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folha - Universidade de Coimbra

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Número 28 • Ano VII • Julho/Setembro 2004<br />

Folha olha olhaViva olha Viva<br />

Jornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe • Floresta conVida<br />

PLANT PLANTAS PLANT AS MEDICIN MEDICINAIS<br />

MEDICIN AIS


Fotografia da capa: Dedaleira, Digitilis purpurea, tirada a 14<br />

<strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2004, no Encontro <strong>de</strong> Clubes da Floresta do distrito<br />

do Porto, Serra <strong>de</strong> Santa Justa e Pias, Valongo.<br />

Sumário<br />

3<br />

18<br />

20<br />

22<br />

24<br />

26<br />

27<br />

28<br />

A Floresta ao Serviço da Saú<strong>de</strong><br />

Notícias<br />

Activida<strong>de</strong>s dos Clubes da Floresta 2004/2005<br />

Clubes da Floresta On-Line<br />

Encontro Nacional <strong>de</strong> Clubes da Floresta<br />

Eles fizeram... nós contamos...<br />

Passatempos<br />

F F I I C C H H A A T T É É C C N N I I C C A<br />

A<br />

Folha Viva<br />

Jornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe • Floresta conVida<br />

Número 28 • Ano VII • Julho/Setembro 2004<br />

2<br />

Clik...<br />

FOLHA VIVA<br />

Medronheiro, Arbutus unedo<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Proprieda<strong>de</strong>: NICIF – Núcleo <strong>de</strong> Investigação Científica <strong>de</strong> Incêndios Florestais, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras da<br />

<strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, Aeródromo da Lousã, Chã do Freixo – 3200 - 395 Lousã, Tel.: 239 992251 / 239 996126 – Fax:<br />

239 992302 • Director: Luciano Lourenço • Equipa <strong>de</strong> redacção: Graça Lourenço, Adriano Nave, Melany Ferreira,<br />

Nuno Pereira, • Fotografias: Membros dos Clubes da Floresta, Adriano Nave • Design e Composição: Adriano Nave<br />

• Impressão: Ediliber, Lda. • Tiragem: 1000 exemplares • Periodicida<strong>de</strong>: Trimestral • Distribuição Gratuita •<br />

Depósito Legal: 117549/97.


A Floresta ao<br />

Serviço da Saú<strong>de</strong><br />

Por Melany Ferreira<br />

Des<strong>de</strong> sempre que o Homem recorre às<br />

proprieda<strong>de</strong>s curativas das plantas tendo os seus<br />

conhecimentos sido divulgados e transmitidos entre<br />

as mais antigas civilizações.<br />

De facto, esta terapia foi uma das primeiras<br />

manifestações da humanida<strong>de</strong> relativamente à<br />

compreensão e usufruto da Natureza,estando<br />

intimamente relacionada com as mais antigas<br />

preocupações do Homem: a doença e o sofrimento.<br />

Os conhecimentos das proprieda<strong>de</strong>s curativas,<br />

inicialmente empíricos, foram perpetuados durante<br />

milénios, embora tenham sido aprofundados e<br />

diversificados, principalmente nas últimas décadas,<br />

<strong>de</strong>vido ao progresso científico.<br />

De uma forma genérica, po<strong>de</strong>mos dividir o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento dos conhecimentos humanos<br />

referentes às plantas medicinais em três períodos.<br />

Os Egípcios, Gregos e Romanos protagonizaram o<br />

primeiro período, acumulando uma gama <strong>de</strong><br />

conhecimentos empíricos que foram posteriormente<br />

transmitidos aos her<strong>de</strong>iros europeus <strong>de</strong>stas culturas,<br />

através dos árabes. O Renascimento marcou o<br />

segundo período, no qual se procurou, com a<br />

renovação do espírito científico, <strong>de</strong>senvolver e<br />

sistematizar <strong>de</strong> modo mais rigoroso os elementos<br />

Hera, He<strong>de</strong>ra helix L.<br />

Foto: Adriano Nave<br />

FOLHA VIVA 3


eferentes às experiências do passado. Por fim, a última fase, diz<br />

respeito ao período a partir do início do século XVIII, caracterizado<br />

por um progresso rápido das ciências mo<strong>de</strong>rnas, tais como a<br />

Geografia, a Biologia, a Genética ou a Citologia, as quais<br />

enriqueceram <strong>de</strong> modo significativo tudo aquilo que já havia sido<br />

feito até então no que diz respeito ao conhecimento das proprieda<strong>de</strong>s<br />

e utilizações das plantas.<br />

A utilização <strong>de</strong> plantas enquanto agentes terapêuticos, é<br />

consi<strong>de</strong>rada uma ciência e <strong>de</strong>signa-se por fitoterapia, cuja etimologia<br />

provém da palavra grega (phytón = planta + terapia). Durante a<br />

primeira meta<strong>de</strong> do século XX, a maior parte dos medicamentos<br />

prescritos tinham origem em plantas. Contudo, os conhecimentos<br />

fitoterápicos eram ainda muito empíricos. A partir da II Guerra Mundial,<br />

<strong>de</strong>spoletou-se o uso dos medicamentos sintetizados, particularmente<br />

dos antibióticos, que passaram a ser generalizados por essa altura.<br />

Foi principalmente no Oci<strong>de</strong>nte que se <strong>de</strong>u o “boom” comercial e<br />

industrial <strong>de</strong>stes novos tipos <strong>de</strong> medicamentos, o que fez com que a<br />

terapia através das plantas medicinais tivesse caído em <strong>de</strong>suso,<br />

tendo mesmo sido consi<strong>de</strong>rada ilegal em alguns países. Em países<br />

como a China ou a Índia, os povos nunca <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> utilizar a sua<br />

medicina tradicional, possibilitando assim um complemento entre<br />

os dois tipos <strong>de</strong> tratamento.<br />

Aveleira, Corylus avellana<br />

Foto: Adriano Nave<br />

4<br />

FOLHA VIVA<br />

Eucalipto, Eucaliptus globulus<br />

Foto: Adriano Nave


Foto: Adriano Nave<br />

Todavia, e apesar dos resultados positivos obtidos com<br />

estes mo<strong>de</strong>rnos medicamentos, a sua prescrição intensiva<br />

fez com que os organismos infecciosos se tornassem<br />

resistentes, além <strong>de</strong> que a sua utilização abusiva revelou<br />

efeitos secundários por vezes <strong>de</strong>sastrosos, como por<br />

exemplo o nascimento <strong>de</strong> bebés <strong>de</strong>formados. Assim, há uma<br />

tomada <strong>de</strong> consciência relativa ao uso excessivo <strong>de</strong>stes<br />

