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Exposição Ocupacional à Sílica no Brasil: Tendência ... - Fundacentro

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<strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong><br />

<strong>à</strong> <strong>Sílica</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>:<br />

<strong>Tendência</strong> Temporal,<br />

1985 a 2001<br />

Fátima Sueli Neto Ribeiro


Universidade de São Paulo<br />

Faculdade de Saúde Pública<br />

Departamento de Epidemiologia<br />

EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL À SÍLICA NO BRASIL:<br />

TENDÊNCIA TEMPORAL, 1985 a 2001<br />

FÁTIMA SUELI NETO RIBEIRO<br />

São Paulo<br />

2004


EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL À SÍLICA NO BRASIL:<br />

TENDÊNCIA TEMPORAL, 1985 a 2001<br />

FÁTIMA SUELI NETO RIBEIRO<br />

Tese de Doutorado apresentada<br />

ao Departamento de Epidemiologia da<br />

Faculdade de Saúde Pública da<br />

Universidade de São Paulo<br />

para obtenção do Grau de Doutor.<br />

Área de concentração: Epidemiologia<br />

ORIENTADOR: PROF. DR. VICTOR WÜNSCH FILHO<br />

São Paulo<br />

2004


Banca Avaliadora<br />

Prof. Dr. Victor Wünsch Filho - orientador<br />

Faculdade de Saúde Pública/USP<br />

Prof. Dr. Julio César Rodrigues Pereira<br />

Faculdade de Saúde Pública/USP<br />

Prof Dr Hele<strong>no</strong> Rodrigues Correa Filho<br />

Faculdade de Medicina / UNICAMP<br />

Profa Vilma Santana<br />

Instituto de Saúde Coletiva/ UFBa<br />

Dr. Eduardo Algranti<br />

<strong>Fundacentro</strong>/ CTN São Paulo


Autorizo, exclusivamente para fins para fins acadêmicos,<br />

científicos e uso pelos Serviços de Saúde Pública, a reprodução total<br />

ou parcial desta tese, por processos fotocopiadores.<br />

Assinatura:<br />

Data: 05 de março de 2004


DEDICATÓRIA<br />

Não bastava ser mulher, havia de ser sanitarista,<br />

Não bastasse ser professora, havia que perseguir conhecimento,<br />

Não bastou o mestrado e se pôs a enfrentar os mares de outros saberes.<br />

Não era bastante fazer doutorado, havia que ter o desafio da distância.<br />

Mas o tempo comunga a favor e muitas vertentes inesperadas se abrem.<br />

A da afeição, suporte essencial ao equilíbrio.<br />

A da acolhida intelectual, <strong>no</strong>rte fundamental <strong>à</strong> empreitada,<br />

e a de encontrar, dividir, tocar e falar com pessoas.<br />

Não bastava serem pessoas, haviam de ser gente.<br />

Não podiam ser apenas um gênero, mas almas fantásticas, mentes brilhantes<br />

e seres simples, com as quimeras e nuances próprias do ser huma<strong>no</strong>.<br />

Das nuances, ressalta-se as melhores: atenção, disponibilidade, sorrisos e afagos<br />

Dos defeitos, enfatiza-se a falta de tempo para mais um sorriso,<br />

as intercorrências que provocaram ausências, os limites de um dia<br />

e o desejo de ficar uma eternidade.<br />

Para estudar, havia de ser o invisível,<br />

o sutil, metáfora de elemento doméstico.<br />

E apenas a união de gente e paixões<br />

para interpretar a indignação com as cores conhecidas.<br />

O vermelho ficou muito roxo pela perplexidade,<br />

o azul respingou marrom por caprichos de personalidade.<br />

E o amarelo denunciou nuances da luz dos que enfrentam o desconhecido.<br />

As cores e as entre-páginas refletem o desejo<br />

de ter retribuído ao mundo a chance desta vida.<br />

VI


A faina e o prazer desta tese são dedicados:<br />

Aos anjos que me compeliram a sorrir das dificuldades,<br />

coisa que só a doçura e a luz de duas crianças pôde fazer.<br />

A interminável paciência dos que esperam que um dia a filha voltasse a ser criança<br />

para brincar <strong>no</strong> colo e, talvez, jogá-la <strong>no</strong> mundo para crescer de <strong>no</strong>vo.<br />

Ao tempo subtraído de tantas outras coisas que poderiam ter sido divididas,<br />

pensadas ou realizadas por aqueles que destinaram suas horas de vida a me ajudar<br />

e não há valor <strong>no</strong> mundo que traga este tempo de volta.<br />

Aqueles que mais do que pregar a disseminação do conhecimento,<br />

nutrem-se dele e o dividem com maestria e com simplicidade.<br />

E antes de estarem saciados,<br />

interrogam as próprias certezas para gerar mais conhecimento.<br />

Aos que contribuíram com voz, com críticas, com silêncio, com fé, com força,<br />

com energia, com olhar. Com seu pouco que me foi muito.<br />

Todos estão <strong>no</strong> formato final deste trabalho.<br />

Ao toque permanente e fundamental que tor<strong>no</strong>u o desafio realidade,<br />

que tolerou intempéries e pouco usufruiu das amabilidades.<br />

Que não abando<strong>no</strong>u uma alma itinerante a esmo, mas semeou,<br />

trouxe luz e paz <strong>à</strong>s batalhas cotidianas .<br />

À presença constante e fundamental das várias formas de amor,<br />

a este nada basta ou se faz absoluto, pois mais do que o que está feito, sua<br />

sensação estimula e acolhe o tanto que ainda há por se fazer.<br />

A vocês, que se viram retratados aqui.<br />

Eis o <strong>no</strong>sso trabalho !<br />

VII


AGRADECIMENTOS<br />

VIII<br />

Por ser uma construção coletiva de amigos, de apoios e de estímulos espontâneos e<br />

inesperados, os agradecimentos de uma tese são longos. Na minha longa lista estão<br />

os cúmplices deste trabalho:<br />

Victor Wünsch Filho, por ter acolhido um desejo e não uma proposta. Pela<br />

oportunidade, o incentivo, a paciência e a cumplicidade nas idéias mais arrojadas.<br />

A quem simplesmente confiou e apoiou uma aluna que um dia bateu na sua porta <strong>à</strong><br />

procura de informações não publicadas, Eduardo Algranti.<br />

Ao esforço e a dedicação além das horas de Ester Archer de Camargo.<br />

Mais do que agradecimento, eles deveriam constar nas referências bibliográficas,<br />

pela generosidade com que dividiram o acúmulo de suas vidas nas classificações da<br />

exposição desta tese: Luiza Cardoso, Arline Cury, Magda Andreoti, Salvador Alves<br />

de Oliveira, Nilton Fernandes Maini, José Geraldo Aguiar, Jorge Luis de Souza,<br />

Luis Tito Velasco Pereira, Leonardo Machado, Jonhyn Hara e Eluza Silva da<br />

Silveira, Edinéia Rosa Ferreira Santana.<br />

Aos autores das teses que se solidarizaram, pessoalmente, com a minha: Maria<br />

Isabel Pereira Vianna e Vladimir Ferreira de Souza.<br />

A estatística é sempre uma amante traiçoeira, por isto foi tão importante contar com<br />

apoio e a parceria de José Eduardo Moncau, Marcos Bussacos, Julio César<br />

Rodrigues Pereira e Rejane Augusta de Oliveira Figueiredo.<br />

Àqueles que além das qualidades que só a amizade permite conhecer, socorreram-me<br />

<strong>no</strong>s muitos momentos críticos: Adria<strong>no</strong> Galvão, Ana Inês Simões Cardoso de Melo,<br />

Jorge Mesquita Huet Machado, Luiz Carlos Fadel de Vasconcellos e Marcelo<br />

More<strong>no</strong> dos Reis.


Ao buscar profissionais, eu tive o privilégio de contar com a experiência e o afeto de<br />

Antônio Vicente Ribeiro (meu pai), Sérgio Augusto Medeiro Ribeiro e Nilton<br />

Fernandes Maini (meus primos).<br />

Manter concomitantemente trabalho e o doutorado, só com a anuência, a tolerância<br />

<strong>no</strong>s momentos de destempero e a compreensão de uma coordenação virtual pela<br />

equipe do Programa de Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado de Saúde do<br />

Rio de Janeiro. Obrigado, Cláudio Kleber Figueiredo, Eduardo Bravo, Eliete Chuff<br />

Souto, Leonardo Machado, Marcelo de Jesus Nóbrega, Regina Machado, Paulo<br />

César Roxo, Valéria Nogueira e Eduardo Bethleim. Em especial, a generosa<br />

substituição exercida por Clara Teixeira na coordenação do Programa durante tantos<br />

e freqüentes períodos de afastamento. Ao apoio dos Superintendentes de Saúde<br />

Coletiva: Yolanda Bravim e Aloysio Ribeiro Neto.<br />

Esta etapa do crescimento acadêmico contou, necessariamente, com o apoio do corpo<br />

docente do Instituto de Nutrição da UERJ, em especial a equipe do Departamento de<br />

Nutrição Social.<br />

Agradeço a inestimável contribuição dos representantes dos sindicatos dos<br />

trabalhadores a quem submeti tantas dúvidas e recebi, invariavelmente, preciosas<br />

informações: Salvador Alves de Oliveira, Jorge Luiz, Valmir Braga e Odilon Horta.<br />

Mais do que um mero apoio institucional, agradeço <strong>à</strong> equipe de suporte da<br />

Datamec/Unisys, pelo empenho <strong>no</strong> meu processo de re-leitura da RAIS, em especial<br />

a Daniel Rocha e Silva e Maria Carvalho da Silva Lima.<br />

Da mesma forma, agradeço a toda a equipe da <strong>Fundacentro</strong>/ São Paulo.<br />

Ao acolhimento gentil e pessoal de Dario Mirabelli, as contribuições e o apoio de<br />

Timo Kauppinen e Kyle Steeland<br />

IX


Aos instigantes e profícuos debates com Anamaria Caricari, insistindo em “pensar<br />

saudável”. Aliar uma forma não linear de ensi<strong>no</strong> e, por conseqüência, construir uma<br />

<strong>no</strong>va forma afetiva de aprendizagem, obrigada professor José Eduardo Moncau.<br />

Ao acolhimento amoroso e especial do grupo da “Sala de Tisiologia” da Faculdade<br />

de Saúde Pública, onde sobrou apoio, respeito e calor huma<strong>no</strong>: Aparecida Natalia<br />

Rodrigues, Anderson Costa, Mary Dalva Toso Barbieri, Hellen Cristina Mattarazo,<br />

Regina Maura Cabral de Melo Abrahão, Rodrigo Sportello, Rosemairy Norye<br />

Inamine, Sergio Sartor, Profa Margarida Maria Mattos Brito de Almeida, Prof<br />

Péricles Alves Nogueira e prof Augusto Hasai K Santos. O afeto e a aceitação de<br />

vocês foram fundamentais para tornar as saídas e chegadas <strong>à</strong> Sampa me<strong>no</strong>s árduas e<br />

as dificuldades mais folclóricas do que impeditivas.<br />

Ainda na Faculdade de Saúde Pública é fundamental agradecer a paciência e a<br />

atenção dos funcionários da biblioteca, em especial <strong>à</strong> Sueli Campos. À toda equipe<br />

da coordenação da Pós-graduação, da Secretaria do Departamento de Epidemiologia,<br />

<strong>à</strong> Ângela Maria Pereira Silva, da Secretaria Geral, Angeli<strong>no</strong> e sua equipe na Xerox e<br />

o sorriso que temperava as tardes e os cafés de Anderson Fernandes e Ailton Fontes.<br />

Aos profissionais que associam competência, generosidade e gentileza em momentos<br />

tão cruéis como nas bancas. Obrigado, professores: Maria Regina Alves Cardoso,<br />

Arline Cury, Ubirajara de Matos, Hele<strong>no</strong> Corrêa, Eduardo Algranti, Julio Cesar<br />

Rodrigues Pereira e o desprendimento que só um intenso tempero baia<strong>no</strong> permite <strong>à</strong><br />

Vilma Santana.<br />

À Bira Câmara, artista e autor da capa desta tese. Como todos os amigos, nem ele<br />

escapou deste meu momento.<br />

Aos sindicalistas, técnicos e pesquisadores que fazem e defendem a Saúde do<br />

Trabalhador <strong>no</strong> Estado e na cidade de São Paulo, com os quais estreitei laços e<br />

ampliei o respeito. Obrigado pelo acolhimento, a solidariedade, o carinho e os<br />

chopps.<br />

X


São inumeráveis os momentos subtraídos da família e dos amigos. Aos meus pais,<br />

irmãos, cunhados, tios, primas e amigos, meu agradecimento pela compreensão e as<br />

mensagens de apoio mesmo sem compreender muito bem as longas ausências, a<br />

impaciência e o isolamento.<br />

Ao primeiro sorriso incentivador do Doutorado em São Paulo e tantos outros afagos<br />

físicos, teóricos e emocionais, querida prima, Lídia Christine Goulart Ribeiro.<br />

Agradeço também <strong>à</strong>queles que neste período traíram a confiança, ameaçaram e<br />

negaram apoio ou informação. Estes me ajudaram a perceber o quanto a<br />

solidariedade, aliada ao propósito da defesa da igualdade entre os homens, pode e<br />

deve ser a tônica de uma vida.<br />

Por trás da aluna, da coordenadora e da professora existe uma mulher, que seria a<br />

primeira a ser suprimida neste processo não fosse a paciência, o carinho e o amor de<br />

um homem muito especial, a quem a intensidade de meu agradecimento não permite<br />

reduzir a emoção <strong>à</strong> dimensão das palavras: Sérgio Luiz Ferreira Agria.<br />

Aos que iniciaram o processo de identificação, denúncia e controle da exposição <strong>à</strong><br />

sílica decorrente do trabalho nas décadas de 80 e 90 <strong>no</strong> Estado do Rio de Janeiro.<br />

Trabalhadores, técnicos e parlamentares, espero que esta tese mantenha acesa chama<br />

em respeito ao legado e ao esforço de vocês.<br />

A todos, minha emoção, meu carinho e minha profunda gratidão!!<br />

XI


APRESENTAÇÃO<br />

Ela sentiu o (talvez) último frio na barriga daqueles tempos de <strong>no</strong>vos (e que !)<br />

desafios. Eram 18 horas e a última etapa da seleção para o doutorado na Faculdade de<br />

Saúde Pública da USP. Quando viu o número de candidatos que disputavam uma<br />

vaga lembrou-se que não passava por este tipo de disputa desde o vestibular.<br />

Seu lado de “se dar por vencida” pensou o quanto seria difícil estudar a mais de<br />

400 quilômetros de casa, cansativo, dispendioso, sacrificante, e sabe-se lá mais o quê.<br />

Mas, seguindo seu anjo da guarda, deixou-se levar pelo seu lado de tentar ser<br />

vencedora. E comemorou com ele (seu anjo da guarda) o resultado da prova escrita,<br />

última etapa na seleção de doutorado.<br />

Ela já vinha, muito antes, dando os primeiros passos, desde o mestrado na<br />

Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), onde foi aluna <strong>no</strong> Departamento de<br />

Epidemiologia das Grandes Endemias, e onde teve oportunidade de conhecer o Prof.<br />

Victor Wünsch Filho, primeiro através de seus textos e depois pessoalmente. Seu anjo<br />

da guarda, sempre muito comedido em opiniões, já sabia, dez a<strong>no</strong>s antes, que ele seria<br />

seu orientador de doutorado. Por isso, quando o Victor a acolheu como orientanda ele<br />

(o anjo da guarda) deve ter sorrido com a sua discrição de sempre.<br />

E foi que ela, ele (o anjo da guarda), os motoristas e os viajantes <strong>no</strong>tur<strong>no</strong>s da<br />

Via Dutra compartilharam aqueles a<strong>no</strong>s de desafios e descobertas. “Chegar e partir<br />

são só dois lados da mesma viagem” – pensava ela <strong>no</strong> vai e vem semanal, em que a<br />

coordenação do Programa Estadual de Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado<br />

de Saúde do Rio de Janeiro, continuava sob sua responsabilidade, e que teria sido<br />

inviabilizada, se não tivesse tido a solidariedade de seus companheiros de trabalho, de<br />

seu orientador e dele (o anjo da guarda).<br />

Bolas de gude pareciam ser um bom começo para retomar a infância, como<br />

num desafio de entrar <strong>no</strong>s labirintos da estatística. Pois foi com elas (as bolas de<br />

gude) que o professor José Eduardo Moncau (Peninha) levou-a aos labirintos, na<br />

disciplina Análise Estatística I, <strong>no</strong> Departamento de Medicina Preventiva da Escola<br />

Paulista de Medicina. Nos labirintos, tor<strong>no</strong>u-se refém da ciência quando deixou de ser<br />

refém do valor de “p” e aprendeu (com o professor) a analisar uma Coorte com bolas<br />

XII


XIII<br />

de gude e a respeitar (como amigo Peninha) a possibilidade da dúvida como um<br />

momento especial do conhecimento.<br />

Os labirintos da estatística eram intercomunicáveis (quantas surpresas ainda lhe<br />

estavam reservadas?) com a Epidemiologia. E foi assim na disputada disciplina Tipos<br />

de Estudos Epidemiológicos, do Departamento de Medicina Preventiva da USP, com<br />

o professor José Eluf Neto e seu questionamento pontual, toda quarta-feira <strong>à</strong>s 8 horas<br />

da manhã impreterivelmente, aos alu<strong>no</strong>s de mestrado e doutorado sobre a real<br />

intenção com a disciplina. As surpresas deste lado do labirinto reservavam a ela a<br />

irreverência das aulas e a densidade do conhecimento transmitido, a ponto de fazê-la<br />

pensar <strong>no</strong> valor dos estudos de Ensaio Clínico e a responder (silenciosamente ao anjo)<br />

que a intenção dela com a disciplina foi constatar que as diversas nuances do processo<br />

saúde-doença só poderiam ser captadas num estudo Observacional. Mais surpresas ao<br />

revisitar Hennekes, Rothman, Kelsey e Greenland – os guias dos labirintos.<br />

- Dê asas <strong>à</strong> sua criatividade – sussurou-lhe seu anjo da guarda – Você vai<br />

precisar dela! A oportunidade surgiu na disciplina Epidemiologia de Agravos<br />

Relacionados <strong>à</strong> Saúde do Trabalhador, com a ousadia de propor e apresentar uma<br />

proposta de estudo epidemiológico voltado para a identificação de aspectos<br />

positivadores da saúde, completamente baseado em métodos qualitativos e na<br />

investigação participativa do trabalhador. Dessa vez, seu anjo da guarda associou-se <strong>à</strong><br />

Ana Caricari e sua incessante necessidade de saber como a Epidemiologia deixava de<br />

pensar na doença e dialogaria com a Promoção da Saúde.<br />

Muito sol, e os Cursos de Verão da Faculdade de Saúde Pública podem ser uma<br />

alternativa <strong>à</strong> praia quando o assunto é complexo, como Análise de Regressão,<br />

conduzido pela professora Maria do Rosário Latorre, e as delícias do mar de verão<br />

cedem a oportunidade a essa experiência profícua e única.<br />

Disciplinas <strong>à</strong> parte, vez por outra os labirintos cediam espaços a janelas em que<br />

o método assumia corpo e dificuldades em estudos reais. Nos estudos coordenados<br />

pelo orientador, ela pode sentir de perto a dinâmica e as intercorrências de um estudo<br />

Caso-Controle articulado com outros países, como o projeto multicêntrico<br />

internacional “Estudo internacional de ambientes, vírus e câncer da cavidade oral e<br />

laringe” que se encontrava em processo de análise de dados. A investigação da<br />

exposição ocupacional deste projeto envolvia um ponto muito delicado do estudo em


XIV<br />

câncer, a recuperação retrospectiva do histórico ocupacional e a conseqüente<br />

atribuição de categorias de risco. Além deste, o estudo “Coorte Retrospectiva dos<br />

Trabalhadores da Indústria da Borracha de São Paulo” encontrava-se em franco<br />

desenvolvimento, o que também lhe propiciou acompanhar a difícil tarefa de<br />

recuperar informações de trabalhadores nas bases de dados já existentes.<br />

Ao fim do primeiro a<strong>no</strong> já era momento dela definir o Projeto de Tese. Suas<br />

idéias iniciais ainda não estavam “<strong>no</strong> ponto” de se articularem. Não porque não<br />

fossem articuláveis, mas porque articulá-las era a própria essência da tese.<br />

Que o tema seria câncer ocupacional ela (o anjo) e o orientador já sabiam, mas<br />

por onde começar? A importância do câncer relacionado ao trabalho, tema de<br />

domínio do orientador, era sua fonte instigadora para os <strong>no</strong>vos céus <strong>no</strong>s quais ela<br />

queria voar. Fosse por seu acúmulo na discussão da epidemiologia e o trabalho, fosse<br />

pela capacidade dessa doença se mostrar socialmente visível, pode-se dizer, somente<br />

com a pesquisa cuidadosa de evidenciá-la a partir da dimensão epidemiológica.<br />

Os dados da pesquisa, somente muitos cafés, chás e discussões depois,<br />

assumiram a possibilidade de explorar a base de dados administrativas do Ministério<br />

do Trabalho - RAIS 1 - cuja abrangência nacional, riqueza de informações e<br />

disponibilidade numa série histórica de 16 a<strong>no</strong>s era sedutora. As dificuldades<br />

residiam <strong>no</strong> caráter administrativo destas bases, criadas para acompanhar o<br />

movimento de emprego e desemprego <strong>no</strong> país. Grande parte das publicações do<br />

professor Marcio Pochmann e da equipe da Unicamp se utiliza destas bases. Antes de<br />

configurar um limite, ela encarou a apropriação destas bases como (mais) um desafio.<br />

É claro que nem ela nem seu anjo da guarda sabiam que a definição de um<br />

projeto de tese é uma etapa especialmente difícil. Particularmente pela falta da<br />

dimensão entre as metas (sonhadas) e o tempo (sempre contrário), além da<br />

delimitação do aterrorizante “objeto”. Mas, o que ela sabia, desde o início dos<br />

tempos, é que, além das questões objetivas de tempo e das dificuldades na<br />

disponibilização dos dados, havia a inquietude com o cotidia<strong>no</strong> das ações de<br />

prevenção em saúde do trabalhador e com o desejo de contribuir com o estado da arte,<br />

sem abandonar o teatro de operações.<br />

1 Relatório Anual de Informações Sociais


No processo de pensar/discutir/repensar o arcabouço teórico sobre câncer<br />

ocupacional e o uso das bases RAIS e CAGED, os estudos epidemiológicos do tipo<br />

painel foram amadurecendo nela e <strong>no</strong> seu anjo. Não bastassem estas questões a serem<br />

articuladas, havia mais um instrumento a dominar os acordes: a matriz de exposição<br />

ocupacional.<br />

Copiando Glauber, com estas idéias na cabeça e algumas ferramentas<br />

epidemiológicas na mão, a primeira proposta de estudar as 23 substâncias e processos<br />

de trabalho reconhecidos como canceríge<strong>no</strong>s pela Agência Internacional de Pesquisa<br />

em Câncer (IARC) da Organização Mundial de Saúde, foi depurada <strong>à</strong> realidade e<br />

acabou por concentrar-se <strong>no</strong> estudo de duas substâncias: a sílica e os hidrocarbonetos<br />

policíclicos aromáticos (HPA) e de três processos de trabalho reconhecidos pela<br />

IARC como canceríge<strong>no</strong>s: as indústrias da borracha; da madeira; e metalúrgica.<br />

Com as substâncias cancerígenas eleitas, coube a seu anjo da guarda a inspiração<br />

e a ela a transpiração para dialogar com a base RAIS para que essa fornecesse o<br />

número de trabalhadores expostos <strong>à</strong>quelas duas substâncias e três processos de<br />

trabalho, <strong>no</strong> período de tempo em que se dispunha da informação em meio<br />

magnético: entre 1985 e 2001.<br />

Como objetivo adicional (e intencional) <strong>no</strong> projeto de tese, ela pensava em gerar<br />

critérios de vigilância em saúde do trabalhador para o controle de exposições a<br />

canceríge<strong>no</strong>s, considerando as especificidades regionais, além de analisar o potencial<br />

de uso e os limites das bases nacionais de dados administrativos - CAGED/RAIS - <strong>no</strong><br />

que tange <strong>à</strong> identificação e dimensionamento de trabalhadores expostos a<br />

canceríge<strong>no</strong>s.<br />

Se era ambiciosa essa meta, audaciosa também foi a banca que aprovou o projeto<br />

de tese, julgando-o exeqüível, em 8 de dezembro de 2001. Seu anjo da guarda, nesse<br />

dia, sussurrou-lhe: - A banca acredita na proposta porque acredita na capacidade de<br />

organização do seu orientador, <strong>no</strong> seu espírito inquieto e na sua formação em<br />

Saúde Pública e em Saúde do Trabalhador. E acrescentou: - E eu também já sabia<br />

que suas (<strong>no</strong>ssas) atividades docentes em Epidemiologia, <strong>no</strong> Departamento de<br />

Nutrição Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e os dez a<strong>no</strong>s<br />

de atuação em vigilância de ambientes de trabalho, junto ao Programa de Saúde do<br />

XV


XVI<br />

Trabalhador da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro acabariam por<br />

valer alguma coisa.<br />

A primeira etapa de seu trabalho foi “domar” o software que permite o trabalho<br />

com a base RAIS. Um rápido curso na Datamec (empresa administradora da base de<br />

dados) facilitou o contato, mas não a compreensão.<br />

Ao mesmo tempo em que ela extraía os primeiros números de trabalhadores<br />

registrados na RAIS, era preciso adotar um olhar de saúde para a base, e rapidamente,<br />

pois a enxurrada de dados ia começar. Preparar-se para recebê-los, por meio do<br />

desenvolvimento de uma matriz que estimasse a exposição <strong>no</strong> trabalho, dependia de<br />

bibliografia sobre exposição <strong>à</strong> primeira substância do estudo, a sílica cristalina.<br />

Referências internacionais não foram difíceis de encontrar, mas <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> estes dados<br />

rigorosamente não existem. Conta-se <strong>no</strong>s dedos de uma das mãos os estudos de<br />

avaliação ou estimativa de exposição com metodologia adequada. Mais uma<br />

encruzilhada <strong>no</strong> labirinto. A alternativa era “descobrir” dados não publicados com os<br />

pesquisadores <strong>no</strong> tema.<br />

Foi quando ela procurou o Dr. Eduardo Algranti, da <strong>Fundacentro</strong>/SP.<br />

Provavelmente por influência de seu anjo, sua tese atendia a vários objetivos do<br />

Programa Nacional de Eliminação da Silicose, coordenado pelo Dr. Algranti, e mais<br />

do que troca de informações, estabeleceu-se verdadeira parceria. Uma porta<br />

descerrada do labirinto, pensava ela.<br />

Um projeto de pesquisa foi criado entre a <strong>Fundacentro</strong> e a Faculdade de Saúde<br />

Pública, incluindo os objetivos de sua tese. E o anjo voltou a sussurrar - Só isso? Não<br />

satisfeitos com as deficiências de debate nacionais, ela, o orientador e o Eduardo<br />

incluíram também <strong>no</strong> projeto um ousado seminário internacional sobre a questão da<br />

exposição a canceríge<strong>no</strong>s ocupacionais. No minuto seguinte nem precisou de anjo<br />

para pensar: E depois do Seminário? Pronto, acrescentou-se, também, <strong>no</strong> projeto uma<br />

Oficina Nacional para debater o tema. Este projeto viabilizou alguns recursos para a<br />

tese, como um equipamento de informática, o financiamento de algumas passagens<br />

aéreas e um simbólico pagamento de classificação da exposição e de um<br />

programador, que se constituíram em bálsamos estimulantes para continuar<br />

peregrinando pelos labirintos.


XVII<br />

O desenvolvimento de uma matriz de exposição ocupacional (carinhosamente<br />

abreviada de MEO) teria sido uma luta muito mais árdua, se não tivesse o apoio de<br />

Ester Archer de Camargo, higienista da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo,<br />

para criar (e seguir) rotinas para presumir a exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica na MEO<br />

de 25 colunas por 347 linhas, classificando 8.675 células de intersecção (sem incluir<br />

os desdobramentos que foram necessários).<br />

O percurso da primeira MEO se prolongou por 18 meses, num processo em que<br />

tudo era artesanal, os recursos, as planilhas, a estimativa mais adequada dos<br />

trabalhadores empregados, os critérios para as muitas situações de impasse e seu anjo<br />

lembrava a todo instante que, em algum momento lá na frente, seria necessário<br />

explicar o porque de tudo isso. E foram dias, fins de semanas e <strong>no</strong>ites na Faculdade<br />

de Saúde Pública, consultando bibliografias, consultando empresas, pessoas, nem<br />

sempre amigos, outros sequer conhecidos.<br />

Neste momento, mesmo para um labirinto, já era clara a impossibilidade de<br />

construir cinco MEOs, além disso, uma inquietação sobre a qualidade da primeira<br />

MEO ainda incomodava a lembrança.<br />

Foi quando ela recorreu “ao brilho dos amigos”, pesquisadores experientes, o<br />

professor José Eduardo Moncau, da Escola Paulista de Medicina, e a professora<br />

Vilma Santana, da Universidade Federal da Bahia, o orientador e o anjo, que ao fundo<br />

cantarolava “É quando me encontro perdido nas coisas que eu criei. E eu não sei.<br />

Eu não vejo além da fumaça”. Deste momento de reflexão conjunta, a compreensão<br />

dela foi caminhar de volta sobre o próprio caminho pisado e rever as perguntas que<br />

ainda restavam por ser respondidas.<br />

Assim, nestas voltas que o mundo dá, o revigoramento do debate acerca da<br />

Silicose <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, favoreceu a decisão de abandonar a proposta inicial do projeto de<br />

tese e aprofundar a avaliação do potencial e dos limites da MEO de sílica.<br />

Não faltavam motivos para retornar <strong>no</strong>s mesmos corredores do labirinto, a alta<br />

prevalência de Silicose denunciada em 1990 pelo DIESAT 2 e por vários sindicatos de<br />

trabalhadores 13 a<strong>no</strong>s depois ainda representava um problema não solucionado. O<br />

anjo pensou: Até que enfim ela ouviu a banda passando!<br />

2 Departamento Intersindical de Saúde do Trabalhador


XVIII<br />

Como o “tempo não pára”, algumas ilhas, flutuando na direção contrária <strong>à</strong> maré,<br />

seguiram mantendo acesa a indignação. Assim, a lei de proibição do uso de areia seca<br />

como abrasivo para o jateamento na indústria naval do Estado do Rio de Janeiro em<br />

1992 e, posteriormente <strong>no</strong> Estado do Paraná e <strong>no</strong> município de Joinville/Santa<br />

Catarina não deixaram o problema esmorecer.<br />

Novos ventos sopravam com o movimento internacional de eliminação da<br />

Silicose, em especial o Programa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e<br />

da Organização Mundial de Saúde (OMS) para eliminação global da Silicose.<br />

Acendeu mais uma estrela e o <strong>no</strong>vo ânimo era desenvolver programas nacionais que<br />

conseguissem reduzir significativamente as taxas de incidência da doença até o a<strong>no</strong><br />

2010 e eliminar a Silicose como problema de saúde pública até o a<strong>no</strong> 2030.<br />

Nunca se sabe de que recônditos lugares saem, mas estes sonhadores se uniram a<br />

um grupo de técnicos ligados a <strong>Fundacentro</strong> e voltaram a fazer projetos, talvez<br />

inspirados pelo <strong>no</strong>vo século, em 2000.<br />

Mas ela sabia que ainda havia muito a percorrer até sair do labirinto e poder se<br />

juntar a estes poetas. Mais seis meses, soprava o anjo, e depois de três meses<br />

detalhando cada critério de exposição ainda faltava validar a MEO. Ah! Eu quero ter<br />

um milhão de amigos!<br />

Mais uma vez, recorrendo <strong>à</strong> experiência de higienistas, engenheiros, médicos,<br />

sindicalistas e trabalhadores (leia-se amigos, parentes, pesquisadores que cruzaram o<br />

caminho, autores de teses e de trabalhos científicos) foram envolvidos na reclassificação<br />

da MEO. Mais uma trilha desbravada, agora era possível submeter os<br />

resultados <strong>à</strong> força implacável da estatística e testar o processo de classificação criado<br />

na sua capacidade de se reproduzir (confiabilidade) e <strong>no</strong> seu poder de identificação<br />

frente a uma situação (validade ou acurácia). E não é que os Deuses (Gauss e Kohen)<br />

incorporaram <strong>no</strong> estatístico Marco Bussacos e ajudaram.<br />

Mas ainda precisa ter certeza que, para além dos números, a jovem MEO era<br />

capaz de enfrentar as agruras da vida real. Assim, submeteu-a em 2001 ao Programa<br />

de Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, durante<br />

o processo de eleição de questões prioritárias para o planejamento em Vigilância em<br />

Saúde do Trabalhador. Foi tocada de todas as formas por especialistas, que<br />

identificaram os setores com maior exposição a substâncias pré-definidas, e também


XIX<br />

por coordenadores de Programas Municipais de Saúde do Trabalhador que traziam o<br />

teórico para o mundo real. Enfim, a MEO foi capaz de responder <strong>à</strong>s perguntas e<br />

permitiu planejar ações ligadas <strong>à</strong> <strong>no</strong>tificação, capacitação e vigilância de ambientes e<br />

processos de trabalho.<br />

Neste tempo, por um acaso provavelmente promovido por seu anjo da guarda,<br />

estava sendo organizado o Third International Symposium on Silica, Silicosis, Cancer<br />

and Other Diseases (ISSSCOD3), em Santa Margherita Ligure, Itália para 2002. Ela,<br />

acreditando que sua tese era a coisa mais importante desta e de outras vidas, enviou<br />

um trabalho com a estrutura da MEO e as primeiras prevalências obtidas. Seu anjo<br />

lhe sussurrou: - Nós vamos para a Itália! Trabalho aceito, faltava acertar o “detalhe”<br />

do financiamento - as paredes de vidro deste labirinto.<br />

Doutoranda arrojada, anjo da guarda também, orientador mais ainda, a ponto de<br />

conseguir para ela um estágio na Unita di Epidemiologia dei Tumori, Centro per la<br />

Prevenzione Oncologica Piemonte, em Turin, com o Dr.Dario Mirabeli. O objetivo<br />

era debater o CAREX, um sistema criado para estimar a exposição ocupacional a<br />

canceríge<strong>no</strong>s ocupacionais aplicado em 15 países da União Européia, em que muito<br />

se espelhou para criar a MEO. Dr Dario havia participado deste processo e, ainda<br />

mais, trazia a bagagem da experiência italiana em saúde do trabalhador. Quem sabe<br />

ainda não encontraria por lá ainda o Prof Giovanni Berlinguer? Mas, submeter a<br />

MEO brasileira para a sílica a mais uma análise era também (e talvez o principal)<br />

objetivo do estágio.<br />

Com a passagem para a Itália financiada pela Faculdade de Saúde Pública, o<br />

resto o jeitinho carioca resolveria e resolveu. O que parecia ser a saída do labirinto, só<br />

significou um estágio mais avançado nas dificuldades. O saldo, realista, mostrou que<br />

construir a MEO não era <strong>no</strong>vidade, que o método de classificação da exposição<br />

presumida era apenas mais uma entre as dezenas de técnicas para construir MEO que<br />

cada país presente <strong>no</strong> Simpósio dispunha. Mas quem pensou em fracasso não conhece<br />

a Fênix por traz de todo alu<strong>no</strong>. Quanto aprendizado com os personagens da estante,<br />

dos artigos <strong>no</strong> fichário e daqueles que só imagina-se habitar o Medline. O estágio em<br />

Turin permitiu desmistificar o CAREX, concluir que as estratégias de criação da<br />

MEO estavam <strong>no</strong> caminho certo e a <strong>no</strong>vidade “ao sul do equador” era demonstrar a<br />

tendência temporal desta exposição.


A segurança <strong>no</strong> labirinto, agora, era bem maior, “beber” dos autores depois de<br />

ter bebido com eles é muito mais huma<strong>no</strong> e agradável.<br />

O trabalho apresentado <strong>no</strong> Simpósio foi convidado a ser submetido ao American<br />

Journal of Industrial Medicine, o que significou mais algumas semanas de trabalho<br />

árduo entre outubro e dezembro para que chegasse <strong>no</strong> formato e <strong>no</strong> tempo ao Public<br />

Health Institute, na Califórnia/EUA. Até hoje ela aguarda <strong>no</strong>tícias e seu anjo ainda<br />

não se manifestou.<br />

Ah, o tempo! Podia dar um descanso pelo me<strong>no</strong>s <strong>no</strong> carnaval. Não deu. E<br />

trabalhando até agosto de 2003, foi possível contar com os primeiros resultados da<br />

prevalência nacional de exposição <strong>à</strong> sílica. E lá foi ela fazer uma apresentação oral <strong>no</strong><br />

VII Congresso <strong>Brasil</strong>eiro de Saúde Coletiva, em Brasília. E como agora virou moda<br />

pedir artigos aos pobres congressistas, mais um artigo completo está em vias de<br />

publicação <strong>no</strong>s anais do evento.<br />

Podia ser só impressão, mas o labirinto estava ficando me<strong>no</strong>r. Claro que o anjo<br />

apenas sorria e pensava em Milton Nascimento “se muito vale o já feito, mais vale o<br />

que será”.<br />

Esta movimentação toda não podia passar inócua num planeta em que tudo está<br />

relacionado. Assim, lá foi ela, aparecer na Revista Proteção, número 141, que<br />

circulou com a primavera de 2003.<br />

Em outubro, o sonhado momento de reunir aqueles habitantes misteriosos do<br />

capítulo “referência bibliográfica” de todo trabalho sobre exposição e sílica chegara.<br />

O Simpósio Internacional sobre Avaliação de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> a<br />

Canceríge<strong>no</strong>s, em São Paulo propiciou alguns dos poucos momentos de prazer ao<br />

orientador. A apresentação da MEO e os resultados da tendência foi bem recebido<br />

tanto pelos convidados estrangeiros, em especial Dr Timo Kauppinen, Dr Kyle<br />

Steeland e Dr. Mustafá Dosemeti, como pelo público nacional que não se intimidou<br />

em pedir mais do trabalho da pobre aluna. E não é que ela, o orientador e o anjo<br />

topam, e desmembram o cenário brasileiro em regiões geográficas. Quem mandou<br />

provocar?<br />

Na Oficina de Trabalho Nacional sobre Canceríge<strong>no</strong>s Ocupacionais todos os<br />

seres mitológicos apresentaram-se, e não é que deu certo. Mas havia muito de Sísifo a<br />

realizar.<br />

XX


XXI<br />

A redução do labirinto era apenas miragem da euforia. Não há energia que<br />

sustente o ritmo do tempo. Mas, como nenhuma tese acaba, é o tempo que termina,<br />

<strong>no</strong> final do a<strong>no</strong> também findava o prazo de apresentação da tese para a pré-banca e,<br />

claro, o trabalho ainda não estava encerrado a contento. O anjo nem precisou lembrar-<br />

Eu te avisei!<br />

Agora é rezar para os anjos da banca e para o cardiologista do orientador! Ela<br />

podia sonhar com cada um dos erros que não foram corrigidos, os mais primários<br />

eram os maiores pesadelos. Mas, anjo de plantão e o universo conspirando a favor, a<br />

banca apostou na dialética, e ela compreendeu “A visão de um incêndio de girassóis<br />

na alma de uma lesma” de Ma<strong>no</strong>el de Barros. Não estava livre, ainda, do labirinto.<br />

O espaço formado pelos contor<strong>no</strong>s <strong>no</strong> vácuo configuraram o formato da tese,<br />

reunindo artigos como se fossem formigas, frágeis isoladamente, mas unidas<br />

assumem cor e textura. Cada uma delas (as formigas) se configura em capítulos<br />

densos e síntese (forçada) do triplo de páginas e ainda outras tantas idéias. Mas assim,<br />

breves e amistosas, ela pensava que seria mais palatável <strong>à</strong> disseminação acadêmica.<br />

Logo, estas <strong>no</strong>vas cores e texturas ela apresentava para a Faculdade de Saúde Pública,<br />

talvez seu último toque <strong>à</strong> solidez daquelas estruturas centenárias.<br />

O anjo sempre teve razão, a garoa paulista fez toda diferença. Os muitos Brasis<br />

presentes ou passageiros em São Paulo foram nichos férteis para este desafio e<br />

continuaram a sê-lo pois esta cidade quatrocentenária é a própria luneta do <strong>Brasil</strong>.<br />

Porém, como bem lembra Leo Masliah - “lunetas, lunáticas, lançadas ao<br />

espaço e o mundo inteiro, inteiro, inteiro, fossem vendo para depois voltar para<br />

o Rio de Janeiro”.<br />

Desde o povo Celta, só é possível sair do labirinto quando se alcança o<br />

conhecimento. O labirinto continua, mas para ela com um <strong>no</strong>vo horizonte reconstruído.<br />

O anjo ainda suspira, temendo o próximo arroubo.<br />

Ah! Ela sou eu.


