média registrada<br />

no bimestre março-abril de<br />

2009 – 318,2 mil toneladas mensais, o<br />

que parece mais viável – o total anual<br />

irá chegar aos 3,720 milhões de toneladas,<br />

quase 2% a mais que no ano<br />

passado.<br />

40 Produção Animal | Avicultura<br />

CarNe de FraNGo<br />

Exportação <strong>brasil</strong>eira em 24 meses<br />

MIL TONELADAS<br />

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %<br />

Maio 275,195 361,415 31,33%<br />

Junho 259,319 330,125 27,30%<br />

Julho 284,002 339,360 19,49%<br />

Agosto 304,735 322,698 5,89%<br />

Setembro 242,126 323,949 33,79%<br />

Outubro 313,372 315,632 0,72%<br />

Novembro 298,903 235,061 -21,36%<br />

Dezembro 299,929 266,598 -11,11%<br />

Janeiro 274,897 274,781 -0,04%<br />

Fevereiro 292,538 263,222 -10,02%<br />

Março 313,233 306,539 -2,14%<br />

Abril 270,022 329,922 22,18%<br />

EM 4 MESES 1.150,690 1.174,464 2,07%<br />

EM 12 MESES 3.428,271 3.669,302 7,03%<br />

Fonte: ABEF - Elaboração e análises: AVISITE


disponibilidade interna de carne de frango<br />

A emenda saiu melhor do que o soneto.<br />

No início deste ano, o departamento<br />

da UBA responsável pelo acompanhamento<br />

do mercado do frango<br />

recomendou que a oferta interna do produto<br />

ficasse limitada a 550 mil toneladas,<br />

volume considerado adequado para dar<br />

estabilidade ao mercado. Pois em abril<br />

passado, a disponibilidade interna de carne<br />

de frango ficou limitada a 500.498<br />

toneladas, recuando quase 18% em relação<br />

a abril de 2008. Esse índice correspondeu<br />

a uma redução de quase 110 mil<br />

toneladas comparativamente ao ofertado<br />

um ano atrás.<br />

Naturalmente, o resultado foi alcançado<br />

graças à retomada das exportações,<br />

que foram quase um terço superiores ao<br />

que previa-se. É inegável, no entanto,<br />

que a maior parte desse resultado se<br />

deve ao esforço do setor, que reduziu a<br />

produção para cerca de 75% do potencial<br />

disponível.<br />

Em função desse desempenho, a disponibilidade<br />

acumulada no primeiro quadrimestre<br />

recuou de cerca de 2,436 milhões<br />

de toneladas em 2008 para cerca<br />

de 2,188 milhões de toneladas em 2009,<br />

o que correspondeu a uma queda de<br />

10,18% no ano. Mas não só isso. A oferta<br />

do período janeiro-abril de 2009 foi a<br />

menor dos últimos quatro anos, ficando<br />

aquém até mesmo daquela registrada no<br />

quadrimestre inicial de 2006, período em<br />

que o setor foi fortemente afetado pela<br />

crise (externa) da Influenza Aviária.<br />

É impróprio projetar a atual oferta<br />

para a totalidade de 2009, pois ela decorre<br />

de um momento de exceção e tende<br />

a ser significativamente superada nos<br />

dois quadrimestres subseqüentes do<br />

ano.<br />

Apesar da menor oferta em quatro<br />

anos, a resposta do mercado continua<br />

aquém do necessário, sugerindo que se<br />

deva persistir no esforço pelo controle<br />

da produção por mais algum tempo, especialmente<br />

porque a despeito das aparências,<br />

a crise econômica ainda não<br />

passou.<br />

oferta interna retrocede às 500 mil toneladas<br />

CarNe de FraNGo<br />

Disponibilidade interna em 24 meses<br />

MIL TONELADAS<br />

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %<br />