fármacos e por conseguinte, um interesse crescente em<br />

medicinas alternativas que ofereçam soluções mais seguras,<br />

porém igualmente eficazes, entre as quais se inclui a<br />

fitoterapia.<br />

Polipódio, Polypodium vulgare<br />

Foto: Adriano Nave Hera, He<strong>de</strong>ra helix<br />

FOLHA VIVA 5


IDENTIFICAÇÃO, COLHEITA, CONSERVAÇÃO E PREPARAÇÃO<br />

Quando preten<strong>de</strong>mos colher algumas <strong>de</strong>stas plantas para proce<strong>de</strong>r ao seu tratamento caseiro e tradicional,<br />

temos que seguir algumas regras <strong>de</strong> ouro para que o nosso objectivo seja atingido na perfeição. Em primeiro<br />

lugar, temos que escolher as espécies que preten<strong>de</strong>mos obter e, em seguida, apurar qual a altura i<strong>de</strong>al do ano<br />

para a colher, uma vez que cada espécie tem uma época própria <strong>de</strong> colheita, assim como as suas diferentes<br />

partes.<br />

Deste modo, na gran<strong>de</strong> maioria das espécies, os caules <strong>de</strong>vem ser apanhados durante o Outono, os<br />

botões durante a Primavera, as <strong>folha</strong>s no período prece<strong>de</strong>nte à floração, as flores no início do seu <strong>de</strong>sabrochar.<br />

Os frutos <strong>de</strong>vem ser colhidos maduros, as sementes no período em que a planta está seca e as raízes não<br />

<strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>senterradas no período <strong>de</strong> plena vegetação, ou seja, no Outono e na Primavera.<br />

Salvaguardados estes pré-requisitos, resta-nos escolher um dia <strong>de</strong> bom tempo e uma hora do dia em<br />

que o orvalho já se tenha dissipado e as flores estejam abertas, normalmente por volta das 9 ou 10 horas da<br />

manhã ou ao final do dia, para po<strong>de</strong>rmos colher<br />

as espécies pretendidas, que <strong>de</strong>vem ser<br />

i<strong>de</strong>ntificadas sem hesitação. A i<strong>de</strong>ntificação<br />

precisa da espécie é muito importante, visto<br />

que qualquer erro que se cometa no campo da<br />

fitoterapia po<strong>de</strong> ter consequências graves, uma<br />

vez que muitas plantas inofensivas confun<strong>de</strong>m-<br />

se com outras tóxicas, como é o caso da salsa<br />

e da salsa-<strong>de</strong>-cão, em que a primeira tem<br />

proprieda<strong>de</strong>s medicinais e a segunda possui<br />

um veneno mortal.<br />

Após a colheita da planta há que proce<strong>de</strong>r<br />

à sua secagem, que <strong>de</strong>ve ser feita à sombra,<br />

num local apropriado arejado e seco . As flores<br />

<strong>de</strong>vem ser separadas das <strong>folha</strong>s, os caules e<br />

as <strong>folha</strong>s <strong>de</strong>vem reunir-se em ramalhetes<br />

pendurados com a parte inferior para cima e<br />

as raízes <strong>de</strong>vem ser lavadas, cortadas e secas.<br />

Não é aconselhável misturar as espécies e,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> secas - geralmente acontece ao fim<br />

<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 12 dias, quando a planta se<br />

apresenta sem humida<strong>de</strong> e rígida, mas não<br />

quebradiça - <strong>de</strong>vem conservar-se em frascos.<br />

6<br />

FOLHA VIVA<br />

Silva, Rubus fruticosus<br />

Foto: Adriano Nave


Contudo, importa fazer uma advertência: muitas das plantas utilizadas tradicionalmente na fitoterapia já<br />

são raras, como por exemplo o azevinho ou o teixo. Ao reconhecer uma planta, resista à tentação <strong>de</strong> logo a<br />

colher, porém, se precisar muito <strong>de</strong>la, colha o mínimo necessário.<br />

De seguida, apresenta-se o “bilhete <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>” <strong>de</strong> algumas espécies <strong>de</strong> plantas medicinais<br />

espontâneas e frequentes na nossa floresta, no qual consta a <strong>de</strong>signação da espécie, o local on<strong>de</strong> é possível<br />

encontrá-la em Portugal, as suas proprieda<strong>de</strong>s medicinais e indicações terapêuticas, as partes da planta a<br />

serem utilizadas e algumas advertências relevantes.<br />

Deu-se especial <strong>de</strong>staque a espécies florestais <strong>de</strong> porte arbóreo, algumas <strong>de</strong>las já tratadas em anteriores<br />

edições do Folha Viva.<br />

Aveleira, Corylus avellana<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Bibliografia:<br />

- Cabral, Francisco Cal<strong>de</strong>ira; Telles, Gonçalo Ribeiro (1999)<br />

“A Árvore em Portugal”, Assírio & Alvim, Lisboa, p.203;<br />

- Colecção Pequenos Guias da Natureza (1997) -<br />

"Plantas Medicinais", 2ª Edição,Plátano Editora;<br />

- Selecções do Rea<strong>de</strong>r's Digest (1983) - "Segredos<br />

e Virtu<strong>de</strong>s das Plantas Medicinais",1ª Edição,<br />

Lisgráfica;<br />

Outras Fontes:<br />

http://html.globalshop.pt<br />

http://www.dietamed.pt<br />

http://www.faced.ufba.br/~dacn/planta.htm<br />

http://orbita.starmedia.co<br />

FOLHA VIVA 7


Família Pináceas<br />

Habitat<br />

Proprieda<strong>de</strong>s<br />

Indicações<br />

Partes usadas<br />

Pinheiro-Bravo, Pinus pinaster<br />

Foto: Adriano Nave<br />

8<br />

FOLHA VIVA<br />

Pinheiro-Bravo, Pinus pinaster<br />

Litoral Mediterrânico e Atlântico, frequente em solos não<br />

calcários, até 1600 m.<br />

Anti-séptico, balsâmico, diurético, excitante,<br />

expectorante, rubefaciente.<br />

Bronquite, cabelos, cistite, fadiga, gota, pés,<br />

reumatismo, sudação.<br />

Agulhas (todo o ano), gemas (antes do <strong>de</strong>sabrochar),<br />

seiva e lenho.<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Pinheiro-Bravo, Pinus pinaster<br />

Foto: Adriano Nave


Família Polipodiáceas<br />

Habitat<br />

Polipódio, Polypodium vulgare<br />

Vulgar em quase todo o país, nos muros, rochas, árvores<br />

e sebes, até 2000 m.<br />

Proprieda<strong>de</strong>s Expectorante, vermífugo, emoliente, laxativo.<br />

