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JE590DEZ09 - Exército

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Croqui da batalha.<br />

desequilíbrio passível de envolver o dispositivo.<br />

Esta acção criou a desordem nas forças da<br />

retaguarda e colocou a vanguarda portuguesa<br />

na iminência de combater numa frente invertida,<br />

que lhe seria fatal. Perante a rotura da sua força,<br />

a impotência da segunda linha e a inacção da<br />

reserva, que se colocam maioritariamente em<br />

fuga na direcção do rio, D. Afonso V,<br />

desconhecendo o que se passava no “combate<br />

de D. João”, dá a batalha como perdida e<br />

abandona o campo, recolhendo à fortaleza de<br />

Castro Nuño.<br />

Contudo, no “outro lado da batalha” os<br />

acontecimentos favoreciam as armas<br />

portuguesas. Detendo a iniciativa, D. João,<br />

apoiado pelos espingardeiros do bispo de<br />

Évora, caiu sobre os seis troços dos homens de<br />

armas de Álvaro de Mendoza, que desbaratou e<br />

empurrou para dentro das linhas inimigas,<br />

seguindo-se uma fuga desordenada na direcção<br />

dos montes sobranceiros, debaixo de<br />

perseguição das tropas do príncipe. No entanto,<br />

não tendo conhecimento do desenrolar da<br />

batalha no seu todo, D. João troca a exploração<br />

Autores<br />

do sucesso e regressa à posição inicial,<br />

reorganizando as suas forças na posição, onde<br />

se lhe junta o remanescente da ala direita<br />

desarticulada pela ofensiva do Duque de Alba.<br />

Porém, o tempo perdido na perseguição ao<br />

contingente de Álvaro de Mendoza gorara,<br />

eventualmente, a oportunidade de anular o<br />

sucesso do ataque do Duque de Alba às tropas<br />

de D. Afonso V.<br />

Decorridas três horas de batalha e com a noite a<br />

velar o campo, Fernando de Aragão, que<br />

assistiu à retirada de D. Afonso V, à derrota de<br />

Álvaro de Mendoza e acompanha a actuação de<br />

D. João, receia o desenlace da batalha e retira<br />

para Zamora, deixando a condução das<br />

operações ao Duque de Alba, que não terá<br />

consequências. D. João é senhor do campo,<br />

onde permanece simbolicamente durante três<br />

horas, a conselho do Arcebispo de Toledo, e se<br />

posiciona como vencedor, mandando acender<br />

fogueiras e tocar trombetas. Só então retirou<br />

para Toro, onde entrou de forma triunfante e<br />

soube da “sorte” do pai, conseguindo mitigar o<br />

caos que grassava na cidade.<br />

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