Maio 584,493 510,729 -12,62%<br />

Junho 592,248 531,634 -10,23%<br />

Julho 588,614 557,654 -5,26%<br />

Agosto 567,047 601,076 6,00%<br />

Setembro 624,757 602,599 -3,55%<br />

Outubro 578,062 674,830 16,74%<br />

Novembro 589,025 763,525 29,63%<br />

Dezembro 645,586 709,074 9,83%<br />

Janeiro 639,139 614,900 -3,79%<br />

Fevereiro 573,764 517,277 -9,84%<br />

Março 613,245 555,508 -9,41%<br />

Abril 609,962 500,498 -17,95%<br />

Em 4 meses 2.436,110 2.188,183 -10,18%<br />

Em 12 Meses 7.205,942 7.139,304 -0,92%<br />

Fontes dos dados básicos: APINCO e ABEF - Elaboração e análises: AVISITE<br />

Produção Animal | Avicultura 41


Estatísticas e Preços<br />

alojamento de matrizes de postura<br />

Volume de abril/09 quase dobrou em relação a 2008<br />

Depois de um retrocesso de 62% no<br />

mês de março, o alojamento de matrizes<br />

de postura voltou a registrar significativo<br />

aumento em abril passado. De<br />

acordo com a UBA, foram alojadas no<br />

mês 83.830 matrizes (67% delas de linhagens<br />

voltadas à produção de ovos<br />

brancos), volume que correspondeu a um<br />

aumento de 95,81% em relação ao número<br />

registrado um ano atrás, em abril<br />

de 2008.<br />

E se a variação anual foi significativa,<br />

muito mais expressiva é a variação em<br />

comparação ao que foi alojado no mês<br />

anterior, março de 2009 – aumento de<br />

377,69%! O que, mesmo assim, faz com<br />

que o volume alojado neste ano corresponda<br />

a menos da metade do que foi<br />

alojado no primeiro quadrimestre de<br />

2008.<br />

Indagado se essa redução representa<br />

problemas para o setor, Rogério Belzer, Diretor<br />

do Departamento de Ovos da UBA,<br />

observa que períodos curtos (um trimestre<br />

ou quadrimestre) não são os parâmetros<br />

mais corretos para avaliar a evolução do<br />

alojamento, que sofre flutuações em função<br />

da programação das empresas matrizeiras.<br />

E aqui, por exemplo, a simples decisão<br />

de retardar o descarte de um lote<br />

acaba implicando na redução de novos<br />

alojamentos em um mês e a concentração<br />

deles em outro mês.<br />

Mesmo assim não escapa que o volume<br />

de matrizes de postura alojadas nos<br />

últimos 12 meses – 641.635 cabeças –<br />

caiu perto de 15,5%.<br />

Mas essa redução, ao que tudo indica,<br />

resultou da conscientização do setor:<br />

aloja-se o que o mercado final pode absorver.<br />

Aqui, por sinal, não cabe acrescentar<br />

“nem mais nem menos”, porquanto<br />

havendo necessidade de mais<br />

produto é possível obter mais mesmo dispondo<br />

de menos: basta retardar os<br />

descartes.<br />

É uma lição que a avicultura de corte<br />

deveria aprender. Iria descobrir que todos<br />

os elos da cadeia produtiva podem ser<br />

adequadamente remunerados.<br />

42 Produção Animal | Avicultura<br />

MÊS<br />

matrizes de PostUra<br />

Alojamento em 24 meses (ovos brancos e vermelhos)<br />

MILHARES DE CABEÇAS<br />

MATRIZES DE POSTURA % OVO BRANCO<br />

2007/2008 2008/2009 VAR. %<br />

2007/2008 2008/2009<br />

Mai 83,167 83,202 0,04% 74,63% 81,46%<br />

Jun 95,915 104,611 9,07% 63,49% 68,73%<br />

Jul 53,253 58,108 9,12% 64,66% 69,68%<br />

Ago 63,392 45,253 -28,61% 85,02% 31,33%<br />

Set 67,212 32,233 -52,04% 43,68% 61,20%<br />

Out 24,339 78,722 223,44% 55,63% 69,35%<br />