Indicações Bronquite, feridas, obstipação, parasitose, apetite.<br />

Partes usadas Rizoma seco (Março-Abril e Setembro-Outubro)<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Foto: Adriano Nave<br />

FOLHA VIVA 9


Família Fagáceas<br />

Habitat<br />

Proprieda<strong>de</strong>s<br />

Indicações<br />

Castanheiro, Castanea sativa<br />

Em quase todo o país, até 1300 m, em bosques e<br />

montanhas.<br />

Adstrigente, estomático, remineralizante, sedativo,<br />

tónico.<br />

Astenia, cabelo, convalescença, diarreia, esterilida<strong>de</strong>,<br />

faringite, tosse.<br />

Partes usadas Casca, <strong>folha</strong>s, amentilhos, frutos (Setembro-Novembro).<br />

Advertências A castanha é contra-indicada aos diabéticos.<br />

Castanheiro, Castanea sativa<br />

10<br />

FOLHA VIVA<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Castanheiro,


Castanea sativa<br />

Aveleira, Corylus avellana<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Aveleira, Corylus avellana<br />

Família Betuláceas<br />

Habitat<br />

Aveleira, Corylus Avellana<br />

Bosques, matas, sebes, margens <strong>de</strong> rios, Norte <strong>de</strong><br />

Portugal, até 1500 m.<br />

Proprieda<strong>de</strong>s Anti-hemorrágica, anti-sudorífica, <strong>de</strong>purativa, febrífuga.<br />

Indicações<br />

Partes usadas<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Tosse, repovoamento capilar, circulação, e<strong>de</strong>ma, febre,<br />

feridas, obesida<strong>de</strong>, olhos, pele e varizes.<br />

Amentilhos, casca dos ramos jovens, <strong>folha</strong>s, sementes e<br />

fruto.<br />

FOLHA VIVA 11


Família Mirtáceas<br />

Habitat<br />

Proprieda<strong>de</strong>s<br />

Indicações<br />

E ucalipto, Eucalyptus globulus<br />

Embora natural da Austrália, é cultivado em Portugal até<br />

1000 m.<br />

Adstrigente, anti-séptico, aperitivo, bactericida,<br />

estimulante, febrífugo.<br />

Asma, boca, bronquite, cabelo, <strong>de</strong>sinfecção, epi<strong>de</strong>mia,<br />

estômago, febre, feridas, gripes, insectos, sinusite.<br />

Partes usadas Folha adulta (Junho-Setembro).<br />

Eucalipto, Eucaliptus globulus<br />

Família Tiliáceas<br />

Habitat<br />

Tília, Tilia cordata<br />

Espontânea na Europa, cultivada em Portugal como<br />

árvore <strong>de</strong> sombra e ornamental, até 1800 m.<br />

Proprieda<strong>de</strong>s Anti-espamódico, hipnótico, sedativo, sudorífico.<br />

Indicações<br />

Partes usadas<br />

12<br />

FOLHA VIVA<br />

Acne rosácea, angústia, cefaleia, convulsão, estômago,<br />

figado, indigestão, nervosismo, palpitações, pele,<br />

reumatismo, rugas, sono.<br />

Inflorescências jovens com brácteas (Junho-Julho),<br />

casca, seiva e lenho; conservação ao abrigo do ar e da<br />

luz.<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Tília, Tilia cordata<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Tília, Tilia cordata<br />

Foto: Adriano Nave


Silva, Rubus fruticosus<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Gilbarbeira, Ruscus aculeatus<br />

Foto: NICIF<br />

Gilbarbeira, Ruscus aculeatus<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Família Rosáceas<br />

Família Liliáceas<br />

Habitat<br />

Gilbarbeira, Ruscus aculeatus<br />

Em Portugal, cresce espontaneamente em quase todo o<br />

território.<br />

Proprieda<strong>de</strong>s Aperitivo, diurético, febrífugo, vasoconstritor.<br />

Indicações<br />

Silva, Rubus fruticosus<br />

Habitat Presente em quase todo o País, até 2000 m.<br />

Proprieda<strong>de</strong>s<br />

Indicações<br />

Partes usadas<br />

Adstrigente, antidiabético, <strong>de</strong>purativo, <strong>de</strong>tersivo,<br />

diurético, tónico.<br />

Aftas, anginas, diabetes, diarreia, gengivas, leocorreia,<br />

rouquidão, úlcera cutânea.<br />

Flores em botão, <strong>folha</strong>s (em floração), turiões, frutos<br />

(Setembro).<br />

Advertências Filtrar as preparações mesmo para uso externo.<br />

E<strong>de</strong>mas, flebite, gota, hemorróidas, icterícia, litíase,<br />

menopausa, varizes.<br />

Partes usadas Rizoma e raíz (Outono), <strong>folha</strong>s.<br />

Advertências Filtrar as preparações mesmo para uso externo.<br />

FOLHA VIVA 13


Amieiro, Alnus glutinosa<br />

Família Betuláceas<br />

Habitat<br />

Amieiro, Alnus glutinosa<br />

Todo o país, nas margens dos cursos <strong>de</strong> água e zonas<br />

pantanosas.<br />

Proprieda<strong>de</strong>s Adstrigente, cicatrizante, febrífuga, tónico.<br />

Indicações Reumatismo, úlcera cutânea, anginas.<br />

Partes usadas Casca dos ramos jovens, <strong>folha</strong>s (Fevereiro).<br />

Família Fagáceas<br />

Habitat<br />

Proprieda<strong>de</strong>s<br />

Indicações<br />

Partes usadas<br />

14<br />

FOLHA VIVA<br />

Carvalho-Alvarinho, Quercus robur<br />

Europa, com excepção das zonas mediterrâneas e<br />

norte, em colinas e florestas.<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Adstrigente, anti-séptico, febrífugo, tónico,<br />

expectorante.<br />

Febre, bronquite, inflamação do estômago, alcoolismo,<br />

anginas, cabelo, diarreia, frieiras, gengivas, hemorragias,<br />

hemorróidas.<br />

Casca dos ramos jovens (Primavera), <strong>folha</strong>s (Junho),<br />

glan<strong>de</strong>s (Outono).<br />

Carvalho, Quercus robur<br />

Amieiro, Alnus glutinosa<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Fotos: Adriano Nave