RESUMO<br />

XXII<br />

Ribeiro FSN. <strong>Exposição</strong> ocupacional <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>: tendência temporal, 1985<br />

a 2001. São Paulo; 2003.[Tese de Doutorado – Faculdade de Saúde Pública da USP].<br />

Objetivo. Estimar a magnitude da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> entre<br />

1985 e 2001 por meio de matriz de exposição ocupacional (MEO). Métodos. A<br />

MEO foi construía a partir da intersecção de 347 grupos ocupacionais e 25 setores<br />

econômicos, validada e, posteriormente, incluída a força de trabalho ocupada descrita<br />

na base Relatório Anual de Informações Sociais <strong>no</strong> período de 1985 a 2001.<br />

Especialistas estimaram a exposição presumida <strong>à</strong> sílica em quatro categorias,<br />

segundo a freqüência na jornada semanal de trabalho: não expostos (NE), exposições<br />

abaixo de 1%; possivelmente expostos (PsE), entre 1 e 5%; provavelmente expostos<br />

(PrE), entre 5 e 30%; e definitivamente expostos (DE), exposições acima de 30% da<br />

jornada semanal. Para cada a<strong>no</strong> foi calculada a prevalência da exposição por sexo,<br />

setor econômico e região geográfica. A tendência da série histórica foi analisada por<br />

regressão linear simples. Resultados. A validação da MEO apresentou concordância<br />

geral acima de 64%, com Kappa variando de bom a regular, exceto para indústria<br />

têxtil, e especificidade acima de 85%. Em média, 14,4% dos trabalhadores ocupados<br />

estavam expostos a algum nível de sílica na jornada de trabalho. Na categoria DE os<br />

homens apresentaram prevalência média de 9,1% com tendência <strong>à</strong> estabilidade e as<br />

mulheres 0,6% com tendência <strong>à</strong> redução.Os trabalhadores DE concentraram-se em<br />

sete setores econômicos. Destacando-se a construção civil, que apresentou tendência<br />

crescente na prevalência de exposição em ambos os sexos, com incremento<br />

significativo na força de trabalho femini<strong>no</strong>. Ao contrário, os setores de extração<br />

mineral, metalurgia e indústria da borracha apresentaram redução da prevalência.<br />

Conclusões. A MEO desenvolvida neste trabalho apresentou boa concordância e alta<br />

especificidade. Como tendência geral, considerando-se todos os setores, houve<br />

redução do número de trabalhadores na categoria definitivamente expostos, porém na<br />

categoria provavelmente expostos a tendência foi crescente em todas as regiões.<br />

Descritores: Epidemiologia. <strong>Sílica</strong>. Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong>. <strong>Tendência</strong><br />

Temporal


SUMMARY<br />

XXIII<br />

Ribeiro FSN. <strong>Exposição</strong> ocupacional <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>: tendência temporal, 1985<br />

a 2001. [Occupational exposure to sílica in Brazil: time trends, 1985 to 2001]<br />

São Paulo (BR); 2003.[Tese de Doutorado – Faculdade de Saúde Pública da USP].<br />

Objective. To estimate the magnitude of occupational exposure to silica in Brazil<br />

from 1985 to 2001 using a job-exposure matrix (JEM) Methods. A JEM was<br />

developed relating 347 occupational groups to 25 eco<strong>no</strong>mical sectors. It was<br />

validated and applied to the number of workers from the database Annual Report of<br />

Social Information, since 1985 to 2001. Experts in hygiene and epidemiology<br />

classified the silica exposure in four categories, according to the presumed weekly<br />

frequency: <strong>no</strong> exposed (NE), exposures below 1% of an week of work; possible<br />

exposed (PsE), between 1 and 5%; probably exposed (PrE), between 5 and 30%; and<br />

definitively exposed (DE), above 30%. For every year the prevalence of exposure<br />

according to sex, eco<strong>no</strong>mic sectors and geographical area was calculated. The time<br />

trend was analyzed by linear regression. Results. An overall agreement between<br />

experts was over 64% and the Kappa varied from good to regular, except for textiles<br />

industry, and specificity over 85%. On average, 14.4% of the employees were<br />

exposed to some level of silica in the workday. Males in the category DE presented<br />

medium prevalence of 9.1%, with trend to stability; in females the medium<br />

prevalence was 0.6%, with decreasing trend. Workers DE were concentrated on<br />

seven eco<strong>no</strong>mic sectors. Noticeable is the construction sector, that shows increasing<br />

in the exposure prevalence for both sexes, particularly in the female workforce. In<br />

contrast, in the mining, metal, and rubber industry the exposure prevalence dropped<br />

for both sexes. Conclusions. The JEM developed presented good agreement and<br />

high specificity. The trend of workers definitively exposed was of reduction, but the<br />

category probably exposed presented increasing prevalence exposure in all regions of<br />

the country.<br />

Descriptors: Epidemiology. Silica. Job-Exposure Matrix. Time Trends


LISTA DE ABREVIATURAS<br />

CAREX – Carci<strong>no</strong>gen Exposure (sistema de classificação da exposição <strong>à</strong><br />

canceríge<strong>no</strong>s ocupacionais desenvolvido para o continente europeu.<br />

CBO – Classificação <strong>Brasil</strong>eira de Ocupações<br />

CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas<br />

DE – Definitivamente Exposto<br />

IARC – Internacional Agency for Research on Cancer.<br />

IBGE – Instituto <strong>Brasil</strong>eiro de Geografia e Estatística<br />

IC – Intervalo de Confiança<br />

MEO – Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong><br />

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego<br />

NE – Não Expostos<br />

NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health<br />

OMS – Organização Mundial de Saúde<br />

OSHA – Occupation Safety and Health Administration<br />

PEA – População Eco<strong>no</strong>micamente Ativa<br />

PrE – Provavelmente Expostos<br />

PsE – Possivelmente Expostos<br />

RAIS – Relatório Anual de Informações Sociais<br />

XXIV


ÍNDICE<br />

1 INTRODUÇÃO GERAL..................................................................................... 01<br />

1.1 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL....................................................................... 04<br />

1.2 BASE DE DADOS............................................................................................ 07<br />

1.3 ESTRUTURA DA TESE...................................................................................09<br />

1.4 REFERÊNCIAS................................................................................................ 11<br />

2 OBJETIVOS......................................................................................................... 14<br />

2.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................... 15<br />

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................ 15<br />

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................ 16<br />

Artigo. AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA DA EXPOSIÇÃO<br />

OCUPACIONAL A CANCERÍGENOS:ABORDAGEM<br />

EPIDEMIOLÓGICA E APLICAÇÃO EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE<br />

RESUMO...........................................................................................................17<br />

SUMMARY ......................................................................................................18<br />

3.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................19<br />

3.2 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A CANCERÍGENOS................................... 20<br />

3.3 ABORDAGENS METODOLÓGICAS.............................................................22<br />

3.3.1 Mensuração da exposição ambiental .......................................................... 23<br />

3.3.2 Marcadores biológicos.................................................................................24<br />

3.3.3 Questionários e entrevistas.......................................................................... 24<br />

3.3.4 Classificação de ocupação e atividade econômica...................................... 25<br />

3.3.5 Avaliação caso a caso por especialistas.......................................................26<br />

3.3.6 Matrizes de exposição ocupacional............................................................. 28<br />

3.4 ERROS DE MENSURAÇÃO........................................................................... 30<br />

3.5 VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR........................................ 31<br />

3.5.1 Bases de dados............................................................................................. 33<br />

3.5.2 Vigilância da exposição............................................................................... 35<br />

3.6 CONCLUSÕES................................................................................................. 37<br />

3.7 REFERÊNCIAS................................................................................................ 38<br />

LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 1- Classificações qualitativas de exposições ocupacionais a<br />

canceríge<strong>no</strong>s<br />

4 MÉTODOS............................................................................................................42<br />

Artigo. DELINEAMENTO E VALIDAÇÃO DE MATRIZ DE<br />

EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL À SÍLICA<br />

RESUMO...........................................................................................................43<br />

SUMMARY ......................................................................................................44<br />

4.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 45<br />

4.2 MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 47<br />

4.2.1 Fonte de dados e variáveis .......................................................................... 47<br />

4.2.2 Estrutura da matriz e classificação da exposição.........................................48<br />

4.2.3 Estimativa do número de trabalhadores expostos <strong>à</strong> sílica........................... 53<br />

4.2.4 Aferição da matriz ...................................................................................... 53<br />

4.3 RESULTADOS............................................................................................... 55


4.4 DISCUSSÃO................................................................................................... 59<br />

4.5 REFERÊNCIAS.............................................................................................. 62<br />

LISTA DE FIGURAS E TABELAS<br />

Figura 1- Etapas e critérios de decisão na construção da MEO para sílica.<br />

Tabela 1 – Critérios para a classificação da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica<br />

Tabela 2– Proporção de categorias de exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica<br />

classificados pelos especialistas do estudo e pelos peritos, segundo<br />

setores econômicos selecionados.<br />

Tabela 3 – Proporção de concordância geral específica, Kappa e<br />

intervalo de confiança entre os especialistas do estudo e os peritos na<br />

classificação da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica por setores<br />

econômicos selecionados.<br />

Tabela 4 – Sensibilidade e especificidade da classificação de exposição<br />

ocupacional <strong>à</strong> sílica por setores econômicos selecionados.<br />

5 RESULTADOS...............................................................................................<br />

Artigo. TENDÊNCIA TEMPORAL DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL À<br />

SÍLICA NO BRASIL<br />

65<br />

5.1<br />

RESUMO...........................................................................................................66<br />

SUMMARY.......................................................................................................67<br />

INTRODUÇÃO................................................................................................. 68<br />

5.2 MÉTODOS........................................................................................................ 70<br />

5.3 RESULTADOS................................................................................................. 72<br />

5.4 DISCUSSÃO...........................................................................................78<br />

5.5 REFERÊNCIAS.................................................................................................82<br />

LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 1- Prevalência de trabalhadores considerados definitivamente<br />

expostos <strong>à</strong> sílica por sexo e setor econômico. <strong>Brasil</strong>, 1985 e 2001.<br />

Gráfico 1- Prevalência de trabalhadores expostos <strong>à</strong> sílica por categoria de<br />

exposição, segundo sexo. <strong>Brasil</strong>, 1985 a 2001.<br />

Gráfico 2- Prevalência da categoria definitivamente expostos <strong>à</strong> sílica por<br />

sexo, segundo setores econômicos selecionados. <strong>Brasil</strong>, 1985 a 2001.<br />

Gráfico 3- Prevalência da exposição <strong>à</strong> sílica por categoria de exposição<br />

para ambos os sexos, segundo região geográfica brasileira. 1985 a<br />

2001.<br />

6 CONCLUSÕES GERAIS.................................................................................... 86<br />

6.1 SOBRE O DOUTORADO.................................................................................87<br />

6.2 SOBRE OS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO..................................................... 87<br />

6.3 SOBRE A MATRIZ DE EXPOISÇÃOOCUPACIONAL................................ 88<br />

6.4 SOBRE OS RESULTADOS..............................................................................89<br />

ANEXOS................................................................................................................92<br />

Anexo I- Setores econômicos–Correspondência entre CNAE/95 e CNAE/80. AI.1<br />

Anexo II- Critérios adotados para a classificação das categorias de exposição AII.14<br />

Anexo III. Matriz de exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica. <strong>Brasil</strong>. 1980-1990 AIII.16<br />

Anexo IV. População trabalhadora registrada na RAIS. <strong>Brasil</strong>.1995. AIV.27


1 INTRODUÇÃO GERAL


INTRODUÇÃO GERAL 2.<br />

1 INTRODUÇÃO GERAL<br />

A utilização da Epidemiologia na compreensão e nas intervenções <strong>no</strong> processo de<br />

trabalho-saúde <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> tem sido crescente <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s. Entretanto,<br />

habitualmente, as investigações concentram-se na perspectiva de examinar acidentes<br />

ou doenças já ocorridos. Por outro lado, a investigação retrospectiva de exposições<br />

relacionadas a doenças crônicas, freqüentemente, identifica situações muitas vezes<br />

bastante distintas das condições atuais. Isto é particularmente verdadeiro para<br />

doenças com longos períodos de latência, a exemplo do câncer de origem<br />

ocupacional, cujos processos de trabalho e exposições vigentes na ocasião do<br />

diagnóstico podem ser completamente distintos daqueles presentes <strong>no</strong> momento da<br />

exposição da doença.<br />

As conseqüências para a saúde decorrentes da exposição a inúmeras substâncias<br />

relacionadas com o trabalho estão disponíveis em extensa bibliografia (Clayton e<br />

Clayton 1991; Burguess 1997; Mendes 2003). Sob a ótica da prevenção, as<br />

exposições decorrentes das atividades ocupacionais oferecem uma oportunidade<br />

singular de observar, identificar, mensurar e interferir na relação de causa e efeito.<br />

Todavia, metodologias auxiliando a Epidemiologia para a investigação de efeitos sob<br />

exposição em baixas doses, exposições intermitentes, diferenças individuais e<br />

conseqüências para grupos heterogêneos de exposição são pouco aplicadas.<br />

Os efeitos sobre a saúde decorrentes da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica são bem<br />

conhecidos. A última revisão realizada pelo National Institute for Occupational<br />

Safety and Health (NIOSH, 2002) discutiu as relações da sílica não apenas com a<br />

silicose, mas também com as doenças auto-imunes e o câncer. A International<br />

Agency for Research on Cancer (IARC) da Organização Mundial de Saúde<br />

reconheceu a sílica como canceríge<strong>no</strong> para huma<strong>no</strong>s em 1997. Os dados disponíveis<br />

na literatura permitem estimar que o risco cumulativo de silicose (categoria<br />

radiológica da Organização Internacional do Trabalho 1/1 ou maior) sob exposição a<br />

um nível de 0,1 mg/m 3 por mais de 30 a<strong>no</strong>s, seria de 5 a 10%, enquanto o risco de<br />

câncer de pulmão nesta situação de exposição aumentaria mais de 30% (Finkelstein<br />

2000).


INTRODUÇÃO GERAL 3.<br />

No <strong>Brasil</strong>, as repercussões sobre a saúde decorrentes da exposição <strong>à</strong> sílica, em<br />

especial a silicose, foram descritas <strong>no</strong> século XIX (Nunes 1886), mas ainda hoje<br />

representa uma doença importante para a saúde pública, dada a alta prevalência em<br />

determinados subgrupos de trabalhadores.<br />

Estudos com metodologias adequadas, que permitam dimensionar a gravidade da<br />

exposição <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, são poucos e espacialmente localizados. Mendes, em<br />

1979, realizou uma ampla recuperação histórica e identificou as primeiras casuísticas<br />

nacionais descritas por Doria em 1934 e 1935. Estudos mais recentes, em especial<br />

análises de demanda de serviços de saúde, descrevem casos de silicose (Algranti et<br />

al. 1995; Bagatin et al. 1995; Carneiro et al. 2002a), de câncer de pulmão (Carneiro<br />

et al. 2002b), de doença auto-imune (Holanda et al. 2003) ou resultam da ação de<br />

vigilância com busca ativa de casos (Holanda et al. 1995; Polity 1995; Comissão<br />

Técnica Estadual de Pneumopatias Ocupacionais do Estado do Rio de Janeiro 1995;<br />

Lima 1997, Oliveira 1998).<br />

Considerando-se o conhecimento já acumulado na área de exposição ocupacional<br />

<strong>à</strong> sílica, a relevância desta exposição para a saúde pública, bem como a necessidade<br />

de otimizar os recursos epidemiológicos disponíveis, o propósito desta tese foi<br />

desenvolver um instrumento para avaliação da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica,<br />

analisar sua validade e aplicá-lo na identificação da tendência da exposição entre os<br />

trabalhadores ocupados <strong>no</strong> mercado formal da eco<strong>no</strong>mia <strong>no</strong> período de 1985 a 2001.<br />

Neste estudo, o termo sílica refere-se aos compostos de dióxido de silício (SiO2)<br />

na sua forma cristalina, em especial nas estruturas de quartzo, tridimita e cristobalita,<br />

também conhecida como sílica livre. Esta substância pode ser encontrada como<br />

componente de vários minerais em formato sólido, i<strong>no</strong>doro e incolor. A inalação na<br />

forma de poeiras veicula partículas que podem variar de 100 a me<strong>no</strong>s de 0,5 micras,<br />

estas últimas capazes de alcançar a região alveolar da árvore respiratória. As<br />

partículas recentemente fraturadas são potencialmente mais patogênicas.


INTRODUÇÃO GERAL 4.<br />

1.1 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL<br />

A reconstituição da natureza e o dimensionamento da exposição ocupacional são<br />

atividades complexas. Registros minuciosos devem contemplar a identificação<br />

detalhada de todas as substâncias ou agentes, a quantidade diária de cada substância<br />

e o tempo médio de exposição a cada uma. Devem também incluir informações sobre<br />

a natureza das tarefas desenvolvidas pelos trabalhadores, as condições locais e<br />

ambientais, e as representações individuais e coletivas que os trabalhadores<br />

constroem sobre o seu trabalho. Tais informações são disponíveis <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> apenas<br />

em estudos pontuais. Para investigações de cunho coletivo, a Epidemiologia utiliza<br />

informações que forneçam aproximações desta situação, como a tarefa ocupacional<br />

desempenhada pelo trabalhador (McGuire et al. 1998).<br />

A eleição do método de avaliação está estritamente relacionada com o objetivo<br />

do estudo. Entretanto, dados o alto custo e as dificuldades metodológicas das<br />

avaliações quantitativas, têm sido propostas investigações capazes de estimar a<br />

identificação da exposição e a estimativa de sua freqüência, propiciando elementos<br />

para definição de prioridades e acompanhamento pela saúde pública. Uma análise<br />

comparativa dos métodos de avaliação da exposição em estudos epidemiológicos<br />

está descrita <strong>no</strong> Capítulo 3.<br />

Estimar a freqüência da exposição <strong>à</strong> sílica e o número de trabalhadores expostos,<br />

a partir da classificação da ocupação em distintos setores econômicos, tendo como<br />

fonte de informação bases de dados secundários, constituem os objetivos deste<br />

estudo.<br />

Adotou-se um instrumento com capacidade potencial de otimizar as informações<br />

disponíveis de forma comparativa e tecnicamente adequada - as Matrizes de<br />

<strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> (MEO). Estas consistem num sistema de classificação que<br />

avalia ou estima a exposição para uma substância, agente, ou conjunto de substâncias<br />

em distintas ocupações por ramos de atividade específicos. As MEO vêm sendo<br />

amplamente utilizadas em vários países com recortes focais, em estudos<br />

epidemiológicos restritos a uma empresa, ou abrangendo várias empresas <strong>no</strong> pla<strong>no</strong><br />

nacional (Goldberg et al. 1993).


INTRODUÇÃO GERAL 5.<br />

A construção e a validação da MEO elaborada neste estudo estão descritas <strong>no</strong><br />

Capítulo 4. Considerou-se a categoria ocupação, de acordo com a Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de Ocupações (CBO), classificada em grupos ocupacionais de três dígitos.<br />

O refinamento de cada grupo ocupacional foi feito analisando sua inserção em cada<br />

setor econômico, classificado de acordo com a Classificação Nacional de Atividades<br />

Econômica (CNAE) (Anexo I).<br />

Desta forma, a MEO é formada pelo cruzamento de 347 linhas (grupos<br />

ocupacionais) com 25 colunas (setor econômico), resultando em 8.675 células,<br />

analisadas individualmente <strong>no</strong> tocante <strong>à</strong> freqüência de exposição potencial <strong>à</strong> sílica<br />

numa jornada semanal de trabalho.<br />

Para delimitar as categorias de exposição adotou-se os pontos de corte de<br />

freqüência utilizados por Siemiatycki, em 1991, que propõe quatro categorias de<br />

exposição: não expostos; possivelmente expostos; provavelmente e definitivamente<br />

expostos (Anexo II).<br />

Para controlar possíveis vieses o processo de classificação seguiu etapas<br />

padronizadas e sistemáticas, adotado para todas as células. A descrição detalhada<br />

destas etapas está descrita <strong>no</strong> Quadro I.<br />

Quadro I. Etapas adotadas <strong>no</strong> processo de classificação da exposição<br />

1. Consultou-se a CBO 3 e 5 dígitos – analisou-se o trabalho prescrito;<br />

2. Consultou-se a CNAE – identificou-se os segmentos produtivos envolvidos <strong>no</strong><br />

setor econômico, desagregados em 5 dígitos da CNAE;<br />

3. Relacio<strong>no</strong>u-se possíveis fontes de exposição <strong>à</strong> sílica;<br />

4. Verificou-se /confirmou-se na literatura as condições e os padrões de exposição;<br />

5. Confrontou-se os dados da literatura com as condições e os ambientes de<br />

trabalho <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, considerando-se a experiência dos aferidores e consultas a<br />

especialistas, empresas e trabalhadores;<br />

6. Considerou-se possíveis diferenças geográficas ou históricas;<br />

7. Exami<strong>no</strong>u-se os critérios de classificação da exposição;<br />

8. Decisão final.


INTRODUÇÃO GERAL 6.<br />

Em situações de impasse, dúvidas, ou frente a possibilidades de alterações<br />

históricas (janela histórica de exposição) a classificação foi assinalada em cor<br />

vermelha e postergou-se a decisão para o futuro, após aprofundamento em literatura<br />

especializada e consultas a especialistas e empresas.<br />

Posteriormente <strong>à</strong> classificação de cada célula de intersecção, a MEO resultante<br />

(Anexo III) foi aplicada aos dados da base Relatório Anual de Informações Sociais<br />

(RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (Anexo IV), a<strong>no</strong> a a<strong>no</strong>, entre 1985 e<br />

2001 para estimar a extensão da exposição <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.


INTRODUÇÃO GERAL 7.<br />

1.2 BASE DE DADOS<br />

A decisão de utilizar uma base de dados administrativos está relacionada com a<br />

sua abrangência nacional e atualização anual (IBGE 2003). Incrementar a utilização<br />

de bases secundárias, mais do que uma questão de aproveitamento da informação<br />

disponível, constitui-se em uma necessidade num país de dimensões continentais<br />

onde inquéritos nacionais assumem custos proibitivos.<br />

A base RAIS é constituída de informações provenientes de formulários<br />

declarados por estabelecimentos comerciais, industriais, de transporte ou de serviços,<br />

de natureza pública, privada ou filantrópica em atendimento ao Decreto Lei<br />

nº76.900/1975. Visa servir de base para o cálculo das quotas do Programa Integração<br />

Social (PIS) e do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), prestar subsídios ao<br />

controle do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e <strong>à</strong> Previdência Social.<br />

O uso oficial desta base destina-se ao controle da mão de obra estrangeira e ao<br />

pagamento do abo<strong>no</strong> salarial. Possui periodicidade anual e representa um verdadeiro<br />

censo sistemático do emprego formal. Começou a ser organizada em meio magnético<br />

em 1985 pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e, desde então, têm sido<br />

constantemente atualizada.<br />

A RAIS consiste num conjunto de variáveis com a seguinte formatação:<br />

Variáveis geográficas, desagregadas até município;<br />

Variáveis de níveis setoriais do ramo produtivo, desagregadas por subsetor do<br />

IBGE até 1993 e por subatividade econômica, CNAE a partir de 1994;<br />

Variáveis de ocupação, desagregadas a três dígitos da CBO, versão de 1985.<br />

Esta desagregação detalha a descrição básica de 350 categorias ocupacionais;<br />

Variáveis do indivíduo, constituídas de faixa etária, gênero, grau de instrução e<br />

nacionalidade;<br />

Variáveis do vínculo empregatício: renda, rotatividade e quantitativo de<br />

trabalhadores em atividade em 31 de dezembro de cada a<strong>no</strong>;<br />

Variáveis do estabelecimento empregador como natureza e tamanho.<br />

Os limites desta base residem na natureza de suas informações: administrativas e<br />

espontâneas, sem supervisão direta das respostas, omissão ou sonegação das mesmas,


INTRODUÇÃO GERAL 8.<br />

erro sistemático de interpretação <strong>no</strong> preenchimento e distorções geográficas e<br />

setoriais em virtude da agregação das declarações por empresa ao invés de<br />

individualmente por estabelecimento (IBGE 2003).<br />

A análise das informações desta base de dados pressupõe o uso de um software<br />

apropriado e desenvolvido pela Dataprev de<strong>no</strong>minado Sistema Gerador de Tabelas<br />

(SGT), atualmente na sexta versão. As planilhas geradas são disponibilizadas em<br />

formato de arquivos do software Excel.<br />

A base RAIS permite a desagregação dos dados até características individuais e<br />

estabelecimentos, mas não permite a identificação do indivíduo nem a razão social<br />

do estabelecimento. A conformação em matriz e a utilização de grupos ocupacionais<br />

como parâmetro de exposição limitam a desagregação apenas até a dimensão de<br />

região geográfica ou Estado.<br />

A forma de utilização da RAIS para construção da MEO e sua posterior<br />

validação estão descritos <strong>no</strong> Capítulo 4. Neste também estão detalhadas as<br />

mensurações estatísticas feitas para avaliar as possíveis tendências de exposição <strong>à</strong><br />

sílica.<br />

Estes cuidados com as estimativas de exposição, utilizadas na construção da<br />

MEO, buscavam identificar os limites do instrumento e garantir os critérios na sua<br />

aplicação aos dados da RAIS. Tais estratégias analíticas configuram aproximações da<br />

situação real para fins de aproveitamento de uma base de dados que permitem<br />

apreender informações relevantes para a área de Saúde do Trabalhador. Por outro<br />

lado, como qualquer sistema de informação, a sua exploração e a devolução das<br />

análises técnicas aos responsáveis pela manutenção da base tende a melhorar a<br />

qualidade dos dados.<br />

Como primeira estimativa de tendência nacional, voltada exclusivamente para a<br />

população formal ocupada, talvez o principal mérito desta MEO seja o de permitir a<br />

comparabilidade dos dados entre regiões brasileiras e entre o <strong>Brasil</strong> e outros países.<br />

O Capítulo 5 da tese descreve os principais achados e a tendência da exposição entre<br />

1985 e 2001.


INTRODUÇÃO GERAL 9.<br />

1.3 ESTRUTURA DA TESE<br />

Este estudo foi desenvolvido entre março de 2000 e dezembro de 2003. Os dados<br />

foram fornecidos em compact disc disponibilizados pela Datamec (empresa que<br />

organiza e gerencia os dados da RAIS) ao Departamento de Epidemiologia da<br />

Faculdade de Saúde Pública por meio de convênio entre a Faculdade de Saúde<br />

Pública e o Ministério do Trabalho e Emprego.<br />

A tese está organizada em capítulos independentes, com a proposta de serem<br />

apresentados a periódicos científicos e, por isto mesmo, seguiram estrutura de<br />

construção e de citação das referências bibliográficas distintas. A introdução geral, os<br />

objetivos e as conclusões gerais seguem o modelo recomendado pela Faculdade de<br />

Saúde Pública para apresentação de teses.<br />

Neste capítulo de introdução geral busca-se detalhar o processo de construção e<br />

de aplicação da MEO, com volume de informações que <strong>no</strong>rmalmente não são aceitos<br />

em publicação <strong>no</strong>s moldes dos periódicos atuais, mas que auxiliam o leitor a<br />

compreender as etapas de construção e a consultar detalhes do desenvolvimento da<br />

MEO.<br />

O segundo capítulo descreve os objetivos gerais e específicos da tese.<br />

No terceiro capítulo foi feita uma revisão das técnicas de avaliação da exposição<br />

ocupacional <strong>à</strong> canceríge<strong>no</strong>s, discutindo-se suas características epidemiológicas <strong>à</strong> luz<br />

das peculiaridades da situação nacional. Entre as possibilidades e os limites de cada<br />

técnica, enfatizou-se a importância das MEO e o potencial de uso das bases de dados<br />

secundários, em especial para estudos epidemiológicos descritivos.<br />

No quarto capítulo discute-se o processo de desenvolvimento da MEO<br />

populacional para sílica, em especial a análise dos grupos ocupacionais numa releitura<br />

destas informações sob a ótica da exposição, a partir do cruzamento com as<br />

informações dos setores econômicos. A sobreposição da MEO aos dados da RAIS<br />

propiciou estimativas da exposição segundo critérios de freqüência semanal. O<br />

estudo também descreve as etapas de validação do processo de classificação da<br />

MEO, realizado com uma amostra de cinco setores econômicos e os dados da RAIS<br />

do a<strong>no</strong> de 1995 ( Anexo IV), com vistas a avaliar a qualidade do modelo proposto.


INTRODUÇÃO GERAL 10.<br />

No quinto capítulo são apresentados os resultados da aplicação da MEO aos<br />

dados contidos na RAIS, analisando-se separadamente os trabalhadores por gênero<br />

<strong>no</strong> período de 1985 a 2001. Exami<strong>no</strong>u-se também a tendência das prevalências de<br />

exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica na série histórica, de acordo com os principais setores<br />

econômicos e as cinco macrorregiões geográficas brasileiras, e identificou-se os<br />

setores econômicos com maior prevalência e, portanto, prioritários para os pla<strong>no</strong>s de<br />

vigilância e controle da exposição <strong>no</strong> país.<br />

No capítulo de conclusões gerais são discutidos os principais achados desta tese,<br />

em especial a prevalência da exposição, os principais setores econômicos com<br />

exposição importante para homens e mulheres, o comportamento da exposição <strong>no</strong><br />

período de 1985 a 2001 <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e nas macrorregiões geográficas e os principais<br />

setores econômicos para a vigilância da exposição <strong>à</strong> sílica. Com especial ênfase <strong>no</strong><br />

potencial da MEO e as possibilidades de sua aplicação em bases de dados<br />

secundários, visando a identificação e acompanhamento de situações sentinelas.


INTRODUÇÃO GERAL 11.<br />

1.4 REFERÊNCIAS<br />

Algranti E, Souza Filho AJS, Mendonça EMC, Silva RCC, Alice SH.<br />

Pneumoconiose de mineiros de carvão:dados epidemiológicos de minas da bacia<br />

carbonífera brasileira. J Pneumol 1995; 21(1): 9-12.<br />

Bagatin E, Jardim JRB, Nery LE, Capitani EM, March E, Sabi<strong>no</strong> MO, Hengler AC.<br />

Ocorrência de silicose pulmonar na região de Campinas –SP. J Pneumol 1995;<br />

21(1): 17-26<br />

Burgess WA. Identificação de possíveis riscos <strong>à</strong> saúde do trabalhador <strong>no</strong>s<br />

diversos processos industriais. Trad. Ricardo Baptista. Belo Horizonte: Ergo<br />

Editora; 1997.<br />

Carneiro APS, Campos LO, Gomes MFCF, Assunção AA. Perfil de 300<br />

trabalhadores expostos <strong>à</strong> sílica atendidos ambulatorialmente em Belo Horizonte. J<br />

Pneumol 2002a; 28(6): 329-34<br />

Carneiro APS, Santos MAM, Maia PV, Barreto SM. Câncer de pulmão em<br />

trabalhadores expostos <strong>à</strong> sílica. J Pneumol 2002b; 28(4): 233-36.<br />

Clayton GD, Clayton FE. Patty's industrial hygiene and toxicology. New York:<br />

John Wiley Press; 1991. 2v.<br />

Comissão Técnica Estadual de Pneumopatias Ocupacionais <strong>no</strong> Estado do Rio de<br />

Janeiro. A silicose na indústria naval do Estado do Rio de Janeiro: análise parcial. J<br />

Pneumol 1995; 21(1): 13-16.<br />

Finkelstein MM. Silica, silicosis, and lung cancer: a risk assessment. Am J Ind Med<br />

2000; 38: 8-18.


INTRODUÇÃO GERAL 12.<br />

Goldberg M, Kromhout H, Guénel P, Fletcher AC, Gérin M, Glass DC, Heederik D,<br />

Kauppinen T, Ponti A. Job exposure matrices in industry. Int J Epid 1993; 22(6<br />

Suppl 2): S10-15.<br />

Holanda MA, Holanda MA, Martins MPS, Felismi<strong>no</strong> PH, Pinheiro VGF. Silicose em<br />

cavadores de poços: história natural, epidemiologia e medidas de controle. J<br />

Pneumol 1995; 21(1): 27-33.<br />

Holanda SC, Almeida MSTM, Deus Filho A. Silicosis associated with systemic<br />

lupus erythematosus. J Pneumol 2003; 29(4): 221-24.<br />

IBGE. Classificação Nacional de Atividades Econômicas- CONCLA [dados on<br />

line]. Disponível em [2003<br />

Dec30]<br />

Lima LQ. Alternativas tec<strong>no</strong>lógicas ao jateamento de areia seca – A<br />

incorporação de <strong>no</strong>vos elementos na avaliação das exposições pela vigilância em<br />

saúde do trabalhador. Rio de Janeiro; 1997.[Dissertação de Mestrado – Escola<br />

Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz].<br />

McGuire V, Nelson L M, Koepsell T D, Checkoway H, Longstreth Jr W T.<br />

Assessment of occupational exposures in community-based case-control studies.<br />

Annu Rev Public Health 1998; 19: 35-53.<br />

Mendes R. Pneumoconioses - Bibliografia brasileira comentada, 1986-1976. Rev<br />

Ass Med <strong>Brasil</strong> 1979; 25(11): 406-10.<br />

Mendes R. Patologia do Trabalho. 2 a ed. São Paulo: Editora Atheneu; 2003.


INTRODUÇÃO GERAL 13.<br />

NIOSH. Health effects of occupational exposure to respirable crystalline sílica.<br />

Cincinnati, OH; US Department of Health an Human Services, Centers for Disease<br />

and Prevention National Institute for Occupational Safety and Health, DHHS<br />

(NIOSH) Publication No.2002-129.<br />

Nunes JN. Diagnóstico e tratamento das pneumokonioses. Rio de Janeiro;<br />

1886.[Dissertação de Mestrado- Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro].<br />

Oliveira JI. A prevalência de silicose entre os trabalhadores das indústrias<br />

cerâmicas do município de Pedreiras/SP. Campinas; 1998.[Tese de Doutorado -<br />

Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas].<br />

Polity MP. Programa de proteção respiratória em fundições. J Pneumol 1995;<br />

21(1): 43-47.<br />

Royston P. Estimating departure from <strong>no</strong>rmality. Stat Med 1991; 10: 1283-93.<br />

SAS Institute incorporation. The SAS System for Windows, Release 8.2. Cry, NC:<br />

SAS Institute Inc, 1999-2001<br />

Siemiatycki J. Risk factors in the workplace. Boca Raton. CRC Press, Inc. 1991.


2 OBJETIVOS


OBJETIVOS 15.<br />

2 OBJETIVOS<br />

2.1 Objetivo geral<br />

Descrever a tendência temporal da freqüência da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica<br />

<strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, <strong>no</strong> período de 1985 a 2001, por meio de uma matriz de exposição<br />

ocupacional construída a partir de base de dados secundários.<br />

2.2 Objetivos específicos<br />

Desenvolver uma matriz de exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica com base em dados de<br />

abrangência nacional.<br />

Estimar o número de trabalhadores expostos <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> país segundo quatro<br />

categorias de exposição: não expostos (NE); possivelmente expostos (PsE);<br />

provavelmente expostos (PrE) e definitivamente expostos (DE).<br />

Calcular a prevalência de trabalhadores brasileiros expostos <strong>à</strong> sílica para cada a<strong>no</strong><br />

do período estudado, por setor econômico, segundo as quatro categorias de<br />

exposição.<br />

Analisar a tendência da prevalência da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> país, <strong>no</strong><br />

período de 1985 a 2001, segundo categorias de exposição, gênero dos trabalhadores,<br />

setor econômico e macrorregiões geográficas.


3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />

AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA DA EXPOSIÇÃO<br />

OCUPACIONAL A CANCERÍGENOS: ABORDAGEM<br />

EPIDEMIOLÓGICA E APLICAÇÃO EM VIGILÂNCIA<br />

EM SAÚDE<br />

RETROSPECTIVE ASSESSMENT OF OCCUPATIONAL<br />

EXPOSURE TO CARCINOGENS: EPIDEMIOLOGICAL<br />

APPROACH AND APPLICATION TO HEALTH<br />

SURVEILLANCE<br />

Publicado <strong>no</strong>s Cader<strong>no</strong>s de Saúde Pública, Rio de Janeiro,20(4):881-890,<br />

2004


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 17 .<br />

RESUMO<br />

A proporção de casos de câncer atribuída <strong>à</strong> ocupação é bastante variável, com<br />

estimativas parcialmente dependentes de características das subpopulações expostas,<br />

tipo de agentes, de tumor e da metodologia empregada. Uma das principais<br />

dificuldades para a estimativa da medida de exposição é reconstruir a experiência<br />

ocupacional individual. Métodos adequados de avaliação retrospectiva da exposição<br />

ocupacional são essenciais <strong>no</strong>s estudos epidemiológicos para evitar erros de<br />

classificação. Nesta revisão, tais métodos, tanto os de cunho qualitativo quanto<br />

quantitativo, são discutidos considerando-se que estas avaliações requerem<br />

abordagens progressivas e sem hierarquia pré-estabelecida. Métodos de avaliação da<br />

exposição por meio de mensurações ambientais, indicadores biológicos,<br />

questionários e entrevistas, exame caso a caso por especialistas, ou matrizes de<br />

exposição ocupacional, são comparados em relação as suas vantagens, limitações,<br />

validade e confiabilidade. Para as práticas de vigilância em saúde, todas as propostas<br />

anteriores são úteis, mas destaca-se o uso das matrizes de exposição ocupacional<br />

construídas com base em dados secundários.<br />

Palavras-chaves: <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong>, Métodos de Avaliação, Matrizes de<br />

<strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong>, Vigilância em Saúde.


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 18 .<br />

SUMMARY<br />

The proportion of cancer cases attributed to occupation is variable and estimates are<br />

partially dependent on characteristics of exposed populations, type of tumor and<br />

method used to estimate exposure. The main difficulty to exposure measurement is<br />

the reconstruction of past individual occupational experience. Appropriate methods<br />

of retrospective occupational exposure assessment are essential in epidemiological<br />

studies to avoid misclassification. In this review, qualitative and quantitative<br />

methods are discussed considering that these evaluations require step by step<br />

approaches without pre-established hierarchy. Methods of exposure evaluation<br />

through environmental and biological measurements, questionnaires and interviews,<br />

expert panels or job-exposure matrices, are compared in relation to their advantages,<br />

limitations, accuracy and validity. In health surveillance, all previous methods can be<br />

applied, but the use of job-exposure matrices is emphasized, especially when<br />

secondary databases are used.<br />

Descriptors: Occupational Exposure, Risk Assessment, Job-Exposure Matrix,<br />

Surveillance.


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 19 .<br />

3.1 INTRODUÇÃO<br />

A mensuração da exposição a agentes canceríge<strong>no</strong>s <strong>no</strong>s ambientes de trabalho é<br />

uma tarefa complexa, pois, habitualmente configuram-se situações ambientais com<br />

múltiplas exposições. Por outro lado, o câncer é doença com longo período de<br />

latência, assim, a avaliação retrospectiva da exposição requer instrumentos que<br />

recuperem informações sobre as experiências do indivíduo em passado distante ao do<br />

diagnóstico da doença.<br />

A estimativa da fração atribuível a exposições ocupacionais <strong>no</strong> câncer é variável,<br />

entre 4% e 40%, dependendo do tipo de tumor, da população estudada e da<br />

metodologia empregada (Pearce et al., 1998). Argumenta-se que a exposição<br />

ocupacional a canceríge<strong>no</strong>s seria maior <strong>no</strong>s trabalhadores dos países em<br />

desenvolvimento, como decorrência das precárias condições de trabalho e do uso de<br />

tec<strong>no</strong>logia obsoleta (Kogevinas et al., 1994).<br />

A Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer (International Agency for<br />

Research on Cancer – IARC) da Organização Mundial da Saúde reconhece<br />

atualmente 88 agentes, grupos de agentes ou circunstâncias, como canceríge<strong>no</strong>s para<br />

os huma<strong>no</strong>s, dos quais 23 são encontrados principalmente em ambientes<br />

ocupacionais e 13 constituem-se em processos de trabalho (IARC, 2003).<br />

No <strong>Brasil</strong>, a legislação específica do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)<br />

proíbe o uso de quatro substâncias cancerígenas: 4-ami<strong>no</strong>difenil, benzidina, betanaftilamina<br />

e 4-nitrodifenil; e delimita valores de referência tec<strong>no</strong>lógicos para a<br />

exposição ambiental ao benze<strong>no</strong>. Porém, agentes reconhecidamente canceríge<strong>no</strong>s,<br />

como o amianto e a sílica, possuem amplos limites de exposição tolerados, embora o<br />

conhecimento científico corrente de carci<strong>no</strong>gênese não reconheça limites de<br />

exposição seguros para agentes canceríge<strong>no</strong>s (Gustavsson, 1998).<br />

Nesta revisão discute-se as abordagens metodológicas de mensuração da<br />

exposição, considerando-se suas aplicações na pesquisa epidemiológica em câncer e<br />

na vigilância a canceríge<strong>no</strong>s ocupacionais.


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 20 .<br />

3.2 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A CANCERÍGENOS<br />

O termo “exposição” de<strong>no</strong>ta o contato com qualquer atributo que possa ser<br />

relevante para a saúde do indivíduo, sejam fatores ambientais, biológicos ou<br />

relacionados <strong>à</strong> situação socioeconômica, atuando isoladamente ou em interação com<br />

fatores genéticos (Armstrong et al., 1992). São situações <strong>à</strong>s quais os indivíduos estão<br />

expostos <strong>à</strong> determinada substância, mistura de substâncias, ou processo de trabalho,<br />

que aumentam o risco de incidência de neoplasias malignas (Hunter, 1989).<br />

O tempo é um componente importante para a mensuração de exposição, pois<br />

tanto a data do início da exposição quanto a duração são cruciais para a avaliação da<br />

latência e da dose acumulada. As contínuas mudanças <strong>no</strong>s processos de produção e<br />

nas medidas de proteção configuram situações que definem janelas críticas de tempo<br />

e caracterizam exposições relevantes (Armstrong et al.,1992).<br />

As peculiaridades da exposição ocupacional a canceríge<strong>no</strong>s relacionam-se <strong>à</strong><br />

submissão compulsória ou inadvertida <strong>à</strong> exposição, ao desconhecimento dos riscos <strong>à</strong><br />

saúde de exposição pelos trabalhadores e, finalmente, <strong>à</strong> necessidade de informações<br />

adicionais, tanto de ordem ocupacional como extra-ocupacional (Boffetta et<br />

al.,1997). A justaposição de informações sobre exposições a canceríge<strong>no</strong>s<br />

ocupacionais <strong>à</strong>quelas relacionadas aos hábitos pessoais, como tabagismo e ingestão<br />

de álcool, bem como características individuais, por exemplo: idade e gênero;<br />

permite que interações sejam analisadas (Goldberg & Hémon,1993). A importância<br />

da mensuração da exposição ocupacional a canceríge<strong>no</strong>s aumenta com a crescente<br />

banalização do contato com produtos químicos na atualidade, seja <strong>no</strong> trabalho ou<br />

doméstico, muitas vezes sem o adequado alerta sobre os seus potenciais da<strong>no</strong>s.<br />

Em alguns ramos industriais não é possível, com a tec<strong>no</strong>logia atual, isolar as<br />

substâncias presentes em misturas nas várias fases da produção ou geradas em<br />

alguma etapa específica do processo produtivo. Nestes casos, considera-se haver<br />

exposição a misturas químicas complexas e todo processo industrial é, então,<br />

considerado como de potencial canceríge<strong>no</strong>. A IARC indica haver excesso de risco<br />

para câncer em trabalhos na indústria de alumínio; móveis e marcenaria; tratamento<br />

do couro, fabricação e reparo de calçados e artefatos de couro; na gaseificação do<br />

carvão e produção de coque; na mineração de hematita; na fundição de ferro e aço;


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 21 .<br />

na produção de álcool isopropílico, auramina e magenta; na indústria da borracha e<br />

nas indústrias que utilizam misturas de ácidos i<strong>no</strong>rgânicos fortes (IARC, 2003).<br />

Nas últimas décadas, o aumento do número de trabalhadores vinculados a<br />

diversas formas de contrato de trabalho, como os terceirizados ou os contratados por<br />

tarefa, tem resultado na precarização das condições de proteção ao trabalhador,<br />

adicionando obstáculos para a investigação retrospectiva da exposição.<br />

Finalmente, deve-se considerar que as medidas de exposição <strong>no</strong>s ambientes de<br />

trabalho resultam em valores pontuais, enquanto a realidade da exposição<br />

ocupacional relaciona-se ao tipo de produção, <strong>à</strong> tec<strong>no</strong>logia empregada, <strong>à</strong> gerência de<br />

risco e <strong>à</strong> organização do trabalho, condições que, isoladamente ou em conjunto,<br />

geram fontes complexas e dinâmicas de exposição.


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 22 .<br />

3.3 ABORDAGENS METODOLÓGICAS<br />

Os estudos epidemiológicos de cunho ocupacional buscam compreender o<br />

processo de exposição <strong>no</strong> trabalho, identificar substâncias deletérias e diferenciar<br />

seus efeitos sobre a saúde. As informações sobre exposição podem ser obtidas por<br />

diferentes métodos, incluindo a recuperação de registros secundários de avaliações<br />

diretas e indiretas <strong>no</strong>s ambientes de trabalho. Avaliações diretas podem ser<br />

conduzidas verificando-se variáveis quantitativas ou qualitativas, que incluem<br />

considerações sobre a dose disponível <strong>no</strong> ambiente; intensidade e freqüência;<br />

duração do contato; rota de exposição; a quantidade que ultrapassa as barreiras<br />

naturais e a quantidade absorvida (dose interna) (WHO, 1999).<br />

Os estudos de coorte prospectivos requerem dados da exposição atual, que<br />

podem ser obtidos por mensurações diretas <strong>no</strong>s ambientes de trabalho, aplicação de<br />

questionários ou utilização de informações da empresa. As coortes históricas e os<br />

estudos caso-controle demandam informações sobre situações passadas. Nestes<br />

estudos, na ausência de dados quantitativos, as abordagens qualitativas são os<br />

métodos mais utilizados. Nos estudos transversais as informações de exposição<br />

podem ser de natureza retrospectiva ou atual, dependendo da temporalidade da coleta<br />

de dados e do tipo de efeito estudado.<br />

Resultados convincentes de estudos epidemiológicos dependem essencialmente<br />

do método utilizado na medida da exposição e cada método possui pressupostos que<br />

apontam para sua precisão, validade e confiabilidade. Os componentes de avaliação<br />

de desempenho de uma medida de exposição com maior interesse para a<br />

epidemiologia são a sensibilidade, capacidade de identificar verdadeiros expostos; a<br />

especificidade, capacidade de identificar os verdadeiros não expostos e a<br />

confiabilidade que avalia a reprodutibilidade da medida e as diferenças entre a<br />

exposição mensurada e a real (Armstrong et al., 1992).<br />

A combinação de métodos quantitativos e qualitativos para a mensuração da<br />

exposição num mesmo estudo epidemiológico é sempre desejável, pois reduz os<br />

erros de medidas e permite abranger aspectos complementares da exposição, que<br />

requerem diferentes enfoques para o seu registro adequado (Armstrong et al., 1992).