Nov 40,126 47,700 18,88% 91,92% 66,04%<br />

Dez 50,503 44,380 -12,12% 80,03% 71,16%<br />

Jan 92,858 16,736 -81,98% 56,45% 87,23%<br />

Fev 98,130 29,311 -70,13% 85,95% 81,24%<br />

Mar 47,021 17,549 -62,68% 62,69% 59,22%<br />

Abr 42,813 83,830 95,81% 69,68% 67,14%<br />

EM 4 MESES 280,822 147,426 -47,50% 69,82% 71,28%<br />

EM 12 MESES 758,729 641,635 -15,43% 69,53% 68,08%<br />

Fonte: UBA – Elaboração e análises: AVISITE


Sustendo ritmo já conhecido, o alojamento<br />

de pintainhas comerciais<br />

de postura chama a atenção por manter<br />

a estabilidade, sem significativas<br />

alterações, há mais de dois anos.<br />

De acordo com dados divulgados<br />

pela UBA, em abril o alojamento de<br />

pintainhas de postura apresentou retração<br />

de 3,43% em relação ao mesmo<br />

mês do ano passado. No período<br />

foram alojados 4,951 milhões de pintainhas<br />

de postura, 75,30% delas re-<br />

Em abril, volume alojado<br />

caiu 3,43% em relação<br />

ao mesmo mês do ano<br />

passado<br />

presentadas por linhagens produtoras<br />

de ovos brancos. Em relação ao mês<br />

anterior, março de 2009, a queda foi<br />

de 4,06%.<br />

Computados os números de produção<br />

dos 4 primeiros meses do ano, o<br />

volume total alojado se mantém muito<br />

próximo dos 20 milhões de pintainhas<br />

de postura, apresentando variação negativa<br />

de 1,49% em relação ao mesmo<br />

período de 2008. A estabilidade<br />

observada sugere alojamento anual da<br />

ordem de 60 milhões de cabeças, pouco<br />

mais pouco menos. Ou, simplificando,<br />

o mesmo volume alcançado em<br />

2007 e 2008.<br />

Nos últimos 12 meses, por exemplo,<br />

o total alojado somou cerca de<br />

59,810 milhões de pintainhas de postura.<br />

Ou seja: faltaram 190 mil cabeças<br />

para se chegar à marca dos 60 milhões,<br />

enquanto o total alojado nos 12 meses<br />

anteriores superou esses 60 milhões<br />

em cerca de 825 mil cabeças.<br />

É uma estabilidade invejável para<br />

qualquer setor da economia. Mas se<br />

torna ainda mais importante na medida<br />

em que envolve um segmento da<br />

produção animal cujas crises econômicas<br />

têm sido marcadas, quase invariavelmente,<br />

pelo excesso de produção.<br />

alojamento de pintainhas de postura<br />

Planejamento continua dando o tom dos números de produção<br />

MÊS<br />

PiNtaiNHas ComerCiais de PostUra<br />

Alojamento em 24 meses (ovos brancos e vermelhos)<br />

MILHARES DE CABEÇAS<br />

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA % OVO BRANCO<br />

2007/2008 2008/2009 VAR.%<br />

2005/06 2006/07<br />

Mai 4.960 4.788 -3,47% 74,17% 73,83%<br />

Jun 5.142 4.955 -3,63% 74,39% 72,25%<br />

Jul 5.078 5.237 3,14% 74,30% 72,35%<br />

Ago 5.091 4.895 -3,85% 74,48% 73,25%<br />

Set 5.074 5.135 1,22% 72,28% 74,34%<br />

Out 5.166 5.015 -2,92% 73,26% 72,88%<br />

Nov 5.105 4.811 -5,77% 73,80% 73,22%<br />

Dez 5.017 5.083 1,31% 75,79% 74,79%<br />

Jan 4.897 4.990 1,90% 75,11% 74,87%<br />

Fev 5.048 4.790 -5,11% 73,17% 75,92%<br />

Mar 5.122 5.161 0,76% 72,51% 75,27%<br />

Abr 5.127 4.951 -3,43% 71,79% 75,30%<br />

Em 4 meses 20.193 19.891 -1,49% 73,12% 75,34%<br />

Em 12 meses 60.825 59.810 -1,67% 73,74% 74,02%<br />

Fonte: UBA – Elaboração e análises: AVISITE<br />

Produção Animal | Avicultura 43


Estatísticas e Preços<br />