Família Araliáceas<br />

Habitat<br />

Hera, He<strong>de</strong>ra helix<br />

Frequente em quase todo o território nacional, até<br />

1000 m.<br />

Proprieda<strong>de</strong>s Analgésico, anti-espamódico.<br />

Indicações<br />

Bronquite, cabelo, calos, celulite, e<strong>de</strong>ma, estrias,<br />

hipertensão, menstruação, queimaduras, queimadura<br />

solar, reumatismo, tosse convulsa.<br />

Partes usadas Folhas novas e frescas.<br />

Advertências<br />

N unca consumir os frutos, respeitar o consumo das<br />

<strong>folha</strong>s nas doses indicadas.<br />

Giesteira-Comum, Cystisus scoparius<br />

Família Leguminosas<br />

Habitat<br />

Proprieda<strong>de</strong>s<br />

Indicações<br />

Frequente em quase todo o território nacional,em solos<br />

não calcários.<br />

Cardiotónico, <strong>de</strong>purativo, diurético, hipertensor,<br />

vasconstritor.<br />

Abcesso, albuminúria, e<strong>de</strong>mas, fígado, gota, hipotensão,<br />

litíase, mor<strong>de</strong>dura, reumatismo, rins.<br />

Partes usadas Flores em botão, ramos jovens.<br />

Advertências<br />

Família Ericáceas<br />

Habitat<br />

Usar apenas as flores em botão antes do <strong>de</strong>sabrochar,<br />

não exce<strong>de</strong>r as doses indicadas, secagem em forno<br />

tépido.<br />

Urze, Calluna vulgaris<br />

Frequente em quase todo o território nacional,nas<br />

terras áridas e incultas.<br />

Proprieda<strong>de</strong>s Adstrigente, anti-séptico, diurético.<br />

Indicações<br />

Partes usadas<br />

Advertências<br />

Urze, Calluna vulgaris<br />

Acne, afecções renais, cistite, diarreia, nefrite,<br />

reumatismo.<br />

Sumida<strong>de</strong>s floridas com as <strong>folha</strong>s (Junho-Outubro),<br />

<strong>de</strong>vendo ser utilizadas frescas.<br />

Em doses elevadas, os frutos po<strong>de</strong>m provocar irritações<br />

no aparelho urinário, proibido às grávidas.<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Giesteira-Comum, Cystisus scoparius<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Hera, He<strong>de</strong>ra helix<br />

Foto: Adriano Nave<br />

FOLHA VIVA 15


Família Labiadas<br />

Habitat<br />

Proprieda<strong>de</strong>s<br />

Indicações<br />

Alecrim, Rosmarinus officinalis<br />

Charnecas e pinhais do Centro e Sul <strong>de</strong> Portugal, até<br />

1500 m.<br />

Anti-espamódico, anti-séptico, diurético, estimulante,<br />

estomáquico, tónico.<br />

Asma, asteria, cabelo, celulite, colesterol, coração,<br />

<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong>pressão, e<strong>de</strong>ma, entorses, enxaquecas,<br />

memória, nervossismo, pele, rugas, torcicolo.<br />

Partes usadas Planta florida e <strong>folha</strong>s.<br />

Advertências Cumprir as doses e duração dos tratamentos.<br />

Alecrim, Rosmarinus officinalis<br />

Família Ericáceas<br />

Habitat<br />

Proprieda<strong>de</strong>s<br />

Medronheiro, Arbutus unedo<br />

Em quase todo o território continental português, em<br />

bosques e matas, solos áridos siliciosos, até 800 m.<br />

Adstrigente, anti-inflamatório, anti-séptico, <strong>de</strong>purativo,<br />

diurético.<br />

Indicações Arterioesclorose, diarreia, fígado, rins.<br />

Partes usadas Raízes, <strong>folha</strong>, casca.<br />

16<br />

FOLHA VIVA<br />

Alecrim, Rosmarinus officinalis<br />

Foto: NICIF<br />

Medronheiro, Arbutus unedo<br />

Foto: Adriano Nave Foto: Adriano Nave<br />

Medronheiro, Arbutus unedo<br />

Foto: Adriano Nave


Família Polipodiáceas<br />

Habitat<br />

Feto-Macho, Dryopteris filix-mas<br />

Em Portugal, no Norte e Centro, em locais húmidos e<br />

sombrios, até 1600 m.<br />

Proprieda<strong>de</strong>s Anti-parasitário, <strong>de</strong>tersivo, vermífugo<br />

Indicações Feridas, gota, parasitose, pés, reumatismo.<br />

Partes usadas<br />

Advertências<br />

Feto-Macho, Dryopteris filix-mas<br />

Rizoma, <strong>folha</strong>s (todo o ano para utilização imediata e no<br />

Outono para conservação), limpeza sem água, secagem<br />

à sombra e ao ar livre.<br />

N ão admistrar a crianças, não ultrapassar as doses<br />

recomendadas, não ingerir álcool durante o tratamento.<br />

Família Escrofulariáceas<br />

Dedaleira, Digitilis purpurea<br />

Habitat Quase todo o país, até 1800 m.<br />

Proprieda<strong>de</strong>s<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Cicratizante, colerético, <strong>de</strong>purativo, diurético,<br />

hipoglicemiante, vulnerário.<br />

Indicações Actua sobre o coração, diabetes.<br />

Partes usadas Rizoma, sumida<strong>de</strong>s floridas secas, <strong>folha</strong>s frescas.<br />

Advertências Não levar as flores à boca, doses mo<strong>de</strong>radas.<br />

Feto-Macho, Dryopteris filix-mas<br />

Dedaleira, Digitilis purpurea<br />

Foto: Ana Carvalho<br />

Foto: Adriano Nave<br />

FOLHA VIVA 17


notícias... notícias...<br />

Reunião Reunião <strong>de</strong> <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nadores Coor<strong>de</strong>nadores Distritais<br />

Distritais<br />

VILA VILA VIÇOSA<br />

VIÇOSA<br />

No dia 10 <strong>de</strong> Julho, no Cine Teatro Florbela<br />

Espanca, em Vila Viçosa, reuniram os Coor<strong>de</strong>nadores<br />

Distritais do Prosepe, estando presentes o<br />

Coor<strong>de</strong>nador Nacional, Professor Doutor Luciano<br />

Fernan<strong>de</strong>s Lourenço, a Coor<strong>de</strong>nadora Pedagógica do<br />

Prosepe, Drª. Maria da Graça Fernan<strong>de</strong>s Lourenço e<br />

os Professores Coo<strong>de</strong>nadores Distritais <strong>de</strong> Braga, Dr.<br />