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 23 .<br />

A seguir serão discutidos, sucintamente, os principais métodos para estimar e<br />

avaliar a exposição ocupacional a canceríge<strong>no</strong>s. Algumas destas propostas<br />

constituem elementos de uma mesma abordagem, como por exemplo o uso de<br />

questionários isoladamente ou combinados com avaliação de especialistas e matrizes<br />

de exposição ocupacional (Bouyer & Hémon, 1993).<br />

3.3.1 Mensuração da exposição ambiental<br />

A mensuração ambiental consiste na identificação e na estimativa da exposição<br />

com base em medidas de emissões, níveis ambientais e monitoramento individual.<br />

Fundamenta-se em bases técnicas bem conhecidas, objeto da Higiene Industrial e<br />

<strong>Ocupacional</strong>, e abrangem um conjunto de etapas: a) caracterização do ambiente, da<br />

força de trabalho e dos agentes; b) identificação de grupos homogêneos de<br />

exposição; c) mensuração qualitativa de risco; d) monitoramento, interpretação e<br />

tomada de decisões; e) recomendações, relatórios e reavaliações (Hawkins et al.,<br />

1991; Armstrong et al., 1992).<br />

As situações em que a mensuração direta do ambiente é a melhor alternativa<br />

relaciona-se <strong>à</strong>s circunstâncias do estudo, em particular ao método de desenho e<br />

deficiências de objetividade, individualização, sensibilidade e especificidade das<br />

medidas ambientais. A objetividade e a individualização das medidas são alcançadas<br />

por amostras pessoais ao longo de toda a jornada de trabalho. Mensurações<br />

ambientais localizadas quando ponderadas pelo tempo médio de exposição resulta na<br />

exposição cumulativa (time weighted average exposure - TWA) (Santana & Cordeiro,<br />

2003).<br />

Amostras de curtos períodos podem resultar em erros substanciais de medida. A<br />

sensibilidade das medidas ambientais tende a aumentar com a contínua sofisticação<br />

tec<strong>no</strong>lógica. Sob exposição a misturas complexas é mais apropriado tomar por base<br />

as características da mistura em seu conjunto do que medir uma substância específica<br />

(Armstrong, 1992).<br />

As principais limitações dizem respeito ao alto custo para o desenvolvimento de<br />

estudos com metodologia completa e replicável em dimensão nacional.


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 24 .<br />

3.3.2 Marcadores biológicos<br />

A exposição ambiental a substâncias cancerígenas pode ser estimada diretamente<br />

<strong>no</strong>s fluídos orgânicos ou <strong>no</strong>s produtos do metabolismo do organismo do trabalhador.<br />

São chamadas de medidas biológicas, indicadores biológicos ou marcadores<br />

biológicos de exposição. Enquanto a mensuração ambiental estima a dose disponível<br />

ou administrada, os indicadores biológicos estimam a dose absorvida ou interna,<br />

mas, com a disponibilidade de recursos tec<strong>no</strong>lógicos adequados, é possível estimar a<br />

dose biologicamente ativa.<br />

O exame e a análise dos biomarcadores de exposição fazem parte do escopo da<br />

toxicologia, porém têm sido crescentemente incluídos na pesquisa epidemiológica.<br />

Os biomarcadores mais utilizados na investigação da exposição a canceríge<strong>no</strong>s<br />

são os tioéteres urinários, os canceríge<strong>no</strong>s livres e seus metabólitos e os adutos <strong>no</strong><br />

DNA (Armstrong et al.,1992). Os avanços da biologia molecular têm ampliado e<br />

refinado a avaliação da exposição a canceríge<strong>no</strong>s.<br />

3.3.3 Questionários e entrevistas<br />

A obtenção de informações por meio de questionários e entrevistas é a forma<br />

mais comum de mensuração retrospectiva de exposição em estudos epidemiológicos.<br />

A sua eficiência depende da estrutura e objetividade das perguntas sobre as<br />

informações que se deseja obter, porém pode ser expressivamente ampliada se<br />

associada a um recordatório das substâncias manipuladas pelos trabalhadores com os<br />

respectivos <strong>no</strong>mes comerciais ou populares.<br />

Estudos mostraram que a identificação de situações de exposição ocupacional<br />

com um questionário auto-aplicável ou respondido a um entrevistador treinado pode<br />

atingir níveis de 75% de sensibilidade e 70% de especificidade e um valor preditivo<br />

positivo de 83%, quando comparado com estimativas ambientais realizadas por<br />

higienistas ou utilizando indicadores biológicos de exposição (Boleij et al., 1995).<br />

A concordância entre as histórias ocupacionais auto-referidas e registros de<br />

empregadores apresentou variações entre 50% e 80% em diferentes estudos. Porém,<br />

a concordância de respostas do trabalhador ou de algum informante substituto,


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 25 .<br />

geralmente um familiar, embora alta, pode variar de acordo com o tipo de<br />

informação que se deseja obter (Boleij et al., 1995).<br />

3.3.4 Classificação de ocupação e atividade econômica<br />

A utilização dos títulos de ocupação e de setor econômico, como aproximação da<br />

situação de exposição em estudos epidemiológicos e inquéritos populacionais,<br />

demanda a adoção de classificações capazes de viabilizar comparações entre<br />

diferentes estudos, entre populações de distintas regiões ou ao longo do tempo.<br />

Na prática, cada país possui sua própria classificação de ocupação, elaborada a<br />

partir de dados censitários ou adaptada de recomendações internacionais. A<br />

Organização Internacional do Trabalho (OIT) disponibiliza o Padrão Internacional de<br />

Classificação de Ocupação (International Standard Classification of Occupation –<br />

ISCO), que serve de referência para revisões de classificações nacionais, propicia<br />

comparações internacionais e, também, serve como ponto de partida para a<br />

construção de sistemas de classificação nacionais (ILO, 1990). A estrutura do ISCO<br />

foi aprovada em 1966 e a última revisão, de 1988, adotou uma estrutura de<br />

classificação de ocupações segundo a habilidade de realizar tarefas e a especialização<br />

da mão-de-obra. Agrupa as ocupações em quatro níveis de desagregação (ILO,<br />

2003).<br />

O <strong>Brasil</strong> adota a Classificação <strong>Brasil</strong>eira de Ocupação (CBO), publicada em<br />

1977, com revisões em 1982 e 1994. A versão mais recente, de 2002, agrega as<br />

ocupações por habilidades cognitivas, por códigos e títulos. Consiste numa estrutura<br />

hierárquico-piramidal composta de 10 grandes grupos desagregados em subgrupos,<br />

por dígitos identificadores, e seu nível mais simples compreende 2.422 ocupações<br />

(Ministério do Trabalho e Emprego, 2003).<br />

Um reconhecido problema deste tipo de classificação é a sua não pertinência para<br />

agrupamento em subpopulações homogêneas de exposição (ou de risco). A<br />

alternativa é reagrupar as ocupações segundo os departamentos de cada empresa e<br />

criar subgrupos de exposição (Goldberg & Hémon,1993). Para aumentar o grau de


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 26 .<br />

definição da variável ocupação como indicadora de exposição, essa informação pode<br />

ser associada a do setor econômico.<br />

A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou em 1949 a primeira versão<br />

da Classificação Internacional de Atividades Econômicas (International Standard<br />

Industrial Classification of All Eco<strong>no</strong>mic Activities – ISIC) atualmente na terceira<br />

revisão (ILO, 2003). Em 1961, a União Européia elaborou a Nomenclatura Geral de<br />

Atividades Econômicas das Comunidades Européias (Nomenclature Générale des<br />

Activités Éco<strong>no</strong>miques dans les Communautés Européennes – NACE) para<br />

harmonizar as <strong>no</strong>menclaturas utilizadas entre os países da região. A versão de 1993<br />

ampliou e adaptou o nível de desagregação da terceira revisão da ISIC (Eurostat,<br />

1996).<br />

A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) é a classificação<br />

brasileira oficial desde 1995. Desenvolvida com base na ISIC, em 2002 sofreu a<br />

primeira revisão (IBGE, 2003).<br />

De modo geral todas estas classificações organizam-se em estruturas com níveis<br />

de desagregação hierárquicos e decrescentes, identificadas por dígitos e letras. Na<br />

CNAE a maior agregação é a seção que reúne setores econômicos identificados por<br />

letras de A a Q. Cada seção reúne divisões, grupos e classes. A seguir um exemplo<br />

ilustrativo desta desagregação progressiva de acordo com a CNAE.<br />

Seção D - Indústria de transformação<br />

Divisão 17 - Fabricação de produtos têxteis<br />

Grupo 17.3 - Tecelagem<br />

2.3.5 Avaliação caso a caso por especialistas Classe 17.31 - Tecelagem de algodão<br />

3.3.5 Avaliação caso a caso por especialistas<br />

Este método foi desenvolvido por Gérin et al. (1985) para um estudo casocontrole<br />

sobre fatores de risco ocupacionais e câncer conduzido <strong>no</strong> Canadá. O<br />

objetivo foi traduzir em listas de exposição as informações obtidas em minuciosas<br />

entrevistas e com detalhados questionários ocupacionais individuais, para a obtenção<br />

de índices semiquantitativos e aplicação na análise do estudo epidemiológico. De


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 27 .<br />

acordo com este método, cada substância é codificada segundo a via de absorção,<br />

nível e freqüência da exposição, e a confiança <strong>no</strong> registro da informação da<br />

exposição. É também considerada a combinação entre o ramo de atividade e a<br />

ocupação, e as tarefas realizadas durante toda a vida ocupacional (Gérin et al.,1985).<br />

Profissionais experientes na área de higiene ocupacional, química, engenharia,<br />

medicina ou toxicologia, inferem o nível de exposição a partir das informações<br />

registradas e definem categorias de exposição.<br />

Este tipo de avaliação da história ocupacional em geral conta com mais de um<br />

codificador. Assume-se a ocorrência de pouca variabilidade intra e entre<br />

especialistas. O ideal seria o consenso na codificação, embora seja questionável se tal<br />

prática reduziria o erro de classificação da exposição (Clavel et al., 1993). Para evitar<br />

vieses avalia-se a concordância entre os especialistas, através da aplicação do mesmo<br />

instrumento em dois momentos distintos pelos mesmos codificadores, ou por<br />

diferentes codificadores. Então, calcula-se a porcentagem de concordância e esta<br />

medida é refinada pela aplicação do coeficiente Kappa, que avalia a probabilidade de<br />

que a concordância observada tenha ocorrido ao acaso (Armstrong et al., 1992).<br />

Em geral, observou-se que especialistas com formações específicas tendem a<br />

superestimar a exposição, enquanto os higienistas ocupacionais, com conhecimento e<br />

prática abrangentes, produzem estimativas mais eficientes. Trabalhadores experientes<br />

e bem treinados são também capazes de realizar estimativas de boa qualidade (Boleij<br />

et al., 1995).<br />

Avaliações que não decorrem de mensurações diretas do ambiente de trabalho<br />

são consideradas qualitativas e a classificação mais comum diz respeito <strong>à</strong> freqüência<br />

da exposição. Siemiatycki (1991) utilizou uma classificação por categorias,<br />

proporcionais <strong>à</strong> jornada de trabalho, enquanto Hawkins et al.(1991) combi<strong>no</strong>u a<br />

freqüência com a concentração. A descrição comparativa destas classificações está<br />

descrita na Tabela 1.


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 28 .<br />

Tabela 1- Classificações qualitativas de exposições ocupacionais a canceríge<strong>no</strong>s<br />

Categorias 1 Hawkins et al. 2 Siemiatycki 3<br />

Não expostos Não há contato com o agente Contato me<strong>no</strong>r que 1% da<br />

jornada semanal de trabalho<br />

Baixa<br />

exposição<br />

<strong>Exposição</strong><br />

Moderada 2<br />

ou Média 3<br />

Alta<br />

exposição<br />

<strong>Exposição</strong><br />

muito alta<br />

Contato infreqüente com o<br />

agente em baixa concentração<br />

Contato freqüente com agente<br />

em baixa concentração ou<br />

contato infreqüente com agente<br />

sob alta concentração<br />

Contato freqüente com agente<br />

sob alta concentração<br />

Contato freqüente com agente<br />

sob altíssimas concentrações<br />

Contato entre 1 e 5% da<br />

jornada semanal de trabalho<br />

Contato entre 5 e 30% da<br />

jornada semanal de trabalho<br />

Contato acima de 30% da<br />

jornada semanal de trabalho<br />

______<br />

1<br />

Inclui todas as vias de exposição, não considerando o uso de equipamentos de<br />

proteção individual. A definição de freqüência depende do higienista, do local de<br />

trabalho e do agente.<br />

2<br />

Hawkins et al., 1991.<br />

3<br />

Siemiatycki, 1991.<br />

3.3.6 Matrizes de exposição ocupacional<br />

A matriz de exposição ocupacional (MEO) é definida como uma classificação de<br />

exposição que utiliza a informação da ocupação por setores econômicos para definir<br />

níveis de exposição a agentes ou substâncias. As matrizes podem contribuir para a<br />

produção de indicadores de exposição de forma dicotômica (sim; não), por<br />

gradientes (alto; baixo; não expostos), ou níveis e gradientes de exposição<br />

(definitivamente expostos; provavelmente expostos; possivelmente expostos)<br />

(Bouyer & Hémon, 1993; Kauppinen et al., 1998).<br />

A construção de uma matriz pode se dar com base em informações provenientes<br />

de técnicos da empresa, por trabalhadores, ou por peritos exter<strong>no</strong>s. Nesta elaboração,<br />

utilizou-se dados de mensurações ambientais, questionários, informações de<br />

ocupações por fontes indiretas ou avaliações de história ocupacional. A estimativa da


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 29 .<br />

exposição por meio de MEO pode se dar a partir do julgamento de especialistas<br />

tomando por base elementos indiretos, como a descrição de uma ocupação em<br />

determinado tipo de indústria. Outras dimensões como tempo calendário, planta<br />

industrial, atividade física, stress psicológico, hábitos individuais ou trabalho<br />

sedentário podem ser incorporadas e aumentar a sua validade (Kauppinen, 1994).<br />

As MEO são classificadas em específicas, que abrangem uma indústria ou grupo<br />

de plantas industriais; ou gerais, que abarcam diversos agentes e substâncias em uma<br />

população definida (Kauppinen et al., 1998).Variações sobre este princípio geraram<br />

matrizes que permitem refinar a informação de ocupação (Benke et al., 2000).<br />

As vantagens das MEO relacionam-se ao seu potencial para estimar exposições<br />

independentes do status da doença, permitir a mensuração da exposição com baixo<br />

custo, especialmente quando utilizam apenas informações da ocupação e do setor<br />

econômico. Seu uso é apropriado em estudos epidemiológicos cujas tarefas são<br />

pouco detalhadas. Uma vantagem adicional é a possibilidade de ser construída por<br />

dados de registros nacionais. De fato, as MEO representam o único método factível<br />

para analisar grandes bases de dados sobre exposições ocupacionais (Mannetje &<br />

Kromhout, 2003).<br />

Entre as limitações das MEO está a subjetividade na classificação da exposição,<br />

quando se utiliza apenas do julgamento por especialistas e a disponibilidade de<br />

poucas informações facilita-se a ocorrência de erros de classificação diferencial ou<br />

não diferencial (Bouyer & Hémon, 1993). O uso isolado da variável ocupação, além<br />

dos limites conhecidos desta categoria para expressar a exposição, induz erros de<br />

classificação introduzidos pela variabilidade da exposição numa mesma ocupação.<br />

Por fim, as MEO tradicionalmente não registram mudanças significativas <strong>no</strong> padrão<br />

da exposição nem a variabilidade intra-trabalhadores (Kauppinen et al., 1998). Na<br />

construção das MEO é mais comum a ocorrência do viés gerado pelo erro de<br />

classificação na proporção dos não expostos como expostos (falta de especificidade)<br />

do que o oposto (falta de sensibilidade) (Bouyer & Hémon, 1993).


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 30 .<br />

3.4 ERROS DE MENSURAÇÃO<br />

Entre os fatores que geram distorções e reduzem a validade dos estudos<br />

epidemiológicos, a mensuração da exposição é dos mais importantes (Goldberg &<br />

Hémon, 1993). A ocorrência de erros é dependente do instrumento utilizado e de sua<br />

execução imprópria, das características do entrevistado, dos sintomas da doença na<br />

fase do pré-diagnóstico e da sensibilização do entrevistado em relação aos riscos da<br />

doença (Armstrong et al., 1992; Boleij et al., 1995).<br />

Outras importantes fontes de erro de classificação são os fatores que podem<br />

interferir na exposição, tanto qualitativa como quantitativamente. Nos processos de<br />

trabalho, estes fatores estão relacionados as fontes de exposição e ao processo de<br />

produção que determinam exposições intermitentes ou contínuas. As tarefas, as<br />

condições e a forma de desempenhar o trabalho podem responder por outra parcela<br />

importante da variabilidade do grupo. Rappaport et al.(1993) descreveram que<br />

apenas 25% dos grupos de exposição homogênea, definidos pelos critérios da higiene<br />

ocupacional, eram de fato uniformemente expostos. Heederik & Miller (1988)<br />

avaliaram os efeitos da imprecisão nas medidas de exposição e concluíram que a<br />

relação estaria bastante subestimada se tais erros de medida não fossem<br />

considerados.<br />

O conhecimento sobre a real prevalência da exposição, a sensibilidade e a<br />

especificidade da classificação e a magnitude do viés de classificação, podem ser<br />

utilizados para identificar erros críticos na mensuração da exposição. Todavia, estes<br />

procedimentos exigem a aplicação de mais de um método de estimativa da<br />

exposição, o que aumenta os custos. Logo, a correção formal raramente é usada, ou é<br />

usada apenas para indicar a direção e a magnitude do viés de classificação<br />

(Kauppinen, 1994).


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 31 .<br />

3.5 VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR<br />

A informação mais utilizada como aproximação da exposição ocupacional em<br />

inquéritos populacionais é o título da ocupação ou da categoria profissional. O exame<br />

do título da ocupação tem como principal vantagem a simplicidade e a fácil<br />

compreensão da construção do índice de exposição (Sieber, 1990). O título da<br />

ocupação reflete descrições diretas e objetivas do que está sendo avaliado.<br />

As exposições a canceríge<strong>no</strong>s em diferentes ocupações podem variar<br />

quantitativamente (nível, freqüência da exposição e dose biologicamente ativa) e<br />

qualitativamente (características do agente, do ambiente de trabalho e do próprio<br />

trabalhador), portanto, o uso do título da ocupação é, em muitas circunstâncias,<br />

apenas uma aproximação grosseira da dose de exposição, mas bastante útil para a<br />

identificação de uma circunstância genérica de exposição (Vineis & Blair, 1992).<br />

O título da ocupação permite mensurações bastante satisfatórias para exposições<br />

elevadas e ambientes de trabalho pouco complexos (Vineis & Blair, 1992). Todavia,<br />

<strong>à</strong> medida que ocorrem diferenciações na organização e <strong>no</strong>s processos de trabalho,<br />

seja pela introdução de medidas de controle ambientais, ou realização de diversas<br />

tarefas numa mesma categoria ocupacional ou, ainda, convivência de trabalhadores<br />

em tarefas semelhantes ligadas a empresas e condições de trabalhos diferenciados,<br />

torna-se necessário o desenvolvimento de métodos de mensuração da exposição mais<br />

detalhados e sensíveis.<br />

Nas análises epidemiológicas de exposições ocupacionais, além das informações<br />

individuais, deve-se levar em conta a estimativa de pessoas-a<strong>no</strong> expostas, a<br />

variabilidade intra e entre grupos, e as janelas críticas de exposição na mesma<br />

ocupação e empresa, ou seja, as variações na exposição decorrentes da introdução de<br />

medidas de controle ambiental ou de mudanças do processo industrial. Outra fonte de<br />

informação é o conjunto de tarefas previstas na definição de atividades de uma<br />

determinada categoria ocupacional, utilizada em estudos epidemiológicos de base<br />

populacional (Sieber et al.,1991). O uso do título da ocupação em estudos<br />

populacionais tem sido uma estratégia bem sucedida e as informações geradas por<br />

estes estudos resultaram em referências utilizadas internacionalmente.


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 32 .<br />

O National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) dos Estados<br />

Unidos desenvolveu dois inquéritos com amostras de empresas representativas de<br />

segmentos econômicos com o objetivo de estimar o número de trabalhadores<br />

expostos, a natureza da exposição e detectar o tipo de programa de redução dos<br />

problemas de saúde ocupacional implementado pelas empresas. O primeiro, National<br />

Occupation Hazard Survey (NOHS) foi realizado entre 1972 e 1974 e o segundo,<br />

National Occupation Exposure Survey (NOES), entre 1981 e 1983 (Sieber, 1990;<br />

Sieber et al., 1991; Hawkins et al.,1991). Além destes inquéritos, a Occupational<br />

Safety and Health Administration (OSHA), desde 1974, realiza inspeções<br />

sistemáticas, com consentimento das empresas de extração de minérios,<br />

configurando o Mine Safety and Health Administration (MSHA), principal base de<br />

dados para a mensuração de exposição em minas subterrâneas ou de extração a céu<br />

aberto naquele país (Linch et al., 1998).<br />

No final da década de 80, um inquérito industrial do Instituto Finlandês de Saúde<br />

<strong>Ocupacional</strong>, o projeto SUTKEA, acrônimo em finlandês para mensuração da<br />

exposição ocupacional, gerou os mais importantes dados de exposição ocupacional a<br />

canceríge<strong>no</strong>s daquele país. Além do SUTKEA, a Finlândia dispõe, desde 1979, de<br />

um sistema de <strong>no</strong>tificação compulsória anual, dos trabalhadores expostos a<br />

canceríge<strong>no</strong>s, o “Registro ASA”, abreviação em finlandês deste sistema. Contudo,<br />

pesquisadores daquele país consideram que ainda existe subregistro das situações<br />

com baixos níveis de exposição a canceríge<strong>no</strong>s (Alho et al., 1988; Heikkilä &<br />

Kauppinen, 1992).<br />

O programa da União Européia “Europa contra o Câncer” propiciou a construção<br />

de um sistema multinacional de informações sobre exposições ocupacionais a<br />

canceríge<strong>no</strong>s – CAREX (Carci<strong>no</strong>gen Exposure). Desenvolvido entre 1990 e 1993 em<br />

15 países da União Européia, consiste num sistema de classificação com 139 agentes<br />

considerados pela IARC como definitivamente canceríge<strong>no</strong>s ou suspeitos de o serem,<br />

e 55 classes industriais do ISIC (Kauppinen et al., 1998; Kauppinen et al., 2000). A<br />

prevalência de exposição em cada país foi calculada a partir da projeção do estudo<br />

america<strong>no</strong> (NOES) e finlandês (SUTKEA e Registro ASA), mas não foram<br />

considerados padrões de exposição específicos para cada país. Em alguns, as<br />

estimativas foram refinadas por especialistas nacionais (Kauppinen et al., 1998;


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 33 .<br />

Kauppinen et al., 2000). O CAREX identificou 32 milhões de trabalhadores expostos<br />

(23% dentre os ocupados) aos agentes canceríge<strong>no</strong>s estudados. Em geral, foi<br />

observado que cada trabalhador estava, em média, exposto a mais de um agente<br />

canceríge<strong>no</strong>. Em 1997, o CAREX foi ampliado para a Estônia, Latvia, Lituânia e<br />

República Checa (Kauppinen et al., 2001). Fora do continente europeu, o CAREX<br />

foi adaptado para a Costa Rica (Partanen et al., 2003).<br />

Nos inquéritos populacionais deve-se considerar que a exposição ocupacional,<br />

como tradução da experiência de vida <strong>no</strong> trabalho, necessita ser avaliada com maior<br />

detalhamento e abrangência possível. Assim, deve-se levar em conta<br />

simultaneamente, múltiplos agentes, a intensidade, as exposições curtas mas<br />

repetitivas, os postos de trabalho críticos com alta exposição, a rotatividade de<br />

trabalhadores, bem como grupos com relações de trabalho precárias e a alta<br />

variabilidade dos fatores individuais.<br />

3.5.1 Bases de dados<br />

As fontes de informação para estudos epidemiológicos, além das investigações<br />

diretas em amostras populacionais, podem ser recuperadas a partir de bases de dados<br />

secundários, resultantes de informações referentes <strong>à</strong> ocupação e nas bases de dados<br />

administrativos populacionais.<br />

Alguns países dispõem de bases de dados com informações completas sobre<br />

avaliações de ambientes de trabalho, embora não sejam necessariamente<br />

representativas de setores econômicos. A Alemanha possui o MEGA, acrônimo em<br />

alemão de base de dados sobre exposição química <strong>no</strong>s locais de trabalho; a Inglaterra<br />

o NOEDB (National Exposure Database); a Dinamarca o ATABAS, de registro de<br />

poluição do ar mensurado em ambientes de trabalho dinamarqueses; a Noruega o<br />

EXPO (Exposure Database); a Finlândia o FINJEM (Finnish Job-Exposure Matrix);<br />

e a França o COLCHIC, de banco de dados de exposição ocupacional a agentes<br />

químicos (Vincent & Jeandel, 2001; Mannetje & Kromhout, 2003).<br />

A legislação brasileira de saúde e de segurança (Portaria 3214 do MTE)<br />

estabeleceu, em 1995, que as empresas realizassem avaliações ambientais


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 34 .<br />

obrigatórias anuais. Estas avaliações poderão vir a se configurar numa útil base de<br />

dados, caso se cumpram métodos padronizados de mensuração.<br />

As principais vantagens do uso de bases dados são o baixo custo, o curto período<br />

de tempo para registro, a possibilidade de obter informações colhidas <strong>no</strong> passado<br />

(Armstrong et al., 1992) e não dependerem da colaboração ou da presença do<br />

entrevistado. As principais fontes de erro relacionam-se <strong>à</strong> falta de informações<br />

completas do período estudado, <strong>à</strong> perda de informações da exposição ou de outras<br />

co-variáveis de interesse, <strong>à</strong> falta de uniformidade dos dados e <strong>à</strong>s informações<br />

ambíguas ou inconsistentes. Portanto, seu uso implica em limitações, em especial<br />

quando o pesquisador dispõe de pouco controle da qualidade dos dados para o<br />

período estudado, da definição dos termos utilizados e da natureza das informações<br />

(Armstrong et al., 1992).<br />

O <strong>Brasil</strong> não dispõe de bases de dados com informações completas sobre<br />

avaliações de ambientes de trabalho. Entretanto, conta com bases administrativas,<br />

previdenciárias e de saúde capazes de auxiliar na descrição de cenários exploratórios<br />

para esta área de pesquisa.<br />

A base de dados do Ministério da Previdência Social é uma rica fonte de<br />

informação, pois reúne todos os movimentos da vida ocupacional dos trabalhadores<br />

que contribuíram para o seguro social, embora atualmente estes representem me<strong>no</strong>s<br />

da metade da população eco<strong>no</strong>micamente ativa. Sendo possível reconstituir o<br />

histórico do trabalhador de acordo com as funções exercidas e o seu desfecho (óbito,<br />

acidentes ou afastamento definitivo), porém, é necessário sempre considerar os<br />

aspectos éticos envolvidos na utilização de informações que são privadas dos<br />

indivíduos.<br />

Registros do Ministério da Saúde captam diversos agravos pelos sistemas de<br />

<strong>no</strong>tificação, de declaração, ou de pagamento, que poderiam auxiliar em estudos<br />

ecológicos, análise de demanda ou identificação de sítios de exposição.<br />

A declaração de trabalhadores empregados e desempregados, emitida pelas<br />

empresas, consubstancia o Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) e o<br />

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), e forma uma série<br />

histórica com informações ocupacionais desde 1985. Os dados estão agregados e<br />

permitem estimar a movimentação e a localização dos trabalhadores formais segundo


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 35 .<br />

cada setor econômico e ocupação. Assim, é possível reconstruir tendências temporais<br />

<strong>no</strong> que diz respeito ao número de trabalhadores ocupados por regiões e setores<br />

econômicos específicos. Estas bases são organizadas e mantidas pelo MTE e<br />

possuem acesso via Internet.<br />

Todas estas bases possuem os problemas inerentes aos registros sistemáticos que<br />

não recebem supervisão ou avaliação de sua qualidade. Todavia, a exploração destas<br />

bases pode resultar num processo de retroalimentação das informações contribuindo<br />

para a melhoria de sua qualidade.<br />

Os modelos de bases de dados internacionais sustentam-se em informações de<br />

mensuração ambiental e de morbidade decorrentes da fiscalização, de exposições<br />

declaradas, inquéritos consentidos pelas empresas ou projeções da prevalência da<br />

exposição de um país para outro. O registro de exposições ocupacionais é muito<br />

recente <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. As peculiaridades do processo de industrialização resultam, na<br />

atualidade, numa contínua ampliação da mão-de-obra <strong>no</strong> setor de serviços, incluindo<br />

a terceirização, o que configura obstáculos para a implementação de registros<br />

sistemáticos, embora a legislação brasileira assim o exija. Apesar das deficiências de<br />

qualidade, a disponibilidade destes dados faculta o seu uso em saúde pública e<br />

permite inferências epidemiológicas para a compreensão e melhor caracterização da<br />

população em relação <strong>à</strong> exposição, ainda que restrita ao mercado formal como é o<br />

caso das bases RAIS e CAGED.<br />

3.5.2 Vigilância da exposição<br />

A prática tradicional da vigilância <strong>no</strong>s serviços de saúde pública consiste <strong>no</strong><br />

monitoramento de casos da doença e subseqüente identificação de áreas críticas,<br />

portanto são ações voltadas para dimensionar o efeito e gerar medidas de risco.<br />

Porém, o conhecimento atual sobre agentes canceríge<strong>no</strong>s e processos de trabalho<br />

permitem abordagens voltadas para a avaliação e controle da exposição ocupacional,<br />

mesmo antes da identificação de agravos.<br />

Os inquéritos populacionais, ainda que realizados como sistema complementar da<br />

vigilância, requerem a busca ativa de informações <strong>no</strong> que tange <strong>à</strong> identificação e ao


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 36 .<br />

dimensionamento dos riscos representados pela exposição aos agentes canceríge<strong>no</strong>s,<br />

mas também quanto <strong>à</strong> localização e possibilidade de mensuração de situações de<br />

exposição em sua dimensão coletiva. São estudos bem definidos <strong>no</strong> tempo e <strong>no</strong><br />

espaço, mas que dificilmente podem ser rotineiros, dado o seu alto custo.<br />

O caráter dinâmico da incorporação de <strong>no</strong>vas substâncias químicas na sociedade,<br />

aliado <strong>à</strong>s variações intrínsecas <strong>no</strong> ambiente de trabalho, representa um desafio para a<br />

vigilância em saúde do trabalhador. Uma estratégia possível é a identificação de<br />

situações de exposição, tomando-se como referência bases de dados secundários já<br />

disponíveis. Para tal, a base RAIS pode ser especialmente conveniente. Submetendose<br />

estes dados a uma MEO é possível comparação geográfica ou temporais.<br />

Algumas propostas <strong>no</strong>vas para vigilância de agravos relacionados ao trabalho<br />

propõem o monitoramento de indicadores biológicos (Neves, 1999; Piveta et al.,<br />

2001) e, também, a identificação e o acompanhamento de espaços intra-urba<strong>no</strong>s,<br />

de<strong>no</strong>minados “áreas sentinelas” (Teixeira et al., 2002).<br />

A prática crescente de vigilância dos ambientes e processos de trabalho, realizada<br />

<strong>no</strong> Sistema Único de Saúde, poderá vir a se materializar num conjunto de<br />

informações ambientais para viabilizar critérios para a vigilância da exposição a<br />

substâncias cancerígenas.


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 37 .<br />

3.6 CONCLUSÕES<br />

Muito ainda há para pesquisar sobre etiologias de origem ocupacional e o câncer,<br />

o que deverá concentrar boa parte dos esforços dos epidemiologistas <strong>no</strong> futuro. Por<br />

outro lado, são dezenas as substâncias reconhecidas como definitivamente<br />

cancerígenas para os huma<strong>no</strong>s presentes de forma predominante em ambientes de<br />

trabalho e que necessitam ser monitoradas, controladas e, se possível, eliminadas.<br />

Este contexto acarreta a necessidade de avaliações confiáveis da exposição a<br />

canceríge<strong>no</strong>s e de sistemas de informação capazes de mensurar e acompanhar<br />

situações de risco para os trabalhadores.<br />

Santana & Cordeiro (2003) destacam que a exposição reflete uma experiência de<br />

vida e não se limita ao ambiente de trabalho, mas envolve um modelo dinâmico,<br />

interativo e complexo, incluindo os hábitos de vida, a dimensão de tempo e<br />

raramente se limita a um agente. A mensuração da exposição ocupacional a<br />

canceríge<strong>no</strong>s requer abordagens progressivas, sem obedecer a uma hierarquia entre<br />

métodos quantitativos e qualitativos. No pla<strong>no</strong> ideal, um estudo deve buscar<br />

avaliações diretas e, também, subjetivas, preferencialmente incluindo análises que<br />

contemplem a validade, a imprecisão das medidas e a constituição de grupos<br />

homogêneos de exposição.<br />

As MEO são instrumentos úteis tanto para a aplicação na situação de uma<br />

empresa em particular, como para avaliações mais amplas, compreendendo todas as<br />

formas de trabalho em determinada região. A legislação brasileira exige que<br />

avaliações diretas <strong>no</strong>s ambientes de trabalho sejam realizadas de forma sistemática<br />

pelas empresas, facilitando a consolidação destas informações em pla<strong>no</strong>s setoriais ou<br />

regionais. Os inquéritos com base em informações de bases secundárias, dada a sua<br />

facilidade, baixo custo e alto potencial para estimar exposições e apesar de suas<br />

limitações, permitem otimizar investigações detalhadas, estabelecer prioridades e<br />

desencadear ações de vigilância mais efetivas.


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 38 .<br />

3.7 REFERÊNCIAS<br />

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4 MÉTODOS<br />

DELINEAMENTO E VALIDAÇÃO DE MATRIZ<br />

DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL À SÍLICA<br />

DESIGN AND VALIDATION OF A<br />

JOB-EXPOSURE MATRIX FOR SILICA<br />

Aceito para publicação na Revista de Saúde Pública, São Paulo, 2004


MÉTODOS .<br />

43<br />

RESUMO<br />

Objetivo. Desenvolver uma matriz de exposição ocupacional (MEO) de base<br />

populacional para a sílica cristalina <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e estimar sua validade. Métodos. A MEO<br />

foi desenvolvida por um epidemiologista e um higienista ocupacional em quatro etapas:<br />

codificação da variável ocupação; codificação da variável setor econômico; classificação<br />

da exposição por consenso entre os pesquisadores; e estimativa do número de<br />

trabalhadores registrados, em 1995, para cada nível de exposição. As 8.675 células da<br />

matriz, formadas pela intersecção das variáveis setor econômico (25 colunas) e<br />

ocupação (347 linhas), foram classificadas de acordo com a freqüência da exposição <strong>à</strong><br />

sílica em quatro níveis: não expostos, possivelmente expostos, provavelmente expostos e<br />

definitivamente expostos. Para a validação da MEO, cinco setores econômicos (extração<br />

mineral, construção civil, metalurgia, administração de serviços de pessoal técnico e<br />

indústria têxtil) foram re-codificados quanto <strong>à</strong> exposição por peritos convidados.<br />

Avaliou-se a confiabilidade pela proporção de acordos e o grau de concordância pelo<br />

Kappa. Resultados. A MEO apresentou alta concordância geral, variando de 64,0% na<br />

metalurgia a 94,4% na extração mineral. O Kappa revelou boa concordância <strong>no</strong> setor de<br />

extração mineral (0,9) e baixa ou regular <strong>no</strong>s demais (variação de 0,1 a 0,5). A<br />

especificidade foi alta para os setores de metalurgia (86,5%) e extração mineral<br />

(100,0%). A construção civil apresentou especificidade de 56,0%. Conclusão. A MEO<br />

apresentou boa acurácia, revelando-se adequada para estimar a exposição <strong>à</strong> sílica na<br />

força de trabalho ocupada <strong>no</strong> país.<br />

Descritores: Matriz de exposição ocupacional, avaliação da exposição, sílica, validade,<br />

confiabilidade.


MÉTODOS .<br />

44<br />

ABSTRACT<br />

Objective. To design and validate a job-exposure matrix (JEM) in order to estimate<br />

occupational exposure to crystalline silica in Brazil. Methods. An epidemiologist and an<br />

industrial hygienist developed the JEM in four stages: classification of occupational<br />

activities; classification of industry; consensual codification between researchers on<br />

silica exposure level; and estimation of the workforce registered in 1995 for each level<br />

of exposure. The cross-tabulation of variables industry (25 columns) and occupation<br />

(347 lines) resulted in 8,675 cells, classified according exposure frequency to silica in<br />

four levels: <strong>no</strong> exposed, possibly exposed, probably exposed and definitively exposed.<br />

The JEM validation was done for five eco<strong>no</strong>mic sectors (mining and quarrying,<br />

construction, foundry, administration of technical personal services and textiles), which<br />

cells were re-codified by external experts. Reliability between the study experts and<br />

external experts was evaluated by agreement measured by Kappa. Results. The JEM<br />

showed high codification agreement, from 64.0% for metallurgy to 94.0% for mining.<br />

The Kappa revealed good agreement in mining (0.9), and low or regular for other sectors<br />

(from 0.1 to 0.5). The accuracy was particularly high for specificity, variation from<br />

86.5% for metallurgy to 100.0% in mining. Construction presented specificity of 56.0%.<br />

Conclusion. This JEM showed a good accuracy and seems appropriate for estimate the<br />

silica exposure among Brazilian workers.<br />

Key words: Job-exposure matrix, exposure assessment, silica, validity, reliability


MÉTODOS .<br />

45<br />

4.1 INTRODUÇÃO<br />

A análise dos métodos de avaliação de exposições, considerando-se a adequação dos<br />

instrumentos e os aspectos temporais da mensuração, é uma etapa necessária e<br />

fundamental dos estudos epidemiológicos que buscam relacionar exposições<br />

ocupacionais e a ocorrência de doenças.<br />

As informações obtidas por entrevistas e os registros de mensurações da presença de<br />

determinada substância <strong>no</strong>s ambientes de trabalho têm sido freqüentemente utilizadas<br />

para avaliar exposições ocupacionais. Todavia, poucas investigações realizaram<br />

estimativas da acurácia e reprodutibilidade destas informações 10 . Entre os diversos<br />

métodos de avaliação da exposição ocupacional a agentes ou substâncias deletérias para<br />

a saúde, as matrizes de exposição ocupacional destacam-se pela confiabilidade, relativo<br />

baixo custo e flexibilidade na incorporação de informações provenientes de diferentes<br />

origens. Uma matriz de exposição ocupacional (MEO) consiste num sistema de<br />

classificação da exposição para uma ou mais substâncias ou agentes em distintas<br />

ocupações por ramos de atividade específicos 10 .<br />

As primeiras descrições de MEO remontam <strong>à</strong> década de 30 do século XX. O formato<br />

computadorizado começou a ser utilizado <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s 70 10 e seu uso foi expandido <strong>no</strong>s<br />

a<strong>no</strong>s 80, com a intensa aplicação das MEO em estudos epidemiológicos, na avaliação de<br />

empresas e setores econômicos 2 ou tendo como fontes para estimativas bases de dados<br />

populacionais 12, 14 . No <strong>Brasil</strong>, a primeira aplicação deste instrumento foi feita num<br />

estudo caso-controle para avaliar a associação entre exposições ocupacionais e câncer de<br />

pulmão 18 .<br />

As MEO são instrumentos eficientes para identificar padrões genéricos de exposição,<br />

o que pode ser útil <strong>no</strong>s estudos epidemiológicos ou <strong>no</strong> planejamento de ações de<br />

vigilância. As MEO requerem estimativas qualificadas, sistemáticas e detalhadas das<br />

exposições potenciais, e podem ser construídas com informações primárias ou<br />

secundárias. Na ausência de dados de avaliações realizadas diretamente <strong>no</strong>s ambientes<br />

de trabalho, as informações mais utilizadas para estimar a exposição provêm do título da


MÉTODOS .<br />

46<br />

ocupação do trabalhador ou da reconstrução de sua trajetória ocupacional por meio de<br />

entrevista.<br />

As dificuldades para a elaboração de uma MEO são inerentes ao método adotado<br />

para estimar a exposição e, dependendo da abordagem escolhida, os custos e o tempo<br />

necessário para sua execução podem ser expressivos. Na Finlândia, foram necessários<br />

três a<strong>no</strong>s para o desenvolvimento de MEO populacional com dados de avaliações<br />

ambientais de rotina 10 . No Canadá, a MEO elaborada para um estudo epidemiológico<br />

com informações provenientes de questionários aplicados a mil trabalhadores o custo foi<br />

de aproximadamente 60 mil dólares america<strong>no</strong>s 16 .<br />

O uso de bases de dados de fontes secundárias e estimativas da exposição realizada<br />

por especialistas com conhecimento amplo e profundo de higiene ocupacional, permite<br />

reduzir tempo e custos. Nos estudos epidemiológicos esta alternativa tem a vantagem de<br />

proporcionar resultados mais abrangentes do que avaliações pontuais por métodos<br />

diretos ou informações declaradas pelos trabalhadores, pois os especialistas podem<br />

assumir critérios de exposição que representem a situação média das empresas <strong>no</strong><br />

tocante ao tipo de processo produtivo, ao maquinário utilizado e <strong>à</strong> gerência do risco.<br />

A sílica é reconhecida como substância definitivamente carci<strong>no</strong>gênica para os<br />

huma<strong>no</strong>s pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC) 7 da Organização<br />

Mundial da Saúde. Neste estudo, a exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica foi avaliada<br />

considerando-se a realidade de trabalho <strong>no</strong> contexto brasileiro, onde há vasta presença<br />

de poeiras ricas em quartzo livre em distintas atividades econômicas e um amplo limite<br />

de exposição <strong>à</strong> sílica permitida pela legislação em vigor.<br />

Com o objetivo de obter-se um instrumento capaz de produzir estimativas confiáveis<br />

da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> país com informações em fontes de bases de dados<br />

populacionais, construiu-se uma MEO e avaliou-se sua acurácia e confiabilidade para os<br />

dados secundários de origem.


MÉTODOS .<br />

47<br />

4.2 MATERIAL E MÉTODOS<br />

A MEO foi construída para a população ocupada em 1995 e a estimativa da<br />

exposição <strong>no</strong>s setores econômicos foi feita de acordo com processos de trabalho e a<br />

tec<strong>no</strong>logia utilizada nas décadas de 1980 e 1990. A validação da MEO foi realizada<br />

pelas análises de confiabilidade e de acurácia.<br />

4.2.1 Fontes de dados e variáveis<br />

A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e<br />

Emprego (MTE), que comporta informações sobre a ocupação, vínculo de emprego,<br />

setores econômicos e características pessoais dos trabalhadores, foi a fonte utilizada para<br />

a construção da MEO.<br />

A variável setor econômico foi examinada segundo a Classificação Nacional de<br />

Atividades Econômicas (CNAE), de 1980, com desagregação em dois dígitos, ampliada<br />

para quatro dígitos quando um melhor detalhamento de determinado setor econômico se<br />

fazia necessário. Desta forma foram definidas 25 divisões dos setores de agricultura,<br />

comércio, extração mineral e indústrias. A variável ocupação foi analisada de acordo<br />

com a Classificação <strong>Brasil</strong>eira de Ocupações (CBO), de 1995, com discriminação em<br />

três dígitos, comportando 347 grupos ocupacionais, exceto os grupos sem informação e<br />

os mal definidos.<br />

4.2.2 Estrutura da matriz e classificação da exposição<br />

Foram quatro as etapas de construção da MEO: análise das atividades dos grupos<br />

ocupacionais por setores econômicos, identificação das fontes de exposição, codificação<br />

das células de intersecção, produto do cruzamento dos 25 setores econômicos (colunas)<br />

com os 347 grupos ocupacionais (linhas), e, finalmente, a identificação, para cada célula<br />

da MEO do número de trabalhadores registrados na RAIS em 1995. Os critérios de<br />

decisão para a classificação da exposição estão descritos esquematicamente na figura 1.