desempenho do frango vivo em maio<br />

segundo menor valor registrado nos últimos treze meses<br />

Cotado a R$1,50/kg nos 11 primeiros<br />

dias de maio (segundo melhor<br />

período do ano na venda de bens de<br />

consumo e alimentos), só no final da<br />

primeira quinzena é que o frango deu<br />

sinais de que estava, realmente, vivo.<br />

A partir daí, com a oferta mais enxuta<br />

que em meses anteriores, o produto<br />

veio apresentando sucessivas altas,<br />

só estancadas nos últimos dias do<br />

mês, por conta da exaustão financeira<br />

do consumidor. Mesmo assim, no último<br />

dia de negócios de maio– opostamente<br />

ao que havia ocorrido em 30<br />

de abril, quando enfrentou baixa de<br />

dez centavos – obteve alta de cinco<br />

centavos. Assim, fechou o mês cotado<br />

a R$1,75/kg, o que significou valorização<br />

de 16,6% em relação ao preço<br />

inicial do mês.<br />

Apesar, porém, desse ganho –<br />

que, enfim, proporciona remuneração<br />

ao produtor – o frango vivo ficou com<br />

o preço negativo em relação ao mesmo<br />

mês de2008, ocorrência que se<br />

repete pelo terceiro mês consecutivo.<br />

É verdade que, arredondados os<br />

números, o preço médio de maio de<br />

2009 foi absolutamente o mesmo de<br />

maio de 2008 – R$1,61/kg. Portanto,<br />

o mês foi fechado sem ganho ou perda,<br />

ao mesmo tempo em que apresentou<br />

ganho mínimo em relação ao<br />

mês imediatamente anterior. Porém,<br />

detalhando-se a variação, constata-se<br />

que o preço médio de maio de 2009<br />

foi 0,12% inferior ao de um ano<br />

atrás.<br />

O comportamento observado no<br />

último dia de maio sugere tendência<br />

de acompanhamento do preço histórico,<br />

ou, de sucessivas altas em relação<br />

aos meses de março e abril, já que<br />

junho marca o início da entressafra<br />

das carnes.<br />

No entanto, a continuidade de valorização<br />

do produto permanece estritamente<br />

ligada não só ao equilíbrio<br />

entre oferta e procura, mas também à<br />

resposta do consumidor.<br />

44 Produção Animal | Avicultura<br />

FRANGO VIVO<br />

Evolução de preços na granja, interior paulista – R$/Kg<br />

MÊS MÉDIA<br />

R$/KG<br />

VARIAÇÃO %<br />

ANUAL MENSAL<br />

MAI/2008 1,61 34,17% 21,05%<br />

JUN/2008 1,78 27,14% 10,55%<br />

JUL/2008 1,89 12,50% 6,18%<br />

AGO/2008 1,94 5,43% 2,64%<br />

SET/2008 1,85 10,12% -4,64%<br />

OUT/2008 1,63 1,87% -11,89%<br />

NOV/2008 1,74 12,25% 6,75%<br />

DEZ/2008 1,62 -1,82% -6,90%<br />

JAN/2009 1,68 10,52% 3,70%<br />

FEV/2009 1,80 30,43% 7,14%<br />

MAR/2009 1,68 35,48% -6,66%<br />

ABR/2009 1,60 20,30% -4,76%<br />

MAI/2009 1,61 0,00% 0,63%<br />

médias anuais entre 2000 e 2009<br />

ANO R$/KG VAR. % ANO R$/KG VAR. %<br />

2000 0,91 14,57% 2005 1,35 -8,72%<br />

2001 0,97 6,47% 2006 1,16 -14,70%<br />

2002 1,13 16,49% 2007 1,55 33,62%<br />

2003 1,45 28,31% 2008 1,63 5,16%<br />

2004 1,49 2,75% 2009* 1,67 2,75 %<br />

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE<br />

* Até 31 de maio de 2009<br />

FraNGo ViVo - Preços HistóriCos e Preço eFetiVo em 2009<br />

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1998/2008): preço em dezembro do ano<br />

anterior igual a 100<br />

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2009: (R$/KG, granja, interior paulista)