Jorge Lage; Évora e Beja, Dr. Licínio Lampreia; Leiria,<br />

Dr. João Barreira; Portalegre, Dr. Simão Velez; Porto,<br />

Dr. José Alberto; Santarém, Dr. Gabriel Lagarto e<br />

Setúbal, Drª. Teresa Alexandre.<br />

http://www.dapp.min-edu.pt/nonio/<br />

http://www.dapp.min-edu.pt/nonio/<br />

http://www.dapp.min-edu.pt/nonio/<br />

http://www.dapp.min-edu.pt/nonio/<br />

http://www.dapp.min-edu.pt/nonio/<br />

especies_florestais/in<strong>de</strong>x.htm<br />

especies_florestais/in<strong>de</strong>x.htm<br />

especies_florestais/in<strong>de</strong>x.htm<br />

especies_florestais/in<strong>de</strong>x.htm<br />

especies_florestais/in<strong>de</strong>x.htm<br />

Participaram, ainda, na reunião,<br />

<strong>de</strong>signadamente para apoio logístico, as Professoras<br />

A<strong>de</strong>rentes do Clube da Floresta “Os Raposecos”, <strong>de</strong><br />

Vila Viçosa, Profªs. Júlia Mira e Flávia Ribeiro.<br />

A reunião iniciou-se com uma sessão solene,<br />

presidida pelo senhor Vereador da Cultura da<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> Vila Viçosa.<br />

Terminada a abertura solene, o Coor<strong>de</strong>nador<br />

Nacional <strong>de</strong>u início efectivo à reunião, com a seguinte<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos : informações, balanço do ano<br />

2003/04, plano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s para o ano lectivo <strong>de</strong><br />

2004/2005 e outros assuntos.<br />

Espécies Espécies Espécies Florestais<br />

Florestais<br />

Florestais<br />

http://www.dapp.min-edu.pt/<br />

http://www.dapp.min-edu.pt/<br />

nonio/especies_florestais/<br />

nonio/especies_florestais/<br />

in<strong>de</strong>x.htm<br />

in<strong>de</strong>x.htm<br />

18<br />

FOLHA VIVA<br />

Este projecto resulta <strong>de</strong> uma<br />

parceria entre o DAPP - Ministério da<br />

Educação e o PROSEPE. Preten<strong>de</strong> dar<br />

continuida<strong>de</strong> ao trabalho iniciado com o<br />

site “O Sobreiro e a Cortiça”.<br />

Os conhecimentos sobre as<br />

espécies florestais apresentadas, são o<br />

resultado da pesquisa e contributo dos<br />

diferentes Clubes da Floresta com a<br />

supervisão do PROSEPE. Participa e<br />

envia os textos, fotografias e relatos<br />

criados por ti e pelos teus colegas.


notícias... notícias...<br />

Ano Lectivo <strong>de</strong><br />

2004/05<br />

O ano lectivo <strong>de</strong> 2004/05<br />

correspon<strong>de</strong>rá ao décimo segundo<br />

ano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> do Prosepe.<br />

Embora nos últimos anos, <strong>de</strong>vido a<br />

condicionalismos vários, as<br />

activida<strong>de</strong>s tenham sofrido alguma<br />

redução, a coor<strong>de</strong>nação do Prosepe<br />

está convicta <strong>de</strong> que muitos <strong>de</strong>sses<br />

constrangimentos po<strong>de</strong>rão estar em<br />

vias <strong>de</strong> solução pelo que, em reunião<br />

<strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nadores Nacionais e<br />

Distritais, <strong>de</strong>cidiu que o ano lectivo<br />

<strong>de</strong> 2004/05 seria <strong>de</strong> inovação e<br />

revitalização do Prosepe, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

lhe fossem garantidas condições<br />

mínimas para o seu funcionamento.<br />

Assim, professores e alunos<br />

po<strong>de</strong>rão fazer parte da re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Clubes da Floresta. Para isso, basta<br />

que seja enviada, por e-mail, fax ou<br />

correio, a ficha <strong>de</strong> candidatura<br />

distribuída a todas as escolas (577)<br />

que já tenham sido a<strong>de</strong>rentes ao<br />

Prosepe, pelo menos um ano lectivo.<br />

No entanto, lembramos que a<br />

candidatura da escola ao Projecto<br />

Prosepe fica condicionada à participação <strong>de</strong>, pelo<br />

menos, um professor do Clube da Floresta, nas IV<br />

Jornadas do Prosepe a realizar no dia 22 <strong>de</strong> Novembro,<br />

no Auditório da Reitoria da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />

FOLHA VIVA 19


Activida<strong>de</strong>s Activida<strong>de</strong>s dos dos Clubes<br />

Clubes<br />

20<br />

Sítio das Espécies Florestais<br />

Em colaboração com o Programa Nónio,<br />

o Prosepe criou um site <strong>de</strong>stinado à<br />

caracterização das espécies florestais mais<br />

comuns em Portugal. Preten<strong>de</strong> -se que este sítio<br />

seja interactivo e que os Clubes da Floresta nele<br />

participem <strong>de</strong> forma espontânea.<br />

Para dinamizar a participação dos<br />

Clubes,faremos a actualização dos conteúdos<br />

constantes no sítio, com os trabalhos realizados<br />

pelos mesmos. Estem po<strong>de</strong>m ser enviados em<br />

qualquer altura, Contudo, para efeitos <strong>de</strong> concurso,<br />

foram estabelecidos os seguintes prazos<br />

<strong>de</strong> entrega relativos às diversas espécies:<br />

- até 15 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2004 -<br />

Carvalho(s), Sobreiro e Azinheira;<br />

- até 15 <strong>de</strong> Março -Pinheiro Bravo e<br />

Pinheiro Manso;<br />

- até 15 <strong>de</strong> Maio - Castanheiro e Eucalipto.<br />

O Clube com a contribuição mais<br />

completa e original, enviada em cada um dos<br />

períodos lectivos, será contemplado com o<br />

Troféu Prosepe e com uma viagem <strong>de</strong> autocarro<br />

para participar no Encontro Nacional dos Clubes<br />

da Floresta (3 <strong>de</strong> Junho).*<br />

Dia da Floresta Autóctone, comemorado a 23<br />

<strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2004, preten<strong>de</strong> realçar o nosso<br />

património florestal original, que já vai sendo<br />

escasso. Os Clubes <strong>de</strong>verão enviar até ao dia 15<br />

<strong>de</strong> Dezembro, um relatório que <strong>de</strong>screva a forma<br />

como conceberam e <strong>de</strong>senvolveram esta<br />

comemoração.*<br />

Percursos/Trilhos Florestais, com apresentação<br />

até dia 15 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2005, privilegiando a<br />

<strong>de</strong>scoberta e a fruição da floresta como activida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> lazer. A activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá contemplar a<br />

divulgação e a manutenção <strong>de</strong>sses espaços*<br />

Ca<strong>de</strong>rno da Floresta, com apresentação até dia<br />

15 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2005, das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas<br />

ao longo do ano lectivo, em forma <strong>de</strong> brochura e<br />

servindo <strong>de</strong> portfólio do Clube da Floresta.*<br />

*Em todas as activida<strong>de</strong>s, os três primeiros classificados serão premiados com o troféu Prosepe e com uma viagem em<br />

autocarro para participarem no Encontro Nacional dos Clubes da Floresta, a realizar no dia 3 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005 no Santuário <strong>de</strong> Nossa<br />