MÉTODOS .<br />

48<br />

Figura 1 – Etapas e critérios de decisão na construção da MEO para sílica<br />

CBO 2 (3 dígitos)<br />

347 grupos<br />

ETAPAS DA<br />

CLASSIFICAÇÃO<br />

• Consulta CBO e<br />

compara ao setor da<br />

CNAE;<br />

• Relaciona possíveis<br />

fontes de exposição;<br />

• Consulta literatura<br />

científica;<br />

• Em caso de dúvida<br />

desagrega em 5<br />

dígitos;<br />

• Inconsistências:<br />

analisa a freqüência<br />

de trabalhadores por<br />

subsetor;<br />

• Consulta especialista<br />

Adota critério de<br />

codificação da<br />

ocupação com<br />

maior prevalência<br />

Base RAIS 1<br />

1 Relação Anual de Informações Sociais<br />

2 Classificação <strong>Brasil</strong>eira de Ocupações<br />

3 Classificação Nacional de Atividades Econômicas<br />

CNAE 3 (2 dígitos)<br />

25 setores econômicos<br />

Classificação das células formadas pela<br />

intersecção da ocupação e setor<br />

econômico em: não expostos (NE),<br />

possivelmente (PsE), provavelmente (PrE)<br />

ou definitivamente expostos (DE).<br />

GRUPO OCUPACIONAL<br />

E SETOR ECONÔMICO<br />

HETEROGÊNEOS<br />

Ausência de subgrupo com<br />

prevalência relevante, considera as<br />

seguintes situações para decisão:<br />

• Subsetor com freqüência < 25% -<br />

mantém o critério do setor;<br />

• Subsetor com freqüência entre 25%<br />

e 50% - critério intermediário entre<br />

o setor e o do subsetor;<br />

• Subsetor com freqüência > 50% -<br />

critério do subsetor para todo o<br />

setor econômico.<br />

CODIFICAÇÃO FINAL


MÉTODOS .<br />

49<br />

Na classificação da exposição considerou-se a análise cuidadosa de cada grupo<br />

ocupacional dentro de cada setor econômico. Um epidemiologista (F.S.N.R.) e um<br />

higienista ocupacional (E.A.C.), ambos com prática profissional na área da saúde<br />

ocupacional e experiência em avaliação de exposições <strong>no</strong>s ambientes de trabalho,<br />

realizaram ampla revisão sobre as potenciais exposições <strong>à</strong> sílica em setores econômicos<br />

e ocupações na bibliografia científica nacional e internacional e, ainda, nas bases de<br />

órgãos internacionais como a IARC 8 e a Organização Internacional do Trabalho 10 .<br />

Adicionalmente, levantaram informações de avaliações ambientais descritas em<br />

relatórios técnicos institucionais 5 , dissertações acadêmicas 15,20 e conduziram entrevistas<br />

com profissionais da área de higiene industrial e sindicalistas.<br />

A exposição foi assumida como presente nas situações em que as atividades<br />

descritas na CBO permitissem presumir a exposição dos trabalhadores <strong>à</strong> sílica cristalina<br />

livre, com freqüência de contato pelo me<strong>no</strong>s semanal <strong>no</strong> ambiente de trabalho.<br />

Consideraram-se as tarefas descritas na CBO para cada grupo ocupacional em cada setor<br />

econômico, bem como as condições médias de saúde e segurança <strong>no</strong> trabalho conhecidas<br />

para empresas de setores econômicos específicos <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. A decisão sobre a categoria<br />

de exposição para cada célula foi tomada por consenso entre os dois pesquisadores que<br />

realizaram a classificação.<br />

Para cada célula da MEO foram presumidas as potenciais fontes de exposição <strong>à</strong><br />

sílica, incluindo: matéria–prima, produto final, formas químicas intermediárias, pirólise<br />

ou produtos de decomposição, produtos de limpeza, tipo de máquina, contaminação<br />

ambiental e condições gerais de manutenção do maquinário. A exposição <strong>à</strong> sílica foi<br />

então classificada segundo quatro categorias qualitativas, considerando-se a freqüência<br />

presumida de exposição e os critérios estabelecidos por Gérin et al. (1985) 6 : não<br />

expostos (NE), possivelmente expostos (PsE), provavelmente expostos (PrE) e<br />

definitivamente expostos (DE), conforme detalhado na Tabela 1. As informações sobre<br />

intensidade, alternância e variação na exposição não foram consideradas.


MÉTODOS .<br />

50<br />

Tabela 1 – Critérios para a codificação da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica<br />

CÓDIGO<br />

DESCRIÇÃO DOS CRITÉRIOS<br />

NÃO EXPOSTOS (NE) Atividade prevista <strong>no</strong> grupo ocupacional resulta em<br />

exposição presumida igual ou me<strong>no</strong>r que a população geral,<br />

ou abaixo de 1% da jornada semanal de trabalho.<br />

POSSIVELMENTE<br />

EXPOSTOS (PsE)<br />

PROVAVELMENTE<br />

EXPOSTOS (PrE)<br />

DEFINITIVAMENTE<br />

EXPOSTOS (DE)<br />

Atividade ocupacional está descrita de forma genérica e pode<br />

implicar na existência do aumento da exposição em relação <strong>à</strong><br />

população geral. A exposição ocorre em curtos períodos da<br />

jornada de trabalho, entre 1% a 5% da jornada semanal.<br />

Existem grupos bem definidos, que podem ou não ter relação<br />

com atividades de produção.<br />

Atividade ocupacional implica em exposição. Contudo,<br />

informações detalhadas sobre as atividades não são<br />

completamente conhecidas ou variam muito entre as<br />

empresas. A descrição das atividades do grupo ocupacional<br />

permite supor exposições intermitentes (entre 5% e 30% da<br />

jornada semanal de trabalho). Para a codificação é necessário<br />

combinar informações da ocupação, do setor econômico e do<br />

período histórico. Incluem ocupações inespecíficas e padrões<br />

de exposição heterogêneos.<br />

Atividade ocupacional implica alta exposição, acima 30% da<br />

jornada semanal de trabalho. As informações sobre estas<br />

atividades ocupacionais são confiáveis.<br />

Para alguns setores econômicos, com intensa utilização de sílica cristalina,<br />

considerou-se que a exposição ocorria de forma generalizada na empresa. Os setores<br />

assim considerados foram definidos como típicos e incluem: indústria de extração


MÉTODOS .<br />

51<br />

mineral (pedreiras e extração de metais em minas subterrâneas), fundição, indústria de<br />

minerais não metálicos (indústrias do vidro e cerâmica), construção civil, indústria de<br />

construção e reparo naval.<br />

Nos grupos ocupacionais para os quais em que se pressupôs exposição muito<br />

freqüente <strong>à</strong> sílica (por exemplo, ceramistas) adotou-se a categoria DE, quando o grupo<br />

estava incluído em indústrias típicas, e as categorias NE, PsE ou PrE conforme cada<br />

situação em outros setores econômicos. Nos grupos ocupacionais que aglutinam<br />

ocupações com padrões heterogêneos de exposição estimou-se o nível de exposição com<br />

referência <strong>à</strong> ocupação predominante em cada subsetor econômico. Nestes casos,<br />

procedeu-se <strong>à</strong> análise deste grupo ocupacional por subsetores com a CNAE desagregada<br />

em até cinco dígitos, buscando-se identificar a ocupação predominante. Por exemplo, <strong>no</strong><br />

grupo dos engenheiros, arquitetos e urbanistas do setor de extração, assumiu-se a<br />

predominância de engenheiros e a codificação desta ocupação foi adotada para todo o<br />

grupo. Nas situações sem predominância presumível, foram consideradas para<br />

classificação as condições ambientais e ocupacionais conhecidas das indústrias <strong>no</strong><br />

<strong>Brasil</strong>.<br />

Nos setores econômicos com exposição improvável <strong>à</strong> sílica ou restrita a algumas<br />

operações específicas em áreas delimitadas, como na indústria eletroeletrônica, utilizouse<br />

o código que designa o me<strong>no</strong>r nível de exposição (NE). Porém, <strong>no</strong>s setores com<br />

exposição freqüente e disseminada <strong>à</strong> sílica aplicou-se o código da ocupação com a maior<br />

freqüência de exposição (DE).<br />

Alguns setores econômicos, pela classificação da CNAE, agregam indústrias<br />

heterogêneas em relação <strong>à</strong> sílica, o setor metalúrgico por exemplo, e inclui subsetores<br />

com baixa exposição, como a fabricação de tubos, e outros com alta exposição, como a<br />

fundição. Nestes casos, analisou-se o número de trabalhadores em cada subsetor.<br />

Naqueles que apresentavam exposição importante, mas agregavam me<strong>no</strong>s de 25% dos<br />

trabalhadores de todo o setor adotou-se o código dos demais subsetores. Em outros, com<br />

exposição importante e que aglutinavam entre 25 e 50% dos trabalhadores utilizou-se<br />

um código intermediário entre este e os demais subsetores. Finalmente, naqueles com


MÉTODOS .<br />

52<br />

exposições importantes <strong>à</strong> sílica e que aglutinavam mais de 50% dos trabalhadores, o<br />

código referente a este subsetor foi aplicado para todo o setor.<br />

Diferenças regionais foram consideradas pela identificação da concentração de<br />

empresas em alguns estados, como <strong>no</strong>s setores de transporte, construção e reparo naval,<br />

reparo de veículos ferroviários e reparo de aeronaves.<br />

Mudanças nas condições de trabalho, capazes de alterar o padrão de exposição<br />

ocupacional <strong>à</strong> sílica nas duas décadas analisadas, ocorreram principalmente durante a<br />

década de 90, mas foram localizadas. Cabe destacar a proibição do uso de areia seca<br />

como abrasivo nas tarefas de jateamento (mais intenso na metalurgia e na construção<br />

naval) em alguns Estados e Municípios 15 . Na construção civil, a produção de concreto<br />

fora dos canteiros de obras e a substituição de estruturas de concreto por colunas e vigas<br />

de aço são fatos que resultaram na me<strong>no</strong>r manipulação de areia e brita e,<br />

conseqüentemente, possível me<strong>no</strong>r exposição <strong>à</strong> sílica neste setor.<br />

As planilhas geradas pelo software SGT6 (Sistema Gerador de Tabelas, versão 6) da<br />

base RAIS com o número de trabalhadores foram sobrepostas <strong>à</strong>s planilhas de<br />

codificação da MEO com as células de exposição geradas <strong>no</strong> software Excell®. As<br />

análises quantitativas foram processadas por meio do Statistical Analysis Software -<br />

SAS®, versão 8,2.<br />

4.2.3 Estimativa do número de trabalhadores expostos <strong>à</strong> sílica<br />

No cálculo dos trabalhadores ocupados em 1995 para cada célula da MEO aplicou-se<br />

um indicador de empregabilidade de acordo com o percentual de trabalhadores ocupados<br />

ao longo do a<strong>no</strong> e os desligamentos mensais para cada setor econômico. Desta forma,<br />

evitou-se utilizar o total de trabalhadores ocupados em 31 de dezembro, que poderia<br />

subestimar a base em até 30%, ou o total de trabalhadores empregados em algum<br />

momento <strong>no</strong> decorrer do a<strong>no</strong>, que poderia superestimar a base em até 4%.<br />

A matriz final resultou em uma planilha com 8.675 células correspondentes <strong>à</strong>s<br />

intersecções das variáveis setor econômico e ocupação, que foram analisadas<br />

individualmente quanto <strong>à</strong> probabilidade de exposição <strong>à</strong> sílica.


MÉTODOS .<br />

53<br />

4.2.4 Aferição da matriz<br />

O controle de possíveis vieses na codificação foi feito por meio de critérios<br />

uniformes aplicados a toda MEO. A decisão sobre a codificação de cada célula foi<br />

fundamentada em cuidadosa documentação das situações analisadas e as decisões<br />

adotadas foram conservadoras e consoante com a literatura.<br />

Para a identificação de possíveis erros de preenchimento da RAIS avaliou-se a<br />

consistência interna dos dados, examinando-se os grupos ocupacionais com prevalências<br />

inusitadas em subsetores específicos. Quando determinada ocupação não era esperada<br />

em determinado subsetor, mas representava 10% ou mais do subsetor investigado,<br />

assumiu-se a possibilidade de haver alguma outra atividade econômica associada e a<br />

ocupação foi considerada <strong>no</strong>s critérios de codificação. Abaixo deste nível a presença<br />

destas ocupações inusitadas foi tratada como erro de preenchimento e não considerada<br />

pelos codificadores.<br />

Validação da matriz<br />

A confiabilidade da MEO foi mensurada por testes de concordância e a acurácia por<br />

meio da sensibilidade e da especificidade. Para tais procedimentos foi selecionada uma<br />

amostra intencional de três setores econômicos reconhecidos como de intensa exposição<br />

<strong>à</strong> sílica: extração mineral, metalurgia e construção civil; um setor onde a sílica é pouco<br />

utilizada: indústria têxtil; e um setor que aglutina empresas que alocam mão-de-obra em<br />

diversas atividades, com níveis de exposição variados: administração de serviços de<br />

pessoal técnico.<br />

Peritos exter<strong>no</strong>s ao estudo foram convidados por sua expertise específica <strong>no</strong>s setores<br />

amostrados. Estes peritos apresentavam experiências e formações distintas, como<br />

sindicalista, técnico em segurança do trabalho, higienista industrial, engenheiro, médico.<br />

Cada perito re-classificou as células da matriz referente ao seu setor econômico de<br />

domínio com relação <strong>à</strong> exposição <strong>à</strong> sílica. Este trabalho foi conduzido de forma cega <strong>à</strong><br />

aferição anterior realizada pelos pesquisadores do estudo.


MÉTODOS .<br />

54<br />

A avaliação da precisão, ou confiabilidade da classificação, foi realizada calculandose<br />

a concordância geral da aferição da exposição inicial, conduzida pelos pesquisadores<br />

do estudo, e a realizada pelos peritos convidados para cada um dos cinco setores<br />

econômicos selecionados. A concordância específica também foi calculada de forma<br />

semelhante para cada categoria de exposição. Utilizou-se o índice Kappa de Cohen para<br />

análise da concordância geral e específica. Este indicador leva em consideração a<br />

concordância esperada ao acaso 4 . O índice foi interpretado <strong>à</strong> luz dos critérios de Landis<br />

& Koch (1977) 14 .<br />

A validade da classificação realizada pelos pesquisadores foi analisada em relação <strong>à</strong><br />

classificação dos peritos convidados, tomada como “padrão-ouro” 6 . A comparação das<br />

proporções de trabalhadores classificados pelos pesquisadores do estudo e pelos peritos<br />

como expostos (PsE, PrE, DE) definiu a sensibilidade. Paralelamente, estimou-se a<br />

especificidade comparando-se as proporções de trabalhadores classificados como NE<br />

pelos pesquisadores e pelos peritos.<br />

4.3 RESULTADOS<br />

Os procedimentos de classificação da exposição identificaram <strong>no</strong>s setores<br />

econômicos reconhecidos como de intensa utilização de sílica cristalina uma expressiva<br />

proporção de trabalhadores classificados como DE em 1995. Destacando-se a extração<br />

mineral, 57,4%; a construção civil, 56,0% e a metalurgia, 26,9%. No setor da<br />

administração de serviços de pessoal técnico, com níveis de exposição variados <strong>à</strong> sílica,<br />

a proporção de trabalhadores DE foi 1,4% e a proporção de não expostos 82,7%. No<br />

setor econômico com me<strong>no</strong>r uso presumido de sílica, a indústria têxtil, a proporção de<br />

DE foi de 0,1% e os não expostos de 91,2% (Tabela 2).


MÉTODOS .<br />

55<br />

Tabela 2 – Proporção de concordância da classificação de exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica por especialistas e peritos, segundo<br />

setores econômicos selecionados<br />

Setor Econômico Total de NE<br />

Concordância<br />

1<br />

PsE<br />

(%)<br />

2<br />

PrE<br />

(%)<br />

3<br />

DE<br />

(%)<br />

4<br />

(%)<br />

Extração mineral 166.672 16,7 17,8 2,5 57,4<br />

Construção civil 2.152.067 13,1 1,8 2,1 56,0<br />

Metalurgia 737.245 35,2 1,7 0,3 26,9<br />

Administração de serviços 2.885.578<br />

de pessoal técnico<br />

82,7 0,9 0,0 1,4<br />

Indústria têxtil 1.106.859 91,2 0,0 0,2 0,1<br />

1 Não expostos (NE)<br />

2 Possivelmente expostos (PsE) exposição abaixo de 5% da jornada semanal de trabalho<br />

3 Provavelmente expostos (PrE) exposição entre 5 e 30% da jornada semanal de trabalho<br />

4 Definitivamente expostos (DE) exposição acima de 30% da jornada semanal de trabalho


MÉTODOS .<br />

56<br />

A proporção de concordância geral entre a codificação dos pesquisadores do estudo<br />

e a dos peritos convidados foi alta, variando de 64,0% na metalurgia a 94,4% na<br />

extração mineral. O índice Kappa mostrou concordância considerada ótima para o setor<br />

de extração mineral (0,90) e regular para os setores de construção civil, metalurgia e<br />

administração de serviços de pessoal técnico, variando de 0,34 a 0,49. Apenas a<br />

indústria têxtil apresentou Kappa considerado baixo (0,06), embora com boa<br />

concordância geral de 91,5%. (Tabela 3).<br />

A proporção de concordância específica por setor apresentou ampla variação. Entre<br />

os não expostos variou de 56,0% na construção civil a 100,0% na extração mineral. O<br />

Kappa variou de regular a ótimo, 0,55 na administração de serviços a 0,98 na extração<br />

mineral, com exceção da indústria têxtil. A categoria DE apresentou proporções de<br />

concordância acima de 50,0%, para todos os setores, exceto para a administração de<br />

serviço de pessoal técnico cuja proporção foi igual a 24,5% e um Kappa baixo (0,37).<br />

Para a categoria PrE a proporção de concordância foi baixa <strong>no</strong> setor de metalurgia e<br />

administração de serviços de pessoal técnico, com 9,2% e 0% respectivamente, o índice<br />

Kappa ficou abaixo de 0,02 (Tabela 3).<br />

O setor econômico com melhor padrão de concordância foi o da extração mineral,<br />

pois todas as proporções ficaram acima de 50,0% e o Kappa acima de 0,54. Os demais<br />

setores apresentaram grande variação nas categorias intermediárias de classificação. Na<br />

categoria PsE os setores que apresentaram proporção de concordância abaixo de 10,0%<br />

foram administração de serviços de pessoal técnico e indústria têxtil, <strong>no</strong>s dois casos o<br />

índice Kappa ficou abaixo de 0,06.<br />

O setor da administração de serviços de pessoal técnico apresentou resultados altos<br />

para a concordância geral (85,0%), mas forte variação na concordância específica, com<br />

melhor estimativa para a classificação dos não expostos (98,1%) e Kappa de 0,55.<br />

A indústria têxtil apresentou concordância geral alta, 91,5%, porém possivelmente<br />

influenciada pelo acaso, pois o Kappa situou-se em 0,06. Este padrão reproduziu-se na<br />

concordância específica, <strong>à</strong> exceção dos DE (Tabela 3).


MÉTODOS .<br />

57<br />

Tabela 3 – Concordância geral e específica da classificação da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica realizada pelos pesquisadores e<br />

pelos os peritos <strong>no</strong>s setores econômicos selecionados<br />

Setor Econômico<br />

Concordância<br />

geral 1<br />

Concordância específica 2<br />

NE 2 PsE 2 PrE 2 DE 2<br />

% Kappa % Kappa % Kappa % Kappa % Kappa<br />

Extração mineral 94,4 0,90 100,0 0,98 99,8 0,88 50,4 0,54 94,9 0,94<br />

Construção civil 73,0 0,49 56,0 0,66 30,9 0,21 53,0 0,16 83,5 0,58<br />

Metalurgia 64,0 0,44 86,5 0,63 66,5 0,39 9,2 0,02 49,7 0,44<br />

Administração de<br />

serviços de pessoal<br />

técnico<br />

85,0 0,34 98,1 0,55 9,6 0,06 0,0 0,01 24,5 0,37<br />

Indústria têxtil 91,5 0,06 99,9 0,06 0,4 0,00 82,0 0,88 100,0 1,0<br />

1 Proporção de concordância geral entre os especialistas do estudo e os peritos convidados<br />

2 Porcentagem de concordância para cada critério de classificação: NE (Não expostos); PsE (Possivelmente expostos);<br />

PrE (Provavelmente expostos); DE (Definitivamente expostos)


MÉTODOS .<br />

58<br />

A sensibilidade e a especificidade da classificação foram altas para os setores da<br />

extração mineral, 99,4 e 100,0 respectivamente; construção civil com 100,0 e 56,0 e<br />

metalurgia com 78,4 e 86,5. Nos outros dois setores destacou-se a alta especificidade<br />

(acima de 98,0), indicando que <strong>no</strong> processo de classificação da exposição foi<br />

privilegiada a identificação dos não expostos (Tabela 4).<br />

Tabela 4 – Sensibilidade e especificidade da classificação da exposição ocupacional<br />

<strong>à</strong> sílica por setores econômicos selecionados<br />

Setor Econômico Sensibilidade 1<br />

Extração mineral 99,4 100,0<br />

Construção civil 100,0 56,0<br />

Metalurgia 78,4 86,5<br />

Administração de serviços de<br />

pessoal técnico<br />

46,9 98,1<br />

Indústria têxtil 3,5 99,9<br />

Especificidade<br />

2<br />

1 Proporção de células classificadas como de expostos (PsE, PrE, DE) pelos<br />

especialistas do estudo entre as classificadas como de expostos <strong>à</strong> sílica pelos<br />

peritos<br />

2 Proporção de células classificadas como de não expostos (NE) pelos especialistas<br />

do estudo entre as classificadas como de não expostos pelos peritos<br />

4.4 DISCUSSÃO<br />

Matrizes nacionais e regionais com informações de exposições ocupacionais<br />

estimadas a partir de dados secundários são amplamente utilizadas, a exemplo do<br />

sistema CAREX, <strong>no</strong> qual foram utilizadas as prevalências de exposições obtidas em<br />

estudos <strong>no</strong>s Estados Unidos e na Finlândia e aplicadas <strong>à</strong> situação de quinze países<br />

europeus 13 e na Costa Rica 17 . A presente MEO, embora construída seguindo<br />

metodologias similares <strong>à</strong>s utilizadas <strong>no</strong> CAREX 13 e <strong>no</strong> Canadá 6 , resulta do julgamento<br />

de especialistas nacionais com experiência prática na investigação e vigilância de


MÉTODOS .<br />

59<br />

ambientes de trabalho. Portanto, infere-se que as possíveis limitações nas estimativas da<br />

exposição retratadas nesta MEO foram compensadas pela melhor aproximação dos<br />

juízes, pesquisadores e peritos, com a realidade estudada. A MEO aqui desenvolvida<br />

mostrou-se viável e operacional para utilização de informações obtidas de bases de<br />

dados secundários.<br />

A concordância entre as classificações conduzidas pelos pesquisadores e pelos<br />

peritos foi particularmente alta na extração mineral, setor onde também com maior<br />

proporção de indivíduos classificados na categoria DE. A classificação <strong>no</strong>s setores de<br />

metalurgia e construção civil, embora revelando concordância geral alta, apresentaram<br />

valores de Kappa regulares, indicando a possível influência do acaso nas codificações.<br />

Também a concordância específica mostrou grande variabilidade nesses dois setores,<br />

particularmente nas categorias intermediárias de exposição (Tabela 3). As frágeis<br />

concordâncias encontradas <strong>no</strong>s critérios intermediários de classificação de exposição<br />

(PrE e PsE), <strong>à</strong> exceção da extração mineral, de<strong>no</strong>tam a maior capacidade desta MEO<br />

para classificar corretamente situações extremas de exposição. Entretanto, deve-se<br />

assinalar, as dificuldades de classificar indivíduos nas faixas intermediárias de exposição<br />

com instrumentos de avaliação com critérios subjetivos, como os utilizados neste estudo,<br />

foram também observadas por outros autores 11 . Embora apenas razoáveis para algumas<br />

categorias, as concordâncias obtidas neste estudo estão em consonância com as obtidas<br />

por Benke 1 . A alta proporção de concordância geral na indústria têxtil, não obstante os<br />

valores baixos de Kappa, configuram um paradoxo que pode ter ocorrido pela<br />

inadequação da estimativa Kappa para situações com baixa proporção de expostos 3 . A<br />

alta especificidade e a boa concordância observada entre as classificações conduzidas<br />

pelos pesquisadores e pelos peritos convidados, <strong>no</strong>s cinco setores amostrados, permitem<br />

considerar que o método de classificação da exposição seguiu critérios semelhantes e<br />

confiáveis em toda a estrutura da MEO e que podem ser extrapolados para os demais<br />

setores econômicos e ocupações examinadas pela MEO. Em síntese, pode-se com base<br />

nestes resultados inferir que os possíveis erros de classificação ocorreram <strong>no</strong> sentido de<br />

subestimar a exposição.


MÉTODOS .<br />

60<br />

As dificuldades encontradas na construção desta MEO foram também identificadas<br />

na elaboração de matriz na Finlândia 12 . E referem-se especialmente <strong>à</strong> avaliação da<br />

validade e da confiabilidade de uma medida de exposição na ausência de medidas de<br />

referência mensuradas diretamente <strong>no</strong>s ambientes de trabalho. Tal situação, leva a<br />

assumir-se como “padrão-ouro” outras estimativas de exposição 5 , <strong>no</strong> presente estudo a<br />

classificação realizada pelos peritos. A alta especificidade encontrada sugere que alguns<br />

expostos podem não ter sido identificados pela MEO, porém os incluídos tendem a ser<br />

realmente expostos.<br />

Entre as limitações do método aqui empregado deve-se considerar o julgamento da<br />

variável ocupação. Para uma mesma ocupação há grande variabilidade de tarefas em<br />

empresas com condições de trabalho distintas e em diferentes localizações geográficas.<br />

Os grupos ocupacionais, constituídos por critérios administrativos na CBO, não<br />

permitiram a sua desagregação em mais de três dígitos da RAIS, resultando em grupos<br />

que muitas vezes impedem a perfeita compreensão da heterogeneidade da força de<br />

trabalho ocupada e, por conseguinte, da exposição em alguns subsetores. Com os<br />

procedimentos de consistência interna buscou-se controlar essas possíveis distorções.<br />

Entre os grupos ocupacionais heterogêneos, a decisão de classificá-los como expostos<br />

apenas quando expressassem mais de 50% do conjunto do grupo excluiu uma parcela de<br />

trabalhadores que pode estar submetida a baixos níveis de exposição <strong>à</strong> sílica.<br />

As informações do setor econômico também não foram de fácil interpretação, pois a<br />

declaração de uma atividade econômica predominante por parte de determinada empresa<br />

não significa a ausência de outra estrutura produtiva simultânea com níveis de exposição<br />

distintos.<br />

A base de dados RAIS pode conter erros de informação, nas situações onde a<br />

declaração não tenha sido realizada criteriosamente. Como não há acompanhamento da<br />

qualidade do preenchimento destas declarações torna-se impossível a identificação da<br />

dimensão ou da direção destas distorções. A reduzida possibilidade de desagregação do<br />

grupo ocupacional na base RAIS e o desconhecimento dos padrões de exposição locais<br />

limitam a aplicação desta MEO apenas até o pla<strong>no</strong> de Estado, para além deste nível os<br />

vieses podem ser muito intensos e comprometer a acurácia das estimativas de exposição.


MÉTODOS .<br />

61<br />

Apesar de todas as limitações assinaladas, que não são inerentes exclusivamente a<br />

este estudo, mas da própria abordagem metodológica, os resultados obtidos sugerem que<br />

a aplicação desta MEO permite estimativas da exposição <strong>à</strong> sílica na força de trabalho<br />

brasileira a partir dos dados da RAIS. É possível considerar um aprimoramento desta<br />

matriz com a re-classificação das células de intersecção por um grupo nacional de<br />

especialistas para todos os setores, num processo que incorporasse a variável “confiança<br />

da classificação”, associado a um trabalho de reconstituição das ocupações em situações<br />

de baixa confiança na estimativa da exposição. Desta forma, seria possível, talvez,<br />

aumentar a confiabilidade nas categorias intermediárias de exposição e contemplar<br />

maiores variações regionais. Porém, esta estratégia exigiria um alto nível de organização<br />

nacional com custos consideráveis. Para melhorar a acurácia, julga-se viável a<br />

combinação do modelo aqui discutido com informações adicionais dos próprios<br />

trabalhadores, painéis de consenso entre especialistas, mensurações ambientais diretas<br />

ou a reconstrução do processo de trabalho em empresas-chave.<br />

Esta MEO consumiu 12 meses de trabalho e os custos foram inferiores <strong>à</strong>s estimativas<br />

internacionais. O uso de uma base de dados secundárias otimizou tempo e custos e,<br />

ainda, definiu critérios de prioridades para ações de vigilância. Mostrou também a<br />

viabilidade da construção de de<strong>no</strong>minadores para o cálculo de coeficientes de freqüência<br />

e de gravidade onde houver informações sobre casos de silicose ou câncer de pulmão<br />

decorrentes da exposição <strong>à</strong> sílica.<br />

Por fim, os resultados obtidos de validade da MEO estão de acordo com as<br />

descrições de outros autores 1,2 , particularmente para os setores com intensa utilização de<br />

sílica. Como o propósito de construção desta MEO não foi o de particularizar o risco,<br />

mas criar um instrumento confiável e válido, capaz de estimar a exposição <strong>à</strong> sílica em<br />

setores econômicos a partir de dados secundários, conclui-se que esta MEO é apropriada<br />

para atingir tais objetivos.


MÉTODOS .<br />

62<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Os autores agradecem a todos os pesquisadores, técnicos e sindicalistas que<br />

generosamente contribuíram com informações, realizaram as codificações e auxiliaram<br />

na análise estatística deste trabalho. À equipe de suporte da Empresa Datamec/Unysis<br />

pelo suprimento dos CD-ROM e do Laboratório de Epidemiologia e Estatística do<br />

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia pelas fundamentais contribuições na análise de<br />

concordância. Particularmente <strong>à</strong> <strong>Fundacentro</strong>, pelo apoio do equipamento de informática<br />

e a dedicação de seus técnicos, que realizaram as classificações, sanaram dúvidas de<br />

exposições específicas e auxiliaram na análise estatística.<br />

4.5 REFERÊNCIAS<br />

1. Benke G, Sim M, Fritschi L, Aldred G, Forbes A, Kauppinen T. Comparison of<br />

occupational exposure using three different methods: hygiene panel, job exposure<br />

matrix (JEM), and self reports. Appl Occup Environ Hyg. 2001;16(1):84-91.<br />

2. Burgess, GL. Development of an exposure matrix for respirable crystalline silica in<br />

the british pottery industry. Ann Occup Hyg 1998; 42(3):209-17.<br />

3. Feinstein AR, Cicchetti DV. High agreement but low Kappa: I. The problems of two<br />

paradoxes.J Clin Epidemiol. 1990;43(6):543-9.<br />

4. Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho<br />

(FUNDACENTRO). Levantamento as condições de higiene e segurança do trabalho<br />

– Mineração Lapa Vermelha Ltda – Pedro Leopoldo/MG – Projeto Pedreiras – 1985.<br />

São Paulo: MTE/<strong>Fundacentro</strong>. Relatório técnico.


MÉTODOS .<br />

63<br />

5. Gérin M, Siemiatycki J, Kemper H & Bégin D. Obtaining occupational exposure<br />

histories in epidemiologic case-control studies. J Occup Med 1985;27(6):420-6.<br />

6. Heederik D & Attfield M. Characterization of dust exposure for the study of chronic<br />

occupational lung disease: a comparison of different exposure assessment strategies.<br />

Am J Epidemiol 2000; 151(10):982-90.<br />

7. International Agency for Research on Cancer. IARC Mo<strong>no</strong>graphs on the evaluation<br />

of carciogenic risks to humans - Silica, some silicates, coal dust and para-arami<br />

fibrils. IARC Sci Publ 1997; vol 68.<br />

8. Instituto <strong>Brasil</strong>eiro de Geografia e Estatística. Classificação Nacional de Atividades<br />

Econômicas- CONCLA. 30 de março de 2003 . Disponível em<br />

URL:http://www.ibge.gov.br/concla/cnae/ cnae.shtm<br />

9. International Labor Organization. Encyclopaedia of Occupational Health and Safety<br />

[CD-ROM]. Geneve. International Labors Office; 1998.<br />

10. Kauppinen T. Assessment of exposure in occupational epidemiology. Scand J Work<br />

Environ Health. 1994;20 Spec No:19-29.<br />

11. Kauppinen T, Toikkanen J, Pukkala E. From cross-tabulation to multipurpose<br />

exposure information system: A new job-exposure. Am J Ind Med. 1998;33(4):409-<br />

17.<br />

12. Kauppinen T, Toikkanen J, Pedersen D, Young R, Ahrens W, Boffetta P, et. al.<br />

Occupational exposure to carci<strong>no</strong>gens in the European Union. Occup Environ Med.<br />

2000;57(1):10-18.


MÉTODOS .<br />

64<br />

13. Landis JR, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data.<br />

Biometrics 1977; 33(1):159-174.<br />

14. Pannett B, Coggon D, Acheson D. A job-exposure matrix for use in population<br />

based studies in England and Wales. Br J Ind Med 1985;42(11):777-83.<br />

15. Partanen T, Chaves J, Wesseling C, Chaverri F, Monge P, Ruepert C.et. al.<br />

Workplace carci<strong>no</strong>gen and pesticide exposures in Costa Rica. Int J Occup Environ<br />

Health 2003;9(2):104-11.<br />

16. Siemiatycki J, Dewar R, Richardson L. Costs and statistical power associated with<br />

five methods of collecting occupation exposure information for population-based<br />

case-control studies. Am J Epi 1989;130(6):1236-1246.<br />

17. Souza VF. Avaliação e Controle da <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> <strong>à</strong> Poeiras na Indústria da<br />

Construção. [Dissertação de Mestrado]. Rio de Janeiro: Faculdade de Engenharia,<br />

Universidade Federal Fluminense; 2001.<br />

18. Wünsch-Filho V, Moncau JE, Mirabelli D, Boffetta P. Occupational risk factors of<br />

lung cancer in Sao Paulo, Brazil. Scand J Work Environ Health 1998; 24 (2):118-24.


5 RESULTADOS<br />

TENDÊNCIA TEMPORAL DA EXPOSIÇÃO<br />

OCUPACIONAL À SÍLICA NO BRASIL<br />

TRENDS IN OCCUPATIONAL EXPOSURE<br />

TO SILICA IN BRAZIL<br />

Submetido para publicação <strong>no</strong>s The Annals of Occupational Hygiene,<br />

British Occupational Hygiene Society, 2004


RESULTADOS . . 66<br />

RESUMO<br />

Objetivo. Examinar a tendência da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> entre<br />

1985 e 2001. Métodos. A população ocupada foi identificada na base de dados<br />

Relatório Anual de Informações Sociais e distribuída em 347 grupos ocupacionais e<br />

25 setores econômicos. A exposição <strong>à</strong> sílica foi estimada por especialistas em higiene<br />

ocupacional por meio de uma matriz de exposição ocupacional em quatro categorias:<br />

não expostos (NE); possivelmente expostos (PsE); provavelmente expostos (PrE) e<br />

definitivamente expostos (DE). A prevalência foi calculada de acordo com as<br />

categorias de exposição de acordo com o sexo, setor econômico e região geográfica.<br />

A tendência foi obtida por regressão linear simples. Resultados. Em média, 14,4%<br />

dos trabalhadores ocupados estiveram expostos a algum nível de sílica na jornada de<br />

trabalho <strong>no</strong> período de 1985 a 2001. A prevalência de DE entre os homens<br />

apresentou tendência estável <strong>no</strong> período. Entre as mulheres a prevalência variou de<br />

0,7% a 0,4% com redução anual média de -0,03. Sete setores econômicos<br />

concentraram 98% dos expostos: extração mineral, construção civil, metalurgia,<br />

indústria de minerais não metálicos, administração de serviços técnicos e pessoal,<br />

agricultura e indústria da borracha. Apenas a construção civil apresentou tendência<br />

crescente de prevalência para ambos os sexos. À exceção da Região Norte, todas as<br />

demais regiões apresentaram exposição crescente na categoria PrE e estabilidade na<br />

categoria DE. Conclusões. A redução da exposição <strong>à</strong> sílica na categoria DE foi<br />

detectada apenas entre as mulheres. Todavia, a tendência de estabilidade da<br />

prevalência nesta categoria entre os homens representou, em termos absolutos, um<br />

aumento de 1.470 mil para mais de 2 milhões de definitivamente expostos.<br />

Descritores: Epidemiologia. <strong>Sílica</strong>. Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong>. <strong>Tendência</strong><br />

Temporal.


RESULTADOS . . 67<br />

SUMMARY<br />

Objective. To examine the trends of occupational silica exposure prevalence from<br />

1985 to 2001 in Brazil. Method. The workers were identified from the national<br />

database Annual Report of Social Information and distributed in 347 occupational<br />

groups and 25 eco<strong>no</strong>mic sectors. Experts estimated silica exposure through a jobexposure<br />

matrix in four categories: <strong>no</strong> exposed (NE); possibly exposed (PsE);<br />

probably exposed (PrE) and definitively exposed (DE). The prevalence of each<br />

exposure category was calculated by sex, eco<strong>no</strong>mic sector and geographical region.<br />

Trends were analyzed by straight linear regression. Results. On average 14.4% of the<br />

workers were exposed to silica for more than 1% of weekdays at work from 1985 to<br />

2001. Prevalence for DE, in men, showed a stable trend along this period. For<br />

women prevalence changed from 0.7% to 0.4% with annual reduction of -0.03.<br />

Seven eco<strong>no</strong>mic sectors concentrate 98% of workers exposed to silica: mining,<br />

construction, metallurgy, manufacture of <strong>no</strong>n-metallic minerals, technical services,<br />

agriculture and rubber manufacture. Construction showed a growing prevalence<br />

exposure trend in both sexes. Except for the <strong>no</strong>rthern region, all others presented<br />

growing trends in PrE category and stability in DE. Conclusions. The prevalence<br />

reduction of those definitively exposed to silica was detected only among women.<br />

Among men the trend was stable for those workers definitively exposed, but in<br />

absolute numbers this mean an increase from 1, 470 thousand to more than 2 million<br />

exposed workers.<br />

Key words: Epidemiology. Silica. Job Exposure Matrix. Time Trends


RESULTADOS . . 68<br />

5.1 INTRODUÇÃO<br />

A relação entre a exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica cristalina e silicose foi<br />

estabelecida há longo tempo. A associação entre sílica e câncer do pulmão foi<br />

admitida pela International Agency for Research on Cancer (IARC) apenas<br />

recentemente (IARC 1997). Outras doenças têm sido apontadas como decorrentes da<br />

exposição <strong>à</strong> sílica, como doenças renais, doenças autoimunes e doença pulmonar<br />

obstrutiva crônica (Goldsmith e Goldsmith 1993; Steenland e Goldsmith 1995). A<br />

exposição ocupacional a partículas de sílica, em dimensões capazes de afetar a saúde,<br />

ocorre em qualquer processo de trabalho que resulte em poeiras de fi<strong>no</strong>s particulados<br />

de quartzo. Há consenso sobre a ocorrência de exposições <strong>à</strong> sílica deletérias para a<br />

saúde em diversas atividades econômicas, em especial na mineração e pedreiras;<br />

construção civil; fabricação de cimento, de produtos cerâmicos e de vidro;<br />

metalurgia e fundições; atividades que utilizam jateamento de areia; lapidação de<br />

pedras e agricultura (IARC 1997; NIOSH 2002).<br />

No pla<strong>no</strong> internacional, a tendência da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica tem sido de<br />

redução, particularmente na indústria de extração (Sanderson et al. 2000). O controle<br />

da exposição <strong>à</strong> sílica tem sido efetivo quando as medidas de intervenção enfocaram a<br />

eliminação das fontes de contaminação pela sílica, e me<strong>no</strong>s expressivas quando as<br />

medidas limitaram-se <strong>à</strong> adoção de medidas de engenharia ou de redução das<br />

emissões (Kromhout e Vermeulen 2000). Em situações nas quais a avaliação da<br />

exposição por sílica não se constituía <strong>no</strong> objetivo principal dos procedimentos de<br />

controle, a exposição manteve-se virtualmente inalterada (Burstyn et al. 2003).<br />

As repercussões da exposição <strong>à</strong> sílica podem ser avaliadas a partir das estimativas<br />

da Occupational Safety and Health Administration (OSHA) para os Estados Unidos,<br />

de que 59.000 em cada 1 milhão de trabalhadores expostos <strong>à</strong> sílica desenvolverão<br />

alguma doença pulmonar (Rice 1984). O risco de expostos <strong>à</strong> sílica apresentarem<br />

câncer de pulmão é 2,1 vezes <strong>à</strong>queles dos não expostos e, entre os trabalhadores com<br />

silicose, o risco aumenta para 2,8 (Wong 2002). O risco estimado de óbito por<br />

silicose após 45 a<strong>no</strong>s de exposição a 0,1 mg/m 3 de sílica é de 13 por 1.000 (Mannetje<br />

et al. 2002).


RESULTADOS . . 69<br />

No <strong>Brasil</strong> a dimensão dos indivíduos acometidos por silicose não é completamente<br />

conhecida. Recentemente prevalências acima de 20% foram encontradas em<br />

trabalhadores da indústria de construção naval (Comissão Técnica Estadual de<br />

Pneumopatias Ocupacionais <strong>no</strong> Estado do Rio de Janeiro 1995) e cavadores de poços<br />

artesia<strong>no</strong>s (Holanda et al. 1995); entre 3 e 5% na indústria de cerâmica (Oliveira et<br />

al. 1998) e nas fundições (Polity 1995). Porém, as distintas metodologias adotadas<br />

por estes estudos dificultam análises comparativas.<br />

A legislação brasileira, desde 1995, determina a realização de avaliações<br />

ambientais e exames de saúde ocupacional anuais em setores com risco de exposição<br />

<strong>à</strong> sílica. Entretanto, registros sistemáticos de avaliações diretas <strong>no</strong>s ambientes de<br />

trabalho são infreqüentes. Estudos com metodologia adequada detectaram altos<br />

níveis de exposição na construção civil (Souza 2001), em pedreiras (<strong>Fundacentro</strong><br />

1985), em siderurgias, mineração, cerâmica e atividades de jateamento com areia<br />

(Cançado 1996; Lima 1997). Algranti, em 1998, projetou uma estimativa aproximada<br />

de 6 milhões e 600 mil trabalhadores potencialmente expostos <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />

O objetivo deste estudo é analisar a tendência da exposição <strong>à</strong> sílica entre os<br />

trabalhadores brasileiros de 1985 a 2001, considerando-se as diferenças entre os<br />

sexos, por setor econômico e por regiões geográficas.


RESULTADOS . . 70<br />

5.2 MÉTODOS<br />

Realizou-se um estudo ecológico a partir das informações da força de trabalho<br />

brasileira vinculada ao mercado formal da eco<strong>no</strong>mia. Os dados considerados<br />

compõem uma série histórica a partir de 1985 e 2001. A fonte de dados foi a base<br />

Relatório Anual de Informação Social (RAIS) (IBGE 2003). As informações da<br />

RAIS têm abrangência nacional e resultam de declarações compulsórias anuais de<br />

empresas públicas e privadas ao Ministério do Trabalho e Emprego, configurando<br />

um verdadeiro censo anual da população formal empregada em todos os setores<br />

econômicos. Os dados são disponíveis desde 1985 e apresentam cobertura estimada<br />

de 40% a 60% da população eco<strong>no</strong>micamente ativa (PEA) <strong>no</strong> país.<br />

Para caracterizar as ocupações em relação <strong>à</strong> exposição <strong>à</strong> sílica, desenvolveu-se uma<br />

matriz de exposição ocupacional (MEO) de base populacional, constituída por 25<br />

colunas correspondentes aos setores econômicos da Classificação Nacional de<br />

Atividades Econômicas (CNAE), versão de 1984, e 347 linhas, correspondentes aos<br />

grupos ocupacionais agrupados segundo a Classificação <strong>Brasil</strong>eira de Ocupações<br />

(CBO), versão de 1994.<br />

A MEO foi construída a partir da exposição presumida estimada por um<br />

especialista em higiene ocupacional e epidemiologia que classificaram o nível de<br />

exposição <strong>à</strong> sílica segundo a freqüência presumida de exposição semanal na<br />

ocupação em quatro categorias: a) não expostos (NE), expostos até 1% da jornada<br />

semanal; b) possivelmente expostos (PsE), de 1 a 5% da jornada semanal; c)<br />

provavelmente expostos (PrE), de 5 a 30%; d) definitivamente expostos (DE), por<br />

mais de 30%. Estes critérios foram similares aos utilizados por Siemiatycki, em<br />

1991. A validade e a confiabilidade da matriz foram discutidas <strong>no</strong> capítulo anterior.<br />

A sobreposição dos dados da RAIS <strong>à</strong>s categorias de exposição geradas pela MEO,<br />

a<strong>no</strong> a a<strong>no</strong>, permitiu gerar as prevalências da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica cristalina<br />

para cada setor econômico, por sexo e pelas macrorregiões geográficas do país<br />

(Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), <strong>no</strong> período de 1985 a 2001.<br />

A prevalência resultou do quociente entre o número de trabalhadores em cada<br />

categoria de exposição e o total de trabalhadores em cada setor econômico. Os dados<br />

foram analisados <strong>no</strong> software Statistical Analysis System (SAS 2001) versão 8.2.