oVo BraNCo eXtra<br />

evolução de preços no atacado paulista – r$/caixa de 30 dúzias<br />

MÊS MÉDIA<br />

R$/CXA<br />

VARIAÇÃO %<br />

ANUAL MENSAL<br />

MAI/2008 44,60 19,86% 12,54%<br />

JUN/2008 45,82 5,19% 2,73%<br />

JUL/2008 47,50 12,74% 3,67%<br />

AGO/2008 45,98 6,09% -3,20%<br />

SET/2008 43,25 12,57% -5,93%<br />

OUT/2008 37,92 1,69% -12,32%<br />

NOV/2008 39,36 5,78% 3,80%<br />

DEZ/2008 39,69 -12,38% 0,84%<br />

JAN/2009 37,40 -3,33% -5,76%<br />

FEV/2009 43,54 -14,14% 16,41%<br />

MAR/2009 46,94 -6,68% 7,80%<br />

ABR/2009 45,46 14,71% -3,15%<br />

MAI/2009 41,84 -6,19% -7,96%<br />

médias anuais entre 2000 e 2009<br />

ANO R$/CXA VAR. % ANO R$/CXA VAR. %<br />

2000 23,12 16,89% 2005 33,48 -2,87%<br />

2001 24,07 4,11% 2006 27,48 -17,92%<br />

2002 27,88 15,83% 2007 39,42 43,45%<br />

2003 39,67 42,29% 2008 43,62 10,65%<br />

2004 34,47 -13,11% 2009* 42,85 -1,77 %<br />

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE<br />

* Até 31 de maio de 2009<br />

oVo eXtra BraNCo - Preços HistóriCos e Preço eFetiVo em 2009<br />

desempenho do ovo no mês de maio<br />

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1998/2008): preço em dezembro do ano<br />

anterior igual a 100<br />

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2009: (R$/caixa, no atacado paulista)<br />