Senhora das Preces, Oliveira do Hospital.<br />

Todos os Clubes que participem atempadamente nas diferentes activida<strong>de</strong>s, receberão uma Placa Prosepe alusiva à sua<br />

participação (a entregar aos Clubes da Floresta que participem no Encontro Nacional <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> Junho. Aos restantes serão entregues<br />

durante as V Jornadas Nacionais do Prosepe, a realizar durante o 1º periodo <strong>de</strong> 2005/06.<br />

FOLHA VIVA


da da Floresta Floresta 2004/2005<br />

2004/2005<br />

Além das activida<strong>de</strong>s já instituídas, e que quase po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas uma<br />

tradição na maior parte dos Clubes da Floresta (Comemoração dos Dias <strong>de</strong> S. Martinho,<br />

Mundiais da Floresta, da Juventu<strong>de</strong> e do Ambiente; Postais e Árvores <strong>de</strong> Natal, Presépios;<br />

Semana da Floresta, Noites Prosepianas, Acampamentos e Passeios na Floresta, etc.),<br />

neste ano lectivo <strong>de</strong> 2004/05 sob o lema O Uso Múltiplo da Floresta, propomos outras<br />

activida<strong>de</strong>s, das quais se <strong>de</strong>stacam:<br />

Dia do Prosepe, comemorado a 4 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2005,<br />

esta activida<strong>de</strong> tem por principal objectivo, a divulgação e sensibilização junto<br />

da comunida<strong>de</strong> escolar e local, através da distribuição <strong>de</strong> folhetos, entrevistas na rádio,<br />

etc,. Na entrada da escola, em local nobre e em cerimónia solene, <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>scerrada a<br />

Placa Prosepe (90X60 cm), i<strong>de</strong>ntificadora <strong>de</strong> Escola A<strong>de</strong>rente à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Clubes da Floresta do<br />

Prosepe e previamente executada com materiais não facilmente perecíveis, provenientes da<br />

floresta. As fotografias a documentar esta activida<strong>de</strong> e a mostrar a Placa, <strong>de</strong>verão ser<br />

enviadas à Coor<strong>de</strong>nação Nacional até ao dia 15 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2005.*<br />

Maio Prosepe. Perpetuar a tradição... com materiais da Floresta<br />

Exposição na Escola durante a primeira semana <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2005, em local(is) <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

visibilida<strong>de</strong> e especial significado, <strong>de</strong> Arranjos Silvestres (Coroas ou outros), executados com materiais<br />

provenientes da Floresta e/ou <strong>de</strong> Arranjos construídos com materiais reutilizados, on<strong>de</strong> conste a<br />

palavra Prosepe.<br />

Cada Clube, po<strong>de</strong>rá submeter a concurso, até 15 <strong>de</strong> Maio, fotografias <strong>de</strong> dois arranjos,<br />

acompanhadas <strong>de</strong> breve memória <strong>de</strong>scritiva dos mesmos, sendo cada um <strong>de</strong>les relativo a uma das<br />

modalida<strong>de</strong>s propostas.*<br />

FOLHA VIVA 21


22<br />

FOLHA VIVA<br />

O Prosepe lançou no dia 10 <strong>de</strong> Outubro, o novo espaço on-line <strong>de</strong>dicado aos Clubes da Floresta<br />

intitulado "CLUBES DA FLORESTA ON-LINE". Este espaço, preten<strong>de</strong> ser um meio priveligiado <strong>de</strong><br />

comunicação não só entre a Coor<strong>de</strong>nação Nacional e os Clubes, mas também entre os Clubes em si,<br />

servindo <strong>de</strong> montra das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas por cada um <strong>de</strong>les. Com efeito, cabe-lhes a<br />

responsabilida<strong>de</strong> quer da produção <strong>de</strong> conteúdos, quer da actualização <strong>de</strong> elementos i<strong>de</strong>ntificativos.<br />

Nesta primeira fase, estão disponíveis os sítios dos clubes que integraram a re<strong>de</strong> Prosepe no ano<br />

lectivo <strong>de</strong> 2003/2004 e os que a integrarão no próximo ano lectivo. Futuramente, ficarão on-line todos os<br />

clubes que em outros anos, tenham integrado o projecto, sendo sempre possível que o respectivo sítios seja<br />

actualizado logo que o clube seja reactivado.<br />

Não sendo <strong>de</strong> forma alguma um projecto acabado, o CLUBES DA FLORESTA ON-LINE preten<strong>de</strong><br />

crescer e tornar-se num projecto feito para os clubes e à imagem dos clubes. Nesse sentido, queremos ouvir<br />

as vossas críticas, opiniões e sugestões e para além disso contamos com a participação <strong>de</strong> todos no envio<br />

dos materiais para as actualizações das sítios dos Clubes.<br />

4 - "Calendário <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s" - De uma forma<br />

rápida, é possível consultar o plano e respectiva<br />

calendarização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, bem como, todas<br />

as datas importantes para o presente ano lectivo.<br />

5 - "Downloads" - Todos os materiais que o<br />

Prosepe dispõe e que têm interesse, não só para<br />

os membros dos clubes, mas também para os<br />

professores coor<strong>de</strong>nadores e a<strong>de</strong>rentes estão<br />

disponíveis nesta secção. Assim, é possivel fazer o<br />

download <strong>de</strong> materiais que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o "Folha<br />

Viva" ao "Ca<strong>de</strong>rno do Vigilante da Floresta", até<br />

documentação importante para os professores.