RESULTADOS . . 71<br />

Para examinar a independência das prevalências utilizou-se a análise de<br />

autocorrelação e aplicou-se o teste Durbin-Watson (Durbin e Watson 1951; Royston<br />

1991).<br />

A tendência temporal foi analisada por meio de diagramas de dispersão que<br />

demonstraram a relação entre as prevalências de exposição e os a<strong>no</strong>s da série<br />

histórica. Observou-se que a suposição de uma evolução linear ao longo do tempo<br />

poderia ser assumida. Assim, para a análise da tendência foram estimados modelos<br />

de regressão linear simples (Armitage e Berry 1987). O modelo considerou a<br />

prevalência por categoria de exposição como variável dependente (Y) e o tempo<br />

calendário como variável independente (X). Neste caso, o modelo estimado foi<br />

Y=β0+β1 (x1= a<strong>no</strong>s), onde Y= prevalência por categoria de exposição <strong>à</strong> sílica, β0=<br />

coeficiente médio <strong>no</strong> período, β1= incremento médio anual e X= a<strong>no</strong>s de estudo. A<br />

significância estatística foi aceita para p =


RESULTADOS . . 72<br />

5.3 RESULTADOS<br />

No a<strong>no</strong> de 1985, os trabalhadores formais totalizavam 24.965.756, dos quais 32%<br />

eram mulheres e 68% homens. Em 2001, este número aumentou para 36.899.420,<br />

dos quais 38% mulheres e 62% homens.<br />

Em 2001, os trabalhadores formais expostos <strong>à</strong> sílica por mais de 1% da jornada<br />

semanal de trabalho (DE, PsE e PrE) totalizavam 5.447.828, 14,6% do total de<br />

trabalhadores registrados na RAIS <strong>no</strong> mesmo a<strong>no</strong>. Aqueles com exposição acima de<br />

30% da jornada semanal de trabalho (DE) representaram um contingente de<br />

2.065.935 trabalhadores (5,8%). Entre 1985 e 2001 o número de expostos <strong>à</strong> sílica<br />

aumentou 25% em valores absolutos.<br />

Entre os homens, a prevalência da exposição <strong>à</strong> sílica em todas as categorias variou<br />

de 19,8%, em 1985, a 21,7% em 2001. As categorias PrE e DE apresentaram<br />

tendência crescente (coeficiente de incremento médio +0,24 e +0,03,<br />

respectivamente). Porém, sem significância estatística para a categoria DE. A<br />

categoria PsE apresentou comportamento decrescente (-0,1% ao a<strong>no</strong>). Entre as<br />

mulheres, a prevalência da exposição em todas as categorias situou-se entre 3,8%,<br />

em 1985, e 3,4% em 2001. Aquelas classificadas na categoria PrE apresentaram<br />

tendência de aumento da prevalência <strong>no</strong> período estudado (coeficiente de incremento<br />

+0,05). As classificadas como PsE e DE apresentaram tendência de declínio na<br />

prevalência (-0,06 e -0,03, respectivamente) (Gráfico 1).<br />

A prevalência anual da categoria DE apresenta grandes diferenças para homens e<br />

mulheres. No período de 1985 a 1993 a tendência das curvas foi de estabilidade, para<br />

prevalência quase duas vezes mais alta para os homens, como pode ser observado <strong>no</strong><br />

Gráfico 1. A partir de 1993, para os homens, o comportamento da curva foi<br />

ascendente, porém não estatisticamente significate. Nas mulheres, ocorreu uma<br />

tendência <strong>à</strong> redução.


RESULTADOS . . 73<br />

Gráfico 1- Prevalência de trabalhadores expostos <strong>à</strong> sílica por categoria de exposição,<br />

segundo sexo. <strong>Brasil</strong>, 1985 a 2001.<br />

Prevalência %<br />

Prevalência %<br />

9,0<br />

6,0<br />

3,0<br />

0,0<br />

3,0<br />

2,5<br />

2,0<br />

1,5<br />

1,0<br />

0,5<br />

0,0<br />

Homens<br />

1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001<br />

A<strong>no</strong>s<br />

DE PrE PsE<br />

Mulheres<br />

1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001<br />

A<strong>no</strong>s<br />

DE PrE PsE


RESULTADOS . . 74<br />

Dos 25 setores econômicos estudados, sete setores agregavam 35% dos homens e<br />

14% das mulheres ocupados em 2001 e compreendiam 99% dos homens e 98% das<br />

mulheres expostos <strong>à</strong> sílica. São eles: indústria da construção civil; extração mineral e<br />

pedreira; indústria de minerais não metálicos, nestes incluídas a fabricação de<br />

cimento, vidro e cerâmica; metalurgia; administração de serviços técnicos e pessoal,<br />

incluindo as empresas de prestação de serviços técnicos, manutenção e aluguel de<br />

equipamento; agricultura e indústria da borracha, fumo e couro, que inclui a<br />

atividade de lapidação de pedras.<br />

Entre os homens, a maior proporção de DE ocorreu na indústria da construção<br />

civil, 68%, e se manteve estável entre 1985 e 2001. Em seguida, aparece o setor de<br />

indústria de extração mineral, com pequena redução <strong>no</strong> período, de 66,1% para<br />

63,3%; e a indústria de mineral não metálico, que aumentou a proporção de homens<br />

expostos <strong>no</strong> período de 52,1% para 56,5%. Entre as mulheres, o setor de maior<br />

prevalência de exposição <strong>à</strong> sílica ocorreu na indústria de material não metálico,<br />

53,6% e 43,2% em 1985 e 2001, respectivamente. O setor de metalurgia variou de<br />

uma prevalência de 21,7% a 19%, e a indústria de extração mineral, de 17,1% para<br />

12% (Tabela 1). Merece destaque o aumento na prevalência de mulheres expostas na<br />

construção civil, que variou de 8,2% em 1985 para 12,6% em 2001 e o aumento, em<br />

mais de três vezes em número absoluto, da população de mulheres ocupadas na<br />

agricultura.<br />

A tendência da prevalência de homens trabalhadores DE entre 1985 e 2001 foi de<br />

redução na indústria de extração mineral e aumento na indústria metalúrgica a partir<br />

de 1991. Porém, apenas na construção civil, com incremento médio de + 0,36% ao<br />

a<strong>no</strong>, a tendência crescente foi perceptível pela análise de regressão linear. Entre as<br />

mulheres, a tendência foi de redução em quase todos os setores econômicos, exceto<br />

na construção civil, em que se observa aumento da prevalência de exposição <strong>à</strong> sílica<br />

de +0,26% ao a<strong>no</strong>, com significância estatística (Gráfico 2).


RESULTADOS . . 75<br />

Tabela 1- Prevalência de trabalhadores considerados definitivamente expostos <strong>à</strong><br />

sílica por sexo e setor econômico. <strong>Brasil</strong>, 1985 e 2001.<br />

Homens Mulheres<br />

Setor Econômico A<strong>no</strong>s Ocupados Expostos % Ocupadas Expostas %<br />

Administração<br />

de Serviços<br />

Técnicos e<br />

Pessoal<br />

Agricultura<br />

Construção Civil<br />

Indústria de<br />

Borracha, Fumo<br />

e Couro<br />

Indústria de<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Indústria de<br />

Minerais não<br />

Metálicos<br />

Metalurgia<br />

Outros Setores<br />

Total<br />

1985 1.732.757 101.468 5,9 560.728 505 0,1<br />

2001 2.978.415 70.522 2,4 1.318.303 1.505 0,1<br />

1985 485.570 20.051 4,1 93.549 343 0,4<br />

2001 1.759.537 74.984 4,3 295.320 582 0,2<br />

1985 1.261.469 858.121 68,0 56.783 4.632 8,2<br />

2001 2.103.613 1.432.309 68,1 124.246 15.589 12,6<br />

1985 327.320 11.463 3,5 146.736 5.283 3,6<br />

2001 218.399 5.287 2,4 99.491 3.101 3,1<br />

1985 179.110 118.302 66,1 10.427 1.784 17,1<br />

2001 135.103 85.526 63,3 12.251 1.469 12,0<br />

1985 343.456 179.001 52,1 48.588 26.041 53,6<br />

2001 330.666 186.954 56,5 40.239 17.373 43,2<br />

1985 666.018 168.590 25,3 78.077 16.919 21,7<br />

2001 583.703 143.553 24,6 70.296 13.324 19,0<br />

1985 11.982.403 12.022 0,1 6.992.765 657 0,0<br />

2001 14.740.490 12.974 0,1 12.089.348 883 0,0<br />

1985 16.978.103 1.469.018 8,7 7.987.653 56.164 0,7<br />

2001 22.849.926 2.012.109 8,8 14.049.494 53.826 0,4


RESULTADOS . . 76<br />

Gráfico 2- Prevalência da categoria definitivamente expostos <strong>à</strong> sílica por sexo,<br />

segundo setores econômicos selecionados. <strong>Brasil</strong>,1985 a 2001.<br />

Prevalência (%)<br />

Prevalência (%)<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

Homens<br />

1985 1987 1989 1991 1993<br />

A<strong>no</strong>s<br />

1995 1997 1999 2001<br />

Ind Extração Minerais não Metálicos Metalurgia<br />

Construção Civil Agricultura<br />

Mulheres<br />

1985 1987 1989 1991 1993<br />

A<strong>no</strong>s<br />

1995 1997 1999 2001<br />

Ind Extração Minerais não Metálicos Metalurgia<br />

Construção Civil Agricultura<br />

A prevalência da exposição por região geográfica está descrita <strong>no</strong> Gráfico 3 e<br />

revela uma tendência de redução em todas as regiões na categoria PsE, em especial a<br />

partir do a<strong>no</strong> de 1993. O inverso observa-se na categoria PrE, cuja tendência<br />

crescente e estatisticamente significante ocorre em todas as regiões, com exceção da<br />

Região Norte. A categoria DE embora apresente redução na prevalência anual, esta<br />

não foi significativa em nenhuma região, indicando tendência <strong>à</strong> estabilidade.<br />

Em 1985, as regiões com as maiores prevalências de exposição na categoria DE<br />

foram: <strong>no</strong>rte, <strong>no</strong>rdeste e sudeste, respectivamente 7,7%; 6,9% e 6,1%. No a<strong>no</strong> 2001,<br />

a Região Centro-Oeste passou a apresentar a mais alta prevalência de exposição,<br />

6,6%, seguida da Região Nordeste com 6,5% e Norte com 6,3%.


RESULTADOS . . 77<br />

Gráfico 3- Prevalência da exposição <strong>à</strong> sílica por categoria de exposição para ambos<br />

os sexos, segundo região geográfica brasileira. 1985 a 2001.<br />

Prevalência (%)<br />

Prevalência (%)<br />

Prevalência (%)<br />

8,0<br />

7,0<br />

6,0<br />

5,0<br />

4,0<br />

3,0<br />

2,0<br />

1,0<br />

0,0<br />

8,0<br />

7,0<br />

6,0<br />

5,0<br />

4,0<br />

3,0<br />

2,0<br />

1,0<br />

0,0<br />

8,0<br />

7,0<br />

6,0<br />

5,0<br />

4,0<br />

3,0<br />

2,0<br />

1,0<br />

0,0<br />

Categoria Possivelmente Expostos (PsE)<br />

1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001<br />

A<strong>no</strong><br />

Nordeste Norte Sul CentroOeste Sudeste<br />

Categoria Provavelmente Expostos (PrE)<br />

1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001<br />

A<strong>no</strong><br />

Nordeste Norte Sul Centro Oeste Sudeste<br />

Categoria Definitivamente Expostos (DE)<br />

1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001<br />

A<strong>no</strong><br />

Nordeste Norte Sul Centro Oeste Sudeste


RESULTADOS . . 78<br />

5.4 DISCUSSÃO<br />

Os dados analisados neste estudo permitem delinear a situação de exposição<br />

ocupacional <strong>à</strong> sílica dos trabalhadores eco<strong>no</strong>micamente ativos vinculados ao<br />

mercado formal. Por hipótese, esta situação deve, <strong>no</strong> mínimo, ser similar para a<br />

população ativa incluída <strong>no</strong> mercado informal da eco<strong>no</strong>mia. Deve-se, entretanto,<br />

considerar que observações subjetivas e dados de demanda de serviços de saúde<br />

(Carneiro 2002) indicam que <strong>no</strong> mercado informal as medidas de proteção tendem a<br />

ser piores e a situação de exposição potencialmente mais grave.<br />

As características deste estudo não permitiram identificar a situação da exposição <strong>à</strong><br />

sílica na parcela da população trabalhadora fora do mercado formal da eco<strong>no</strong>mia,<br />

embora a proporção desta população em determinados setores, como o da construção<br />

civil, possa chegar a 65 trabalhadores registrados para 100 trabalhadores não<br />

registrados, segundo os dados do Ministério do Trabalho e Emprego em 1999<br />

(Mattos et al. 2001).<br />

Verificou-se que, em média, 14,4% dos trabalhadores brasileiros ocupados estão<br />

submetidos a diferentes níveis de exposição <strong>à</strong> sílica. Entre 1985 e 2001 a prevalência<br />

desta exposição aumentou de 19,6 para 21,7% <strong>no</strong>s homens e reduziu-se de 3,7 para<br />

3,2% nas mulheres.<br />

As diferenças regionais embora muito tênues podem estar associadas ao poder<br />

econômico e ao nível de organização dos trabalhadores. A Região Sudeste<br />

caracteriza-se pelo alto nível sócio-econômico e concentra a maior proporção de<br />

trabalhadores ocupados, mas também aqueles com maior nível de organização em<br />

sindicatos e associações. Em 1985, esta região concentrava 60% da força de trabalho<br />

ocupada <strong>no</strong> país e, em 2001, esta proporção reduziu-se para 54%. A prevalência de<br />

expostos nesta região mostrou-se decrescente desde 1997. Por outro lado, a Região<br />

Nordeste caracteriza-se pelo baixo padrão sócio-econômico e frágil organização de<br />

trabalhadores e apresentou sistematicamente na série histórica as maiores<br />

prevalências de definitivamente expostos <strong>à</strong> sílica.<br />

Considerando-se apenas a situação dos trabalhadores com exposição acima de 30%<br />

da jornada semanal (DE), cuja codificação pela MEO apresentou maiores proporções<br />

de concordância e especificidade, conforme descrito <strong>no</strong> capítulo anterior, a


RESULTADOS . . 79<br />

prevalência nacional média de DE foi de 5,8% ao longo do tempo, variando de 9,1%<br />

entre os homens a 0,6% nas mulheres.<br />

Estas prevalências são superiores <strong>à</strong>s observadas na União Européia e na Costa Rica<br />

(Kauppinen et al. 1998; Partanen et al. 2003). Naquelas regiões utilizou-se o sistema<br />

CAREX, desenvolvido para estimar as prevalências nacionais de exposições a<br />

canceríge<strong>no</strong>s ocupacionais. Os achados mais importantes indicaram 3,8% de<br />

trabalhadores expostos <strong>à</strong> sílica na Finlândia; 3,4% na República Tcheca; 3,1% na<br />

Áustria; ao redor de 3% na Estônia, Alemanha, Grécia e Irlanda (Kauppinen et al.<br />

1998) e 2,1% na Costa Rica (Partanen et al. 2003).<br />

Distintamente do CAREX, que projetou as prevalências de exposição para<br />

diferentes países a partir da situação americana e finlandesa, <strong>no</strong> presente estudo cada<br />

setor econômico foi analisado de acordo com a especificidade do processo produtivo<br />

e das medidas de controle da exposição. Esta análise resultou, portanto, em<br />

prevalências ajustadas exclusivamente para a situação brasileira, sem<br />

correspondência direta com a metodologia adotada <strong>no</strong> CAREX.<br />

A prevalência da exposição <strong>à</strong> sílica, como esperado, foi distinta entre os setores<br />

econômicos brasileiros. A construção civil revelou-se o setor com maior proporção<br />

de exposição entre os homens e também aumento expressivo de mulheres expostas<br />

<strong>no</strong> período estudado. Este incremento da exposição na força de trabalho feminina<br />

relaciona-se mais <strong>à</strong> inclusão de mulheres na categoria DE, em ocupações sob<br />

exposição mais intensa, do que ao aumento geral da população feminina ocupada.<br />

A alta prevalência de exposição <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> setor de Borracha, Fumo e Couro está<br />

ligada <strong>à</strong> forma de classificação da CNAE, que incluiu neste setor as atividades de<br />

lapidação de pedras.<br />

Além dos setores econômicos com exposição <strong>à</strong> sílica presumível de acordo com a<br />

literatura científica, constatou-se expressiva prevalência <strong>no</strong> setor de administração de<br />

serviços técnicos e pessoal, possivelmente pelo fato de muitos trabalhadores estarem<br />

envolvidos com atividades relacionadas com a prestação de serviços em áreas com<br />

exposição <strong>à</strong> sílica. A importância da exposição <strong>à</strong> sílica detectada neste setor sugere<br />

que a terceirização de serviços industriais pode estar exercendo influência na<br />

exposição <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, acompanhando assim, as previsões de Kromhout e<br />

Vermeulen, em 2000, para a Holanda.


RESULTADOS . . 80<br />

A questão da terceirização, em particular nas ocupações de intensa exposição <strong>à</strong><br />

canceríge<strong>no</strong>s, é uma realidade constatada internacionalmente (Kromhout e<br />

Vermeulen 2000) e também em estudos brasileiros (Faria 1994; Navarro 2003),<br />

porém nem sempre acompanhada do registro da mão-de-obra <strong>no</strong> sistema formal. No<br />

<strong>Brasil</strong>, a construção civil é um setor que tem sido crescentemente incorporada em<br />

diferentes ambientes industriais, justamente neste processo de terceirização, fato que<br />

poderia explicar a tendência constatada de aumento da prevalência <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> setor<br />

industrial.<br />

Os resultados deste trabalho mostram que a prevalência da exposição de<br />

trabalhadores definitivamente expostos (DE), ao longo do tempo, mostrou-se estável.<br />

A categoria de exposição PrE, apresentou tendência de aumento, diferindo da<br />

tendência de redução observada em outros países (Kromhout e Vermeulen 2000;<br />

Sanderson et al. 2000).<br />

Mudanças tec<strong>no</strong>lógicas importantes, com possíveis implicações para a exposição <strong>à</strong><br />

sílica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> podem ser demarcadas <strong>no</strong> início da década de 90 e relacionam-se<br />

com a proibição do uso de areia seca como abrasivo <strong>no</strong> jateamento em três estados, a<br />

produção de concreto nas áreas externas aos canteiros de obras e a substituição de<br />

estruturas de concreto por colunas e vigas de aço. Nestes casos, julga-se que a<br />

redução da exposição estaria mais relacionada com a intensidade do que com a<br />

freqüência, pois muitos procedimentos de jateamento mantiveram o uso de areia<br />

úmida e a manipulação de areia e brita foi apenas transferida para as indústrias de<br />

produção e transporte de concreto.<br />

A importância da exposição <strong>à</strong> sílica na agricultura mostrou-se significativa entre os<br />

homens, ao redor de 4%. Isto pode estar relacionado ao maior nível de registro de<br />

emprego entre os homens do que entre as mulheres da área rural. Ainda assim, os<br />

dados do Ministério do Trabalho e Emprego, para 1999, mostraram que a cada 45<br />

trabalhadores registrados na área rural correspondiam outros 100 trabalhadores sem<br />

registro (Mattos et al. 2001), sugerindo que também este deve ser um setor prioritário<br />

para medidas de vigilância da exposição <strong>à</strong> sílica.<br />

O aumento sistemático da força de trabalho registrada na RAIS indica que, mesmo<br />

com tendência <strong>à</strong> estabilidade da prevalência, o número de trabalhadores expostos <strong>à</strong><br />

sílica está aumentando e passou de 1.469.018 em 1985 para mais de 2 milhões de DE


RESULTADOS . . 81<br />

em 2001, assinalando a importância da exposição <strong>à</strong> sílica na perspectiva da saúde<br />

pública.<br />

Embora os riscos da exposição <strong>à</strong> sílica para o câncer de pulmão sejam tênues, dada<br />

a amplitude da exposição, o risco atribuível descrito na literatura é considerável e,<br />

certamente, não me<strong>no</strong>s importante do que a situação da exposição a outros<br />

canceríge<strong>no</strong>s ocupacionais como o amianto.<br />

As limitações deste estudo relacionam-se ao registro na base de dados (RAIS), aos<br />

potenciais vieses decorrentes do método de avaliação da exposição por painel de<br />

especialistas, de utilização da ocupação e critérios subjetivos como aproximação da<br />

exposição, e a possíveis intercorrências históricas não captadas na análise da<br />

tendência. A validação da MEO demonstrou que seu poder para a identificação da<br />

prevalência de exposição <strong>à</strong> sílica está mais ligado <strong>à</strong> especificidade do que <strong>à</strong><br />

sensibilidade, o que permite supor que muitos casos de trabalhadores expostos<br />

podem não ter sido captados pela MEO, mas os que foram incluídos como expostos<br />

são, de fato, verdadeiramente expostos.<br />

A compreensão mais detalhada da situação de exposição <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> requer,<br />

sem dúvida, informações de intensidade e tempo de exposição que ultrapassam o<br />

potencial de uso da base RAIS. Ainda assim, os resultados deste estudo permitem<br />

inferir que a situação da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> é preocupante. A<br />

prevalência de exposição entre os trabalhadores masculi<strong>no</strong>s ocupados, em todas as<br />

categorias de exposição é mais alta do que as observadas em outros países.<br />

Mudanças regionais foram observadas, com o aumento da prevalência de exposição<br />

em regiões de mais baixo poder econômico e com me<strong>no</strong>r organização dos<br />

trabalhadores.<br />

Dado o caráter carci<strong>no</strong>gênico da sílica e o seu alto risco de gerar doenças crônicas<br />

progressivas e irreversíveis, qualquer nível de exposição requer atenção e demandam<br />

políticas de controle e redução da exposição a níveis compatíveis com o ple<strong>no</strong><br />

desenvolvimento huma<strong>no</strong>. Neste sentido, medidas diferenciadas devem ser postas em<br />

prática. Estratégias econômicas e sociais capazes de conjugar ações que inibam o uso<br />

de tec<strong>no</strong>logias poluidoras e a adoção de mudanças tec<strong>no</strong>lógicas <strong>no</strong>s processos<br />

produtivos devem ser as bases da prevenção da exposição ocupacional <strong>à</strong> sílica.


RESULTADOS . . 82<br />

5.5 REFERÊNCIAS<br />

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RESULTADOS . . 83<br />

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RESULTADOS . . 84<br />

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6 CONCLUSÕES GERAIS


CONCLUSÕES 87.<br />

6 CONCLUSÕES GERAIS<br />

6.1 SOBRE O DOUTORADO<br />

As metas previstas <strong>no</strong> projeto de tese foram redimensionadas. A proposta inicial<br />

de analisar duas substâncias e três processos de trabalho reconhecidos como<br />

canceríge<strong>no</strong>s (grupo 1A da IARC) foi atendida para apenas uma substância, a sílica,<br />

dada a dimensão que as atividades tomaram ao longo do processo.<br />

As hipóteses presumidas inicialmente foram confirmadas, quais sejam: a) É<br />

viável a apropriação de bases de dados administrativos para analisar a tendência de<br />

exposições ocupacionais; b) Por meio destas bases foi possível distinguir níveis<br />

distintos de exposição para substâncias cancerígenas entre os trabalhadores; c) A<br />

exposição dimensionada, utilizando-se a MEO, permitiu estimar o número de<br />

trabalhadores expostos e identificar situações prioritárias para a ação de vigilância<br />

em saúde do trabalhador.<br />

6.2 SOBRE OS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO<br />

Embora haja menção na literatura de que as estimativas da exposição por<br />

especialistas em higiene ocupacional possam superestimar os resultados, neste<br />

estudo, a perspectiva conservadora de cada decisão, a confirmação da exposição por<br />

meio de dados da literatura e de consulta direta a especialistas e, por fim, os testes de<br />

concordância entre a classificação realizada pelos pesquisadores com a conduzida<br />

pelos peritos, leva a supor que os possíveis vieses, se existentes, tendem a ocorrer <strong>no</strong><br />

sentido de deixar de incluir expostos (especificidade) do que <strong>no</strong> sentido contrário.


CONCLUSÕES 88.<br />

O desenvolvimento de tec<strong>no</strong>logias para a exploração de bases de dados<br />

secundárias é uma necessidade <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, não apenas pelo altíssimo custo dos<br />

inquéritos populacionais com dimensão nacional mas, principalmente, porque apenas<br />

com a análise exaustiva destas bases e a subseqüente divulgação dos resultados é<br />

possível melhorar a qualidade das informações nelas contidas.<br />

6.3 SOBRE A MATRIZ DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL<br />

A construção de uma Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> (MEO) a partir do juízo<br />

de especialistas e sua aplicação em bases de dados secundários configura uma<br />

segunda geração de MEO. O formato original e mais utilizado, proposto em 1980 por<br />

Hoar (1991), considera as estimativas com base em dados diretos obtidos dos<br />

ambientes de trabalho.<br />

A MEO não pode ser confundida com um quadro que realiza o cruzamento de<br />

informações, especialmente com finalidades administrativas. Sua construção é<br />

laboriosa e requer um processo minucioso, alocação de tempo e grande<br />

conhecimento do processo e das condições de trabalho. Sua essência é, justamente,<br />

permitir comparabilidade <strong>no</strong> tempo e <strong>no</strong> espaço e contribuir com o gerenciamento de<br />

risco ocupacional e ambiental. Para tanto, as informações demandam não apenas<br />

método apurado, mas representatividade e coerência interna.<br />

A MEO construída para atender aos objetivos deste estudo possui boa<br />

confiabilidade e validade e apresenta potencial para se transformar num instrumento<br />

que possa servir de base para a operacionalização de um observatório permanente da<br />

exposição <strong>à</strong> sílica na população trabalhadora.<br />

A utilização desta MEO como instrumento de avaliação de exposições<br />

prioritárias <strong>no</strong> âmbito dos Estados é apenas uma questão adequá-la para substâncias<br />

específicas e adaptá-la aos padrões de exposições locais.


CONCLUSÕES 89.<br />

6.4 SOBRE OS RESULTADOS<br />

Os resultados demonstraram que sete setores econômicos concentram a<br />

exposição <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>: construção civil, indústria de extração mineral<br />

(mineração e pedreira), indústria de mineral não metálico (cerâmica, vidro e<br />

cimento), metalurgia (fundição), agricultura e administração de serviços técnicos e<br />

pessoal. Cada um destes setores pode incluir três ou quatro subsetores e, para cada<br />

um, plantas industriais e ambientes com exposições de diferentes níveis. A<br />

delimitação destes setores neste estudo, subsidia elementos para o direcionamento<br />

das ações de vigilância.<br />

A situação constatada neste estudo reitera os setores clássicos de exposição <strong>à</strong><br />

sílica. Todavia, as peculiaridades nacionais relacionadas com a precarização do<br />

emprego, falta de controle adequado das exposições <strong>no</strong>s ambientes de trabalho, a<br />

convivência próxima de setores com níveis de exposição distintos, bem como a falta<br />

de cultura de gestão de risco ambiental e ocupacional, sugerem que a situação da<br />

exposição <strong>à</strong> sílica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> pode ser ainda mais preocupante do que a que foi aqui<br />

identificada.<br />

A exposição <strong>à</strong> sílica entre homens e mulheres não é semelhante, na dimensão, na<br />

localização ou na tendência. Os homens apresentam uma prevalência<br />

proporcionalmente muito maior de exposição e estão localizados em atividades<br />

ligadas <strong>à</strong> construção civil, extração (mineração e pedreira), indústria de cerâmica,<br />

cimento e vidro, e metalurgia. As mulheres, por outro lado, estão mais expostas em<br />

indústrias de cerâmicas e vidros, metalurgia e extração. O aumento da exposição<br />

feminina na construção civil demonstra que a inclusão da mulher na força de trabalho<br />

também está ocorrendo em atividades com exposição importante <strong>à</strong> sílica. Por fim, a<br />

tendência geral da exposição da mulher é de redução <strong>no</strong>s níveis acima da 30% da<br />

jornada de trabalho (categoria DE) enquanto para os homens é de estabilidade.


CONCLUSÕES 90.<br />

O fato relevante que emergiu da análise de tendência foi a redução ou<br />

estabilidade <strong>no</strong>s níveis de exposição com maior freqüência (DE). Entretanto, o<br />

comportamento da categoria de freqüência imediatamente anterior (entre 5 e 30% da<br />

jornada semanal de trabalho - PrE) mostrou-se crescente para ambos os sexos e em<br />

todas as regiões geográficas.<br />

As estimativas deste estudo demonstraram que, em média, 14% dos<br />

trabalhadores <strong>no</strong> mercado formal da eco<strong>no</strong>mia estiveram expostos <strong>à</strong> sílica em algum<br />

nível de freqüência <strong>no</strong> período estudado.<br />

Sete setores econômicos podem ser considerados prioritários para a prevenção da<br />

exposição <strong>à</strong> sílica, por ordem de prevalência da exposição são: construção civil;<br />

indústria de extração mineral e pedreiras; indústria de minerais não metálicos como<br />

cerâmica, vidro e cimento; metalurgia, com ênfase na fundição; agricultura;<br />

administração de serviços técnicos e pessoal e lapidação de pedras.<br />

Em números absolutos de expostos, os setores com maior exposição <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de<br />

2001 foram: construção civil com 1.517.150 trabalhadores expostos; indústria de<br />

minerais não metálicos com 209.560; metalurgia com 160.883; administração de<br />

serviços técnicos e pessoal com 103.121; extração mineral com 93.275; agricultura<br />

com 88.358 e a indústria da borracha, fumo e couro, que concentra também a<br />

atividade de lapidação de pedras, com 7.629 trabalhadores expostos.<br />

As diferenças na tendência da prevalência de exposição para homens e<br />

mulheres, em especial o crescimento da proporção de mulheres expostas na<br />

construção civil, suscitam a preocupação de que tendências distintas podem<br />

estar ocorrendo também para outros grupos, tais como os trabalhadores nas<br />

ocupações de manutenção, os terceirizados e os que exercem trabalhos<br />

temporários.


CONCLUSÕES 91.<br />

A distribuição da exposição <strong>à</strong> sílica entre as diferentes regiões do <strong>Brasil</strong> não<br />

sugere diferenças significativas, mas podem estar mais fortemente presente nas<br />

regiões geográficas com me<strong>no</strong>r organização social e padrão sócio-econômico, as<br />

Regiões Centro-Oeste e Nordeste.