No mês, o segundo menor preço médio de 2009<br />

As expectativas depositadas no Dia<br />

das Mães – o melhor período de<br />

vendas do ano depois do Natal – desta<br />

vez não corresponderam: justamente<br />

no período é que foram registrados os<br />

menores preços de maio.<br />

Culpa, em parte, dos produtores<br />

que, exagerando nas expectativas, retiveram<br />

poedeiras e excederam na oferta<br />

do produto. Tanto que, efetuados os<br />

necessários ajustes, o mercado apresentou<br />

imediata reação e os preços voltaram<br />

a se elevar. Mas é preciso convir,<br />

também, que o consumo segue aquém<br />

do desejado, perdendo ritmo na segunda<br />

parte do mês. Assim, embora apresentassem<br />

sinais de reativação nos dois<br />

últimos dias de maio, os preços voltaram<br />

a recuar na última semana do mês,<br />

fazendo com que a melhor média ocorresse<br />

na penúltima semana de maio.<br />

Porém, a melhor demonstração de<br />

que o Dias das Mães já não é mais<br />

aquele está no fato de, em maio, o ovo<br />

ter registrado o segundo menor preço<br />

médio de 2009, só apresentando resultado<br />

positivo, por ora, em relação a janeiro.<br />

Dessa forma, o valor alcançado<br />

no mês ficou quase 8% abaixo do valor<br />

de abril de 2009.<br />

Apesar, porém, do desempenho<br />

modesto, aparentemente o ovo registra<br />

resultado melhor que o apontado pelos<br />

preços históricos. Ou, como mostra o<br />

gráfico, historicamente o produto obteve<br />

no mês preço 2,9% superior ao registrado<br />

em dezembro do ano anterior,<br />

enquanto neste ano o preço alcançado<br />

está mais de 5% acima daquele registrado<br />

no último mês de 2009. Mas isso<br />

se deve ao desastre econômico que assolou<br />

o mundo e fez com que, em dezembro,<br />

se enfrentasse um dos menores<br />

preços médios mensais do ano que<br />

passou. Ou seja: se tivesse seguido a<br />

“cartilha” (em dezembro, valorização<br />

de 14% sobre dezembro do ano anterior),<br />

em maio corrente a caixa do ovo<br />

teria alcançado um preço médio de<br />

R$53,14.<br />

Produção Animal | Avicultura 45


Estatísticas e Preços<br />

milho: retomada em ritmo lento<br />

O<br />

preço médio do milho, saca de 60 kg, interior de SP, foi<br />

de R$22,01 em maio de 2009, 2,18% maior que o preço<br />

médio de abril deste ano, R$21,54/saca.<br />

A exemplo de outras comodities o milho iniciou recuperação,<br />

mas em comparação com o valor da saca de um ano<br />

atrás a queda continua bastante significativa: redução de<br />

19,23% em relação ao valor médio de maio de 2008,<br />

R$27,25/saca.<br />

Valores de troca – milho/Frango vivo<br />

Considerado o valor médio da saca de milho, em maio o<br />

produtor precisou de 227,8 kg de frango vivo (interior de SP)<br />

para comprar uma tonelada do grão. Este valor foi 1,55%<br />

maior que o de abril de 2009 – 224,4 kg/t.<br />

Tanto o milho quanto o frango vivo tiveram pequena variação<br />

de sua cotação média em maio, o que manteve a relação<br />

de troca entre os produtos relativamente estabilizada.<br />

Valores de troca – milho/ovo<br />

De acordo com os preços médios dos produtos, a relação<br />

de troca entre o ovo (granja, interior paulista) e o milho em<br />

maio de 2009 foi de 10,56 caixas de ovos para uma tonelada<br />

do grão. Em abril foram necessárias 9,6 caixas/t, o que significa<br />

que foram necessários 10,36% mais ovos para obter a<br />

mesma quantidade de milho.<br />

O fator principal dessa piora na relação de troca foi a<br />

cotação do ovo em maio: o preço médio de R$34,72 por<br />

caixa representou 7,41% de desvalorização em relação ao<br />

valor de abril deste ano, que foi de R$37,50.<br />

46 Produção Animal | Avicultura<br />

matérias-Primas<br />

Farelo de soja tem aumento<br />

significativo<br />

O<br />

farelo de soja (FOB, interior de SP) foi comercializado em<br />

maio ao preço médio de R$876/tonelada, valor 8,68%<br />

maior que o de abril/09 – R$806/t. Na comparação com maio<br />

de 2008 – R$663/t – a cotação de maio passado foi 32,12%<br />

superior.<br />

Valores de troca – Farelo/Frango vivo<br />

Considerado o valor médio do farelo de soja em maio, foram<br />

necessários 544 kg de frango vivo para adquirir uma tonelada<br />

do insumo. Como em abril passado essa relação foi de<br />

504/t de farelo, o volume de frango necessário para a aquisição<br />

da mesma quantidade do produto aumentou 8,01% - o que<br />

representa queda no poder de compra de 7,42%. Já em relação<br />

aos valores de um ano atrás, a queda na capacidade de compra<br />

é ainda maior, de 24,32%, posto que em maio de 2008 foram<br />

necessários 411,8 kg de frango vivo para adquirir uma tonelada<br />

de farelo de soja.<br />

Valores de troca – Farelo/ovo<br />

Em maio, considerados os preços médios de um e outro<br />

produto, foram necessárias 25,23 caixas de ovos (valor na granja,<br />

interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de<br />

soja. Este valor significa que foram necessários 17,39% mais<br />

ovos em comparação a abril de 2009, ocasião em que 21,49<br />

caixas de ovos adquiriram uma tonelada de farelo. Em relação a<br />

maio de 2008, a queda no poder de compra é bastante acentuada<br />

(32,71%), já que naquele período uma tonelada de farelo<br />

de soja custava, em média, 16,97 caixas de ovos.


Produção Animal | Avicultura 47


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Saúde Animal<br />

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em setembro<br />

de 2002,<br />

como uma<br />

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para aves e suínos. Em 2004<br />

deixou de ser uma representação e<br />

passou a se concentrar na produção e<br />

fabricação de cortinas para galpões,<br />

além de telas do tipo alambrado para<br />

aviários.<br />

A empresa nasceu em Bauru em 1976. Sete<br />

anos depois transferiu-se para Votuporanga,<br />

SP. Hoje atua no seguimento de pulverizadores<br />

automáticos na citricultura, avicultura,<br />

suinocultura, bovinocultura e dosadores. O<br />

objetivo principal é produzir equipamentos<br />

com índice de manutenção em torno de 1%<br />

ao ano.<br />

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à saúde, à performance e ao bemestar<br />

dos animais através da produção de<br />

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Produção Animal | Avicultura 49