1 - "Concursos" - Para o ano lectivo <strong>de</strong> 2004/2005 estão previstas uma série <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s integradas em<br />

vários concursos. Nesta secção, é possível não só consultar quais os concursos<br />

que estão a <strong>de</strong>correr no momento, como também as listas <strong>de</strong><br />

participantes, prémios e resultados <strong>de</strong> concursos concluídos.<br />

2 - "Olimpíadas da Floresta" - As Olimpíadas da Floresta,<br />

pela importância, abrangência e número <strong>de</strong> participantes<br />

envolvidos, têm um <strong>de</strong>staque especial, sendo nesta secção<br />

que estará disponível (ainda em construção - novida<strong>de</strong>s em<br />

breve!) toda a informação relevante referente a esta activida<strong>de</strong>.<br />

3 - "Clubes da Floresta" - Nesta secção encontramos as ligações aos sítios <strong>de</strong> cada um dos clubes construídos<br />

pelo Prosepe. É possivel consultar qualquer um dos clubes, bastando clicar no nome do clube que se preten<strong>de</strong><br />

visualizar. Depen<strong>de</strong>ndo da dinâmica <strong>de</strong> cada clube e das actualizações que vai enviando para o Prosepe, é<br />

possivel encontrar <strong>de</strong> tudo um pouco: contactos, nomes dos professores coor<strong>de</strong>nadores e a<strong>de</strong>rentes, lista dos<br />

membros, imagens do logotipo, estandarte e mascote <strong>de</strong> cada clube, fotografias, notícias, foto-reportagens,<br />

relatórios <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, etc...<br />

A página mais completa e atraente em 31 <strong>de</strong><br />

Dezembro, 15 <strong>de</strong> Março e 15 <strong>de</strong> Maio recebe o Troféu<br />

Prosepe e o Clube é contemplado com uma viagem<br />

em autocarro para participar no Encontro dos Clubes<br />

da Floresta (3 <strong>de</strong> Junho).<br />

Todos os Clubes que actualizem<br />

convenientemente a sua página receberão uma placa<br />

alusiva à participação (a entregar aos Clubes da<br />

Floresta que participem no Encontro Nacional <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong><br />

Junho. Aos restantes serão entregues durante as V<br />

Jornadas Nacionais do Prosepe, a realizar durante o<br />

1 o período <strong>de</strong> 2005/06.<br />

FOLHA VIVA 23


Foto: Adriano Nave<br />

3 3 <strong>de</strong> <strong>de</strong> Junho Junho <strong>de</strong> <strong>de</strong> 2005<br />

2005<br />

Parque Parque Florestal Florestal dE dE nOSSA nOSSA Senhora Senhora das das Preces<br />

Preces<br />

Coincidindo com a comemoração do Dia<br />

Mundial do Ambiente, este Encontro <strong>de</strong>stina-se<br />

preferencialmente a premiar, com o pagamento<br />

<strong>de</strong> uma viagem <strong>de</strong> autocarro, os Clubes da<br />

Floresta vencedores dos diferentes concursos,<br />

levados a cabo ao longo do ano lectivo <strong>de</strong> 2004/<br />

05.<br />

No entanto, estará aberto à participação <strong>de</strong><br />

todos os Clubes da Floresta que nele queiram<br />

participar, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que garantam a <strong>de</strong>slocação<br />

pelos seus próprios meios.<br />

No âmbito <strong>de</strong>ste Encontro, foi formulado um<br />

convite ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Républica, para<br />

presidir à cerimónia <strong>de</strong> distribuição dos prémios.<br />

24<br />

FOLHA VIVA<br />

ENCONTRO ENCONTRO ENCONTRO NACIONAL NACIONAL DOS DOS CLUBES CLUBES DA DA FLORESTA<br />

FLORESTA<br />

PROGRAMA:<br />

Manhã<br />

10:30h - Concentração;<br />

11:00h - Percurso Botânico;<br />

12:00h - Momento Prosepe Convida e<br />

com Música;<br />

13:00h - Almoço;<br />

Tar<strong>de</strong><br />

14:00h - Actuação Cinotécnica (G.N.R.);<br />

14:30h - Entrega <strong>de</strong> Prémios ;<br />

Homenagem aos “Amigos do<br />

Prosepe”;<br />

15:30h - Animação e Convívio inter-<br />

- Clubes;<br />

16:30h - Encerramento das activida<strong>de</strong>s<br />

Foto: Adriano Nave


ENCONTRO ENCONTRO NACIONAL NACIONAL DOS DOS CLUBES CLUBES DA DA FLORESTA<br />

FLORESTA<br />

Para além da visita ao Parque Florestal <strong>de</strong><br />

Nossa Senhora das Preces, em Vale <strong>de</strong> Maceira,<br />

na qual po<strong>de</strong>rão disfrutar da beleza <strong>de</strong> um lugar<br />

bucólico, fruto da gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies<br />

florestais e do forte simbolismo religioso, durante a<br />

tar<strong>de</strong>, todos os participantes no Encontro terão<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visitar uma das mais belas<br />

povoações <strong>de</strong> montanha existente no nosso país, o<br />

Piódão.<br />

Esta freguesia, a mais conhecida do concelho<br />

<strong>de</strong> Arganil, é consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> interesse público <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1978 <strong>de</strong>vido às suas características arquitectónicas,<br />

em que o casario construído em xisto se fun<strong>de</strong> com<br />

o meio envolvente, tal como, o esforço do homem<br />

para contrariar as adversida<strong>de</strong>s topográficas,<br />

traduzido pelo rico património que as paisagens <strong>de</strong><br />

socalcos constituem.<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Foto: Adriano Nave<br />

Posteriormente, seguir-se-á a viagem para<br />

a Mata da Margaraça, localizada na Área <strong>de</strong><br />

Paisagem Protegida da Serra do Açor e parte<br />

integrante da re<strong>de</strong> europeia <strong>de</strong> reservas<br />

biogenéticas. Este local, privilegiado do ponto <strong>de</strong><br />

vista ambiental, é essencialmente constituído por<br />

carvalhos e castanheiros, embora se possam<br />

observar outras espécies <strong>de</strong> folhosas, das quais se<br />

<strong>de</strong>stacam os medronheiros, os azereiros e os<br />

ulmeiros. Existe ainda, elevada cobertura <strong>de</strong><br />

musgos e líquenes.<br />

Ao lado da Mata, um local que não passará<br />

<strong>de</strong>spercebido, será certamente a Fraga da Pena,<br />

uma reserva <strong>de</strong> recreio, constituída por uma queda<br />

<strong>de</strong> água encaixada nos xistos em resultado <strong>de</strong> um<br />

aci<strong>de</strong>nte geológico.<br />

FOLHA VIVA 25


ATL ATL <strong>de</strong> <strong>de</strong> Centro Centro Social Social e e Cultural Cultural <strong>de</strong> <strong>de</strong> São São Pedro Pedro do do Bairro<br />

Bairro<br />

“Vamos “Vamos dar dar a a Mão Mão à à Natureza”<br />

Natureza”<br />

Somos um grupo <strong>de</strong> meninos que vivem na<br />

al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> S. Pedro <strong>de</strong> Bairro. Nesta al<strong>de</strong>ia passa o<br />

rio Ave. Uns dias é preto, noutros vermelho. Cheira<br />

mal… e é <strong>de</strong>sagradável ver as suas margens com<br />

latas, plásticos, cartões, vidros , roupas velhas e<br />

electrodomésticos. As pedras são pretas <strong>de</strong>vido às<br />

tintas e óleos que as fábricas lançam para as suas<br />

águas. As árvores são <strong>de</strong>spidas <strong>de</strong> <strong>folha</strong>s e vestidas<br />