ANEXOS


Anexo __ AI. . 1<br />

CNAE/95<br />

Código Descrição<br />

ANEXO I<br />

Setores Econômicos Classificados pelo IBGE<br />

Correspondência entre CNAE/95 e CNAE/80<br />

10006 Extração de carvão mineral<br />

11100 extração de petróleo e gás natural<br />

11207 Atividades de serviços relacionados com a extração<br />

de petróleo e gás ...<br />

13102 extração de minério de ferro<br />

13218 extração de minério de alumínio<br />

13226 extração de minério de estanho<br />

13234 extração de minério de manganês<br />

13242 extração de minério de metais preciosos<br />

13250 extração de minerais radioativos<br />

13293 extração de outros minerais metálicos não - ferrosos<br />

14109 extração de pedra, areia e argila<br />

14214 Extrç. de minerais para fabrç. de adubos, fertilizantes<br />

e<br />

14222 extração e refi<strong>no</strong> de sal marinho e sal-gema<br />

14290 extração de outros minerais não - metálicos<br />

23302 elaboração de combustíveis nucleares<br />

26115 Fabricação de vidro pla<strong>no</strong> e de segurança<br />

26123 Fabricação de embalagens de vidro<br />

26190 Fabricação de artigos de vidro<br />

26204 fabricação de cimento<br />

26301 Fabrç. de artefatos de concreto, cimento,<br />

fibrocimento, g<br />

26417 Fabrç. de produtos cerâmicos nao-refratarios para<br />

uso est<br />

26425 fabricação de produtos cerâmicos refratários<br />

26492 fabricação de produtos cerâmicos nao-refratarios<br />

para uso<br />

26913 Britamento, aparelhamento e outros trab. em pedras<br />

(não a<br />

26921 fabricação de cal virgem, cal hidratada e gesso<br />

26999 fabricação de outros produtos de minerais não<br />

27111 Produção de laminados pla<strong>no</strong>s de aço<br />

(DESATIVADO)<br />

27120 Produção de laminados não pla<strong>no</strong>s de aço<br />

(DESATIVADO)<br />

27138 Produção de ferro-gusa<br />

27146 Produção de ferroligas<br />

27219 Produção de gusa (DESATIVADO)<br />

27227 Produção de ferro, aço e ferroligas em formas ...<br />

(DESATIVADO)<br />

27235 Produção de semi-acabados de aço<br />

27243 Produção de laminados pla<strong>no</strong>s de aço<br />

27251 Produção de laminados longos de aço<br />

27260 Produção de relaminados, trefilados e perfilados de<br />

aço<br />

27294 Produção de relaminados, trefilados e retrefilados de<br />

aço ...(DESATIVADO)<br />

27316 fabricação de tubos de aço com costura<br />

27391 fabricação de outros tubos de ferro e aço<br />

27413 Metalurgia do alumínio e suas ligas<br />

27421 Metalurgia dos metais preciosos<br />

27499 Metalurgia de outros metais não e suas ligas<br />

27510 fabricação de pecas fundidas de ferro e aço<br />

27529 fabricação de pecas fundidas de metais não e sua<br />

28118 Fabrç. de estruturas metálicas para edifícios, pontes,<br />

torres de tr...<br />

28126 fabricação de esquadrias de metal<br />

28134 fabricação de obras de caldeiraria pesada<br />

28215 Fabrç. de tanques, reservatórios metálicos e<br />

caldeiras PA<br />

Subsetor<br />

IBGE<br />

1 - Extrativa<br />

mineral<br />

2 - Indústria<br />

de produtos<br />

minerais não<br />

metálicos<br />

3 - Indústria<br />

metalúrgica<br />

Setor IBGE Grande<br />

Setor<br />

IBGE<br />

1 - Extrativa<br />

mineral<br />

2 - Industria<br />

de<br />

transformação<br />

1 -<br />

Industria


Anexo __ AI. . 2<br />

28223 Fabrç. de caldeiras geradoras de vapor - exceto para<br />

aquecimento ce...<br />

28312 Produção de forjados de aço<br />

28320 produção de forjados de metais não e suas ligas<br />

28339 fabricação de artefatos estampados de metal<br />

28347 Metalurgia do pó<br />

28398 Têmpera, cementação e tratamento térmico do aço,<br />

serviços de usinag...<br />

28410 fabricação de artigos de cutelaria<br />

28428 fabricação de artigos de serralheria - exceto<br />

esquadrias<br />

28436 fabricação de ferramentas manuais<br />

28819 Manutenção e reparação de tanques, reservatórios<br />

metálico<br />

28827 Manutenção e reparação de caldeiras geradoras de<br />

vapor -<br />

28916 fabricação de embalagens metálicas<br />

28924 fabricação de artefatos de trefilados<br />

28932 Fabrç. de artigos de funilaria e de artigos de metal<br />

para usos domé...<br />

28991 fabricação de outros produtos elaborados de metal<br />

37109 Reciclagem de sucatas metálicas<br />

29114 Fabrç. de motores estacionários de combustão<br />

interna, turbinas e ou...<br />

29122 fabricação de bombas e carneiros hidráulicos<br />

29130 fabricação de válvulas, torneiras e registros<br />

29149 fabricação de compressores<br />

29157 Fabrç. de equipamentos de transmissão para fins<br />

industria<br />

29211 Fabrç. de for<strong>no</strong>s industriais, aparelhos e<br />

equipamentos não-elétrico...<br />

29220 fabricação de estufas e for<strong>no</strong>s elétricos para fins<br />

indust<br />

29238 Fabrç. de máquinas, equipamentos e aparelhos para<br />

transporte e elev...<br />

29246 Fabrç. de máquinas e aparelhos de refrigeração e<br />

ventilaç<br />

29254 fabricação de aparelhos de ar condicionado<br />

29297 fabricação de outras maquinas e equipamentos de<br />

uso geral<br />

29319 Fabrç. de máquinas e equipamentos para agricultura,<br />

avicu<br />

29327 fabricação de tratores agrícolas<br />

29408 fabricação de maquinas-ferramenta<br />

29513 Fabrç. de máq e equip para a prospecção e extração<br />

de petróleo<br />

29521 Fabrç. de outras máquinas e equipamentos de uso<br />

na extração mineral...<br />

29530 Fabrç. de tratores de esteira e tratores de uso na<br />

extração mineral...<br />

29548 fabricação de máquinas e equipamentos de<br />

terraplanagem e<br />

29610 fabricação de máquinas para a indústria metalúrgica<br />

- exceto máquin...<br />

29629 Fabrç. de máquinas e equipamentos para as ind.<br />

alimentar,<br />

29637 fabricação de maquinas e equipamentos para a<br />

indústria te<br />

29645 Fabrç. de máquinas e equipamentos para as<br />

indústrias dovestuário ...<br />

29653 Fabrç. de máquinas e equipamentos para as ind. de<br />

celulose<br />

29696 fabricação de outras maquinas e equipamentos de<br />

uso espec<br />

29718 fabricação de armas de fogo e munições<br />

29726 fabricação de equipamento bélico pesado<br />

29815 Fabrç. de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar<br />

e SE<br />

29890 fabricação de outros aparelhos eletrodomésticos<br />

29912 Manutenção e reparação de motores, bombas,<br />

compressores e<br />

29920 Manutenção e reparação de máquinas e<br />

equipamentos de uso<br />

4 – Indústria<br />

mecânica


Anexo __ AI. . 3<br />

29939 Manutenção e reparação de tratores e de máquinas<br />

e equipa<br />

29947 Manutenção e reparação de máquinas-ferramenta<br />

29955 Manutenção e reparação de máquinas e<br />

equipamentos de uso<br />

29963 Manutenção e reparação de máquinas e<br />

equipamentos de uso<br />

30112 Fabrç. de máquinas de escrever e calcular,<br />

copiadoras e outros equip...<br />

30120 Fabrç. de máquinas de escrever e calcular,<br />

copiadoras e outros equip...<br />

30210 fabricação de computadores<br />

30228 Fabrç. de equipamentos periféricos para máquinas<br />

eletrôni<br />

33502 fabricação de cronômetros e relógios<br />

31119 fabricação de geradores de corrente continua ou<br />

alternada<br />

31127 Fabrç. de transformadores, indutores, conversores,<br />

sincro<br />

31135 fabricação de motores elétricos<br />

31216 Fabrç. de subestações, quadros de comando,<br />

reguladores de voltagem ...<br />

31224 Fabrç. de material elétrico para instalações em<br />

circuito<br />

31305 fabricação de fios, cabos e condutores elétricos<br />

isolados<br />

31410 fabricação de pilhas, baterias e acumuladores<br />

elétricos - exceto pa...<br />

31429 fabricação de baterias e acumuladores para veículos<br />

31518 fabricação de lâmpadas<br />

31526 fabricação de luminárias e equipamentos de<br />

iluminação - exceto para...<br />

31607 fabricação de material elétrico para veículos - exceto<br />

baterias<br />

31810 Manutenção e reparação de geradores,<br />

transformadores e mo<br />

31828 Manutenção e reparação de baterias e acumuladores<br />

elétric<br />

31917 Fabrç. de eletrodos, contatos e outros artigos de<br />

carvão e grafita ...<br />

31925 fabricação de aparelhos e utensílios para sinalização<br />

e a<br />

31992 fabricação de outros aparelhos ou equipamentos<br />

elétricos<br />

32107 fabricação de material eletrônico básico<br />

32212 Fabrç. de equipamentos transmissores de rádio e<br />

televisão e de equip...<br />

32220 Fabrç. de aparelhos telefônicos, sistemas de<br />

intercomunic<br />

32301 Fabrç. de aparelhos receptores de rádio e televisão e<br />

de reprodução...<br />

32905 Manutenção e reparação de aparelhos e<br />

equipamentos de tel<br />

34100 fabricação de automóveis, camionetas e utilitários<br />

34207 fabricação de caminhões e ônibus<br />

34312 fabricação de cabines, carrocerias e reboques para<br />

caminh<br />

34320 fabricação de carrocerias para ônibus<br />

34398 fabricação de cabines, carrocerias e reboques para<br />

outros<br />

34410 fabricação de peças e acessórios para o sistema<br />

motor<br />

34428 Fabrç. de peças e acessórios para os sistemas de<br />

marcha e<br />

34436 fabricação de peças e acessórios para o sistema de<br />

freios<br />

34444 fabricação de peças e acessórios para o sistema de<br />

direca<br />

34495 Fabrç. de peças e acessórios de metal para veículos<br />

autom<br />

34509 Recondicionamento ou recuperação de motores para<br />

veículos<br />

35114 Construção e reparação de embarcações e<br />

estruturas flutua<br />

5 - Indústria<br />

do material<br />

elétrico e de<br />

comunicações<br />

6 - Indústria<br />

do material<br />

de<br />

transporte


Anexo __ AI. . 4<br />

35122 construção e reparação de embarcações para<br />

esporte e laze<br />

35211 Constr. e montagem de locomotivas, vagões e outros<br />

materi<br />

35220 fabricação de peças e acessórios para veículos<br />

ferroviários<br />

35238 reparação de veículos ferroviários<br />

35319 construção e montagem de aeronaves<br />

35327 reparação de aeronaves<br />

35912 fabricação de motocicletas<br />

35920 fabricação de bicicletas e triciclos não<br />

35998 fabricação de outros equipamentos de transporte<br />

20109 Desdobramento de madeira<br />

20214 Fabrç. de madeira laminada e de chapas de madeira<br />

compens<br />

20222 Fabrç. de esquadrias de madeira, de casas de<br />

madeira pré-fabricadas...<br />

20230 fabricação de artefatos de ta<strong>no</strong>aria e embalagens de<br />

madei<br />

20290 Fabrç. de artefatos diversos de madeira, palha,<br />

cortiça e material ...<br />

36110 fabricação de moveis com predominância de madeira<br />

36129 fabricação de moveis com predominância de metal<br />

36145 fabricação de colchões<br />

36978 fabricação de escovas, pinceis e vassouras<br />

21105 fabricação de celulose e outras pastas para a<br />

fabricação<br />

21210 fabricação de papel<br />

21229 fabricação de papelão liso, cartolina e cartão<br />

21318 fabricação de embalagens de papel<br />

21326 fabricação de embalagens de papelão - inclusive a<br />

fabricação de pa...<br />

21415 Fabrç. de artefatos de papel, papelão, cartolina e<br />

cartão<br />

21423 fabricação de fitas e formulários contínuos -<br />

impressos o<br />

21490 Fabrç. de outros artefatos de pastas, papel, papelão,<br />

car<br />

22110 Edição e impressão de jornais (DESATIVADO)<br />

22128 Edição e impressão de revistas (DESATIVADO)<br />

22136 Edição e impressão de livros (DESATIVADO)<br />

22144 Edição de discos, fitas e outros materiais gravados<br />

22152 Edição de livros, revistas e jornais<br />

22160 Edição e impressão de livros<br />

22179 Edição e impressão de jornais<br />

22187 Edição e impressão de revistas<br />

22195 edição; edição e impressão de outros produtos<br />

gráficos<br />

22217 impressão de jornais, revistas e livros<br />

22225 Impressão de material escolar e de material para<br />

usos industrial e...<br />

22292 Execução de outros serviços gráficos<br />

16004 fabricação de produtos do fumo<br />

19100 Curtimento e outras preparações de couro<br />

19216 Fabrç. de malas, bolsas, valises e outros artefatos<br />

para<br />

19291 fabricação de outros artefatos de couro<br />

22314 Reprodução de discos e fitas<br />

22322 reprodução de fitas de vídeos<br />

22330 Reprodução de filmes (DESATIVADO)<br />

22349 Reprodução de softwares em disquetes e fitas<br />

25119 fabricação de pneumáticos e de câmaras-de-ar<br />

25127 Recondicionamento de pneumáticos<br />

25194 fabricação de artefatos diversos de borracha<br />

33103 Fabrç. de aparelhos e instrumentos para usos<br />

médico-hospi<br />

33200 Fabrç. de aparelhos e instrumentos de medida, teste<br />

e con<br />

33308 Fabrç. de máquinas, aparelhos e equipamentos de<br />

sistemas eletrônicos...<br />

33405 Fabrç. de aparelhos, instrumentos e materiais<br />

ópticos, fo<br />

33502 fabricação de cronômetros e relógios<br />

7 - Indústria<br />

da madeira<br />

e do<br />

mobiliário<br />

8 - Indústria<br />

do papel,<br />

papelão,<br />

editorial e<br />

gráfica<br />

9 - Ind. da<br />

borracha,<br />

fumo,<br />

couros,<br />

peles,<br />

similares,<br />

ind. diversas


Anexo __ AI. . 5<br />

33910 Manutenção e reparação de equipamentos médicohospitalar<br />

33928 Manutenção e reparação de aparelhos e<br />

instrumentos de med<br />

33936 Manutenção e reparação de máquinas, aparelhos e<br />

equipamen<br />

33944 Manutenção e reparação de instrumentos ópticos e<br />

cinemato<br />

36919 Lapidação de pedras preciosas e semipreciosas,<br />

fabricação de artef...<br />

36927 fabricação de instrumentos musicais<br />

36935 fabricação de artefatos para caca, pesca e esporte<br />

36943 fabricação de brinquedos e de jogos recreativos<br />

36951 fabricação de canetas, lápis, fitas impressoras para<br />

máquinas e out...<br />

37206 Reciclagem de sucatas não<br />

92118 Produção de filmes cinematográficos e fitas de vídeo<br />

23108 Coquerias<br />

23205 Refi<strong>no</strong> de petróleo (DESATIVADO)<br />

23213 Refi<strong>no</strong> de petróleo<br />

23299 Outras formas de produção de derivados do petróleo<br />

24112 fabricação de cloro e álcalis<br />

24120 fabricação de intermediários para fertilizantes<br />

24139 fabricação de fertilizantes fosfatados, nitrogenados e<br />

pó<br />

24147 fabricação de gases industriais<br />

24198 fabricação de outros produtos i<strong>no</strong>rgânicos<br />

24210 fabricação de produtos petroquímicos básicos<br />

24228 fabricação de intermediários para resinas e fibras<br />

24295 fabricação de outros produtos químicos orgânicos<br />

24317 fabricação de resinas termoplásticas<br />

24325 fabricação de resinas termofixas<br />

24333 fabricação de elastomeros<br />

24414 fabricação de fibras, fios, cabos e filamentos<br />

contínuos<br />

24422 fabricação de fibras, fios, cabos e filamentos<br />

contínuos<br />

24511 fabricação de produtos farmoquimicos<br />

24520 fabricação de medicamentos para uso huma<strong>no</strong><br />

24538 fabricação de medicamentos para uso veterinário<br />

24546 Fabrç. de materiais para usos médicos, hospitalares<br />

e odo<br />

24619 fabricação de inseticidas<br />

24627 fabricação de fungicidas<br />

24635 fabricação de herbicidas<br />

24694 fabricação de outros defensivos agrícolas<br />

24716 fabricação de sabões, sabonetes e detergentes<br />

sintéticos<br />

24724 fabricação de produtos de limpeza e polimento<br />

24732 fabricação de artigos de perfumaria e cosméticos<br />

24813 fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas<br />

24821 fabricação de tintas de impressão<br />

24830 fabricação de impermeabilizantes, solventes e<br />

produtos af<br />

24910 fabricação de adesivos e selantes<br />

24929 fabricação de explosivos<br />

24937 fabricação de catalisadores<br />

24945 fabricação de aditivos de uso industrial<br />

24953 Fabrç. de chapas, filmes, papéis e outros materiais e<br />

produtos quím...<br />

24961 fabricação de discos e fitas virgens<br />

24996 Fabricação de outros produtos químicos não<br />

especificados anteriormente<br />

25216 fabricação de laminados pla<strong>no</strong>s e tubulares plástico<br />

25224 fabricação de embalagem de plástico<br />

25291 fabricação de artefatos diversos de plástico<br />

36994 fabricação de produtos diversos<br />

17116 Beneficiamento de algodão<br />

17191 Beneficiamento de outras fibras têxteis naturais<br />

17213 Fiação de algodão<br />

17221 Fiação de fibras têxteis naturais, exceto algodão<br />

17230 fiação de fibras artificiais ou sintéticas<br />

10 - Ind.<br />

química de<br />

produtos<br />

farmacêuticos,<br />

veterinários,<br />

perfumaria,<br />

...<br />

11 -<br />

Indústria<br />

têxtil do<br />

vestuário e


Anexo __ AI. . 6<br />

17248 fabricação de linhas e fios para costurar e bordar<br />

17310 Tecelagem de algodão<br />

17329 Tecelagem de fios de fibras têxteis naturais, exceto<br />

algodão<br />

17337 Tecelagem de fios e filamentos contínuos artificiais<br />

ou s<br />

17418 fabricação de artigos de tecido de uso domestico<br />

incluind<br />

17493 fabricação de outros artefatos têxteis incluindo<br />

tecelagem<br />

17507 Acabamentos em fios, tecidos e artigos têxteis, por<br />

terceiros<br />

17612 Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos -<br />

exceto vestuário<br />

17620 fabricação de artefatos de tapeçaria<br />

17639 fabricação de artefatos de cordoaria<br />

17647 fabricação de tecidos especiais - inclusive artefatos<br />

17698 Fabricação de outros artigos têxteis - exceto<br />

vestuário<br />

17710 fabricação de tecidos de malha<br />

17728 fabricação de meias<br />

17795 Fabrç. de outros artigos do vestuário produzidos em<br />

malha<br />

18112 Confecção de roupas íntimas, blusas, camisas e<br />

semelhantes<br />

18120 Confecção de peças do vestuário - exceto roupas<br />

íntimas, blusas, ca...<br />

18139 Confecção de roupas profissionais<br />

18210 fabricação de acessórios do vestuário<br />

18228 fabricação de acessórios para segurança industrial e<br />

pess<br />

36960 fabricação de aviamentos para costura<br />

19313 fabricação de calcados de couro<br />

19321 fabricação de tênis de qualquer material<br />

19330 fabricação de calcados de plástico<br />

19399 fabricação de calcados de outros materiais<br />

15113 Abate de reses, preparação de produtos de carne<br />

15121 Abate de aves e outros peque<strong>no</strong>s animais e<br />

preparação de p<br />

15130 preparação de carne, banha e produtos de<br />

salsicharia não-<br />

15148 Preparação e preservação do pescado e fabricação<br />

de conservas de pe...<br />

15210 Processamento, preservação e produção de<br />

conservas de fru<br />

15229 Processamento, preservação e produção de<br />

conservas de leg<br />

15237 produção de sucos de frutas e de legumes<br />

15318 produção de óleos vegetais em bruto<br />

15326 Refi<strong>no</strong> de óleos vegetais<br />

15334 preparação de margarina e outras gorduras vegetais<br />

e de ó<br />

15415 preparação do leite<br />

15423 fabricação de produtos do laticínio<br />

15431 fabricação de sorvetes<br />

15512 Beneficiamento de arroz e fabricação de produtos do<br />

arroz<br />

15520 Moagem de trigo e fabricação de derivados<br />

15539 fabricação de farinha de mandioca e derivados<br />

15547 Fabricação de farinha de milho e derivados<br />

15555 Fabrç. de amidos e féculas de vegetais e fabrç. de<br />

óleos<br />

15563 fabricação de rações balanceadas para animais<br />

15598 Beneficiamento, moagem e preparação de outros<br />

produtos de origem vegetal<br />

15610 Usinas de açúcar<br />

15628 Refi<strong>no</strong> e moagem de açúcar<br />

15717 Torrefação e moagem de café<br />

15725 fabricação de café solúvel<br />

15814 fabricação de produtos de padaria, confeitaria e<br />

pastela<br />

15822 fabricação de biscoitos e bolachas<br />

15830 produção de derivados do cacau e elaboração de<br />

artefatos de<br />

tecidos<br />

12 -<br />

Indústria de<br />

calçados<br />

13 -<br />

Indústria de<br />

produtos<br />

alimentícios,<br />

bebidos e<br />

álcool etílico


Anexo __ AI. . 7<br />

15849<br />

chocolates<br />

fabricação de massas alimentícias<br />

15857 preparação deespeciarias, molhos, temperos e<br />

condimento<br />

15865 preparação de produtos dietéticos, alimentos para<br />

criança<br />

15890 fabricação de outros produtos alimentícios<br />

15911 Fabrç., retificação, homogeneização e mistura de<br />

aguarden<br />

15920 fabricação de vinho<br />

15938 fabricação de malte, cervejas e chopes<br />

15946 Engarrafamento e gaseificação de águas minerais<br />

15954 fabricação de refrigerantes e refrescos<br />

23400 produção de álcool<br />

55247 Fornecimento de comida preparada<br />

40100 Produção e distribuição de energia elétrica<br />

(DESATIVADO)<br />

40118 Produção de energia elétrica<br />

40126 Transmissão de energia elétrica<br />

40134 Comércio atacadista de energia elétrica<br />

40142 Distribuição de energia elétrica<br />

40207 produção e distribuição de gás através de tubulações<br />

40304 produção e distribuição de vapor e água quente<br />

41009 Captação, tratamento e distribuição de água<br />

90000 Limpeza urbana e esgoto e atividades relacionadas<br />

45110 Demolição e preparação do terre<strong>no</strong><br />

45128 Sondagens e fundações destinadas <strong>à</strong> construção<br />

45136 Grandes movimentações de terra<br />

45217 Edificações (residenciais, industriais, comerciais e de<br />

s<br />

45225 Obras viárias<br />

45233 Obras de arte especiais<br />

45241 Obras de urbanização e paisagismo (DESATIVADO)<br />

45250 Obras de montagem<br />

45292 Obras de outros tipos<br />

45314 Obras para geração e distribuição de energia elétrica<br />

45322 Constr de estações e redes de distr de energia<br />

elétrica (DESATIVADO)<br />

45330 Obras para telecomunicações<br />

45349 Constr de obras e prevenção e recup do meioambiente<br />

(DESATIVADO)<br />

45411 Instalações elétricas<br />

45420 instalações de sistemas de ar condicionado, de<br />

ventilação<br />

45438 instalações hidráulicas, sanitárias, de gás e de<br />

sistema<br />

45497 Outras obras de instalações<br />

45500 Obras de acabamento<br />

45519 Alvenaria e reboco (DESATIVADO)<br />

45527 Impermeabilização e serviços de pintura em geral<br />

(DESATIVADO)<br />

45594 Outros serviços auxiliares da construção<br />

(DESATIVADO)<br />

45608 Aluguel de equipamentos de construção e demolição<br />

com ope<br />

50105 Comércio a varejo e por atacado de veículos<br />

automotores<br />

50202 Manutenção e reparação de veículos automotores<br />

50300 Com. a varejo e por atacado de peças e acessórios<br />

para vê<br />

50415 Com. a varejo e por atacado de motocicletas, partes,<br />

peça<br />

50423 manutenção e reparação de motocicletas<br />

50504 Comércio a varejo de combustíveis<br />

52116 Com. varejista de mercadorias em geral, com<br />

predominância de produt...<br />

52124 Com. varejista de mercadorias em geral, com<br />

predominância de produt...<br />

52132 Com. varejista de mercadorias em geral, com<br />

predominância de produt...<br />

52140 Com. varejista de mercadorias em geral, com<br />

predominância de produt...<br />

52159 Com. varejista não, sem predominância de PR<br />

14 -<br />

Serviços<br />

industriais<br />

de utilidade<br />

pública<br />

15 -<br />

construção<br />

civil<br />

16 -<br />

Comércio<br />

varejista<br />

3 - Serviços<br />

industr de<br />

utilidade<br />

publica<br />

4 -<br />

Construção<br />

civil<br />

2 –<br />

construção<br />

civil<br />

5 - Comércio 3 -<br />

Comércio


Anexo __ AI. . 8<br />

52213 Com. varejista de produtos de padaria, de laticínio,<br />

frio<br />

52221 Com. varejista de balas, bombons e semelhantes<br />

52230 Comércio varejista de carnes - açougues<br />

52248 Comércio varejista de bebidas<br />

52299 Com. varejista de outros produtos alimentícios não<br />

especificados an...<br />

52310 Comércio varejista de tecidos e artigos de armarinho<br />

52329 Comércio varejista de artigos do vestuário e<br />

complementos<br />

52337 Comércio varejista de calcados, artigos de couro e<br />

viagem<br />

52418 Com. varejista de produtos farmacêuticos, artigos<br />

médicos e ortopéd...<br />

52426 Com. varejista de maquinas e aparelhos de usos<br />

domestico<br />

52434 Com. varejista de moveis, artigos de iluminação e<br />

outros<br />

52442 Com. varejista de material de constr., ferragens,<br />

ferrame<br />

52450 Com. varejista de equipamentos e materiais para<br />

escritório<br />

52469 Comércio varejista de livros, jornais, revistas e<br />

papelar<br />

52477 Comércio varejista de gás liquefeito de petróleo (glp)<br />

52493 Com. varejista de outros produtos não especificados<br />

anter<br />

52507 Comércio varejista de artigos usados<br />

52612 Com var de artigos em geral, por catálogo ou correio<br />

(DESATIVADO)<br />

52620 Comércio em vias públicas, exceto em quiosques<br />

fixos<br />

52698 Outros tipos de comércio varejista<br />

52710 reparação e manutenção de maquinas e de<br />

aparelhos eletrod<br />

52728 reparação de calcados<br />

52795 reparação de outros objetos pessoais e domésticos<br />

51110 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de matérias-primas ...<br />

51128 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de combustíveis, mi...<br />

51136 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de madeira, matéria...<br />

51144 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de máquinas, equipa...<br />

51152 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de móveis e artigos...<br />

51160 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de têxteis, vestuár...<br />

51179 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de produtos aliment...<br />

51187 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

especializado em pr...<br />

51195 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de mercadorias em g...<br />

51217 Com. atacadista de matérias primas agrícolas e<br />

produtos semi-acabad...<br />

51225 Comércio atacadista de animais vivos<br />

51314 Comércio atacadista de leite e produtos do leite<br />

51322 Com. atacadista de cereais e legumi<strong>no</strong>sas, farinhas,<br />

amidos e féculas<br />

51330 Comércio atacadista de hortifrutigranjeiros<br />

51349 Comércio atacadista de carnes e produtos da carne<br />

51357 Comércio atacadista de pescados<br />

51365 Comércio atacadista de bebidas<br />

51373 Comércio atacadista de produtos do fumo<br />

51390 Com. atacadista de outros produtos alimentícios, não<br />

espe<br />

51411 Com. atacadista de fios têxteis, tecidos, artefatos de<br />

tecidos e de...<br />

51420 Comércio atacadista de artigos do vestuário e<br />

complemento<br />

51438 Comércio atacadista de calçados<br />

17 -<br />

Comércio<br />

atacadista


Anexo __ AI. . 9<br />

51446 Com. atacadista de eletrodomésticos e outros<br />

equipamentos de usos p...<br />

51454 Com. atacadista de produtos farmacêuticos,<br />

médicos, ortopéd<br />

51462 Comércio atacadista de cosméticos e produtos de<br />

perfumaria<br />

51470 Com. atacadista de artigos de escritório e de<br />

papelaria;livros, j...<br />

51497 Com. atacadista de outros artigos de usos pessoal e<br />

doméstico, não ...<br />

51519 Comércio atacadista de combustíveis<br />

51527 Comércio atacadista de produtos extrativos de<br />

origem mine<br />

51535 Com. atacadista de madeira, material de construção,<br />

ferragens e fer...<br />

51543 Comércio atacadista de produtos químicos<br />

51551 Comércio atacadista de resíduos e sucatas<br />

51594 Com. atacadista de outros produtos intermediários<br />

não agropecuários...<br />

51616 Com. atacadista de maquinas, aparelhos e<br />

equipamentos par<br />

51624 Com. atacadista de máq e equip para o comércio<br />

(DESATIVADO)<br />

51632 Com. atacadista de máq e equip para escritório<br />

(DESATIVADO)<br />

51640 Comércio atacadista de máquinas e equipamentos<br />

para o com<br />

51659 Comércio atacadista de computadores,equipamentos<br />

de tel<br />

51691 Com. atacadista de máquinas, aparelhos e<br />

equipamentos para usos ind...<br />

51918 Comércio atacadista de mercadorias em geral (não<br />

especia<br />

51926 Com. atacadista especializado em mercadorias não<br />

especifi<br />

65102 Banco central<br />

65218 Bancos comerciais<br />

65226 Bancos múltiplos (com carteira comercial)<br />

65234 Caixas econômicas<br />

65242 Crédito cooperativo<br />

65315 Bancos múltiplos (sem carteira comercial)<br />

65323 Bancos de investimento<br />

65331 Bancos de desenvolvimento<br />

65340 Credito imobiliário<br />

65358 Sociedades de credito, financiamento e investimento<br />

65404 Arrendamento mercantil<br />

65510 Agências de fomento<br />

65595 Outras atividades de concessão de credito<br />

65919 Fundos de investimento<br />

65927 Sociedades de capitalização<br />

65935 Gestão de ativos intangíveis não financeiros<br />

65994 Outras ativ. de intermediação financeira, não<br />

especificada<br />

66117 Seguros de vida<br />

66125 Seguros não<br />

66133 Resseguros<br />

66214 Previdência complementar fechada<br />

66222 Previdência complementar aberta<br />

66303 Pla<strong>no</strong>s de saúde<br />

67113 Administração de mercados bursateis<br />

67121 Ativ. de intermediários em transações de títulos e<br />

valore<br />

67199 Outras ativ. auxiliares da intermediação financeira,<br />

não<br />

67202 Atividades auxiliares dos seguros e da previdência<br />

complementar<br />

2135 Ativ. de serv. relacionados com a silvicultura e a<br />

explo<br />

22314 reprodução de discos e fitas<br />

22322 reprodução de fitas de vídeos<br />

22330 Reprodução de filmes (DESATIVADO)<br />

22349 Reprodução de softwares em disquetes e fitas<br />

51110 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

18 -<br />

Instituições<br />

de crédito,<br />

seguro e<br />

capitalização<br />

19 - Com. e<br />

administraçã<br />

o de<br />

imóveis,<br />

valores<br />

mobiliários,<br />

6 - serviços 4 -<br />

serviços


Anexo __ AI. 10 .<br />

de matérias-primas ...<br />

51128 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de combustíveis, mi...<br />

51136 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de madeira, matéria...<br />

51144 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de máquinas, equipa...<br />

51152 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de móveis e artigos...<br />

51160 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de têxteis, vestuár...<br />

51179 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de produtos aliment...<br />

51187 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

especializado em pr...<br />

51195 Representantes comerciais e agentes do comércio<br />

de mercadorias em g...<br />

63118 Carga e descarga<br />

63126 Armazenamento e depósitos de cargas<br />

63215 Atividades auxiliares dos transportes terrestres<br />

63231 Atividades auxiliares dos transportes aéreos<br />

63304 Atividades de agencias de viagens e organizadores<br />

de viag<br />

63401 Atividades relacionadas <strong>à</strong> organização do transporte<br />

de cargas<br />

67113 administração de mercados bursateis<br />

67121 Ativ. de intermediários em transações de títulos e<br />

valore<br />

67199 Outras ativ. auxiliares da intermediação financeira,<br />

não<br />

67202 Atividades auxiliares dos seguros e da previdência<br />

complementar<br />

70106 Incorporação e compra e venda de imóveis<br />

70203 Aluguel de imóveis<br />

70319 Corretagem e avaliação de imóveis<br />

70327 administração de imóveis por conta de terceiros<br />

70408 Condomínios prediais<br />

71102 Aluguel de automóveis<br />

71218 Aluguel de outros meios de transporte terrestre<br />

71226 Aluguel de embarcações<br />

71234 Aluguel de aeronaves<br />

71315 Aluguel de maquinas e equipamentos agrícolas<br />

71323 Aluguel de maquinas e equipamentos para constr. e<br />

engenha<br />

71331 Aluguel de maquinas e equipamentos para<br />

escritórios<br />

71390 Aluguel de maquinas e equipamentos de outros<br />

tipos, não e<br />

71404 Aluguel de objetos pessoais e domésticos<br />

72109 Consultoria em hardware<br />

72206 Desenvolvimento de programas em informática<br />

(DESATIVADO)<br />

72214 Desenvolvimento e edição de softwares prontos para<br />

uso<br />

72290 Desenvolvimento de softwares sob encomenda e<br />

outras consu<br />

72303 Processamento de dados<br />

72400 Ativ. de banco de dados e distribuição on-line de<br />

conteúdo eletrônico<br />

72508 manutenção e reparação de maquinas de escritório e<br />

de inf<br />

72907 Outras atividades de informática, não especificadas<br />

anter<br />

73105 Pesquisa e desenvolvimento das ciências físicas e<br />

naturai<br />

73202 Pesquisa e desenvolvimento das ciências sociais e<br />

humanas<br />

74110 Atividades jurídicas<br />

74128 Atividades de contabilidade e auditoria<br />

74136 Pesquisas de mercado e de opinião publica<br />

74144 Gestão de participações societárias ( holding )<br />

74152 Sedes de empresas e unidades administrativas<br />

locais<br />

serv.<br />

técnico...


Anexo __ AI. 11 .<br />

74160 Atividades de assessoria em gestão empresarial<br />

74209 Serv. de arquitetura e engenharia e de<br />

assessoramento tec<br />

74306 Ensaios de materiais e de produtos; análise de<br />

qualidade<br />

74403 Publicidade<br />

74500 Seleção, agenciamento e locação de mão-de-obra<br />

74608 Atividades de investigação, vigilância e segurança<br />

74705 Ativ. de imunização, higienização e de limpeza em<br />

prédios e em domi...<br />

74918 Atividades fotográficas<br />

74926 Atividades de envasamento e empacotamento, por<br />

conta de t<br />

74993 Outras ativ. de serv. prestados principalmente <strong>à</strong>s<br />

empresa<br />

92401 Atividades de agencias de <strong>no</strong>ticias<br />

99007 Organismos internacionais e outras instituições<br />

extraterr<br />

60100 Transporte ferroviário interurba<strong>no</strong><br />

60216 Transporte ferroviário de passageiros, urba<strong>no</strong><br />

60224 Transporte metroviário<br />

60232 Transporte rodoviário de passageiros, regular,<br />

urba<strong>no</strong><br />

60240 Transporte rodoviário de passageiros, regular, não<br />

urba<strong>no</strong><br />

60259 Transporte rodoviário de passageiros, não regular<br />

60267 Transporte rodoviário de cargas, em geral<br />

60275 Transporte rodoviário de produtos perigosos<br />

60283 Transporte rodoviário de mudanças<br />

60291 Transp. regular em bondes, funiculares, teleféricos<br />

ou trens própri...<br />

60305 Transporte dutoviario<br />

61115 Transporte marítimo de cabotagem<br />

61123 Transporte marítimo de longo curso<br />

61212 Transporte por navegação interior de passageiros<br />

61220 Transporte por navegação interior de carga<br />

61239 Transporte aquaviario urba<strong>no</strong><br />

62103 Transporte aéreo, regular<br />

62200 Transporte aéreo,não<br />

62308 Transporte espacial<br />

63118 Carga e descarga<br />

63126 Armazenamento e depósitos de cargas<br />

63215 Atividades auxiliares dos transportes terrestres<br />

63223 Atividades auxiliares dos transportes aquaviario<br />

63231 Atividades auxiliares dos transportes aéreos<br />

63304 Atividades de agencias de viagens e organizadores<br />

de viag<br />

63401 Atividades relacionadas <strong>à</strong> organização do transporte<br />

de cargas<br />

64114 Atividades de correio nacional<br />

64122 Atividades de malote e entrega<br />

64203 Telecomunicações<br />

31895 Manutenção e reparação de máquinas, aparelhos e<br />

materiais<br />

36137 fabricação de moveis de outros materiais<br />

50202 manutenção e reparação de veículos automotores<br />

50423 manutenção e reparação de motocicletas<br />

52710 reparação e manutenção de maquinas e de<br />

aparelhos eletrod<br />

52728 reparação de calcados<br />

52795 reparação de outros objetos pessoais e domésticos<br />

55115 Estabelecimentos hoteleiros, com restaurante<br />

(DESATIVADO)<br />

55123 Estabelecimentos hoteleiros, sem restaurante<br />

(DESATIVADO)<br />

55131 Estabelecimentos hoteleiros<br />

55190 Outros tipos de alojamento<br />

55212 Restaurantes e estabelecimentos de bebidas, com<br />

serviço c<br />

55220 Lanchonetes e similares<br />

55239 Cantinas (serviços de alimentação privativos)<br />

55247 Fornecimento de comida preparada<br />

20 -<br />

Transportes<br />

e comunicações<br />

21 - Serv. de<br />

alojamento,<br />

alimentação,<br />

reparação,<br />

manutenção,<br />

redação, r...


Anexo __ AI. 12 .<br />

55298 Outros serviços de alimentação<br />

66214 Previdência complementar fechada<br />

66222 Previdência complementar aberta<br />

70408 condomínios prediais<br />

71404 Aluguel de objetos pessoais e domésticos<br />

74705 Ativ. de imunização, higienização e de limpeza em<br />

prédios e em domi...<br />

74918 Atividades fotográficas<br />

75302 Seguridade social<br />

85316 serviços sociais com alojamento<br />

85324 serviços sociais sem alojamento<br />

90000 Limpeza urbana e esgoto e atividades relacionadas<br />

91111 Atividades de organizações empresariais e patronais<br />

91120 Atividades de organizações profissionais<br />

91200 Atividades de organizações sindicais<br />

91910 Atividades de organizações religiosas<br />

91928 Atividades de organizações políticas<br />

91995 Outras atividades associativas, não especificadas<br />

anterior<br />

92118 produção de filmes cinematográficos e fitas de vídeo<br />

92126 distribuição de filmes e de vídeos<br />

92134 Projeção de filmes e de vídeos<br />

92215 Atividades de radio<br />

92223 Atividades de televisão<br />

92312 Ativ. de teatro, musica e outras ativ. artísticas e liter<br />

92320 gestão de salas de espetáculos<br />

92398 Outras atividades de espetáculos, não especificadas<br />

anter<br />

92401 Atividades de agencias de <strong>no</strong>ticias<br />

92517 Atividades de bibliotecas e arquivos<br />

92525 Atividades de museus e conservação do patrimônio<br />

historic<br />

92533 Ativ. de jardins botânicos, zoológicos, parques<br />

nacionais<br />

92614 Atividades desportivas<br />

92622 Outras atividades relacionadas ao lazer<br />

93017 Lavanderias e tinturarias<br />

93025 Cabeleireiros e outros tratamentos de beleza<br />

93033 Atividades funerárias e serviços relacionados<br />

93041 Atividades de manutenção do físico corporal<br />

93092 Outras ativ. de serv. pessoais, não especificadas<br />

anterior<br />

95001 serviços domésticos<br />

85111 Atividades de atendimento hospitalar<br />

85120 Atividades de atendimento a urgências e<br />

emergências<br />

85138 Atividades de atenção ambulatorial<br />

85146 Atividades de serviços de complementação<br />

diag<strong>no</strong>stica ou t<br />

85154 Atividades de outros profissionais da área de saúde<br />

85162 Outras atividades relacionadas com a atenção <strong>à</strong><br />

saúde<br />

85200 serviços veterinários<br />

80110 Educação pré-escolar (DESATIVADO)<br />

80128 Educação fundamental (DESATIVADO)<br />

80136 Educação infantil-creche<br />

80144 Educação infantil-pré-escola<br />

80152 Ensi<strong>no</strong> fundamental<br />

80209 Ensi<strong>no</strong> médio<br />

80217 Educação média em formação geral (DESATIVADO)<br />

80225 Educação média de formação técnica e profissional<br />

(DESATIVADO)<br />

80306 Educação superior (DESATIVADO)<br />

80314 Ensi<strong>no</strong> superior - graduação<br />

80322 Ensi<strong>no</strong> superior - graduação e pós-graduação<br />

80330 Ensi<strong>no</strong> superior - pós-graduação e extensão<br />

80918 Ensi<strong>no</strong> em auto-escolas e cursos de pilotagem<br />

(DESATIVADO)<br />

80926 Educação supletiva (DESATIVADO)<br />

80934 Educa continuada ou permanente e aprend<br />

profissional (DESATIVADO)<br />

80942 Ensi<strong>no</strong> <strong>à</strong> distância (DESATIVADO)<br />

22 -<br />

Serviços<br />

médicos,<br />

odontológico<br />

e<br />

veterinários<br />

23 - Ensi<strong>no</strong>


Anexo __ AI. 13 .<br />

80950 Educação especial (DESATIVADO)<br />

80969 Educação profissional de nível técnico<br />

80977 Educação profissional de nível tec<strong>no</strong>lógico<br />

80993 Outras atividades de ensi<strong>no</strong><br />

75116 administração publica em geral<br />

75124 Regulação das atividades sociais e culturais<br />

75132 regulação das atividades econômicas<br />

75140 Atividades de apoio <strong>à</strong> administração pública<br />

75213 Relações exteriores<br />

75221 Defesa<br />

75230 Justiça<br />

75248 segurança e ordem pública<br />

75256 Defesa civil<br />

75302 Seguridade social<br />

1112 Cultivo de cereais para grãos<br />

1120 Cultivo de algodão herbáceo<br />

1139 Cultivo de cana-de-açúcar<br />

1147 Cultivo de fumo<br />

1155 Cultivo de soja<br />

1198 Cultivo de outros produtos de lavoura temporária<br />

1210 Cultivo de hortaliças, legumes e outros produtos da<br />

horticultura<br />

1228 Cultivo de flores, plantas ornamentais e produtos de<br />

viveiro<br />

1317 Cultivo de frutas cítricas<br />

1325 Cultivo de café<br />

1333 Cultivo de cacau<br />

1341 Cultivo de uva<br />

1392 Cultivo de outros produtos de lavoura permanente<br />

1414 criação de bovi<strong>no</strong>s<br />

1422 criação de outros animais de grande porte<br />

1430 criação de ovi<strong>no</strong>s<br />

1449 criação de suí<strong>no</strong>s<br />

1457 criação de aves<br />

1465 criação de outros animais<br />

1503 produção mista: lavoura e pecuária<br />

1619 Atividades de serviços relacionados com a<br />

agricultura<br />

1627 Ativ. de serv. relacionados com a pecuária, exceto<br />

ativ<br />

1708 Caça, repovoamento cinegético e serviços<br />

relacionados<br />

2119 Silvicultura<br />

2127 Exploração florestal<br />

5118 Pesca e serviços relacionados<br />

5126 Aqüicultura e serviços relacionados<br />

24 –<br />

administração<br />

pública<br />

direta e<br />

autárquica<br />

25 -<br />

Agricultura,<br />

silvicultura,<br />

criação de<br />

animais,<br />

extrativismo<br />

vegetal...<br />

IGNORADO 26-Outros/<br />

Ig<strong>no</strong>rado<br />

7 –<br />

administração<br />

publica<br />

8 -<br />

Agropecuar,<br />

extr vegetal,<br />

caca e<br />

pesca<br />

9- Outros/<br />

Ig<strong>no</strong>rado<br />

5 –<br />

Agropecuária,<br />

extr<br />

vegetal,<br />

caca e<br />

pesca<br />

6- Outros/<br />

Ig<strong>no</strong>rado<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Disseminação de Estatísticas do Trabalho.<br />

Disponível em [2003 out 30]


ANEXO II AII.14 .<br />

.<br />

ANEXO II<br />

CRITÉRIOS ADOTADOS PARA A CLASSIFICAÇÃO DAS<br />

CATEGORIAS DE EXPOSIÇÃO<br />

versão n o .07 de Outubro de 2002<br />

Categoria a. NÃO EXPOSTO (NE) para as situações em que o processo de<br />

trabalho previsto para esta ocupação implica numa exposição igual ou me<strong>no</strong>r que a<br />

população em geral (ou abaixo de aproximadamente 26 minutos (1%) da carga<br />

horária semanal de trabalho*). Em situações em que se julga ter ocorrido erro de<br />

codificação e que esta ocupação não exista <strong>no</strong> setor econômico.<br />

Categoria b. POSSIVELMENTE EXPOSTOS (PsE) para as situações em<br />

que as atividades ocupacionais estão descritas de forma muito genéricas e podem<br />

implicar na existência do aumento da exposição em relação <strong>à</strong> população geral. A<br />

exposição potencial de fundo é constante (trabalha onde existe exposição) e quando<br />

materializada se dá por curtos períodos da jornada de trabalho de 26 minutos até<br />

2horas e 20 minutos (1% a 5% da jornada semanal*). Ocorrem em grupos bem<br />

definidos, sem relação direta e necessária com as atividades da produção, e/ou em<br />

membros da população geral em circunstâncias gerais e esporádicas.<br />

Categoria c. PROVAVELMENTE EXPOSTOS (PrE) Para as situações<br />

em que as atividades ocupacionais podem implicar <strong>no</strong> aumento da exposição em<br />

relação <strong>à</strong> população geral, contudo, informações detalhadas sobre estas atividades<br />

não são completamente conhecidas ou variam muito segundo cada empresa. A<br />

descrição da ocupação (CBO) permite prever exposições esporádicas (entre 2 horas e<br />

20 minutos até 13horas e 20 minutos (5% e 30%) da jornada semanal de trabalho*).<br />

Resulta da combinação entre as informações da ocupação, do setor econômico e o<br />

período histórico.Inclui grupos de CBO que envolvam grande contingente de


ANEXO II AII.15 .<br />

.<br />

ocupações inespecíficas com padrões de exposição muito variáveis. (geralmente<br />

grupo 99, 99).<br />

Categoria d. DEFINITIVAMENTE EXPOSTO (DE) para as situações<br />

que, em função da ocupação, a exposição ocorre de forma muito freqüente (acima de<br />

13 horas e 20 minutos (30%) da jornada de trabalho semanal * ) e as informações<br />

sobre estas atividades ocupacionais são confiáveis.<br />

* Pontos de corte adotados por Siemiatycki J. Risk Factors for Cancer in the<br />

Workplace, Florida: CRC Press; 1991.


Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

ANEXO III<br />

Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> <strong>à</strong> <strong>Sílica</strong>. <strong>Brasil</strong>. Década de 1980 e 1990<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo, Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

011 - Quimicos b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

012 - Físicos b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

019- Assemelhados b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

020 - Engenheiros Agro<strong>no</strong>mos, Floresta b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

021- Engenheiro Civil e Arquiteto c b b a a a a a a a a a a a c a a a b a a a a a a<br />

022 - Engenheiros de Operacao e Des b c a a a b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

023 - Engenheiros eletricistas e eletrôn b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

024 - engenheiros mecanicos b c d a a b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

025 - engenheiros quimicos b c a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

026 - engenheiros metalurgicos b a d b b b a a a a a a a a a a a a c a a a a a a<br />

027 - Engenheiros de minas e geólogo d b a a a a a a a a a a a a c a a a d a a a a a a<br />

028 -Eng. O&M Segur Trab, Tempo e M d c c a a c a a a a a a a a c a a a b a a a a a a<br />

029 - eng arquitetos e trab. assem. nao b c a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

030 - tecnicos de contabilidade estatisti b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

031 - tecnicos de biologia agro<strong>no</strong>mia e a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

032 - tecnicos de mineracao metalurgia d b a a a a a a a a a a a a c a a a c a a a a b a<br />

033- tec.de edificações, estradas, sane c b a a a a a a a a a a a a d a a a c a a a a a a<br />

034 - tecnicos de eletric eletronica e tel b b a a a a a a a a a a a a b a a a a a a a a a a<br />

035 - tecnicos de mecanica d d b b a b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

036 - tecnicos de quimica e trabalhador b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

037 - tecnicos texteis a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

038 - desenhistas tecnicos b b a a a a a a a a a a a a b a a a a a a a a a a<br />

039 - tec,desenh tec e trab. assem. na b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

041 - pilotos de aviacao com naveg,me a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

042 - oficiais de bordo pilotos trab. asse a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

043 - oficiais maquinistas (navegacao m a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

051 - biologistas e trabalhos assemelha a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

052 - bacteriologistas farmacologistas e a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

061 - medicos b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

063 - cirurgioes dentistas a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

065 - medicos veterinarios e trabalhos a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

067 - farmaceuticos a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat.<br />

Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo,<br />

Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

Allim e<br />

Bebida<br />

Allim e<br />

Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

a=Não Exposto, b=Possivelmente Exposto, c=Provavelmente Exposto, d=Definitivamente Exposto<br />

Constr. Civil<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Inst.Finance<br />

ira<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Admnistraçã<br />

o Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte<br />

e<br />

Comunicaçã<br />

Alojam.e<br />

Comunicaçã<br />

o<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Adm<br />

Pública<br />

Agricultura<br />

Agricultura<br />

AIII 16


ANEXO III<br />

Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> <strong>à</strong> <strong>Sílica</strong>. <strong>Brasil</strong>. Década de 1980 e 1990<br />

068 - nutricionistas e trabalhos asseme a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

071 - enfermeiros b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

073- Assistente Social b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

074 e 194- psicologos 194 (correspond b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

075 - ortoptistas e opticos a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

076 - terapeutas a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

077 - operadores de equipamentos med a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

079 - Outros med,cir dent,med vet,enfe a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

081 - estatisticos a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

082 - matematicos e atuarios a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

083 - analistas de sistemas a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

084 - programadores de computador a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

091 - eco<strong>no</strong>mistas a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

092 - tecnicos de administracao e traba a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

093 - contadores a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

099 - Eco<strong>no</strong>mistas,Administradores,Co a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

121 - advogados a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

129 - juristas nao classificados sob outr a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

131 - Professores de Disciplinas Pedag a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

132 - professores de ciencias fisicas e q a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

133 - professores de engenharia e arqu a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

134 - Professores de Mat.Estatistica,Cie a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

135 - Profes de Cien. Eco<strong>no</strong>micas,Adm a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

136 - professores de ciencias humanas a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

137 - professores de ciencias,biologicas a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

138 - professores de linguas e literatura a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

139 - professores de ensi<strong>no</strong> superior n a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

141 - professores de ensi<strong>no</strong> de segund a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

142 - professores de ensi<strong>no</strong> de primeiro a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

143 - professores de ensi<strong>no</strong> pre-escola a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

144 - professores e instrutores de forma a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

145 - professores de ensi<strong>no</strong> especial a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

149 - professores nao classificados sob a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

151 - Escritores e Criticos a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo, Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

152 - jornalistas e redatores a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

Allim e<br />

Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

a=Não Exposto, b=Possivelmente Exposto, c=Provavelmente Exposto, d=Definitivamente Exposto<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

AIII 17


ANEXO III<br />

Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> <strong>à</strong> <strong>Sílica</strong>. <strong>Brasil</strong>. Década de 1980 e 1990<br />

153 - locutores e comentaristas de radio a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

159 - escrit jornalist redat locut trab. ass a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

161 - escultores pintores e trabalhadore a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a a a b a a<br />

163 - fotografos,operadores de camara a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

171 - compositores, musicos e cantores a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

172 - Coreografos e Bailari<strong>no</strong>s a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

173 - Atores e Diretores de Espetaculos a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

174 - empresarios e produtores de espe a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

175 - artistas de circo a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

179 - Musicos Artist Empres.Prod.de E a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

181 - tecnicos desportivos e trabalhado a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

182 - Atletas Profissionais a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

189 - tec.desport.atletas profis.trab..ass a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

191 - bibliotecarios, arquivologistas e m a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

192 - Sociologos,Antropologos e Traba a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

195 - filologos, tradutores e interpretes a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

196 - membros de culto religioso e trab a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

197 - analistas de ocupacoes e trabalha a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

198 - Tecnicos,Analistas de Seguro, de a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

199 - trab prof cient,tec artist,trab. asse a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

211 - membros superiores do poder leg a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

212 - Membros Superiores do Poder Ex a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

213 - Membros Superiores do Poder Ju a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

214 - funcionarios publicos superiores a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

221 - diplomatas a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

231 - diretores de empresas manufature a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

232 - diretores de empresas agropecua a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

233 - diretores emp de prod distrib ener a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

234 - diretores de empresas de constru a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

235 - diretores emp com atacadista,var a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

236 - Diretores de Empresa de Transpo a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

237 - diretores de empresa financeiras a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo, Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

238 - diretores de empresas de servico a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

239 - diretores de empresas nao classi a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

241 - gerentes administrativos e assem a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

Allim e<br />

Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

a=Não Exposto, b=Possivelmente Exposto, c=Provavelmente Exposto, d=Definitivamente Exposto<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

AIII 18


ANEXO III<br />

Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> <strong>à</strong> <strong>Sílica</strong>. <strong>Brasil</strong>. Década de 1980 e 1990<br />

242 - gerente de producao e de pesquis b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

243 - gerentes financeiros,comerciais e b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

249 - gerentes de empresas nao classif b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

301 - chefes interme diarios administrat b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

302 - chefes intermediarios de contabili b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

309 - chefes interm. administ,contab fin b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

311 - agentes administrativos b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

312 - tecnicos e fiscais de tributacao e a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

313- agentes supervisores da polícia a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

314 - serventuarios da justica e trabalha a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

319 - agentes de administracao publica a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

321 - secretarios b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

323 - datilografos, este<strong>no</strong>grafos e traba b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

331 - auxiliares de contabilidade,caixas a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

332 - atendentes de guiche,bilheteiros e a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

339 - trab. serv. contab caixas trab. ass b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

341 - operadores de maquinas contabe a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

342 - operadores de maquinas de proce a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

343 - perfuradores e conferidores (carto a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

344 - Tecnicos de Controle de Produca a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

351 - agentes de estacao e de movimen a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

352 - chefes de servicos de correios e t a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

353 - chefes de serv. aereos,controlado a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

354 - chefes e inspetores de servicos d a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

355 - chefes servicos de transporte mar a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

360 - despachantes,fiscais,cobradores a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

370 - classificadores de correspondenc a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

380 - telefonistas, telegrafistas e trabal a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

391 - trabalhadores servicos de abastec d c b a a a a a a a b a a a c a a a b a a a a a b<br />

393 - auxiliares de escritorio e trabalhad b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo, Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

394 - recepcionistas a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

395 - arquivistas e trabalhadores assem a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

399 - trab serv administrativos trab. ass b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

410 - comerciantes (comercio atacadist a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

421 - supervisores de vendas e trabalha a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

Allim e<br />

Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

a=Não Exposto, b=Possivelmente Exposto, c=Provavelmente Exposto, d=Definitivamente Exposto<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

AIII 19


ANEXO III<br />

Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> <strong>à</strong> <strong>Sílica</strong>. <strong>Brasil</strong>. Década de 1980 e 1990<br />

422 - supervisores de compras e compr a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

431 - agentes e inspetores tecnicos de a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

432 - vendedores pracistas,representan a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

441 - corretores de seguros,de imoveis a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

442 - agentes vendas de servicos as em a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

443 - leiloeiros, avaliadores e trabalhad a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

451 - vendedores com. atacadista e var a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

452 - vendedor ambulantes,vendedores a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

453 - demonstradores e trabalhadores a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

454 - Decoradores e Trabalhadores Ass a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

490 - trab. de com. e trab. assemelh n/c a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

500 - gerentes hoteis,restaurantes,bare a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

520 - mordomos, governantas e trabalh a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

531 - cozinheiros, e trabalhadores asse a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

532 - garcons,barmen e trabalhadores a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

540 - trab serventia (domicilios e hoteis a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

541 - comissarios (servicos de transpor a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

551 - trabalhadores de servicos de adm a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

552 - trab serv. de conserv,limpeza de e c b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

560 - lavadeiros,tintureiros e trabalhado a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

570 - cabeleireiros, especialistas em tra a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

572 - Pessoal de Enfermagem, Parteira a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

581 - bombeiros a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

582 - policiais e trabalhadores asseme a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

583 - guardas de seguranca e trabalhad b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

584 - guardas de transito a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

589 - trab de serv. de protecao e segura a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

591 - agentes de viagem e guias de tur a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo, Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

592 - agentes de servicos funerarios e a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

599 - trab serv de turism e embelez pro a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

600 - administradores de exploracoes a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

601 - capatazes de exploracoes agrope a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

611 - produtores agropecuarios polivale a a a a a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a c<br />

612 - produtores agropecuarios especi a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a b<br />