Ponto Final<br />

Érico Pozzer<br />

é Presidente da<br />

Associação<br />

Paulista de<br />

Avicultura<br />

50 Produção Animal | Avicultura<br />

Avicultura <strong>brasil</strong>eira<br />

é o reflexo do mercado<br />

Analisando os últimos anos, conclui-se<br />

que a avicultura de corte vem apresentando<br />

um enorme crescimento na produção,<br />

consumo e exportação. Já a avicultura de<br />

postura comercial vem apresentando comportamento<br />

diferente, se dedicando ao controle da<br />

produção e às ações para aumentar o consumo<br />

doméstico e ainda tem aproveitado bem as<br />

oportunidades para incrementar as exportações.<br />

Após um 2007 considerado bom para ambos<br />

os segmentos, entramos em 2008 com algum<br />

estoque e um enorme potencial para aumentar<br />

a produção de carne de frango.<br />

O primeiro semestre de 2008 foi assombroso<br />

graças à crise energética e as enchentes no meio<br />

oeste americano, que inflacionaram os preços<br />

do milho e da soja elevando drasticamente os<br />

nossos custos de produção.<br />

Entramos no segundo semestre com a expectativa<br />

de recuperar a rentabilidade, e aí veio<br />

a crise financeira internacional frustrando as<br />

nossas intenções.<br />

Com um potencial de produção que chegou<br />

a praticamente mil toneladas de carne de frango<br />

por mês entre outubro e dezembro de 2008 e<br />

ainda com a queda das exportações provocada<br />

pela falta absoluta de crédito, o resultado não<br />

poderia ter sido outro: aumento da oferta interna<br />

e queda dos preços.<br />

A avicultura de postura novamente se saiu<br />

melhor. Com uma produção controlada, foi<br />

mais fácil restringir a produção e equilibrar o<br />

mercado.<br />

Tudo é oferta e procura, tudo é mercado, por<br />

mais criativo que possamos ser.<br />

No segmento de frango de corte, as entidades<br />

e empresários deflagraram um programa de<br />

ajuste da produção que se iniciou ainda no último<br />

trimestre de 2008.<br />

Devemos considerar ainda que, para piorar a<br />

situação, muitas empresas passaram a ser examinadas<br />

com lupa pelos bancos e as médias e<br />

pequenas integrações tiveram suas linhas de<br />

crédito reduzidas a níveis baixíssimos.<br />

O primeiro semestre de 2009, que já se aproxima<br />

do fim, está sendo um “teste de stress”<br />

para todas as empresas do segmento. Convivemos<br />

com custos ainda elevados, mesmo com o<br />

preço do milho mais comportado.<br />

A redução adotada na produção de carne de<br />

frango já deveria ter produzido o esperado equilíbrio<br />

de mercado e preços melhores para nossas<br />

empresas.<br />

Está demorando, não sabemos bem a causa,<br />

mas provavelmente seja uma combinação de fatores<br />

envolvendo uma estagnação temporária<br />

do consumo, resultado da crise com preços finais<br />

elevados.<br />

Para uma população que já consome praticamente<br />

40 kg de frango/ano, qualquer variável<br />

nos afeta. Mas, tenha certeza, tudo isso é<br />

mercado.<br />

A questão do preço para o consumidor final<br />

é uma triste constatação. Com raras exceções de<br />

ofertas para atrair o consumidor final, os nossos<br />

clientes estão trabalhando com margem muito<br />

elevada, prejudicando o giro do produto e um<br />

maior volume de vendas.<br />

Mas, isto também é mercado.<br />

Nossas empresas são muito competitivas<br />

para produzir com qualidade, porém, temos<br />

muito que aprender com nossos clientes, que<br />

têm se mostrado mais competentes, preservando<br />

seus preços, suas margens de lucros e seus<br />

negócios.<br />

Os resultados desses fatos são incontestáveis.<br />

É só olhar o balanço dos últimos dois trimestres<br />

de todas as empresas do segmento.<br />

Para o 2º semestre de 2009, o cenário é promissor<br />

desde que nenhum novo cataclismo se<br />

apresente.<br />

O consumo interno tende a se recuperar, a<br />

produção tende a se equilibrar e as exportações<br />

também demonstram possibilidade de recuperação<br />

em volume e preço.<br />

Mas, para que isso aconteça temos que manter<br />

a produção controlada, ou seja, nada mais do<br />

que foi produzido neste mês de maio.<br />

As entidades continuarão recomendando e<br />

mostrando que a única forma de remunerar<br />

bem os nossos produtos é equilibrar a oferta, o<br />

que é uma tarefa difícil para estruturas empresariais<br />

que foram concebidas para crescer todos<br />

os anos.<br />

E 2010 ??? Com o alojamento de matrizes<br />

mantido na média de 3,5 milhões de pintainhas,<br />

temos certeza que será um ano muito<br />

interessante.<br />

Tudo isso é mercado.


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Produção Animal | Avicultura 51


Ponto Final<br />

52 Produção Animal | Avicultura

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