<strong>de</strong> lixo. Já não há peixes vivos, apenas peixes mortos<br />

a flutuar. Para agravar o problema, no lugar <strong>de</strong><br />

Caniços, o rio Ave recebe o rio Vizela, também ele<br />

poluído, tornando as águas ainda mais negras.<br />

Um dia quisemos saber o passado <strong>de</strong>ste rio.<br />

Consultamos os nossos avós e pais que só nos<br />

disseram maravilhas: as águas eram límpidas e as<br />

margens ver<strong>de</strong>jantes. Tomavam banho, lavavam a<br />

roupa, pescavam, andavam <strong>de</strong> canoa e até faziam<br />

praia. “Que bonito que era o rio Ave nesse tempo!”<br />

– recordavam eles.<br />

Soubemos que nasce na Serra da Cabreira,<br />

no lugar <strong>de</strong> Agra. Curiosos, fomos visitar o berço do<br />

nosso rio Ave, acompanhados <strong>de</strong> um simpático guia<br />

que pacientemente nos saciava a curiosida<strong>de</strong>.<br />

Ficámos estupefactos com a beleza e<br />

limpeza da Serra da Cabreira. Não havia lixo no<br />

chão. Os seus habitantes eram castanheiros,<br />

pinheiros, sobreiros, carvalhos, choupos, vidoeiros,<br />

cedros, amieiros, mimosas. As árvores estavam<br />

cobertas <strong>de</strong> líquenes (fungos), o que quer dizer que<br />

naquele lugar não existe poluição. A sua vegetação<br />

eram fetos gigantes, urzes floridas, giestas amarelas<br />

e outras que não sabemos o nome.<br />

26<br />

eles fizeram. .. nós contamos eles fizeram. .. nós contamos<br />

FOLHA VIVA<br />

Vimos pegadas <strong>de</strong> javali, uma carcaça e<br />

<strong>de</strong>ntadura <strong>de</strong> cavalo selvagem; uma casa <strong>de</strong><br />

pastor. A paisagem era extraordinária, lindíssima,<br />

como não imaginávamos encontrar.<br />

O silêncio era <strong>de</strong> ouro. Só se ouviam os<br />

nossos passos, o som do vento, a água a correr e<br />

a saltar <strong>de</strong> pedra em pedra. Era límpida e<br />

transparente; conseguíamos ver o fundo dos<br />

ribeiros, riachos e do rio. Era tudo um sonho…<br />

Espalhados pela serra, havia parques <strong>de</strong><br />

lazer com mesas e bancos <strong>de</strong> pedra e ma<strong>de</strong>ira e<br />

os respectivos cestos do lixo. Mais uma vez não<br />

vimos lixo no chão nem poluição. Nas árvores havia<br />

cartazes “Não poluir a serra.” Que contentes<br />

ficámos! As pessoas respeitavam a floresta!<br />

Saímos <strong>de</strong> lá felicíssimos, afinal há florestas<br />

limpas, bem cuidadas e respeitadas pelo Homem.<br />

É tão fácil cuidar da floresta! Para isso basta: não<br />

<strong>de</strong>itar lixo para o chão, não cortar sem razão e<br />

plantar outra em sua substituição, não matar nem<br />

espantar os animais que ali vivem, reutilizar e<br />

reciclar o papel, recolher sementes e semear<br />

árvores novas.<br />

Regressámos a S. Pedro <strong>de</strong> Bairro<br />

radiantes e felizes porque também nós, no<br />

nosso dia-a-dia, contribuímos para manter<br />

as florestas vivas e limpas, com as<br />

activida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>senvolvemos no Clube da<br />

Floresta “Vamos dar a Mão à Natureza”, do<br />

ATL <strong>de</strong> Centro Social e Cultural <strong>de</strong> São<br />

Pedro do Bairro.


PASSATEMPOS<br />

PASSATEMPOS<br />

M A D E I R A U V Z X S O E C A C<br />

U V I J P R S T X O Z V T D N D O<br />

X S T R E H O Z V Q X R S I B A E<br />

N Z Q F G P I N H O U T Z C B C A<br />

Á L M Q P A C A B E R E Q T Z S G<br />

J R I V O P L M Z G R U P X U U H<br />

G H V X G J R V N I L E N H A V J<br />

P P F O T B R X O H O V X U T X I<br />

O O I C R T S R T P R Q Ç R l M S<br />

P G E F S E M E N T E S N O R S O<br />

C S D O G Z U P H Z M N O C P Q T<br />

Q R E F J P V H G V X V A Z Z S U<br />

T B O L O T A O P I N H A J H I R<br />

U B U X V Z X A C A E C D B G F F<br />

Sérgio nº 19 6º B<br />

Completa usando o nome dos frutos<br />

respectivos:<br />

O CASTANHEIRO DÁ A =.....................................<br />

A AZINHEIRA DÁ A =.............................................<br />

A MACIEIRA DÁ A =................................................<br />

A LARANJEIRA DÁ A =..............................................<br />

A VIDEIRA DÁ A =...................................................<br />

O PINHEIRO DÁ A =................................................<br />

A NOGUEIRA DÁ A =..............................................<br />

O MEDRONHEIRO DÁ O =...................................<br />

A CEREJEIRA DÁ A =..............................................<br />

Ana Catarina Nº1 6ºB Joana Nº9 6ºB<br />

Procura na sopa <strong>de</strong> letras<br />

as seguintes palavras:<br />

Sementes, Árvore, Fruto,<br />

Ma<strong>de</strong>ira, Pinho, Rezina,<br />

Lenha, Pinha e Bolota.<br />

Completa com o nome<br />

<strong>de</strong> alguns frutos:<br />

_ O _<br />

L _ M _ _<br />

_ I _ N _<br />

_ V _ L _<br />

_ E _ E _ _<br />

A _ _ I T _ _ _<br />

O _ R _ Ç _<br />

B _ L _ _ A<br />

Mariana nº 13 6º B<br />

Completa as palavras e<br />

<strong>de</strong>scobre espécies florestais:<br />

L _ U _ _ I _ _<br />

C _ _ V _ _ H O<br />

P _ _ H _ _ R _<br />

N _ G _ _ _ R _<br />

E _ C _ L _ P _ _ _<br />

M _ D _ _ N _ E _ R _<br />

Maria nº 17 6º A<br />

F _ E _ X _<br />

Os passatempos aqui apresentados, são um contributo dos elementos do<br />

Clube da Floresta “ Na Floresta há espaço para a aventura”, do Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas do Concelho <strong>de</strong> Manteigas, Serra da Estrela.<br />

FOLHA VIVA 27


28<br />

FOLHA VIVA<br />

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