621 - trab. agropecuarios polivalente e t a a a a a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a c<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

Allim e<br />

Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

a=Não Exposto, b=Possivelmente Exposto, c=Provavelmente Exposto, d=Definitivamente Exposto<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

AIII 20


ANEXO III<br />

Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> <strong>à</strong> <strong>Sílica</strong>. <strong>Brasil</strong>. Década de 1980 e 1990<br />

631 - trabalhadores da cultura da grami a a a a a a a a a a a a a a a a a a c a a a a a c<br />

632 - Trabalhadores da Cultura de Plan a a a a a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a d<br />

633 - trabalhadores hortigranjeiros a a a a a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a b<br />

634 - trabalhadores da floricultura a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

635 - trabalhadores de fruticultura a a a a a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a c<br />

636 - trab cult.planta prod subst estimul a a a a a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a c<br />

637 - trab cult. Plantas oleagi<strong>no</strong>sas (coc a a a a a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a c<br />

638 - Trab. Cult. Plantas armaticas,med a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

639 - trab agric especializados n/classi a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a b<br />

641 - trabalhadores da pecuaria de gran a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

642 - trabalhadores da pecuaria de med a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

643 - trabalhadores da pecuaria de pe a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

644- Trab pecuária de insetos úteis a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

649 - trab. da pecuaria nao classificado a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

651 - trab florestais da exploracao de e a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

652 - trab florestais expl.especie prod.d a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

653 - trab florestais expl especies produ a a a a a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a b<br />

654 - trab florest da expl especies produ a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

655 - trab florestais expl especies prod a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

659 - trabalhadores florestais nao class a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

661 - Patroes de Pesca a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

662 - Pescadores Industriais a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

663 - Pescadores Artesanais a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

664 - Trabalhadores da Aquicultura a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

669 - pescadores e trab. assem. nao cla a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

671 - operadores de maquinas e implem c a a a a a a a a a c a c a c a c a c a a a a c d<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo, Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

672 - operadores de maquinas e implem a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

673 - operadores de maquinas e implem a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

701 - mestres (empresa manufatureiras d d a a a b a a b a a a a a d a a a c a a a a a a<br />

702 - mestres (empresas de extracao m d d a a a a a a a a a a a a d a a a c a a a a a a<br />

703 - mestres (empresas de energia ele a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

704 - contramestres de indústria textil a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

705 - Mestres,Contramestres,Superv de d b a a a b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

711 - mineiros e canteiros d a a a a a a a a a a a a a d a a a d a a a a a a<br />

712 - operadores de maquinas de extrç d d c a a a a a a a a a a a d a a a d a a a a a a<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

Allim e<br />

Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

a=Não Exposto, b=Possivelmente Exposto, c=Provavelmente Exposto, d=Definitivamente Exposto<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

AIII 21


ANEXO III<br />

Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> <strong>à</strong> <strong>Sílica</strong>. <strong>Brasil</strong>. Década de 1980 e 1990<br />

713 - trabalhadores beneficiamento de d d c a a a a a d b a a a a d c c a d a a a a a a<br />

714 - sondadores de poços de petróleo a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

715 - sondadores de poços (exceto de d a a a a a a a a a a a a d d a a a c a a a a d a<br />

716 - Salineiros (Sal Marinho) a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

719 - trab minas e pedreira,sond trab. a d d a a a a a a a a a a a a d d d a c a a a a a a<br />

720 - Trabalhador de Aciaria a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

721 - forneiros metalurgicos (primeira fu a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

722 - operadores de laminacao a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

723 - forneiros, metalurgicos,(segunda b c d a a a a a a a a a a a c a a a c a a a a a a<br />

724 - fundidores de metais b b d c a c a a a a a a a a a a a a c a a a a a a<br />

725 - moldadores e macheiros d d d d a d d a a d a a a a c a a a d a a a a a a<br />

726 - trabalhadores de tratamento term a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

727 - trefiladores e estiradores de meta a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

728 - galvanizadores e recobridores de a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

729 - trab. metalurgicos e siderurgicos n d c d c b c b a c c a a a a c b b a c a a a a a a<br />

731 - Trabalhadores de Tratamento de a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

732 - operadores de maquinas de desd a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

733 - preparadores de pasta para pape a a a a a a a b a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

734 - operadores de maquinas para fab a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

735 - preparadores de compensados e a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

739 - trab trat mad e fabrç. papel papela a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

741 - oper britadeiras trituradoras,mistu a a a a a a a a a b a a a a a a a a a a a a a a a<br />

742 - operadores de instalacoes termica a a a a a a a a a b a a a a a a a a a a a a a a a<br />

743 - oper de aparelho de filtragem e se a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo, Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

744 - operadores de aparelhos de desti a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

745 - operadores de refinacao de petro a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

746 - operadores de coqueria a a d a a a a a a a a a a a a a a a c a a a a a a<br />

747 - trabalhadores de producao e man a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

749 - oper inst processamento quimicos a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

751 - trabalhadores de preparacao de f a a a a a a a a a a b a a a a a a a a a a a a a a<br />

752 - fiandeiros e trabalhadores assem a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

753 - trabalhadores de preparacao de t a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

754 - teceloes a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

755 - teceloes de malhas a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

756 - trab. de acabamento, tingimento e a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

Allim e<br />

Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

a=Não Exposto, b=Possivelmente Exposto, c=Provavelmente Exposto, d=Definitivamente Exposto<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

AIII 22


ANEXO III<br />

Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> <strong>à</strong> <strong>Sílica</strong>. <strong>Brasil</strong>. Década de 1980 e 1990<br />

759 - fiandeiros teceloes tingidores trab a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

761 - curtidores de couros e peles e tra a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

771 - moleiro a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

772 - trabalhadores de fabricacao e refi a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

773 - magarefes e trabalhadores assem a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

774 - trabalhadores de industrializacao a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

775 - trab de tratamento do leite fabrç. l a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

776 - padeiros, confeiteiros e trabalhad a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

777 - trab. de preparacao de cafe, caca a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

778 - trabalhadores de fabricacao de ce a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

779 - trab de preparacao de alimentos e a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

781 - preparador de fumo a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

782 - charuteiros a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

783 - Cigarreiros a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

791 - alfaiates, costureiros e modistas a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

793 - chapeleiros a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

794 - modelistas e cortadores (vestuario a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

795 - costureiros (confeccao em serie) a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

796 - estofadores, trabalhadores assem a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

797 - bordadores e cerzidores a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

799 - trab de costura,estofadores e trab a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

801 - sapateiros a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo, Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

802 - trabalhadores de calcados a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

803 - trabalhadores de artefatos de cou a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

811 - marceneiros b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

812 - operadores de maquinas de lavra a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

819 - marceneiros oper maq lavrar mad a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

820 - cortadores, polidores e gravadore d d c a a a c a d a a a a a d c c a c a a a a a a<br />

831 - forjadores a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

832 - ferramenteiros emodeladores de m b d c c b b a a b b b b a a b a a a b a a a a a a<br />

833 - torneiros, fresadores, retificadores b b a a a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a a<br />

834 - preparadores de maquinas-ferram b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

835 - operadores de maquinas-ferrame b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

836 - polidores de metais e afiadores d d d b b b b b a b b a a a a b b b a b a a a a a a<br />

837 - Operador de maquina ferramenta b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

Allim e<br />

Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

a=Não Exposto, b=Possivelmente Exposto, c=Provavelmente Exposto, d=Definitivamente Exposto<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

AIII 23


ANEXO III<br />

Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> <strong>à</strong> <strong>Sílica</strong>. <strong>Brasil</strong>. Década de 1980 e 1990<br />

839 - trab. da usinagem de metais nao a a b a a a a a a a a a a a a a a a c a a a a a a<br />

840 - Ajustadores mecanicos b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

841 - Montadores de maquinas c c a a a c a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

842 - Relojoeiros e montadores de instru a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

843 - Mecanicos de manutencao de vei b a a a a b a a a a b a a a b a a a a a a a a a a<br />

844 - mecanicos de manutencao de aer a a a a a a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a<br />

845 - mecanicos de manutencao de ma d c a a a a a a a a a a a a d a a a b a a a a a a<br />

849 - ajust mec mont mec maq veic ins a a a b a b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

851 - montadores de equipamentos ele b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

852 - montadores de equipamentos ele b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

854 - Reparadores de equipamentos el d d b a a b a a a a a a a a c a a a b a a a a a a<br />

855 - eletricista de instalacoes c b b a a b a a a a a a a a d a a a b a a a a a a<br />

856 - instaladores reparadores equipam b b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

857 - instaladores reparadores linhas e b b a a a a a a a a b a a b b a a a b b a a a a a<br />

859 - eletric eletronicos trab. assem. na a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

861 - operadores de estacoes de radio a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

862 - operadores equipamentos de son a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

871 - encanadores e instaladores de tu d c b c b b b b b b b b b b d b b b c b b b b b b<br />

872 - soldadores e oxicortadores d b a a a c a a a a a a a a b a a a a a a a a a a<br />

873 - chapeadores e caldeireiros c b a a a a a a a a a a a a b a a a a a a a a a a<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo, Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

874 - montadores de estruturas metalic a a a a a c a a a a a a a a b a a a a a a a a a a<br />

880 - joalheiros e ourives a a a a a a a a d a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

890 - sopradores e moldadores de vidro a d d d d a a a d d a a a a a d d a d a a a a a a<br />

891 - cortadores e polidores de vidros a c a a a a a a a a a a a a b a a a a a a a a a a<br />

892 - Ceramistas e trabalhadores assem d d c b d a b b d a a a b a d c a a d a a a a a a<br />

893 - Forneiros (vidraria e ceramica) a d a a a a a a a a a a a a a a a a c a a a a a a<br />

894 - Gravadores de vidro c c a a a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a a<br />

895 - Pintores e decoradores de vidro e a d a a d a a a a d a a a a a a a a c a a a a a a<br />

899 - Vidreiros, ceramistas trab.assem. d d d d d d d a d d d a d a d d d a d d d a d a a<br />

901 - trab fabricacao produtos de borra a a a a a a a a c a a a a a a a a a b a a a a a a<br />

902 - trabalhadores fabricacao vulcaniz c a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

903 - trabalhadores de fabricacao de pr a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

910 - confeccionadores de produtos de a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

921 - compositores tipograficos e traba a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

922 - impressores tipograficos a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

Allim e<br />

Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

a=Não Exposto, b=Possivelmente Exposto, c=Provavelmente Exposto, d=Definitivamente Exposto<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

AIII 24


ANEXO III<br />

Matriz de <strong>Exposição</strong> <strong>Ocupacional</strong> <strong>à</strong> <strong>Sílica</strong>. <strong>Brasil</strong>. Década de 1980 e 1990<br />

923 - estereotipistas e eletrotipistas a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

924 - gravadores e clicheristas (exceto a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

925 - fotogravadores a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

926 - encadernadores e trabalhadores a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

927 - trabalhadores de laboratorios foto a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

929 - trab. das artes graficas nao classi a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

931 - pintores obras de estruturas meta b b a a a b a a a a a a a a c a a a b a a a a a a<br />

939 - pintores nao classificados sob out b b a a a b a a a a a a a a c a a a b a a a a a a<br />

941 - confeccionadores de instrumentos a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

942 - cesteiros confeccionadores prod v a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

943 - trabalhadores da fabricacao prod c b c a a a a a d a a a a a b a a a a a a a a a a<br />

949 - trab conf inst music,prod vime sim a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

951 - pedreiros e estucadores d c c c c c c c c c c c c c d c c c d c c c c c c<br />

952 - trabalhadores de concreto armado d c c b b b b b b b b b b b d b b b d b b b b c b<br />

953 - telhadores c c c a a a a a a a a a a a c a a a c a a a a a a<br />

954 - carpinteiros c b a a a b a a a a a a a a d a a a a a a a a a a<br />

955 - ladrilheiros parqueteiros e trabalh c a a a a a a a a a a a a a d a a a c a a a a a a<br />

956 - instaladores de material isolante a a a a a a a a a a a a a a b a a a b a a a a a a<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo, Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

957 - vidraceiros b b a a a a a a a a a a a a b a a a a a a a a a a<br />

959 - trab constr. civil trab. assem. nao d d d c c c c c c c c c c c d c c c c c c c c c c<br />

961 - operadores de instalacoes de pro c a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

969 - operadores maquinas fixas e equ c b a a a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a a<br />

971 - estivadores carregadores e emba d b a a a a a a b a a a a a c b a a c a a a a a a<br />

972 - aparelhadores e emendadores ca a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

973 - operadores de guindastes e de eq d c c a a a a a a a a a a a d a a a b a a a a a a<br />

974 - operadores de maquinas de cons d d d a a a b a a a b a d c d c a a d a a a a c a<br />

979 - trab manip merc mat oper maq co d c d a a a a a a a a a a a d a a a c a a a a a a<br />

981 - contramestres de embarcacoes,m a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

982 - maquinistas e foguistas de embar a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

983 - maquinistas e foguistas de locom c a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

984 - agentes auxiliares ma<strong>no</strong>bra (tran c a b a a a a a a a a a a a c a b a b b a a a b a<br />

985 - condutores de automoveis onibus d b a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

986 - condutores de animais e de veicu c a a a a a a a a a a a a a a a a a b a a a a a b<br />

989 - condutores veiculos transp. trab. a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a<br />

991 - trabalhadores bracais nao classifi d d b a a a a a a a a a a a d a a a c a a a a a c<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

Allim e<br />

Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

a=Não Exposto, b=Possivelmente Exposto, c=Provavelmente Exposto, d=Definitivamente Exposto<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

AIII 25


Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

ANEXO IV<br />

População trabalhadora de ambos os sexos registrada na RAIS, por setor econômico da CNAE, segundo ocupação da CBO. <strong>Brasil</strong>.1995<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo,Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

011 - Quimicos 150 216 716 77 82 163 68 152 260 3.001 296 24 1.248 296 129 229 169 12 645 42 258 230 252 853 234 9.802<br />

012 - Fisicos 3 10 6 1 15 16 1 6 5 6 12 0 11 36 7 29 10 0 117 1 12 95 107 83 23 612<br />

019 - Quim Fis e Trab. Assem. nao C 83 24 37 34 23 17 4 56 114 424 55 1 115 81 11 34 18 2 277 595 22 65 41 2.049 74 4.256<br />

020 - Engenheiros Agro<strong>no</strong>mos, Flor 63 11 25 27 2 3 37 65 13 620 95 1 524 46 158 325 534 274 2.508 41 364 46 189 2.644 5.027 13.642<br />

021 - Engenheiros Civis e Arquiteto 212 282 492 88 62 181 67 101 28 234 93 1 334 3.923 16.025 288 354 1.400 5.482 2.076 732 344 671 12.999 119 46.588<br />

022 - Engenheiros de Operacao e D 23 25 240 358 101 360 39 73 68 338 180 36 81 833 172 75 72 3 391 263 37 9 53 160 14 4.004<br />

023 - Engenheiros Eletricistas e Eng 113 99 470 1.084 3.911 119 17 240 502 327 86 0 215 8.022 2.030 449 247 137 2.435 4.852 222 75 158 323 25 26.158<br />

024 - Engenheiros Mecanicos 178 308 1.121 1.960 517 2.116 50 251 224 1.160 195 5 448 338 835 232 261 32 2.356 517 80 19 41 216 112 13.572<br />

025 - Engenheiros Quimicos 52 79 116 95 54 45 19 229 84 1.917 81 9 335 82 71 16 121 11 635 177 43 15 66 317 20 4.689<br />

026 - Engenheiros Metalurgicos 24 31 1.045 227 154 257 1 8 14 19 6 0 2 2 32 7 18 5 131 18 15 1 8 12 3 2.040<br />

027 - Engenheiros de Minas e Geol 803 91 50 0 6 0 0 1 2 46 1 0 3 108 123 10 7 6 1.068 58 24 30 24 292 3 2.756<br />

028 - Engenheiro de Organizacao e M 67 114 631 350 398 656 37 96 214 320 134 35 307 82 344 73 38 55 382 289 122 111 34 3.135 86 8.110<br />

029 - Eng Arquitetos e Trab. Assem 193 211 1.153 391 361 1.558 42 205 151 469 92 4 413 2.975 684 155 204 218 1.710 3.301 155 48 294 2.792 98 17.877<br />

030 - Tecnicos de Contabilidade Est 315 230 813 458 341 504 258 444 166 951 301 57 765 5.672 1.335 1.694 801 1.371 5.540 3.695 1.958 1.304 1.701 12.567 1.666 44.907<br />

031 - Tecnicos de Biologia Agro<strong>no</strong>m 96 65 91 70 52 21 52 233 329 519 282 1 2.931 228 327 764 958 278 3.162 146 1.288 10.667 3.362 9.821 8.946 44.689<br />

032 - Tecnicos de Mineracao Metalu 1.020 229 3.156 608 292 580 30 25 53 111 12 0 10 7 298 153 86 420 580 53 30 45 62 239 25 8.124<br />

033 - Tec.de Edifagrimensura Estrad 304 155 400 111 128 40 16 88 30 274 63 0 327 5.548 11.605 273 71 121 4.371 1.217 473 170 267 7.309 314 33.675<br />

034 - Tecnicos de Eletric Eletronica 538 321 2.082 2.729 4.679 424 48 830 721 770 323 3 658 19.716 2.063 5.525 1.159 941 8.316 28.497 2.167 307 766 1.219 133 84.935<br />

035 - Tecnicos de Mecanica 581 494 2.618 2.154 638 1.958 33 668 368 1.075 426 9 827 986 681 1.644 308 43 643 2.140 192 142 477 404 117 19.626<br />

036 - Tecnicos de Quimica e Trabalh 639 768 1.658 267 212 666 72 981 451 5.799 773 19 3.410 985 515 223 282 17 1.149 807 122 501 1.446 2.719 202 24.683<br />

037 - Tecnicos Texteis 0 0 1 6 0 1 1 2 0 21 866 1 2 0 2 8 16 152 13 4 16 5 9 6 3 1.135<br />

038 - Desenhistas Tecnicos 232 546 2.495 4.696 1.824 2.579 566 1.486 682 1.228 1.092 28 553 2.262 3.658 1.195 543 174 6.877 1.255 607 139 670 3.818 213 39.418<br />

039 - Tec,Desenh Tec e Trab. Assem 745 2.200 12.591 8.513 7.662 11.922 904 2.200 3.686 7.055 4.609 497 5.533 2.869 4.987 5.248 1.540 1.229 14.229 4.258 2.439 1.573 3.322 3.352 811 113.974<br />

041 - Pilotos de Aviacao com Naveg 7 10 17 16 6 24 9 12 4 54 5 2 85 47 163 141 48 30 204 4.354 57 16 173 467 192 6.143<br />

042 - Oficiais de Bordo Pilotos Trab 56 26 10 10 3 10 50 10 1 28 7 0 22 8 55 71 21 6 187 1.664 162 24 25 268 29 2.753<br />

043 - Oficiais Maquinistas (Navegac 12 1 6 2 1 4 4 2 1 4 0 0 12 0 13 37 19 1 68 1.033 7 3 26 46 5 1.307<br />

051 - Biologistas e Trabalhos Assem 14 4 4 9 4 0 6 26 10 115 4 0 147 212 59 121 47 1 396 4 341 1.831 892 2.101 125 6.473<br />

052 - Bacteriologistas Farmacologis 6 3 6 0 9 0 3 21 20 263 24 0 113 64 59 1.387 52 14 94 16 327 4.359 175 2.077 40 9.132<br />

053 - Engenheiros Agro<strong>no</strong>mos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0<br />

061 - Medicos 127 187 530 236 179 283 225 227 121 489 542 84 893 613 352 445 281 1.064 1.611 2.922 6.532 49.269 5.637 72.282 466 145.597<br />

063 - Cirurgioes Dentistas 9 27 47 38 17 34 23 26 47 54 100 19 347 211 29 148 46 271 468 405 6.544 5.666 642 23.418 123 38.759<br />

065 - Medicos Veterinarios e Trabal 14 2 2 4 1 0 2 2 0 172 10 0 654 10 10 225 146 16 429 83 251 518 209 2.954 1.560 7.274<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo,Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

Allim e Bebida<br />

Allim e Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

Constr. Civil<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

Agricultura<br />

TOTAL<br />

TOTAL<br />

AIV 27


ANEXO IV<br />

População trabalhadora de ambos os sexos registrada na RAIS, por setor econômico da CNAE, segundo ocupação da CBO. <strong>Brasil</strong>.1995<br />

067 - Farmaceuticos 4 0 0 0 0 1 2 5 32 797 9 2 46 36 10 19.513 840 11 221 193 305 4.270 770 3.025 12 30.104<br />

068 - Nutricionistas e Trabalhos Ass 15 12 26 27 18 24 6 30 21 88 60 10 1.769 48 36 238 87 58 248 225 1.516 2.908 822 2.887 37 11.216<br />

071 - Enfermeiros 111 84 234 141 98 164 71 181 100 334 280 43 600 279 193 321 239 181 1.224 864 2.509 32.850 5.966 23.509 208 70.784<br />

072 - Tecnicos de Enfermagem e Tr 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 4 0 0 0 7<br />

073 - Assistentes Sociais 24 35 71 60 67 56 30 74 23 138 123 7 358 505 258 100 58 419 592 600 7.336 4.031 1.398 15.885 285 32.533<br />

074 - Psicologos 8 16 48 41 30 24 13 44 18 89 63 10 132 196 73 155 56 172 613 739 1.446 2.669 1.866 5.378 55 13.954<br />

075 - Ortoptistas e Opticos 0 2 2 4 0 0 1 0 266 7 21 0 9 0 12 882 34 0 58 1 25 239 12 26 0 1.601<br />

076 - Terapeutas 0 1 4 1 0 7 3 1 1 3 7 0 7 20 4 27 19 25 86 155 1.329 5.851 993 2.528 15 11.087<br />

077 - Operadores de Equipamentos M 5 24 27 0 0 9 2 5 71 12 0 0 35 32 26 52 26 15 221 59 936 13.162 870 3.538 61 19.188<br />

079 - Med,Cir Dent,Med Vet,Enferm 8 9 14 10 7 8 3 2 46 76 70 3 62 34 16 259 52 67 157 77 1.823 4.923 834 6.899 32 15.491<br />

081 - Estatisticos 4 5 29 20 19 52 41 18 22 20 4 7 32 76 14 24 25 54 219 163 70 50 64 600 14 1.646<br />

082 - Matematicos e Atuarios 2 1 62 8 8 0 0 59 6 13 8 16 4 17 61 13 12 133 229 12 23 13 11 56 19 786<br />

083 - Analistas de Sistemas 140 344 1.196 1.356 720 905 161 1.077 638 1.601 731 74 1.294 2.354 1.286 2.568 1.515 9.918 21.273 3.472 2.504 828 1.861 2.859 213 60.888<br />

084 - Programadores de Computado 113 169 542 715 327 397 108 489 323 754 511 93 788 1.146 630 2.089 855 2.548 9.714 1.948 1.078 670 1.803 1.513 266 29.589<br />

091 - Eco<strong>no</strong>mistas 89 76 516 323 266 525 60 330 94 382 122 3 322 2.810 459 273 297 2.612 2.181 2.210 555 279 412 3.520 694 19.410<br />

092 - Tecnicos de Administracao e T 246 206 947 592 749 1.126 119 504 134 802 365 13 691 7.601 1.038 1.205 1.234 12.663 6.970 7.835 2.314 2.209 7.949 17.012 1.795 76.319<br />

099 - Eco<strong>no</strong>mistas,Administradores 44 185 458 93 77 76 36 54 36 177 198 6 149 594 146 443 129 1.883 2.313 1.305 499 236 141 1.926 195 11.399<br />

093 - Contadores 203 288 849 563 351 278 345 482 342 984 666 79 1.375 1.499 1.420 3.213 1.442 3.206 5.036 2.749 1.653 1.080 850 6.406 831 36.190<br />

121 - Advogados 160 93 169 105 142 135 39 611 62 242 164 10 516 1.411 920 428 315 2.740 3.275 1.582 3.441 489 523 6.410 233 24.215<br />

129 - Juristas nao Classificados sob 7 4 16 13 4 7 20 27 13 18 24 3 33 23 34 67 36 36 185 40 112 48 226 7.953 28 8.977<br />

131 - Professores de Disciplinas Ped 0 0 0 0 1 0 0 2 0 1 15 2 36 22 2 60 3 4 102 32 652 31 8.892 7.519 33 17.409<br />

132 - Professores de Ciencias Fisica 0 0 1 0 0 0 2 2 2 6 2 0 1 2 0 11 0 0 14 2 91 13 2.572 168 0 2.889<br />

133 - Professores de Engenharia e A 0 2 1 1 2 108 0 2 0 1 1 0 3 1 14 4 1 0 8 2 177 2 6.524 14 0 6.868<br />

134 - Professores de Mat.Estatistica 0 0 0 0 3 0 0 2 1 7 8 0 5 1 1 12 6 2 25 4 75 0 4.748 65 2 4.967<br />

135 - Profes de Cien. Eco<strong>no</strong>micas,A 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 25 0 2 0 1 3 4 0 5 4 555 5 8.067 11 167 8.853<br />

136 - Professores de Ciencias Huma 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 20 0 4 0 1 2 0 1 33 0 583 2 16.289 130 6 17.076<br />

137 - Professores de Ciencias,Biolog 0 0 1 3 0 1 5 0 0 1 24 0 2 0 0 0 0 0 5 0 313 288 14.407 51 25 15.126<br />

138 - Professores de Linguas e Liter 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 1 2 2 21 6 2 82 2 246 2 7.248 200 20 7.841<br />

139 - Professores de Ensi<strong>no</strong> Superio 2 0 20 1 0 0 0 2 2 10 104 0 45 1 4 35 3 2 107 123 576 91 48.650 9.102 32 58.912<br />

141 - Professores de Ensi<strong>no</strong> de Segu 11 9 3 47 4 0 6 33 1 1 237 2 28 148 11 173 20 39 377 17 3.905 281 87.238 387.903 252 480.746<br />

142 - Professores de Ensi<strong>no</strong> de Prim 90 49 24 4 1 2 76 61 4 14 289 20 822 517 40 308 34 41 1.150 67 17.032 432 138.254 758.861 1.988 920.180<br />

143 - Professores de Ensi<strong>no</strong> Pre-Esc 8 2 12 4 1 0 5 10 1 10 208 19 293 136 26 119 27 17 364 24 7.452 274 38.968 52.654 184 100.818<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo,Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

144 - Professores e Instrutores de Fo 3 36 113 132 164 280 10 83 147 83 540 74 81 304 32 422 101 162 945 455 4.422 422 18.885 19.388 36 47.320<br />

145 - Professores de Ensi<strong>no</strong> Especia 0 0 3 4 0 0 0 0 0 3 24 0 6 0 9 33 4 0 40 10 2.199 244 9.546 1.705 1 13.831<br />

149 - Professores nao Classificados 194 19 13 22 17 10 17 97 4 39 132 2 113 159 43 378 65 56 2.026 221 14.547 555 51.909 115.439 253 186.330<br />

Allim e Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

TOTAL<br />

AIV 28


ANEXO IV<br />

População trabalhadora de ambos os sexos registrada na RAIS, por setor econômico da CNAE, segundo ocupação da CBO. <strong>Brasil</strong>.1995<br />

151 - Escritores e Criticos 0 0 2 2 0 0 1 68 2 4 2 0 5 0 8 108 6 0 20 14 89 0 25 27 6 389<br />

152 - Jornalistas e Redatores 7 57 9 58 148 42 4 7.959 47 19 27 0 46 127 71 115 37 93 1.471 333 5.697 61 508 1.661 40 18.637<br />

153 - Locutores e Comentaristas de 0 0 0 0 6 3 1 89 26 0 0 0 2 12 8 265 10 5 188 602 9.243 11 67 231 8 10.777<br />

159 - Escrit Jornalist Redat Locut Tr 30 8 20 24 52 71 15 1.656 106 97 13 0 59 300 119 470 169 125 1.940 1.307 2.712 252 391 4.981 52 14.969<br />

161 - Escultores Pintores e Trabalha 0 21 38 18 15 25 57 80 20 30 42 0 5 1 87 626 26 2 121 20 300 22 44 203 15 1.818<br />

162 - Desenhistas Comerciais e Dec 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1<br />

163 - Fotografos,Operadores de Cam 2 0 14 9 4 12 0 1.141 324 9 16 0 3 38 11 574 42 25 410 193 3.931 105 371 1.246 17 8.497<br />

171 - Compositores, Musicos e Cant 1 0 0 0 0 0 1 7 48 0 1 0 5 2 1 43 13 6 49 4 1.883 13 602 3.423 6 6.108<br />

172 - Coreografos e Bailari<strong>no</strong>s 0 0 10 1 0 1 0 2 13 0 0 0 3 3 0 2 0 0 6 2 543 12 59 197 0 854<br />

173 - Atores e Diretores de Espetacu 5 0 0 1 0 0 0 16 120 1 0 0 3 0 0 2 6 2 166 0 855 6 68 41 0 1.292<br />

174 - Empresarios e Produtores de E 0 0 6 0 1 0 0 192 90 1 0 0 2 3 4 39 1 2 148 52 1.495 0 91 90 1 2.218<br />

175 - Artistas de Circo 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 0 7 1 0 0 0 43 2 0 2 0 58<br />

179 - Musicos Artist Empres.Prod.d 0 0 0 0 0 0 0 39 28 0 1 0 0 2 1 7 1 0 42 2 1.053 9 69 431 0 1.685<br />

181 - Tecnicos Desportivos e Trabal 6 1 4 11 1 6 9 2 3 5 76 0 25 60 4 68 21 28 165 7 11.112 281 4.589 5.076 19 21.579<br />

182 - Atletas Profissionais 0 0 0 0 1 0 1 1 4 0 1 0 0 17 0 35 15 0 28 0 2.148 0 8 18 8 2.285<br />

189 - Tec.Desport.Atletas Profis.Tra 1 0 1 2 4 2 0 0 1 1 10 0 2 1 6 13 6 4 114 6 1.438 33 220 441 2 2.308<br />

191 - Bibliotecarios, Arquivologista 7 3 36 34 97 10 7 91 9 90 15 0 16 237 32 46 28 109 840 122 967 140 3.732 3.468 868 11.004<br />

192 - Sociologos,Antropologos e Tr 23 2 4 5 0 1 0 6 4 6 11 7 7 415 120 24 3 22 322 5 410 84 249 4.177 46 5.953<br />

195 - Filologos, Tradutores e Interpr 7 4 10 23 12 21 0 39 28 5 14 0 2 2 7 34 20 4 160 38 71 3 32 35 8 579<br />

196 - Membros de Culto Religioso e 2 0 0 0 0 0 5 0 0 2 0 0 7 46 0 4 0 0 6 0 997 117 167 13 1 1.367<br />

197 - Analistas de Ocupacoes e Trab 73 211 566 512 389 704 72 911 157 690 266 18 804 898 293 593 322 2.544 2.112 1.209 654 281 196 719 134 15.328<br />

198 - Tecnicos,Analistas de Seguro, 10 43 98 217 124 259 14 58 54 153 84 3 94 5 9 157 209 6.222 649 162 137 32 2 15 16 8.826<br />

199 - Trab Prof Cient,Tec Artist,Tra 13 30 173 188 215 174 15 214 74 406 77 2 203 480 172 195 156 2.657 2.912 1.325 1.508 463 1.562 7.517 205 20.936<br />

211 - Membros Superiores do Poder 0 1 2 0 0 1 0 1 7 7 1 0 4 0 2 14 9 2 3 1 16 1 1 286 0 359<br />

212 - Membros Superiores do Poder 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 5 0 0 3 0 1 0 1 2.369 0 2.380<br />

213 - Membros Superiores do Poder 0 0 1 0 0 1 2 0 2 2 4 0 10 0 0 33 2 0 7 144 26 0 0 10.754 1 10.989<br />

214 - Funcionarios Publicos Superio 7 0 0 0 0 0 0 23 0 1 1 1 2 3.738 41 114 3 130 621 118 3.226 5.027 13.467 463.441 4.174 494.135<br />

221 - Diplomatas 1 0 5 2 0 1 0 4 2 9 6 0 15 3 5 45 11 2 29 10 22 12 11 1.400 21 1.616<br />

231 - Diretores de Empresas Manufa 39 262 658 766 256 396 286 483 250 1.070 611 91 963 432 54 144 176 28 670 37 58 9 9 42 81 7.871<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo,Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

232 - Diretores de Empresas Agrope 117 19 25 2 3 0 26 3 0 20 10 0 169 1 17 35 37 12 69 10 22 1 2 47 411 1.058<br />

233 - Diretores Emp de Prod Distrib 5 1 4 18 16 2 1 4 1 29 1 0 2 376 23 69 13 11 23 14 12 3 6 157 1 792<br />

234 - Diretores de Empresas de Con 21 68 28 7 2 0 2 4 0 8 3 0 4 5 1.428 30 22 7 144 14 22 3 4 52 5 1.883<br />

235 - Diretores Emp com Atacadista 2 13 17 19 11 13 16 20 21 32 38 0 86 2 96 2.488 818 85 334 65 321 6 16 6 27 4.552<br />

236 - Diretores de Empresa de Trans 1 0 4 2 49 10 2 322 22 2 2 0 6 1 13 53 16 4 192 1.154 454 1 2 54 12 2.378<br />

237 - Diretores de Empresa Finance 14 0 17 15 2 15 4 59 20 32 42 6 27 19 117 174 142 96.383 2.612 196 199 88 138 136 27 100.484<br />

Allim e Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

TOTAL<br />

AIV 29


ANEXO IV<br />

População trabalhadora de ambos os sexos registrada na RAIS, por setor econômico da CNAE, segundo ocupação da CBO. <strong>Brasil</strong>.1995<br />

238 - Diretores de Empresas de Serv 0 0 5 0 0 0 1 12 1 4 2 0 2 17 6 23 49 60 50 8 1.436 923 288 2.048 20 4.955<br />

239 - Diretores de Empresas nao Cl 69 116 194 257 191 145 97 300 204 493 97 17 359 27 206 643 431 399 1.346 283 1.674 158 569 24.037 181 32.493<br />

241 - Gerentes Administrativos e As 603 867 1.619 1.340 833 1.115 1.302 1.782 1.047 2.383 1.867 221 3.704 1.190 3.263 18.043 5.012 16.124 9.764 5.735 8.938 2.642 1.310 2.999 2.133 95.836<br />

242 - Gerente de Producao e de Pesq 766 1.337 2.474 1.875 1.508 1.413 2.026 1.556 1.319 3.447 2.331 643 3.512 78 1.102 2.452 1.051 5.659 2.172 805 1.107 85 80 537 727 40.062<br />

243 - Gerentes Financeiros,Comerci 306 860 1.664 2.094 1.606 990 775 2.020 1.460 4.578 2.139 223 4.465 427 1.989 25.349 8.220 25.958 7.931 3.177 3.862 672 346 399 660 102.170<br />

249 - Gerentes de Empresas nao Cla 137 309 697 583 1.070 294 430 570 359 985 528 29 1.676 1.188 846 5.613 1.760 16.512 3.731 4.767 2.575 340 167 713 461 46.340<br />

301 - Chefes Interme Diarios Admin 1.041 1.559 3.044 2.812 2.085 2.588 1.832 3.463 1.970 4.933 3.657 455 7.363 1.821 9.587 18.946 7.201 41.598 15.565 10.217 12.349 6.632 4.117 24.926 3.094 192.855<br />

302 - Chefes Intermediarios de Cont 238 475 981 1.134 632 670 393 891 842 1.911 1.078 130 2.061 207 1.992 6.635 2.455 9.145 4.293 2.141 2.392 1.164 889 2.671 556 45.976<br />

309 - Chefes Interm. Administ,Cont 228 526 1.355 1.336 727 1.309 521 1.334 796 2.270 1.473 369 2.546 904 2.198 6.694 2.738 12.620 3.297 2.143 2.758 1.128 611 7.733 783 58.397<br />

311 - Agentes Administrativos 740 503 1.711 1.339 1.137 531 594 3.076 879 2.839 2.015 109 2.404 18.651 9.108 12.504 7.155 10.389 23.087 23.574 19.565 22.656 29.716 424.081 9.762 628.125<br />

312 - Tecnicos e Fiscais de Tributac 7 22 56 40 29 19 12 31 13 52 17 1 43 241 150 323 65 150 389 307 452 266 111 55.416 44 58.256<br />

313 - Agentes Supervisores da Polic 6 0 40 3 2 3 4 6 6 11 3 1 3 412 5 84 11 3 47 21 26 13 9 26.381 7 27.107<br />

314 - Serventuarios da Justica e Trab 0 1 1 0 0 0 2 1 1 7 0 1 2 1 5 38 7 198 4.025 490 922 19 6 109.639 7 115.373<br />

319 - Agentes de Administracao Pub 19 11 107 54 26 98 29 67 19 61 31 0 60 7.362 1.566 129 57 192 821 244 3.609 40.462 16.634 348.973 869 421.500<br />

321 - Secretarios 565 1.116 2.651 2.346 1.669 1.712 1.270 3.368 1.629 4.712 1.966 311 3.305 2.405 6.784 16.996 6.798 7.849 23.042 5.086 24.843 28.366 19.817 28.865 2.591 200.062<br />

323 - Datilografos, Este<strong>no</strong>grafos e T 24 21 102 69 42 32 24 438 47 131 382 10 110 493 400 776 321 701 2.251 3.647 1.864 2.200 4.135 18.790 217 37.227<br />

331 - Auxiliares de Contabilidade,C 743 1.288 2.621 2.069 1.191 1.191 1.376 2.419 1.605 3.596 3.174 399 10.552 948 4.892 185.791 15.846 93.184 33.724 12.301 28.237 4.242 3.558 10.312 2.707 427.966<br />

332 - Atendentes de Guiche,Bilhetei 17 6 18 13 6 1 8 149 86 20 27 0 52 541 193 2.066 237 730 2.302 19.160 5.966 539 254 1.805 78 34.274<br />

339 - Trab. Serv. Contab Caixas Tra 436 908 2.412 2.249 1.364 1.654 769 2.652 1.498 4.289 2.406 243 4.281 940 1.735 21.981 6.353 10.316 15.967 4.852 5.709 5.281 840 1.962 578 101.675<br />

341 - Operadores de Maquinas Cont 7 8 28 22 17 15 6 35 12 45 32 6 82 3 40 400 89 3.294 358 82 111 38 78 122 28 4.958<br />

342 - Operadores de Maquinas de Pr 215 260 1.243 729 524 695 331 3.330 809 1.346 1.427 123 2.517 2.429 2.312 13.261 5.374 12.685 38.197 6.117 8.598 4.301 3.029 5.476 724 116.052<br />

343 - Perfuradores e Conferidores (C 3 54 44 21 11 11 8 58 19 27 25 1 62 317 57 504 260 212 8.734 241 289 54 148 221 23 11.404<br />

344 - Tecnicos de Controle de Produ 39 56 243 259 233 182 78 189 123 359 246 17 341 153 182 1.221 412 958 3.236 387 509 244 183 436 46 10.332<br />

351 - Agentes de Estacao e de Movi 17 4 58 1 4 4 2 4 1 3 16 1 63 3 68 252 36 3 402 10.335 143 26 20 75 13 11.554<br />

352 - Chefes de Servicos de Correio 1 0 9 1 7 6 0 7 12 12 6 2 13 4 321 67 24 164 111 331 146 19 23 234 1 1.521<br />

353 - Chefes de Serv. Aereos,Contro 2 5 0 10 7 15 7 7 13 23 17 0 70 1 22 157 39 3 199 5.619 52 15 5 57 12 6.357<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo,Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

354 - Chefes e Inspetores de Servico 51 42 99 29 13 16 12 125 25 140 34 1 714 165 739 267 367 16 485 9.271 160 33 15 817 142 13.778<br />

355 - Chefes Servicos de Transporte 4 0 3 2 2 3 9 17 1 7 3 0 57 1 20 21 15 0 59 394 19 4 2 76 4 723<br />

360 - Despachantes,Fiscais,Cobrado 134 7 13 12 1 9 3 17 12 193 3 0 75 393 264 152 58 7 949 183.291 264 27 50 3.153 478 189.565<br />

370 - Classificadores de Correspond 9 43 178 186 86 85 53 729 220 303 186 7 230 1.726 883 3.614 1.119 523 8.438 63.874 7.149 883 295 1.397 102 92.318<br />

380 - Telefonistas, Telegrafistas e T 200 287 634 677 428 357 292 2.148 480 1.089 749 124 1.768 2.212 2.125 6.344 2.738 6.471 14.044 17.060 11.601 5.209 1.893 16.883 550 96.363<br />

391 - Trabalhadores Servicos de Ab 1.356 2.523 9.050 7.616 5.360 10.296 2.974 5.449 4.153 13.045 13.033 1.394 21.356 3.082 9.556 93.188 43.115 472 11.529 29.704 9.927 3.365 1.521 4.557 4.013 311.634<br />

393 - Auxiliares de Escritorio e Trab 4.643 8.711 19.669 12.967 7.879 8.135 11.156 19.127 10.463 24.818 22.917 4.303 41.498 26.766 43.022 189.011 64.601 207.236 177.559 72.183 86.160 50.094 39.915 108.273 20.309 1.281.415<br />

394 - Recepcionistas 216 359 947 774 484 448 579 2.353 1.051 1.485 1.356 229 2.124 1.064 3.729 30.687 5.275 4.569 23.487 12.139 37.876 80.636 6.604 10.175 868 229.514<br />

395 - Arquivistas e Trabalhadores A 23 58 106 123 76 86 25 319 49 130 95 0 214 83 354 460 194 376 1.746 281 1.239 732 3.486 3.839 65 14.159<br />

Allim e Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

TOTAL<br />

AIV 30


ANEXO IV<br />

População trabalhadora de ambos os sexos registrada na RAIS, por setor econômico da CNAE, segundo ocupação da CBO. <strong>Brasil</strong>.1995<br />

399 - Trab Serv Administrativos Tra 1.092 2.187 5.937 4.734 2.347 2.736 1.812 8.484 3.281 13.901 5.217 406 7.812 15.743 11.985 54.214 16.692 31.726 65.107 20.072 44.492 18.037 28.161 158.302 3.819 528.296<br />

410 - Comerciantes (Comercio Atac 15 26 74 17 14 16 50 42 40 104 482 14 436 2 95 13.551 1.804 11 208 53 891 39 10 8 118 18.120<br />

421 - Supervisores de Vendas e Trab 109 776 1.485 1.313 1.083 742 789 2.378 1.470 6.052 3.110 94 16.072 198 639 67.355 25.175 2.645 14.566 5.780 5.737 430 228 198 603 159.027<br />

422 - Supervisores de Compras e Co 297 454 1.805 2.118 1.250 1.710 410 840 807 2.138 980 154 2.286 407 2.629 5.830 2.117 422 2.376 1.306 1.598 646 468 545 487 34.080<br />

431 - Agentes e Inspetores Tecnicos 22 196 504 935 576 426 76 467 449 1.746 273 10 450 15 152 2.296 2.108 1.040 1.770 1.655 358 58 26 118 210 15.936<br />

432 - Vendedores Pracistas,Represen 71 629 1.090 1.415 753 748 469 3.141 2.072 12.967 951 40 8.317 135 482 14.202 11.819 1.710 7.881 1.516 1.775 553 73 15 263 73.087<br />

441 - Corretores de Seguros,de Imov 1 65 5 1 3 2 2 11 5 9 12 0 129 4 65 403 92 3.915 586 60 117 20 5 18 6 5.536<br />

442 - Agentes Vendas de Servicos a 4 24 56 60 46 87 21 2.473 69 103 62 0 103 13 74 441 186 2.013 2.231 1.527 1.293 1.470 34 25 6 12.421<br />

443 - Leiloeiros, Avaliadores e Trab 2 0 5 7 0 1 1 9 2 0 3 0 2 100 10 177 17 1.422 513 44 126 0 3 58 5 2.507<br />

451 - Vendedores Com. Atacadista e 406 1.369 2.174 1.486 933 822 2.291 2.622 3.404 3.912 15.771 491 30.506 547 1.756 819.237 85.563 1.965 10.140 3.843 42.315 4.924 869 2.094 2.906 1.042.346<br />

452 - Vendedor Ambulantes,Vended 4 40 49 40 30 12 29 5.453 36 119 92 8 905 8 117 4.319 1.480 183 1.014 108 746 176 16 61 98 15.143<br />

453 - Emonstradores e Trabalhadore 1 109 171 302 140 12 56 137 341 703 694 0 3.325 1 25 2.657 2.824 14 2.885 36 364 12 18 9 15 14.851<br />

454 - Decoradores e Trabalhadores A 2 43 26 1 7 4 91 9 7 33 166 24 522 0 42 1.308 98 8 104 4 77 0 6 24 7 2.613<br />

490 - Trab. de Com. e Trab. Asseme 419 1.474 2.129 637 445 674 2.301 1.651 1.449 2.706 3.710 362 9.358 190 2.048 241.337 36.137 562 10.776 2.884 18.641 1.802 1.378 735 3.246 347.051<br />

500 - Gerentes Hoteis,Restaurantes,B 6 11 16 12 13 22 18 54 9 28 40 1 1.307 80 53 3.025 241 33 484 194 16.858 48 64 26 51 22.694<br />

520 - Mordomos, Governantas e Tra 6 23 12 11 4 8 51 13 11 16 20 3 79 9 49 137 60 15 540 42 3.893 396 548 262 113 6.321<br />

531 - Cozinheiros, e Trabalhadores A 544 531 824 642 536 1.262 731 630 609 1.680 1.807 291 28.794 1.034 2.660 19.062 2.824 249 4.779 3.061 152.923 15.323 6.134 73.838 4.306 325.074<br />

532 - Garcons,Barmen e Trabalhado 139 223 559 395 293 408 304 634 467 927 978 56 14.975 738 1.963 27.754 3.100 1.026 9.084 1.638 189.643 18.671 2.496 3.619 805 280.895<br />

540 - Trab Serventia (Domicilios e H 105 127 256 78 82 76 199 159 150 321 427 73 1.375 92 621 3.890 1.206 167 7.117 1.451 69.867 5.159 6.640 14.195 1.630 115.463<br />

541 - Comissarios (Servicos de Tran 1 1 2 2 2 2 2 5 0 1 4 0 56 15 94 267 42 3 22 6.349 219 8 11 30 29 7.167<br />

551 - Trabalhadores de Servicos de A 162 178 456 279 154 151 284 687 279 633 979 63 2.679 1.137 3.091 5.963 1.541 860 188.424 3.920 50.063 5.500 8.865 26.429 962 303.739<br />

552 - Trab Serv. de Conserv,Limpez 1.113 2.542 3.793 2.668 1.591 1.738 3.089 4.026 2.864 6.217 9.147 896 16.382 48.682 22.856 54.691 12.374 2.458 152.395 20.650 329.668 65.699 63.323 396.809 11.356 1.237.027<br />

560 - Lavadeiros,Tintureiros e Traba 12 34 24 7 7 15 21 8 9 104 9.696 12 405 45 55 1.875 405 28 966 639 19.591 13.099 1.082 1.071 135 49.345<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo,Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

570 - Cabeleireiros, Especialistas em 1 1 2 0 2 2 6 9 93 39 21 0 21 14 28 715 145 6 203 24 15.564 697 76 186 10 17.865<br />

572 - Pessoal de Enfermagem, Parte 249 234 486 181 203 216 85 199 236 1.155 541 40 1.847 903 512 1.385 536 566 2.689 5.814 11.817 247.075 13.753 106.506 1.331 398.559<br />

581 - Bombeiros 68 17 326 49 60 449 43 313 40 679 273 0 211 780 1.779 2.155 390 7 2.267 600 613 264 124 1.247 98 12.852<br />

582 - Policiais e Trabalhadores Ass 4 6 12 3 4 15 6 5 2 5 4 0 16 52 62 63 29 20 405 354 96 12 27 73.770 8 74.980<br />

583 - Guardas de Seguranca e Traba 2.776 3.139 6.314 3.769 2.289 4.089 4.462 3.563 3.452 7.711 8.108 1.227 16.731 4.412 25.751 47.300 12.063 1.332 261.539 28.993 38.787 12.841 14.646 101.179 8.730 625.203<br />

584 - Guardas de Transito 2 0 0 2 0 0 3 0 4 0 2 0 4 1 14 69 23 0 58 80 149 1 12 1.183 0 1.607<br />

589 - Trab de Serv. de Protecao e Se 64 40 154 54 61 39 78 171 79 357 183 6 359 319 260 3.016 402 39 17.717 1.972 3.208 344 699 29.456 123 59.200<br />

591 - Agentes de Viagem e Guias de 8 1 2 0 0 3 4 6 1 8 10 0 31 4 16 82 20 30 193 3.286 490 12 10 312 5 4.534<br />

592 - Agentes de Servicos Funerario 0 13 0 1 1 0 2 1 10 1 2 0 5 0 3 51 7 3 19 8 943 134 28 393 3 1.628<br />

599 - Trab Serv de Turism e Embele 258 328 615 350 196 383 637 248 694 848 1.743 139 3.203 858 1.077 21.258 2.822 465 8.125 15.448 27.751 6.978 3.551 15.546 1.285 114.806<br />

600 - Administradores de Exploraco 25 9 18 1 7 2 68 98 31 14 13 0 2.031 2 61 59 51 0 395 28 53 15 12 98 10.150 13.241<br />

601 - Capatazes de Exploracoes Agr 15 17 24 4 1 0 179 301 8 5 20 0 1.768 13 140 40 60 3 948 35 82 8 84 251 9.435 13.441<br />

Allim e Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

TOTAL<br />

AIV 31


ANEXO IV<br />

População trabalhadora de ambos os sexos registrada na RAIS, por setor econômico da CNAE, segundo ocupação da CBO. <strong>Brasil</strong>.1995<br />

611 - Produtores Agropecuarios Pol 5 0 0 1 0 0 3 1 0 0 7 3 33 0 8 27 17 0 14 3 48 31 1 19 3.014 3.235<br />

612 - Produtores Agropecuarios Esp 6 7 0 7 2 6 14 4 0 0 6 0 133 5 59 140 145 0 68 7 230 76 79 533 5.871 7.398<br />

621 - Trab. Agropecuarios Polivalen 154 113 85 19 16 7 454 47 57 85 155 9 6.797 33 328 718 1.325 18 6.820 328 1.339 298 728 4.018 310.628 334.579<br />

631 - Trabalhadores da Cultura da G 0 11 1 0 0 1 4 0 0 21 8 0 120.168 52 86 59 108 0 2.104 370 286 12 8 29 120.151 243.479<br />

632 - Trabalhadores da Cultura de P 0 1 0 0 0 0 1 0 0 4 107 0 5 0 2 9 159 0 7 1 28 0 1 2 879 1.206<br />

633 - Trabalhadores Hortigranjeiros 2 1 2 0 0 2 6 5 2 4 5 0 109 1 22 379 269 0 42 9 247 110 38 90 9.887 11.232<br />

634 - Trabalhadores da Floricultura 0 1 68 0 1 0 2 4 9 0 0 0 12 3 62 829 117 0 56 5 128 12 9 47 4.717 6.082<br />

635 - Trabalhadores de Fruticultura 1 6 1 0 0 2 16 0 0 6 2 1 1.780 94 29 121 549 2 552 51 45 3 1 45 51.563 54.870<br />

636 - Trab Cult.Planta Prod Subst E 7 5 1 1 1 0 2 1 619 4 1 0 101 56 12 37 35 0 103 3 50 3 4 12 34.275 35.333<br />

637 - Trabalhadores da Cultura de P 0 0 0 0 0 0 24 0 0 16 12 0 1.002 1 2 16 35 0 161 1 18 1 2 1 3.743 5.035<br />

638 - Trab Cult Planta Prod Subst A 0 14 0 0 1 0 0 1 0 18 0 0 0 0 3 0 5 0 32 0 1 6 0 5 193 279<br />

639 - Trab Agric Especializados N/ 53 100 183 172 64 55 111 196 111 254 311 52 3.119 399 1.975 1.292 423 40 3.851 250 5.889 505 1.305 7.662 19.237 47.609<br />

639 - Trab Agric Especializados N/ 53 100 183 172 64 55 111 196 111 254 311 52 3.119 399 1.975 1.292 423 40 3.851 250 5.889 505 1.305 7.662 19.237 47.609<br />

641 - Trabalhadores da Pecuaria de 55 32 19 2 0 0 81 66 9 42 6 0 575 4 148 226 174 1 290 66 1.263 50 61 48 59.586 62.804<br />

642 - Trabalhadores da Pecuaria de M 1 3 0 0 0 0 13 0 4 1 4 0 396 0 1 34 69 1 28 12 87 7 3 2 9.823 10.489<br />

643 - Trabalhadores da Pecuaria de 4 13 4 0 0 2 24 10 2 5 4 0 3.602 0 79 330 531 0 127 14 132 22 23 12 40.247 45.187<br />

644 - Trabalhadores da Pecuaria (In 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 177 0 28 0 1 57 45 0 24 0 6 6 0 2 703 1.051<br />

649 - Trab. da Pecuaria nao Classifi 3 16 7 3 0 0 30 4 0 42 29 0 277 0 34 97 68 0 94 10 134 28 22 784 6.645 8.327<br />

651 - Trab Florestais da Exploracao 110 73 18 8 3 1 3.374 743 3 31 52 0 151 35 103 308 282 1 11.722 714 93 4 24 62 8.780 26.695<br />

652 - Trab Florestais Expl.Especie P 36 2 1 1 11 0 25 0 5 12 7 1 3 1 4 60 7 0 1.006 21 18 12 9 11 2.839 4.092<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo,Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

653 - Trab Florestais Expl Especies 0 0 0 0 0 0 3 0 0 55 2 0 18 0 0 7 0 0 48 0 6 0 0 1 32 172<br />

654 - Trab Florest da Expl Especies 0 0 0 0 0 0 5 7 0 0 1 0 561 0 2 11 7 0 35 3 4 0 0 1 224 861<br />

655 - Trab Florestais Expl Especies 0 0 0 0 0 0 1 0 0 14 1 0 3 0 1 1 3 0 144 0 0 1 0 0 94 263<br />

659 - Trabalhadores Florestais nao C 229 12 101 3 1 0 404 138 45 8 6 0 65 17 511 19 144 2 4.854 377 187 2 4 94 4.961 12.184<br />

661 - Patroes de Pesca 0 0 4 0 1 0 0 0 1 1 0 0 83 0 9 13 26 0 9 48 9 2 0 18 743 967<br />

662 - Pescadores Industriais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 277 0 0 17 101 0 2 0 2 0 0 4 1.911 2.314<br />

663 - Pescadores Artesanais 1 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 10 0 1 6 5 0 21 1 18 0 4 7 92 169<br />

664 - Trabalhadores da Aquicultura 0 16 0 1 0 0 0 0 1 0 3 0 93 75 3 25 38 0 4 0 30 2 2 3 834 1.130<br />

669 - Pescadores e Trab. Assem. nao 3 0 0 0 0 2 5 2 8 2 1 0 157 4 21 162 127 4 9 30 21 1 4 60 2.145 2.768<br />

671 - Operadores de Maquinas e Imp 121 60 36 25 6 3 191 173 22 48 244 1 13.246 97 442 376 933 7 1.242 292 552 35 161 1.558 35.778 55.649<br />

672 - Operadores de Maquinas e Imp 0 2 5 0 1 4 4 0 0 2 0 0 188 0 20 6 13 0 10 3 7 12 1 110 707 1.095<br />

673 - Operadores de Maquinas e Imp 56 28 15 6 4 6 1.591 781 8 17 6 0 86 18 341 100 65 0 3.926 603 83 2 3 49 2.795 10.589<br />

701 - Mestres (Empresa Manufature 589 3.327 10.143 5.772 3.429 7.142 3.064 2.852 2.599 8.399 4.885 2.531 6.389 946 32.949 1.416 769 42 2.899 3.521 1.005 194 717 4.865 753 111.197<br />

702 - Mestres (Empresas de Extraca 999 246 48 18 0 0 6 0 38 66 2 2 1 1 92 6 9 5 24 4 2 0 2 48 5 1.624<br />

703 - Mestres (Empresas de Energia 19 3 97 2 17 654 3 31 2 21 7 0 106 2.773 833 60 8 0 106 96 19 2 0 432 27 5.318<br />

Allim e Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

TOTAL<br />

AIV 32


ANEXO IV<br />

População trabalhadora de ambos os sexos registrada na RAIS, por setor econômico da CNAE, segundo ocupação da CBO. <strong>Brasil</strong>.1995<br />

704 - Contramestres de Indústria Te 0 11 6 3 1 1 5 0 18 127 8.808 0 16 0 31 50 49 0 37 1 14 0 7 1.377 4 10.566<br />

705 - Mestres,Contramestres,Superv 344 650 1.566 861 459 525 364 449 375 1.792 1.188 31 2.233 530 3.300 981 479 35 1.590 946 988 319 121 1.048 241 21.415<br />

711 - Mineiros e Canteiros 6.124 320 132 2 0 0 6 3 8 66 7 2 37 4 310 37 26 36 238 16 20 324 4 485 35 8.242<br />

712 - Operadores de Maquinas de Ex 4.168 573 127 12 1 1 28 18 12 19 13 0 31 0 495 85 59 6 65 222 6 0 9 65 26 6.041<br />

713 - Trabalhadores Beneficiamento 9.095 4.693 342 5 11 0 42 8 178 227 2 0 37 19 467 254 250 78 144 42 74 2 10 210 17 16.207<br />

714 - Sondadores de Poços de Petró 1.283 2 4 67 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 443 25 9 0 342 15 98 0 1 8 0 2.300<br />

715 - Sondadores de Poços (Exceto 212 11 24 2 0 5 0 2 0 3 3 0 19 281 1.309 89 9 57 294 2 18 1 2 170 23 2.536<br />

716 - Salineiros (Sal Marinho) 1.873 1 0 0 0 0 0 0 2 25 1 0 0 0 2 9 5 0 0 8 1 1 2 0 7 1.937<br />

719 - Trab Minas e Pedreira,Sond T 3.005 542 61 8 1 5 8 2 30 49 5 1 24 11 504 126 83 6 544 14 14 5 1 29 19 5.097<br />

720 - Operadores de Aciaria 5 2 465 56 7 12 2 1 8 5 7 0 1 0 4 9 4 0 31 13 5 4 1 1 1 644<br />

721 - Forneiros Metalurgicos (Prime 82 442 7.197 222 175 527 25 9 45 81 47 0 259 2 65 187 11 0 76 2 71 54 3 17 46 9.645<br />

722 - Operadores de Laminacao 57 142 5.729 354 223 719 443 66 109 463 128 2 48 84 70 122 65 0 98 38 38 25 1 28 7 9.059<br />

723 - Forneiros, Metalurgicos,(Segu 7 41 2.083 217 72 337 13 2 13 24 6 0 756 2 1 22 15 0 12 4 7 0 15 3 3 3.655<br />

724 - Fundidores de Metais 43 142 6.540 1.275 485 1.411 43 19 103 129 97 1 85 25 115 150 39 2 166 380 22 0 49 11 31 11.363<br />

725 - Moldadores e Macheiros 86 400 6.675 1.735 281 673 75 38 44 189 30 14 6 0 117 95 25 0 154 7 17 1 15 1 23 10.701<br />

726 - Trabalhadores de Tratamento T 9 40 2.297 761 259 1.163 10 216 16 140 6 0 45 0 42 71 18 0 37 3 63 4 12 1 27 5.240<br />

727 - Trefiladores e Estiradores de M 6 9 3.566 94 2.289 74 10 31 89 119 3 0 7 0 2 51 29 0 19 3 18 1 2 58 2 6.482<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo,Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

728 - Galvanizadores e Recobridore 11 23 5.717 553 817 1.773 116 138 133 354 58 0 2 9 96 83 31 0 222 56 35 0 7 6 65 10.305<br />

729 - Trab. Metalurgicos e Siderurg 685 1.024 98.362 21.671 20.141 23.541 4.503 462 3.121 4.390 770 15 238 116 2.246 3.539 1.372 17 5.485 6.389 530 44 146 173 541 199.521<br />

731 - Trabalhadores de Tratamento d 5 55 32 35 31 60 17.200 116 55 250 7 0 45 0 79 474 190 1 232 52 136 14 11 207 426 19.713<br />

732 - Operadores de Maquinas de D 46 105 311 124 65 64 19.537 369 116 319 83 3 106 7 154 866 344 0 511 115 106 10 14 60 686 24.121<br />

733 - Preparadores de Pasta para Pap 0 3 7 5 0 5 278 3.923 31 20 27 4 144 4 0 41 6 0 14 0 7 0 0 2 3 4.524<br />

734 - Operadores de Maquinas para 10 397 52 42 17 3 97 9.687 29 144 21 3 34 0 3 63 101 0 87 3 30 2 8 2 13 10.848<br />

735 - Preparadores de Compensados 1 113 264 75 123 238 8.698 346 140 309 76 4 15 2 56 164 343 0 170 20 28 3 0 5 16 11.209<br />

739 - Trab Trat Mad e Fabrç. Papel 1 25 76 49 33 121 8.260 11.637 259 249 60 7 27 1 118 245 459 1 185 41 80 5 7 3 174 22.123<br />

741 - Oper Britadeiras Trituradoras, 314 134 68 14 43 7 78 24 23 2.499 57 0 1.039 1 64 108 33 0 27 28 55 0 7 32 2 4.657<br />

742 - Operadores de Instalacoes Ter 92 662 975 14 72 4 44 220 45 1.154 310 0 740 1 12 20 82 0 35 64 45 29 9 57 72 4.758<br />

743 - Oper de Aparelho de Filtragem 157 19 80 9 27 6 3 127 8 959 82 0 938 45 28 27 56 0 77 9 21 0 4 14 51 2.747<br />

744 - Operadores de Aparelhos de D 7 136 28 3 0 0 54 284 27 3.296 215 0 3.279 29 9 13 52 0 62 51 14 0 0 31 520 8.110<br />

745 - Operadores de Refinacao de P 3 5 2 2 0 0 2 0 22 4.360 26 0 145 60 8 34 46 20 121 905 2 0 1 4 3 5.771<br />

746 - Operadores de Coqueria 66 20 800 4 0 0 1 0 0 75 1 0 28 0 5 11 2 0 29 3 5 0 0 3 0 1.053<br />

747 - Trabalhadores de Producao e M 2 0 35 14 8 1 124 43 11 13.232 79 0 247 0 1 589 82 1 190 12 122 38 12 26 11 14.880<br />

749 - Oper Inst Processamento Quim 98 273 1.263 83 71 272 90 584 295 28.301 1.699 36 1.623 226 135 406 314 1 512 136 123 43 17 50 76 36.727<br />

751 - Trabalhadores de Preparacao d 4 20 8 25 2 180 24 20 32 209 17.901 0 81 0 27 146 242 0 264 14 99 1 1 38 379 19.717<br />

752 - Fiandeiros e Trabalhadores As 0 20 16 3 23 0 8 1 118 320 40.576 4 9 46 7 155 218 0 299 0 13 19 2 6 134 41.997<br />

Allim e Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

TOTAL<br />

AIV 33


ANEXO IV<br />

População trabalhadora de ambos os sexos registrada na RAIS, por setor econômico da CNAE, segundo ocupação da CBO. <strong>Brasil</strong>.1995<br />

753 - Trabalhadores de Preparacao d 0 12 26 6 4 0 20 0 84 416 17.804 12 18 0 9 188 29 1 46 1 16 2 2 0 32 18.728<br />

754 - Teceloes 0 8 146 18 2 10 35 7 106 817 18.052 22 6 4 1 117 66 0 43 0 39 1 6 26 41 19.573<br />

755 - Teceloes de Malhas 0 8 51 14 6 19 14 5 186 201 8.755 3 36 0 8 205 134 0 9 0 19 0 2 2 3 9.680<br />

756 - Trab. de Acabamento, Tingim 15 27 45 14 21 9 86 124 306 937 42.800 214 38 1 9 515 335 2 476 6 430 31 2 2 10 46.455<br />

759 - Fiandeiros Teceloes Tingidore 1 24 199 8 2 10 64 16 69 1.012 22.170 7 33 8 27 301 206 3 141 3 117 2 7 9 54 24.493<br />

761 - Curtidores de Couros e Peles e 0 6 10 6 0 3 55 63 22.114 37 87 207 130 0 11 93 151 0 49 17 52 2 7 3 36 23.139<br />

771 - Moleiro 2 3 11 6 0 41 16 0 7 26 20 0 2.319 6 5 453 129 0 22 530 49 6 0 13 164 3.828<br />

772 - Trabalhadores de Fabricacao e 1 7 32 13 0 3 6 0 45 24 1 0 17.593 0 11 76 58 0 17 1 22 49 0 18 1.359 19.336<br />

773 - Magarefes e Trabalhadores As 1 683 41 8 2 10 32 5 12 44 17 0 57.363 0 31 4.272 3.357 5 574 72 351 131 9 932 1.595 69.547<br />

774 - Trabalhadores de Industrializa 13 54 95 30 4 2 27 5 88 171 73 150 74.645 17 82 1.536 2.370 6 1.646 161 1.044 75 85 260 2.604 85.243<br />

775 - Trab de Tratamento do Leite F 4 0 20 2 1 0 5 2 0 109 32 0 24.756 0 42 453 337 0 88 20 244 5 13 73 296 26.502<br />

776 - Padeiros, Confeiteiros e Traba 4 43 21 25 13 50 28 13 20 109 48 8 52.946 32 198 50.124 770 12 305 49 6.322 128 107 620 176 112.171<br />

777 - Trab. de Preparacao de Cafe, C 3 3 2 1 0 0 0 7 3 46 11 0 12.992 2 8 243 470 0 111 23 52 12 0 2 199 14.190<br />

778 - Trabalhadores de Fabricacao d 84 3 10 3 4 3 15 1 0 246 2 0 22.921 20 1 85 213 0 571 170 31 43 7 1 97 24.531<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo,Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

779 - Trab de Preparacao de Alimen 578 49 29 10 22 158 22 16 11 314 71 0 32.067 20 14 552 886 66 465 90 304 25 10 80 757 36.616<br />

781 - Preparador de Fumo 0 3 0 0 0 0 3 1 4.082 0 10 0 2 0 11 21 1.480 0 3 0 3 0 0 1 7 5.627<br />

782 - Charuteiros 0 0 3 0 0 1 3 0 183 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 2 0 0 0 0 0 196<br />

783 - Cigarreiros 0 0 1 0 0 0 4 20 4.018 2 4 0 1 0 0 1 1 0 6 0 2 1 0 1 2 4.064<br />

791 - Alfaiates, Costureiros e Modis 6 5 23 4 1 115 143 33 351 143 6.959 24 16 3 28 2.737 341 2 138 83 748 698 56 173 13 12.843<br />

793 - Chapeleiros 0 2 11 0 1 3 14 0 16 4 340 2 95 0 2 29 13 0 9 2 9 1 0 1 1 555<br />

794 - Modelistas e Cortadores (Vest 19 6 27 17 0 15 126 42 331 112 17.197 244 34 3 5 1.182 340 4 75 3 103 22 11 10 5 19.933<br />

795 - Costureiros (Confeccao em Se 6 56 219 52 15 628 1.842 208 3.848 2.252 199.552 1.447 170 100 143 13.003 3.393 2 1.335 132 2.290 1.416 337 710 242 233.398<br />

796 - Estofadores, Trabalhadores As 8 14 42 18 3 1.065 5.583 1 77 362 1.070 6 36 19 51 3.116 97 1 192 1.115 1.314 35 17 127 19 14.388<br />

797 - Bordadores e Cerzidores 0 2 5 0 6 1 41 5 22 94 4.493 10 9 0 16 388 50 0 118 14 142 9 5 86 7 5.523<br />

799 - Trab de Costura,Estofadores e 11 70 350 96 27 211 1.684 53 990 1.408 41.433 216 273 7 63 2.657 1.059 9 323 155 865 202 37 274 56 52.529<br />

801 - Sapateiros 0 0 19 17 0 0 23 35 133 18 103 4.327 8 2 6 960 46 0 13 14 117 76 33 228 13 6.191<br />

802 - Trabalhadores de Calcados 26 179 192 65 85 17 438 394 7.469 1.317 1.340 156.930 420 0 70 1.635 751 52 939 108 162 30 19 15 25 172.678<br />

803 - Trabalhadores de Artefatos de 0 2 65 31 40 28 180 294 11.987 519 1.160 548 107 0 63 545 184 18 128 37 120 34 13 1.877 9 17.989<br />

811 - Marceneiros 26 206 679 1.235 178 1.053 53.883 182 487 924 447 43 355 159 2.436 7.266 988 72 1.337 408 3.175 602 1.251 1.199 311 78.902<br />

812 - Operadores de Maquinas de L 10 32 299 313 183 104 18.444 92 67 318 14 13 54 13 156 574 165 0 307 69 293 3 10 140 123 21.796<br />

819 - Marceneiros Oper Maq Lavrar 2 95 429 411 52 224 15.001 148 79 515 48 38 76 20 255 1.405 225 2 210 76 416 31 59 113 61 19.991<br />

820 - Cortadores, Polidores e Grava 1.347 6.252 139 72 16 30 119 27 556 129 63 46 21 0 580 1.264 403 0 48 29 117 12 5 89 25 11.389<br />

831 - Forjadores 10 4 2.405 334 33 354 34 3 33 36 16 3 34 19 121 62 16 0 41 150 30 8 44 37 39 3.866<br />

832 - Ferramenteiros Emodeladores 46 154 5.462 3.167 1.735 6.860 199 69 749 1.902 193 129 129 17 547 863 74 0 362 182 117 13 46 120 98 23.233<br />

833 - Torneiros, Fresadores, Retifica 437 997 24.373 25.382 3.657 11.545 645 892 2.714 2.997 1.215 111 2.303 293 1.254 8.233 740 8 2.074 1.957 242 27 172 410 521 93.199<br />

Allim e Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

TOTAL<br />

AIV 34


ANEXO IV<br />

População trabalhadora de ambos os sexos registrada na RAIS, por setor econômico da CNAE, segundo ocupação da CBO. <strong>Brasil</strong>.1995<br />

834 - Preparadores de Maquinas-Fer 1 80 3.374 2.434 1.294 5.603 91 168 474 626 99 53 53 3 22 151 73 1 166 36 9 0 26 4 108 14.949<br />

835 - Operadores de Maquinas-Ferra 60 840 25.029 25.730 13.766 42.544 1.545 314 3.102 5.157 399 85 5.190 17 483 533 273 7 1.058 153 581 53 11 359 2.298 129.587<br />

836 - Polidores de Metais e Afiador 15 189 4.842 2.048 259 1.416 801 82 546 212 54 1 43 9 122 593 111 2 241 84 50 5 3 10 46 11.784<br />

837 - Operadores de Maquinas-Ferra 0 1 256 527 35 85 11 2 8 27 1 2 3 3 75 29 3 0 29 1 3 0 1 2 3 1.107<br />

839 - Trab. da Usinagem de Metais n 75 384 20.047 4.784 1.596 2.805 1.277 92 548 752 337 19 1.592 103 2.343 1.881 478 10 1.016 400 556 172 371 326 157 42.121<br />

840 - Ajustadores Mecanicos 63 499 3.429 5.586 1.248 3.136 168 138 1.434 942 524 22 539 130 775 2.934 226 9 810 1.020 120 54 66 6.643 168 30.683<br />

841 - Montadores de Maquinas 87 118 2.023 10.916 1.911 17.676 345 123 552 589 162 69 155 937 2.040 2.849 490 3 1.059 345 138 24 14 282 133 43.040<br />

842 - Relojoeiros e Montadores de I 8 37 335 1.527 545 32 29 104 1.361 311 35 4 188 291 169 2.485 217 3 190 93 168 451 136 196 7 8.922<br />

843 - Mecanicos de Manutencao de 1.009 433 1.321 708 140 6.227 456 400 299 516 238 24 5.181 2.151 4.061 69.218 2.608 20 2.265 27.101 933 85 170 6.032 3.050 134.646<br />

844 - Mecanicos de Manutencao de 2 6 38 43 8 719 9 1 4 25 6 0 62 5 78 232 54 7 186 3.255 47 3 26 65 30 4.911<br />

845 - Mecanicos de Manutencao de 4.407 4.927 16.943 9.150 3.006 5.908 2.205 4.918 3.908 9.706 14.571 1.026 16.791 3.316 12.557 15.096 3.754 182 8.463 4.976 2.246 1.142 319 3.512 3.120 156.149<br />

Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo,Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

849 - Ajust Mec Mont Mec Maq Ve 1.171 426 3.507 4.003 863 10.612 339 729 866 1.242 1.081 208 2.499 600 4.793 11.461 939 36 1.613 3.398 482 182 176 1.216 799 53.241<br />

851 - Montadores de Equipamentos 21 77 441 4.516 14.996 417 72 75 371 226 24 4 107 1.197 3.928 2.569 333 14 848 120 262 172 29 132 127 31.078<br />

852 - Montadores de Equipamentos 26 51 337 4.099 19.032 544 27 97 1.337 727 23 0 125 15 490 1.848 273 0 1.462 189 286 45 64 84 8 31.189<br />

854 - Reparadores de Equipamentos 1.265 1.554 6.482 3.485 3.915 3.698 620 1.825 1.414 3.504 2.559 119 5.347 2.630 5.085 7.012 854 85 4.235 3.724 2.323 930 689 1.727 684 65.765<br />

855 - Eletricista de Instalacoes 535 405 996 1.214 1.343 1.592 318 489 326 936 868 84 2.819 3.733 26.353 13.974 848 57 4.572 5.465 2.193 1.006 819 4.663 653 76.261<br />

856 - Instaladores Reparadores Equi 13 6 45 54 1.078 14 1 27 11 123 4 0 9 52 3.275 1.948 115 49 828 8.362 297 9 34 254 5 16.613<br />

857 - Instaladores Reparadores Linh 6 21 60 33 228 62 4 11 6 34 2 2 43 27.320 12.063 1.147 175 24 828 8.686 238 72 33 625 17 51.740<br />

859 - Eletric Eletronicos Trab. Assem 203 267 646 2.744 11.907 392 164 121 528 290 121 2 260 5.736 1.546 2.284 249 6 1.315 257 337 70 248 267 53 30.013<br />

861 - Operadores de Estacoes de Ra 2 0 0 1 39 0 3 394 177 15 1 0 18 154 29 130 3 0 405 1.025 9.586 10 204 677 17 12.890<br />

862 - Operadores Equipamentos de 0 1 4 4 11 1 4 89 388 152 2 5 2 5 62 192 42 24 528 245 5.207 15 390 482 28 7.883<br />

871 - Encanadores e Instaladores de 73 141 784 341 129 1.049 51 299 122 612 305 4 825 13.817 14.452 895 292 53 1.825 231 938 535 509 4.299 173 42.754<br />

872 - Soldadores e Oxicortadores 1.574 1.047 16.389 11.760 1.828 16.167 1.808 491 596 1.514 576 19 4.069 674 11.138 5.365 860 8 3.309 2.249 451 109 77 944 936 83.958<br />

873 - Chapeadores e Caldeireiros 166 278 6.088 7.054 609 5.323 394 205 325 708 247 4 1.879 391 3.453 8.740 327 4 1.876 5.381 309 138 54 494 269 44.716<br />

874 - Montadores de Estruturas Met 33 147 7.160 1.677 386 3.032 613 34 100 346 68 14 98 19 6.273 1.496 763 1 1.305 306 181 123 22 83 64 24.344<br />

880 - Joalheiros e Ourives 31 31 848 47 0 18 4 21 4.660 352 30 3 6 0 5 1.190 97 0 46 6 55 13 4 5 11 7.483<br />

890 - Sopradores e Moldadores de V 1 2.855 32 50 99 49 13 8 333 197 65 1 14 0 11 593 41 0 18 14 33 6 18 3 0 4.454<br />

891 - Cortadores e Polidores de Vidr 0 874 59 42 36 6 47 9 613 96 77 0 3 0 20 1.453 182 3 66 5 20 5 2 7 6 3.631<br />

892 - Ceramistas e Trabalhadores A 311 55.120 65 82 380 67 130 80 38 217 37 7 55 4 372 400 86 0 134 263 154 16 24 31 130 58.203<br />

893 - Forneiros (Vidraria e Ceramic 119 5.972 80 36 157 2 7 15 17 115 5 0 24 3 19 71 19 0 11 44 10 1 3 6 16 6.752<br />

894 - Gravadores de Vidro 1 162 2 1 17 5 0 0 18 20 1 0 4 0 5 28 4 0 7 3 38 3 0 1 0 320<br />

895 - Pintores e Decoradores de Vid 3 1.825 23 53 74 11 34 24 10 52 33 1 61 1 64 238 52 0 27 111 50 7 2 129 6 2.891<br />

899 - Vidreiros Ceramistas Trab. A 42 10.775 53 39 306 101 66 18 516 386 60 0 85 0 86 910 291 0 220 51 73 15 28 14 87 14.222<br />

901 - Trab Fabricacao Produtos de B 16 30 259 165 113 821 45 85 24.959 1.276 221 947 56 0 245 369 121 3 361 19 86 8 4 22 37 30.268<br />

902 - Trabalhadores Fabricacao Vul 202 54 465 41 6 101 52 65 17.226 73 34 34 876 335 525 7.240 337 2 475 4.187 365 0 1 691 355 33.742<br />

Allim e Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

TOTAL<br />

AIV 35


ANEXO IV<br />

População trabalhadora de ambos os sexos registrada na RAIS, por setor econômico da CNAE, segundo ocupação da CBO. <strong>Brasil</strong>.1995<br />

903 - Trabalhadores de Fabricacao d 351 898 1.175 1.710 1.696 1.982 920 826 6.598 84.729 820 6.300 293 14 256 512 640 3 1.125 94 310 33 65 6 86 111.442<br />

910 - Confeccionadores de Produtos 9 52 22 41 76 79 9 16.767 155 527 54 9 19 0 7 173 186 1 178 34 53 3 5 0 11 18.470<br />

921 - Compositores Tipograficos e 4 11 131 49 43 14 32 12.190 143 260 106 6 30 49 103 573 155 71 1.177 63 714 57 391 543 112 17.027<br />

922 - Impressores Tipograficos 13 116 579 176 190 53 90 25.595 385 2.222 336 33 35 74 59 720 280 124 809 171 995 118 502 287 70 34.032<br />

923 - Estereotipistas e Eletrotipistas 0 0 2 2 36 0 0 69 0 3 4 0 3 0 5 13 1 2 5 1 9 1 0 8 1 165<br />

924 - Gravadores e Clicheristas (Exc 2 3 226 84 20 16 175 1.424 125 403 146 4 7 0 7 103 11 1 56 0 28 0 5 14 19 2.879<br />

925 - Fotogravadores 0 30 38 16 59 9 8 4.833 65 73 206 0 11 6 32 245 34 6 232 19 347 1 60 128 22 6.480<br />

926 - Encadernadores e Trabalhador 3 23 178 183 11 131 189 15.382 93 1.043 56 13 14 58 110 334 251 113 708 91 469 25 338 317 42 20.175<br />

AIV 36


Classificação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de<br />

Ocupação<br />

Extração<br />

Mineral<br />

ANEXO IV<br />

População trabalhadora de ambos os sexos registrada na RAIS, por setor econômico da CNAE, segundo ocupação da CBO. <strong>Brasil</strong>.1995<br />

Mineral não<br />

Metálico<br />

Ind.<br />

Metalurgica<br />

Indústria<br />

Mecânica<br />

Eletron.e<br />

Comunic.<br />

Mat. Transp.<br />

Mad.<br />

Mobiliário<br />

Papel e<br />

Gráfica<br />

Borracha,<br />

Fumo,Couro<br />

Indústria<br />

Química<br />

Indústria<br />

Têxtil<br />

Indústria<br />

Calçado<br />

927 - Trabalhadores de Laboratorios 1 5 67 6 5 9 6 717 332 619 15 0 6 38 11 2.095 111 472 581 18 2.140 183 123 48 8 7.616<br />

929 - Trab. das Artes Graficas nao C 3 85 790 591 334 35 156 29.910 648 1.485 1.029 96 139 30 154 996 421 46 1.321 145 661 91 718 318 61 40.263<br />

931 - Pintores Obras de Estruturas M 65 101 1.526 1.193 468 1.241 460 143 147 297 217 6 679 408 14.215 1.162 333 35 1.866 454 1.363 720 493 2.732 154 30.478<br />

939 - Pintores nao Classificados sob 103 164 1.790 3.061 943 8.602 3.019 206 472 1.363 286 19 1.207 405 2.879 14.073 609 48 1.969 4.034 1.338 495 507 2.140 188 49.920<br />

941 - Confeccionadores de Instrume 0 5 270 2 17 2 33 3 931 18 12 0 3 0 23 77 8 0 7 10 12 3 0 11 14 1.461<br />

942 - Cesteiros Confeccionadores Pr 1 18 1 8 9 3 1.732 4 63 49 69 0 11 6 3 56 23 0 15 10 294 8 3 10 14 2.410<br />

943 - Trabalhadores da Fabricacao P 504 8.591 128 24 9 6 29 4 33 831 4 1 38 4 199 310 53 0 226 61 19 18 3 72 37 11.204<br />

949 - Trab Conf Inst Music,Prod Vim 2 45 34 8 10 3 46 9 285 538 46 0 4 1 42 67 24 0 12 9 41 1 4 11 28 1.270<br />

951 - Pedreiros e Estucadores 519 2.469 2.501 668 379 501 714 717 525 1.259 1.092 200 3.883 2.086 133.324 4.311 1.174 189 9.468 2.304 7.765 2.559 3.133 30.118 3.420 215.278<br />

952 - Trabalhadores de Concreto Ar 52 3.637 202 63 17 11 64 34 26 69 43 8 143 111 24.020 559 130 8 1.124 429 380 100 148 810 114 32.302<br />

953 - Telhadores 14 256 28 4 0 1 13 1 1 14 11 1 3 1 325 42 12 0 246 15 13 2 17 140 27 1.187<br />

954 - Carpinteiros 213 600 457 611 226 2.224 3.683 261 241 418 374 14 1.152 657 60.239 1.828 483 95 3.634 734 2.121 510 978 5.712 1.352 88.817<br />

955 - Ladrilheiros Parqueteiros e Tra 105 2.733 28 3 5 3 201 19 5 153 18 1 69 3 3.762 857 236 9 263 153 171 86 32 231 32 9.178<br />

956 - Instaladores de Material Isolan 5 45 25 30 102 58 2 10 3 44 8 0 33 53 1.390 297 58 3 182 24 39 5 2 211 1 2.630<br />

957 - Vidraceiros 3 185 124 22 6 22 48 2 0 4 9 0 13 11 170 4.420 379 3 54 25 41 14 33 33 8 5.629<br />

959 - Trab Constr. Civil Trab. Assem 1.620 7.402 1.358 275 200 482 1.539 379 239 1.252 617 26 2.134 5.129 243.644 5.966 1.735 260 17.779 3.237 7.542 2.437 2.852 31.812 2.724 342.640<br />

961 - Operadores de Instalacoes de P 84 107 498 6 25 22 48 264 23 168 218 0 269 12.933 1.711 33 2 4 126 175 35 91 1 128 25 16.996<br />

969 - Operadores Maquinas Fixas e 1.494 4.156 11.143 1.631 3.682 2.874 3.616 3.234 3.510 17.322 6.149 75 23.302 17.065 2.636 1.190 2.000 63 2.085 677 1.924 502 327 4.489 1.561 116.707<br />

971 - Estivadores Carregadores e Em 439 4.173 2.490 1.103 654 958 2.187 2.062 980 9.707 5.013 1.288 30.099 294 636 23.689 21.657 5 8.178 31.679 67.545 96 21 189 2.307 217.449<br />

972 - Aparelhadores e Emendadores 11 5 20 6 4 52 13 2 1 3 22 0 17 3 150 35 16 1 29 82 9 58 0 14 2 555<br />

973 - Operadores de Guindastes e de 242 403 6.643 531 92 891 252 196 33 126 100 0 1.299 174 4.344 173 457 4 1.120 1.685 331 3 6 370 299 19.774<br />

974 - Operadores de Maquinas de C 6.393 2.779 926 102 16 31 739 650 56 673 58 8 1.803 1.114 26.178 631 326 34 2.143 1.528 471 78 59 18.510 2.131 67.437<br />

979 - Trab Manip Merc Mat Oper M 1.892 1.714 2.666 1.013 645 3.343 1.545 2.197 798 2.512 831 43 5.527 165 1.565 2.014 3.076 20 2.743 6.216 527 20 86 812 356 42.326<br />

981 - Contramestres de Embarcacoe 432 43 9 1 2 59 89 3 1 65 6 0 69 70 252 203 157 5 807 5.007 536 32 11 377 172 8.408<br />

982 - Maquinistas e Foguistas de Em 39 48 3 9 0 2 19 0 6 6 10 0 18 26 90 56 33 0 208 2.134 37 1 7 65 56 2.873<br />

983 - Maquinistas e Foguistas de Lo 250 56 507 4 0 11 198 60 30 86 39 0 236 6 83 103 65 0 48 7.406 69 6 0 42 20 9.325<br />

984 - Agentes Auxiliares Ma<strong>no</strong>bra 12 26 330 2 0 18 4 15 4 11 14 0 38 40 186 140 349 1 151 7.122 117 20 7 314 9 8.930<br />

985 - Condutores de Automoveis On 8.010 8.960 7.134 2.861 1.604 3.220 9.871 6.744 4.203 8.279 6.299 745 43.287 15.037 41.331 91.973 60.350 2.327 26.091 360.648 20.630 7.505 5.706 95.838 26.595 865.248<br />

986 - Condutores de Animais e de V 15 5 5 0 1 2 7 4 2 5 17 0 16 1 22 93 45 0 26 66 26 4 0 49 137 548<br />

989 - Condutores Veiculos Transp. T 225 466 420 132 105 108 502 388 304 810 530 14 6.994 555 903 12.227 15.625 55 2.447 32.190 1.013 77 133 3.817 616 80.656<br />

991 - Trabalhadores Bracais nao Cla 6.189 16.722 23.866 11.186 12.032 12.407 55.413 13.026 8.471 34.299 19.487 1.092 67.051 10.796 23.852 51.046 27.593 428 35.645 34.606 27.770 5.813 4.848 96.149 31.846 631.633<br />

999 - Ocupacoes nao Identificadas 5.639 11.970 8.696 4.248 4.472 2.975 13.244 7.549 3.898 9.711 9.712 851 16.253 3.858 66.807 38.875 12.342 1.081 33.141 12.540 27.096 8.409 6.420 140.991 9.706 460.484<br />

Ig<strong>no</strong>rado 149 462 993 350 310 216 879 631 442 686 1.190 117 1.091 121 2.833 9.670 2.289 235 22.173 1.613 5.718 1.866 1.671 547.820 2.711 606.236<br />

Total 109.095 239.752 514.985 298.290 213.875 316.605 332.109 318.206 237.741 487.155 688.275 196.462 1.054.062 378.208 1.077.735 2.707.143 633.255 704.621 1.652.032 1.362.332 1.746.714 891.726 872.661 5.458.022 1.007.480 23.498.541<br />

Allim e Bebida<br />

Serv.<br />

Utilildade<br />

Pública<br />

Constr. Civil<br />

Com.<br />

Varejista<br />

Com.<br />

Atacado<br />

Inst.Financeir<br />

a<br />

Admnistração<br />

Técnica<br />

Proffional<br />

Transporte e<br />

Comunicação<br />

Alojam.e<br />

Comunicação<br />

Medicina,<br />

odont.,<br />

veterinária<br />

Ensi<strong>no</strong><br />

Adm Pública<br />

Agricultura<br />

TOTAL<br />

AIV 37


Participantes diretos da Tese


<strong>Fundacentro</strong>/SP<br />

Eduardo Algranti, Arline Cury, Luiza<br />

Apresentação na<br />

Itália/2002<br />

SES-RJ<br />

Leonardo e Vladimir<br />

Nilton Fernandes Maini<br />

<strong>Fundacentro</strong>/ES<br />

José Geraldo<br />

Faculdade de Saúde<br />

Pública/USP<br />

Campanha de<br />

combate <strong>à</strong> sílica-1991<br />

<strong>Fundacentro</strong>/SP<br />

Marcos Bussacos<br />

Escavação /RJ -<br />

2002<br />

FSP/USP<br />

Ester Archer de Camargo<br />

CEMUST/ Volta Redonda<br />

Elusa e Jonnhy Hara<br />

USP<br />

José Eluf, Victor Wünsch e José Eduardo Moncau<br />

Sindicato dos Metalúrgicos de Barra do Piraí<br />

Jorge, Vicente e Bragiunha<br />

Itália<br />

Dario Mirabelli<br />

Operação de Jateamento<br />

FSP/USP<br />

Magda Andreotti

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